Capitães da Areia

Capitães da Areia Jorge Amado




Resenhas - Capitães da Areia


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Larissa3790 02/03/2024

Uma obra de arte.
Esse livro alterou a forma em que enxergo a vida. Costumo dizer que a leitura é uma das formas mais fáceis de se praticar empatia e, Jorge Amado foi mestre nesta matéria.

Foi de uma extrema sensibilidade contar a história da miséria desses meninos de rua, história tão rica e emocionante.

O autor do começo ao fim explicita como que uma sociedade doente, sem amor, somente consegue destilar ódio.

Consegui ver em sua obra todas as cores da Bahia.

Emocionante demais ver como que o elemento Dora muda a configuração da vida daqueles meninos sem amor.

Se for para adentrar no mundo da literatura brasileira, indico demais Capitães da Areia!!
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Paula.Dorti 02/03/2024

Que leitura!
Capitães de areia é uma obra escrita por Jorge Amado e lançada em1937, mas pude ver surpreendentemente temas atuais!

O livro fala com profundidade sobre questões sociais, crianças abandonadas, violência urbana, surto de varíola na Bahia, sede de carinho e amor por crianças que não tem um lar.

As crianças aqui não tem nome, exceto um deles. Entrei na vida de cada um dos personagens: Volta Seca, Sem-pernas, Gato, Pirulito, Dora e o chefe dos capitães de areia: Pedro Bala. João José, o único que tem nome e sobrenome, mas também um apelido - o Professor - o tenha talvez pelo seu esclarecimento de mundo, um dos únicos alfabetizados e que linha sempre para os demais:

?João José, o Professor, desde o dia em que furtara um livro de histórias numa estante de uma casa da Barra, se tornara perito nestes furtos. Nunca, porém, vendia os livros, que ia empilhando num canto do trapiche, sob tijolos, para que os ratos não os roessem.
Lia-os todos numa ânsia que era quase febre. Gostava de saber coisas e era ele quem, muitas noites, contava aos outros histórias de aventureiros, de homens do mar, de personagens heroicos e lendários, histórias que faziam aqueles olhos vivos se espicharem para o mar ou para as misteriosas ladeiras da cidade, numa ânsia de aventuras e de heroísmo. João José era o único que lia correntemente entre eles e, no entanto, só estivera na escola ano e meio.
Mas o treino diário da leitura despertara completamente sua imaginação e talvez fosse ele o único que tivesse uma certa consciência do heroico das suas vidas.?

Um livro cuja sua denúncia social continuará ressoando esse drama, que é a violência do abandono de seres humanos.

??????????

#jorgeamado #capitaesdaareia #compainhadasletras
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Maria 02/03/2024

Crítica social com sensibilidade e poesia
Não sei porque tardei a ler Jorge Amado! Como esse livro é bom, uma crítica social profunda e atual, pesadíssima e ainda assim cheia de poesia e beleza? essa leitura é imprescindível para brasileiros, e ainda mais pra nordestinos, o autor retrata com muita verdade a vida dos meninos órfãos, trazendo com uma clareza real as cenas de seu cotidiano, além do mais mesmo sendo escrito em 1937, a história é atemporal e parece ter sido escrita nos tempos de hoje!
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Livinha 02/03/2024

Brutal
Uma curiosidade que poucos sabem: eu AMO ler livros que foram censurados. Agora falaremos de ?Capitães da Areia?, um livro que foi queimado em praça pública, durante a era de Getúlio Vargas, por ?subversão ao comunismo?.

Uma obra MUITO pesada de Jorge Amado, autor que fez parte da fase do Modernismo da Segunda Edição, trazendo um livro com uma narrativa de discurso indireto livro, em que o narrador é tanto a terceira pessoa do singular, como o pensamento de cada personagem. Capitães da Areia era o nome dado à uma comunidade de crianças que foram abandonadas e vivem em situação de rua. Para conseguirem sobreviver frente a vulnerabilidade social, o grupo rouba pertences de famílias ricas, para conseguirem dinheiro. Aqui disserta sobre a desumanização das crianças (pois temos cenas de torturas, crianças presas como animais e vidas brutalizadas pela miséria), o Governo negligenciando a saúde pública das pessoas pobres (pois, na época, ainda não existia SUS e muitas pessoas morriam de varíola, por não conseguirem ser vacinadas). Um ponto muito interessante é que a Jorge Amado era ateu, mas trouxe o Padre José Pedro e Dona Aninha (candomblé) como dois personagens absurdamente bons e sensíveis, sendo eles, inclusive, marcos importantes para a narrativa. Um outro ponto interessante é que os Capitães da Areia eram vistos no coletivo, mas ao mesmo tempo, eram bastante individualizados, pois tínhamos vários personagens com estórias distintas, trazendo consequências diferentes em relação ao comportamento de cada.

Como nem tudo são flores, fiquei muito incomodada com o vocabulário do autor para certos personagens, mas, ao mesmo tempo, compreendo a época que o livro fora escrito e sei que era o ?comum?. Mas um dos personagens é chamado de ?negrinho burro? e as mulheres são retratadas como ?negrinhas para derrubar no areal?. Entendo que as cenas de estupro devem ser interpretadas mais como uma crítica do que como o pensamento do autor, mas algumas cenas são bem chocantes. O final é o final que deveria ser mesmo: um livro brutal, nu e, infelizmente, real até os dias de hoje.
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Francys 01/03/2024

Soco no estômago necessário
Queria começar apresentando minha indignação a respeito de Jorge Amado não entrar na lista dos cânones. GENTE, este livro é PERFEITO. Ele apresenta a história dos garotos na Bahia que são órfãos e precisam furtar para que sobrevivam. A obra mostra, de uma maneira nada romantizada, tudo o que essas crianças passam e o motivo de agirem assim. Ele nos faz sair da nossa zona de conforto totalmente.

Uma parte que me marcou muito foi quando o Sem-pernas, ao se sentir amado por uma família que o acolhe, precisa furtá-la, para ajudar o grupo dos Capitães de Areia, e sofre muito por isso, porque se vê divido sobre o que fazer. Neste trecho, é possível sentir o que o personagem está passando.
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brenda arabela 01/03/2024

Achei que a escrita seria maçante por ser um livro ?antigo?, mas a leitura foi extremamente fluidas a escrita me envolveu muito. O livro tem pautas de extrema importância que são abordadas de maneira que tocam e cativam o coração
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Rech_ 01/03/2024

"- Mas é a lei, filho... - Morrer?"
Jorge Amado narra no cotidiano dos Capitães de Areia as angústias que assolam o grupo de meninos, majoritariamente órfãos que são esmurrados pela complexidade da vida em meio a pobreza, sendo obrigados a se portarem como adultos sem a chance de ter direito ao que é uma infância.

Junto deles, com o Bala, Professor, João Grande, Volta-Seca, Gato, Sem-Pernas e com Dora, sofri, senti o peso da vida sem a mínima segurança, o ardor da fome, a sede de carinho, a dor das agressões e, especialmente, a revolta.


Me apeguei as personagens, me vi envolta a narrativa, mas acima disso, assim como os meninos, me revoltei. Porque a narrativa da pobreza brasileira continua atual, mesmo em um livro publicado em 1937 (salvo engano), e os gritos por uma revolução ainda não são o suficiente para alterar essa estrutura social a qual os países foram construídos e submetidos no sistema capitalista.
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Raysa 29/02/2024

Perfeito
Tem uma escrita tão fácil de ler, tão envolvente e ao mesmo tempo traz coisas tão profundas, tão sérias. Eu amei do começo ao fim. Devorei esse livro. Me apeguei aos personagens. Amei a escrita do Jorge Amado. Recomendo para todos. É ótimo!
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Júpiter.69 28/02/2024

MUITO BOM!!
Primeiro contato com uma obra de Jorge Amado. E esse contato não poderia ser feito da melhor forma se não, através de "Capitães da areia" uma obra rica em detalhes que busca contar a história de um grupo de meninos de rua em busca de sua sobrevivência, sem se importar com a forma de ela se dá.


Com amor, Júpiter.
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John 27/02/2024

Capitães da Areia, obra-prima de Jorge Amado, é um livro de extraordinária sensibilidade e perspicácia, que apresenta ao leitor o universo dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, na Bahia, na década de 1930.
Jorge Amado captura habilmente o espírito de luta e a resiliência desses jovens, proporcionando uma visão profunda e comovente de suas vidas, ao mesmo tempo em que retrata a desigualdade social do Brasil. Ao mesmo tempo que senti raiva das atitudes dos personagens do grupo de Capitães de Areia, consegui sentir empatia e compaixão, pois no fundo eles apenas queriam pertencer a um lugar, ao um lar, ter alguém que os amassem, que dessem carinho e amor à eles...
Ao lê Capitães de Areia é inevitável não pensar nos arrastões do Rio de Janeiro, uma vez que, assim como os Capitães da Areia, os jovens envolvidos nestes episódios violentos e controversos são muitas vezes vítimas das circunstâncias, crescendo em um ambiente de pobreza e exclusão. Ao longo do livro, Amado consegue ilustrar as dificuldades enfrentadas por esses personagens, bem como a importância da empatia e compreensão para lidar com a complexidade da realidade social brasileira.
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Mryd 26/02/2024

Importante
Acho um livro super importante e pertinente
É triste perceber q essa realidade do livro não é tão diferente da atual e q essas coisas realmente acontecem
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Carolvs 26/02/2024

Forte
Acredito que está entre os melhores livros que já li. Esse livro estava parado na minha estante há tanto tempo, nem sei como dizer o quanto estou arrependida de não ter pegado ele para ler antes. No entanto, entendo que se tivesse lido ele quando mais nova, teria um impacto muito diferente do que lendo dessa vez. Capitães da areia é um livro sensacional e ao mesmo tempo aterrorizante. Ele retrata uma realidade muito brasileira, que apesar de fictícia sabemos que é um retrato da vida real de muitas crianças até hoje. Jorge amado traz personagens únicos, marcantes, intensos e chocantes que vão fazer você os amar na mesma intensidade em que você vai odiá-los. Ele não inocenta os personagens mas tem o cuidado de narrar o lado mais humano de cada uma crianças enquanto ao mesmo tempo retrata o lado mais desumano da sociedade.
É um livro forte, com muita dose de cultura baiana. É preciso ter estômago e cabeça para algumas partes, mas é impossível se arrepender de ler Capitães da Areia.
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thaissa__ 26/02/2024

MAGISTRAL
Capitães da Areia é daqueles livros atemporais, que se mantém sempre atuais. A visão de mundo do Jorginho é absurdamente crítica. Não vi nenhum defeito na escrita que estava, aliás, impecável. Foi maravilhoso acompanhar a trajetória triste daqueles meninos naquele trapiche na Bahia, a minha vontade era dar um abraço em cada um deles...
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vyalmeida 26/02/2024

Sobre os Capitães da Areia
Essa é uma leitura muito envolvente, ela nos amarra a história dos meninos, explora bastante questões sociais, misérias e desgraças que vemos até hoje em Salvador, e no do Brasil inteiro. O descaso com as crianças abandonadas é a principal delas!
O livro conta a história de meninos de rua desamparados que vivem num trapiche abandonado no cais de Salvador. No início do livro há um conflito sobre a responsabilidade social relacionada a eles, neste início, temos cartas de personagens que dizem a respeito dos meninos, autoridades públicas e cidadãos que convivem de perto com o problema.
Cada um tem uma visão sobre eles: "Os capitães da Areia", para alguns, eles são marginais, para outros, apenas crianças. E assim se sucede a história.
No decorrer do livro ocorrem várias situações em que eles atuam em conjunto, e outras, que são mais individuais, focando em um personagem específico, assim podemos conhecer um pouco a personalidade de cada um.
Para além disso, o livro traz muitos aspectos regionalísticos interessantes, ideologias, culturas, que estão relacionados a cidade de Salvador e ao nordeste em geral.
Ademais, gostei bastante da história em si, e do desfecho das histórias (pois cada personagem tem o seu próprio desfecho, apesar das aventuras vividas em grupo).
O grande companheirismo dos garotos, para mim, é algo lindo. A união deles, selada pela dor e "alegria" do destino a eles imposto. São sim "como uma grande família" como diz no livro. A narrativa traz à tona muito fortemente o valor da amizade: a amizade verdadeira que é companhia, liberdade para ser quem se é, respeito, apoio, empatia e solidariedade. Só fiquei triste mesmo pelo Sem-Pernas, queria que ele tivesse se permitido ser amado. Era o meu personagem favorito, com ele ocorrem vários dilemas traumáticos que infelizmente não cuminam num desfecho feliz.

Segue algumas frases/trechos que gostei e me marcaram:

"Não era uma flor de estufa. Amava o sol, a rua, a liberdade."

"A liberdade é como o sol, o bem maior do mundo."

"Aos poucos o trem abandona a estação. Depois é a estrada do sertão, Índia Nordestina. Nas casas de barro aparecem mulheres e meninas. Homens seminus lavram a terra. Na estrada de animais que corre paralela a estrada de ferro passam boiadas. Vaqueiros gritam tangendo os animais. Nas estações vendem doces de milho, mingau, mugunzá, pamonha e canjica. O sertão vai entrando pelo nariz e pelos olhos de Volta-Seca. Queijos e rapaduras passam em tabuleiros nas pequenas estações, as paisagens agrestes jamais esquecidas enchem novamente os olhos do sertanejo. Esses muitos anos na cidade não tinham arrancado seu amor ao sertão miserável e belo."

Espero que vocês degustem dessa leitura tanto quanto eu.
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Bruna 26/02/2024

Primeiro livro que leio do autor e eu só posso dizer que queria mais da história. Uma história cativante, que nos mostra um Brasil da década de 30, mas que pode muito bem ser comparado com a atualidade. Vemos como meninos que cresceram sem o carinho e a atenção de uma família podem se tornar amargurados e violentos (o que, infelizmente, acontece com muita frequência), para sobreviverem em uma sociedade tão desigual.
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