Eu, Tituba

Eu, Tituba Maryse Condé




Resenhas - Eu, Tituba


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Rafa.Meyer 23/01/2021

Maryse Condé conte comigo para tudo!
Esse livro foi tudo para mim, fazia muito tempo que ele estava parado aqui na minha prateleira,então resolvi ler e ele conseguiu superar todas as minhas expectativas!
A autora escreve de um jeito muito gostoso e não dá vontade parar?, eu não sabia que a história era verídica, mas assim que soube fui pesquisar um pouco mais da vida da Tituba, amei ainda mais!
Saber o quanto essa personagem sofreu e ainda que nunca perdeu bondade no seu coração mexeu muito comigo. Tiveram muitas partes em que eu fiquei com vontade de abraçar a personagem principal e com muito ódio das outras pessoas que fizeram mal a ela, os homens brancos principalmente.
Eu gosto muito de ler sobre personagens negros que fizeram história, pois sei que muitos são ignorados historicamente por não serem brancos, adoro aprender e saber mais sobre tudo que eles viveram e entender um pouco mais da minha ancestralidade??!Sinto que esse livro me proporcionou muitas coisas boas e reflexões que eu vou levar pra minha vida toda, então se você tem curiosidade eu indico muito que leia!!!! to sem palavras??
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Iza Santos 17/05/2021

Leitura muito massa
Que nos inspira a pensar ainda mais nas questões da escravidão e do racismo.
Amei o livro?
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Vi. 28/03/2021

Maravilhoso!
A forma poética de escrita da autora é maravilhosa, e a história nos leva à uma realidade que, mesmo fictícia, infelizmente já aconteceu. Uma linda homenagem a todas as Titubas que tiveram suas histórias esquecidas.
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Rayssa 30/10/2023

Uma escrita muito fácil para um livro muito profundo
Eu sabia que esse livro teria um conteúdo profundo e difícil de ler, mas a escrita da Maryse Condé é tão boa que torna um livro "fácil" de ler. O livro trás diversos assuntos desesperadores que muitas vezes me fizeram parar de ler para chorar ou simplesmente digerir o que acabou de acontecer, mas, ainda assim, em poucos minutos eu voltava a ler porque não conseguia parar de ler. Acho que as mensagens desse livro são muito importantes. Seja a questão de remover o tabu que é uma bruxa, trazendo uma imagem de uma mulher que poderia colocar fogo em tudo, mas escolhe apenas curar. Seja a ideia de o que realmente é liberdade. Sejam todas as questões relacionadas as religiões no geral. O livro é impactante e ao mesmo tempo muito delicado. Só tenho um ponto negativo quanto ao livro, achei a parte de Hester relacionada a feminismo um pouco fora do contexto, mas, ainda assim, amei este livro, em todos os aspectos.
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Paty 16/11/2021

Muito bom!
A autora nos traz a história de Tituba, uma das mulheres que foi condenada como bruxa em Salem, misturando realidade e ficção.

É um livro denso, com temas pesados, abordados com bastante sensibilidade.

Muito bom! Recomendo.
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Cris 04/07/2021

Criei uma expectativa enorme sobre esse livro e me decepcionei. Esperava uma protagonista mais forte. Sua sobrevivência parece obra do acaso e sua vida é puro sofrimento e solidão.
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Henrique Fendrich 10/01/2022

Excelente reconstrução do famoso episódio das "Bruxas de Salém", dessa vez sob a perspectiva de Tituba, uma negra supostamente de Barbados e também acusada de bruxaria. Tão poucos registros deixaram os brancos sobre Tituba que coube a Maryse Condé imaginar uma história para ela, tarefa que desempenhou de maneira muito eficaz e bonita.

Naturalmente, sobressai-se toda a crueldade do tratamento dispensado aos negros nas Américas, bem como toda a contradição de uma moral cristã que admitia essa tratamento e chegava mesmo a considerá-lo uma virtude. A ironia está já na primeira frase do livro, quando se fala de um estupro em um navio negreiro que atendia pelo nome de "Christ the King".

Essas contradições se tornam ainda mais evidentes quando Tituba entra em contato com a sociedade puritana de Salém, que lhe incute ideias como a de Satanás. Como em muitas igrejas de hoje em dia, Satanás tinha naquela sociedade um protagonismo maior do que o do próprio Deus, pois tudo, absolutamente tudo na sua vida podia ser uma artimanha do tinhoso.

O pastor Parris encarna melhor esse tipo de fanatismo na obra, mas todo aquele ambiente, emulado a partir de uma história real, era claramente marcado por superstições religiosas que estavam bem longe de ser inofensivas. Uma hora, iria acontecer um episódio como o das bruxas de Salém, pois aquelas pessoas precisavam urgentemente de bodes expiatórios para conseguir atenuar a própria ansiedade diante da obrigação de escapar do coisa-ruim.

Um trecho que anotei e que diz respeito à dificuldade de Tituba para entender o conceito de "culpa" e de "condenação", que era basicamente o que orientava os ritos daquelas pessoas:

"- Será que é porque fizeram tanto mal a todos os seus semelhantes, àqueles que têm a pele negra, àqueles que têm a pele vermelha, que eles têm esse sentimento tão forte de estarem condenados?".

De fato, ninguém pode dizer que aquelas pessoas brancas não tinham motivos para temer uma condenação eterna, dado o tratamento que dispensavam aos negros e aos índios, além de outros brancos (a história de Tituba com um judeu deixou isso bem claro também). Quanto ao "cultuado" Satanás, que tinha mesmo um status de Deus, Tituba chega a refletir:

"Onde estava Satanás? Não se escondia ele nas dobras das capas dos juízes? Não falava pela voz de juristas e de homens da igreja?".

Essa reflexão é feita justamente em meio aos julgamentos do episódio das Bruxas de Salém. Achei que a construção da personagem até chegar aos episódios de Salém foi muito boa e, em dado momento, lê-se o livro de forma vertiginosa, o que indica o sucesso tanto da trama como da linguagem. Depois de Salém, nada se sabe com segurança sobre Tituba e a autora então escolheu uma trajetória para ela, que foi interessante, sim, mas não tanto quanto antes.

Uma coisa que pegou para mim e que contribuiu para eu não dar 5 estrelas para o livro é um certo anacronismo da história, sobretudo quando Tituba encontra na prisão uma mulher que evoca abertamente o feminismo, com esse nome mesmo, coisa que me parece impossível imaginar que acontecesse na década de 1690, quando se passa a história. Ela poderia ter ideias que se associam ao moderno feminismo, mas, da forma que foi falado, parece que alude a um movimento organizado, o que certamente não podia existir já naquela época.

Pareceu-me também que Tituba se preocupa em como será lembrada no futuro, como se tivesse noção de que o episódio das Bruxas de Salém seria representativo o bastante para ser lembrado séculos depois, o que também não me pareceu totalmente crível. Quanto aos mortos que andam para lá e para cá, sempre acompanhando as andanças e as decisões de Tituba, nada tenho a opor, gostei bastante até do modo como foram incluídos, e sabe-lá se, no fim das contas, as coisas não são mesmo parecidas com o que a autora narrou ali.

Note-se também que, por mais que os brancos e puritanos condenassem Tituba e tudo que pudesse sugerir alguma "bruxaria" da parte dela, seguidamente recorriam a ela para resolver seus problemas mais imediatos e, além disso, tinham eles próprios uma série de sortilégios que só não entravam no rol de bruxarias porque vinham deles mesmo, e não dos negros. E Tituba não entende: como algo que faz bem e ajuda as pessoas pode ser bruxaria?

Também nesse ponto não é difícil fazer um paralelo com o modo de as igrejas neopentecostais tratarem os cultos de matriz africana, ao mesmo tempo em que incrementam os seus próprios cultos de uma série de rituais e superstições sem base no seu livro sagrado.

Em suma, vale muito ler e refletir sobre o que está sendo lido.
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Indira 26/04/2022

" Nós somos negros Tituba! O mundo inteiro está contra a gente!"
Que soco no estômago ler essa frase! Lendo esse livro parecia que estava ali ao lado da Tituba presenciando tudo que ela viu e viveu, torci para que o final dela fosse enfim feliz e foi. Não irei falar mais para não dar spoiller mas indico que quem não leu corra e leia pq a escrita do livro é muito fluída e rápida e vc fica preso à leitura que num instante já está no final.
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Ana Paula 02/05/2020

Eu, Tituba Bruxa Negra de Salém de Maryse Condé, é uma ficção histórica, onde a autora parte de um fato verídico, a morte de Tituba, uma mulher negra e escravizada, que foi condenada pelos tribunais de Salém por bruxaria com o restante da história preenchido pela ficção, já que nos autos não aparece nada mais além dessa informação.
O que mais me impressionou nesse livro foi que, os puritanos da época (típicas pessoas de bem) que a condenaram, foram os mesmos que iam atrás dela na surdina pedir para Tituba usar seus dons para se beneficiarem, muitas vezes inclusive em detrimento da desgraça dos outros. O mal e o egoísmos disfarçado de decência foi o que a condenou Salem e o que a matou por fim em Barbados.
Não foi fácil de se ler. É um livro pesado, justamente pelas considerações acima, mas é um livro bonito, que mostra a força e o poder da mulher de maneira geral
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Ellen 20/12/2020

'Por que tenho que me confessar? Aquilo que se passa na minha cabeça e no meu coração concerne somente a mim.'
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RoSousaAlenc 21/04/2020

Com uma mistura de história e ficção, passeamos sobre um pouco da história da eacravidão, da caça às bruxas em Salém, do ponto de vista de quem sofreu as mazelas de ter sua liberdade tolhida apenas por ter a cor da pele diferente.
A história é incrível, embora seja muito sofrida. Recomendo a leitura acompanhada de uma caixa de lenços. Se você não se emocionar e não se revoltar lendo este livro, muito provavelmente você é um Senhor Parris.
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gabs pina 18/12/2022

apenas mergulhando na história de Tituba dá pra perceber o quão profundo é tudo o que se mostra nesse livro. O livro passa pela sensibilidade da escrita e pela a dureza que é a vida de Tituba e dos seus, e isso permite uma grande imersão na história. Forte, intenso e profundo.
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Bia 26/04/2021

Poesia e beleza em meio às atrocidades da escravidão
Este livro mostra, acima de qualquer violência, crueldade, injustiça cometidas contra Tituba (e todo povo negro escravizado), a força e sensibilidade dessa mulher. E é por isso que, apesar do contexto em que é contada a história, esse livro nos remete à beleza sem fim da trajetoria, alma e beleza de Tituba. Imperdível!
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JessYoshioka 31/12/2020

Um livro marcante e muito forte, a autora se baseou na existência histórica de Tituba, uma escravizada acusada de bruxaria em Salem. A obra consegue transmitir os sentimentos que a personagem principal sentia e não a coloca como inocente ou vítima, mesmo q tenha sido vítima de toda forma de abuso, mas como um ser humano q não teve sua individualidade e crenças respeitadas.
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Ana 20/01/2021

Difícil quem nunca ouviu falar sobre as bruxas de Salém. Esse episódio ganhou diversas narrativas, seja pelos filmes ou livros que contam com dramaticidade essa história e a fazem ser parte do imaginário coletivo.

"Eu, Tituba" seria então mais uma das derivações do período, não fosse contada pela perspectiva de uma negra escravizada. O livro dá voz a uma personagem real nunca antes ouvida. Juntando ficção com o que foi possível encontrar de registros históricos, Maryse Condé cria a trajetória de Tituba, que foi acusada de bruxaria nos tribunais de salém - e muito mais, mas não queremos spoilers por aqui, né?

O livro fala de racismo e violência. Mostra que para as mulheres sempre é mais difícil e que às vezes a bondade e a confiança devem ficar de lado para sobreviver.

A história é recheada de poesia também, na primeira pessoa, a ancestralidade, as forças da natureza e o poder do conhecimento popular ganham espaço e mostram o quanto são importantes.

site: @clube_bla
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