Menino de engenho

Menino de engenho José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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Gabriel 24/04/2023

Li quando criança e achei terrível. Acho que agora, velho, entendo melhor o apelo da literatura regionalista. Esse livro é uma aula sobre um Brasil que ainda é o nosso.
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Edilene Freitas 06/04/2023

Em seu romance de estreia, José Lins do Rego nos apresenta a história de Carlinhos. Através das memórias do menino conhecemos a vida no engenho, a relação entre senhor, trabalhadores e escravos e acompanhamos o labor e o sofrimento nordestino, que convive com a seca e se alegra com as primeiras chuvas que enchem os rios. A história não me pareceu linear, pois trata-se de memórias do personagem, mas ao longo da narrativa é possível perceber a perda da inocencia de Carlinhos com uma nota de melancolia.
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klebio 11/03/2023

Geração de 30, a maior
Acho que encontrei meu "nicho" de literatura brasileira. A geração de 30!! A maior em todos os sentidos para mim.
Este livro foi como se eu tivesse assistido uma boa novela sobre o nordeste, e contada da forma que tem que ser: verdadeira.
A forma em relato, as histórias mais mirabolantes que conhecemos tão bem e os personagens tão bem representados me fizeram realmente devorar o livro como se não houvesse amanhã, e logo em seguida se arrepender pq passou rápido.
Muito bom
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r.reads 03/03/2023

Vale a experiência (e paciência)
Assim... é bom? sim. espetacular? então...
o maior feito do livro pra mim é a ambientação e a representação do cotidiano dos personagens que vivem, rodeiam ou passam pelo engenho, mostrar um fragmento da vida das pessoas no interior do nordeste,
agora os personagens e o enredo deles... é tudo muito volátil, tudo vai se atropelando de um jeito meio forçado, (principalmente o narrador - não que pelo ambiente e pela vida que teve ele não pudesse eventualmente crescer da forma que a gente vai vendo ao longo do livro, é que nada é muito aprofundado e desenvolvido, ALÉM, dele ser chato DEMAIS)
(e talvez isso se reflita no fato desse ser o primeiro livro do zéreis)
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Ed Carvalho 03/03/2023

Emotivo, profundo
Este livro tem uma escrita muito bonita e leve, sem deixar de ser também profunda, emotiva e poética. É a história da vida na época das Casas Grandes e dos coronéis pela perspectiva de um menino branco que fica órfão e vai morar com o avô num engenho de açúcar. É muito bonito e singelo, mas tem sérias reflexões sociais e morais também. Adorei a leitura.
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estela.lavinia 27/02/2023

Menino de Engenho
Essa história é, sem dúvidas, uma das mais rápidas rápidas já li. O autor conseguiu fazer com que ela seja muito fluída e interessante. Essa leitura nos proporciona ler e aprender um pouquinho mais sobre uma determinada época da história do Brasil que, grande maioria das vezes, as escolas não ensinam do jeito que realmente foi.
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Lucas 23/02/2023

Breve e leve: o primeiro trabalho literário do paraibano José Lins do Rego
Quando o leitor se deparar com Menino de Engenho (1932), um pequeno livro com uma proposta encantadora, ele terá nas mãos a primeira obra do paraibano José Lins do Rego (1901-1957). Só por este rótulo a obra já vale a leitura, porque se está falando de um dos melhores escritores nordestinos de todos os tempos e um dos principais símbolos do movimento literário do regionalismo que surgiu no Brasil na década de 1930 e legou à eternidade vários e inesquecíveis trabalhos literários.

Lançado a partir de uma publicação financiada pelo próprio José Lins, Menino de Engenho é escrito em primeira pessoa a partir da narrativa do jovem Carlos Melo, que conta a sua vida a partir dos quatro anos de idade. Após passar por uma experiência aterrorizante com seus pais (e ficar órfão de mãe), a criança sai da cidade grande (no caso, Recife) para ser educado pelo avô materno, o coronel José Paulino no interior da Paraíba, próximo de Pilar, terra natal do escritor. O coronel era um importante cidadão das redondezas porque ele possuía um grande engenho para fabricação de açúcar.

É diante desse choque do garoto retraído e traumatizado com a vida no interior, marcada por toda uma estrutura social e econômica própria, que Menino de Engenho se desenvolve. O título, aliás, parece servir como um contraponto à alcunha "senhor de engenho", a qual designava grandes latifundiários que trabalhavam com cana-de-açúcar. No âmago desse contraponto, está a inocência do menino, cuja percepção não era capaz de entender todos os aspectos e influências econômicas daquela estrutura, bem como da consolidação (baseada na escravidão) dos engenhos como atividade econômica. Esta inocência era de conhecimento de José Lins, já que vários traços da sua biografia confundem-se com a trajetória de Carlos Melo (a orfandade e a criação e contato com os engenhos do avô, por exemplo).

Entretanto, José Lins não vai por esse caminho. Menino do Engenho é puro e inocente sem ser lúdico ou parecer um conto de fadas. Seus quarenta capítulos curtos são "redondos", não deixam nada para trás e tudo se resolve. Neles, Carlos conta suas peripécias com outros garotos da fazenda e alguns primos, sempre sob o olhar fiscalizador das suas tias, Maria (irmã mais nova de sua mãe) e Sinhazinha (cunhada do seu avô). Trata-se, portanto, de um enredo simples: é claramente o livro de um escritor estreante, que valoriza a autenticidade e não gosta de correr riscos em temáticas mais rebuscadas (totalmente diferente de Fogo Morto, por exemplo, livro de 1943 que se aprofunda mais em nuances psicológicas e individuais de cada um). Dada esta simplicidade e seu tamanho reduzido (cerca de 150 páginas na maioria das edições), detalhes da narrativa podem ser evitáveis numa resenha, mas valem menções ao capítulo que trata da enchente do rio Paraíba, às histórias lendárias da velha Totônia, à existência de um possível lobisomem nas redondezas, entre outros momentos marcantes.

Simplicidade está longe de ser sinônimo de pobreza e José Lins do Rego é a prova literária disso. Mesmo que ele não aborde temas tão sérios e profundos, neste seu primeiro trabalho podem ser vistas muitas das características que acabaram por simbolizar o seu estilo. Uma singular habilidade descritiva de paisagens, a humanização dos personagens (bons ou maus, seus tipos são humanos, carregando consigo todas as complexidades e eventuais incongruências deste rótulo), forte apego ao que é real, seja por meio de descrições ou figuras que realmente existiram (como o cangaceiro Antônio Silvino (1875-1944), que aparece em Menino do Engenho e em outras obras do autor), entre outros aspectos, correspondem ao grosso da literatura de José Lins. Fica-se com a impressão de que o simples, quando é bem feito, se torna algo lindo. Sua escrita faz pontuais voos (no caso de Menino de Engenho eu diria que esses voos correspondem à recorrente iniciação sexual de Carlos, que lhe exerce uma decisiva influência e é o tema mais sensível do livro), mas seus pés estão serenamente no chão.

Menino de Engenho é, sob esse ponto de vista, uma semente plantada por José Lins do Rego. Além de ter sido o primeiro livro da sua carreira, é a obra que abriu o que o autor chamou de "ciclo da cana-de-açúcar", composto posteriormente por Doidinho (1933), Banguê (1934), O Moleque Ricardo (1935) e Usina (1936). Ademais, aqui se percebe que este estilo supracitado do autor ainda está verde. Seu desabrochar literário viria depois, mas a história de Carlos Melo foi um abre-alas preciso do que José Lins viria a ser e a representar para a literatura nacional: alguém com um talento nato para escrever e compromissado com a sua terra e o movimento regional da literatura do seu tempo. Outra evidência deste raciocínio são as menções a personagens que aparecerão em outros livros seus, como o já citado cangaceiro Antônio Silvino e o engenho Santa Fé de Lula de Holanda e o mestre José Amaro, protagonistas do maravilhoso e também já citado Fogo Morto.

Uma obra simples, que funciona bem, que é recomendadíssima para um público infanto-juvenil (especialmente como um impulsionador de outras obras da literatura brasileira) sem ser infantil e que é "redondinha" no sentido de nada ficar para trás: assim pode ser definido Menino de Engenho. Associe estes aspectos ao seu autor e o leitor terá diante de si um livro leve, de leitura breve e que encanta em praticamente todas as linhas.
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InfinitaTBR- Jana 16/02/2023

Zé Lins, o ícone
?Menino de engenho? conta a história da infância de Carlinhos, um garoto da cidade e que depois de perder a mãe e ter o pai internado em um hospício, foi morar no engenho do avô.

No engenho Carlinhos viveu todo tipo de aventura, mas sem entender muito bem diversas situações que aconteciam ao seu redor. Por exemplo, o que o diferenciava dos outros meninos, e que a vida dos trabalhadores do engenho talvez não fosse tão alegre quanto ele pensava. Sem esquecer do coronelismo, um dos traços mais marcantes da época.

O livro também aborda temas muito delicadas como abu$o infantil e zoof1lia.
Mas tudo se resolveria quando o menino fosse para o colégio - assim acreditavam os adultos.

? ? ? ? ?

Eu gostei bastante do livro. Zé Lins tem uma escrita muito acessível e narrou esta história de maneira interessante. Os capítulos curtos, dão uma agilidade marcante à história e a linguagem do autor deixou as cenas muito visuais.

Das plantações à cozinha da casa grande; dos banhos de rio à visita de um bando de cangaçeiros ao engenho; da vida dura no canavial às cheias do rio, ?Menino de engenho? é um convite ao Nordeste do início do século XX e a um pouco da história real da infância do autor, um dos mais importantes e brilhantes da nossa literatura.
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Julio.Argibay 16/02/2023

Menino de engenho José Lins
Essa (h)estória se passa no interior da Paraíba. Certo dia, quando eu vi o título do livro, eu achei que o romance se tratava da vida de um filho de qualquer um trabalhador rural, pobre e humilde. Mas, o menino era neto do dono do engenho e se chamava Zé Paulino (o escritor, também, viveu sua infância num engenho, então é quase uma obra autobiográfica). Assim, Carlinhos foi morar com o avô, ainda criança, depois de uma tragédia familiar (não vou adiantar nada). Já no casarão do avô, o menino conviveu com várias parentes e agregados, bem interessantes e exóticos. O garoto teve uma priminha que se chamava Lili. A bichinha era bem frágil e morreu ainda criança. Eles foram muito ligados, na época. A Tia Sinhazinha geria o casarão com mãos de ferro e castigava os empregados e os primos, que eram bem danados. Apesar do menino brincar com os moleques do engenho e os primos, ele era mais cuidado pela família do que os outros meninos. Talvez pelo seu infortúnio ou por ter vindo da cidade grande. Quando ele ficou maiorzinho, ele teve alguns professores e gostou demais da esposa de um deles. Uma paixão platônica. De vez em quando, o menino saia com o avô Zé Paulino, visitando o povo podre do lugar, dependentes do avô pra quase tudo. Era uma espécie de servidão a brasileira. Certo dia, houve uma enchente no Rio Paraíba que desabrigou boa parte do povo e devastou o canavial do velho. Carlinhos teve uma educação pouco religiosa, pois o patriarca não era tão matuto e ligado nestas coisas. Muitos "causos" eram contados no casarão, ligados as tradições e culturas locais. Ele ficava maravilhado com essas estórias (parte das recordações do autor). Havia, ainda, a Velha Generosa, que tomava conta da cozinha do casarão. Certo dia, Carlinhos, conheceu uma prima do Recife e ele se apaixonou pela jovem. A menina se chamava Maria Clara. A família dela era da cidade e cheia de educação, modos, modas e novidades. Houve, também, períodos de chuvas, inundações e queimadas, assim como bom tempo. Banhos no rio, etc e tal. Carlinhos com o tempo perde parte de sua ingenuidade. Assim, num belo dia, chega a hora dele ir embora para o internato, estudar na cidade grande. Bons tempos esses, que não voltarão jamais. Este é o ápice da literatura regional.
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Fernanda1156 02/02/2023

Que saudade dos meus tempos de criança
Esta é uma leitura bem rapidinha e gostosa eu demorei porque estava lendo muitos livros de uma vez, mas se pagasse só este livro para ler seria bem rápido, no meu caso, coisa de 3 ou 4 dias, mas tem quem fala que lê em uma sentada.
Este é um clássico e como me.deu nostalgia em ler a triste história contada por Carlos filho de D. Clarisse viu. Ela foi assassinada por seu pai ciumento e com isso a criança ficou só e teve que ser enviada para o engenho do avô para ser criado pela irmã da mãe tia Maria Clara e é aí que começa a aventura da sua vida. Ele cresceu brincadeira, subindo em árvore, tomando banho de rio, vendo a cheia do rio levar casa, plantações, sonhos e até vida. Ele teve seu animal de estimação e depois perdeu ele porque estava gordo e pronto para o abate, teve seus amores, roubou beijos, aprendeu as letras (entende-se aprendeu a ler) teve uma infância maravilhosa, enfim foi menino de engenho!!!

Meu melhor comentário durante a leitura: Aaaa não acaba não, estou amando esta leitura gente, estou me demorando nela, mas não é porque é difícil, é porque a história lá no engenho é uma delícia, me lembrou muito dos meus tempos de criança lá na roça onde meu tio morava e trabalhava nas plantações, só quem viveu que sabe o que é fritar banana no fogão a lenha, subir em árvores para pegar frutas e tomar banho de rio!!! Eu tive uma infância maravilhosa e estou revivendo cada momento dela nesta leitura!!!

@viajeira.literaria
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leitordamadrugada68 26/01/2023

Para refletir
Ao realizar a leitura, consegui entender e perceber alguns aspectos sobre o período do fim da escravatura no Brasil que não me foram ensinados na escola. O livro possui uma leitura fácil e fluida, intrigante e com diversos personagens com vidas sofridas.
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Kaique.Furquim 19/01/2023

Menino perdido, menino de engenho
Que livro bonito, fofo e aconchegante. é um clássico da literatura brasileira, aborda muitos temas, o crescimento de carlinhos, ele entrando em uma vida sexual mas com medo da religião condenar kkkk Além de falar muito sobre pessoas negras e a situação da época.
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Débora 14/01/2023

Nunca li nada parecido!

É um romance que narra, sem fazer juizo de valor, ou seja, que se resume a descrever as relações interpessoais e de trabalho do período pós escravagista do nordeste brasileiro.

O personagem principal, num formato que se assemelha a um diário, descreve a sua infância de herdeiro e a dinâmica da casa de um senhor de engenho onde os empregados há pouco deixaram de ser escravos. Ele cresce nesse ambiente, e cada personagem secundário tem ocupações muito distintas e rígidas, determinadas sobretudo pela origem de sua família e classe social.

O passado de escravidão é ainda pouco distante, então com frequência são contadas estórias do que acontecia quando os senhores de engenho eram donos de pessoas.

Muito impactante.
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Biaaa_Pascotto 30/12/2022

"Menino perdido"
O amadurecimento precoce de um menino que teve sua vida mudada por uma tragédia!!
A partir da história de Carlos podemos compreender muito sobre o ambiente em sua volta e ter uma visão sobre o tempo após a abolição
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