Resenhas - Britt: Marie esteve aqui

Beatriz 31/12/2023

Que alegria observar a vida cotidiana e maluca da Dona Brit, foi tão intenso que eu sinto que até já conheço ela.
Esse é o livro que me lembrou que histórias simples podem ser extraordinárias, porque a realidade também é.

Isabel 08/02/2024

Acho incrível como o autor consegue escrever personagens com vivências tão tristes de uma forma tão bem humorada. Foi uma leitura completa no quesito emoções, senti de tudo, chorei de rir, ri pra não chorar. Borg é uma cidade muito pequena e funciona de um jeito muito peculiar. Cada personagem conseguiu ser cativante e ter o seu momento de ganhar meu carinho. Torci loucamente pelo time das crianças de Borg, e olhe que eu nem gosto de futebol.

"Nunca torci para time nenhum. Acho que gosto demais de futebol. Às vezes sua paixão por um time pode atrapalhar seu amor pelo jogo."

A jornada de Britt-Marie é sensível, emocionante, engraçada e envolvente! Ela passou sua vida a sombra de outra pessoa, da sua irmã, depois do seu marido. Sempre tentando ser útil para que algum dia pudesse ser notada. Sempre se esquecendo dos problemas com uma faxina bem feita regada a bicarbonato de sódio e faxim.

Amei ver essa senhora de cabelinho arrumado que faz listas pra tudo, descobrir a si mesma em monólogos existenciais dirigidos a um rato comedor de snikers, ou mesmo, não resistindo a vontade de chutar uma bola de futebol.

"Se uma bola vem rolando pela rua, você dá um chute. Você ama o futebol pelo mesmo motivo que se apaixona. Porque não sabe como evitar."

Ao descobrir a paixão pelo futebol, Britt-Marie descobre a paixão pela própria vida. A vida em que o valor da sua existência não se resume a ser necessária, mas ao simples fato de estar aqui.

Adriana1161 20/02/2024

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Uma história sobre amor e recomeços. Amor ao próximo e amor-próprio!!! Britt-marie é um personagem incrível que vai ao longo do livro se conhecendo e se transformando em uma nova mulher.

Fer 09/03/2024

?Kent sempre empurra o carrinho enquanto Britt-Marie anda a seu lado e segura um canto do cabo do carrinho. Não porque tente conduzir, só porque gosta de segurar coisas enquanto ele também as segura.?

?Kent insistis em dizer que ela ?escondia? o barbeador, quando se postava ali de manhã, gritando ?Briiiitt-Mariiiie? porque não conseguia encontrá-lo, mas ela não o escondia de forma alguma. Só estava reorganizando. Existe uma diferença. Às vezes ela reorganizava porque era necessário e às vezes o fazia porque adorava ouvi-lo chamar seu nome pela manhã.?

? - Quero que você saiba, Britt-Marie, que sempre que ouço alguém batendo na minha porta tenho esperança de que seja você.?

Ana Lu 16/03/2024

Eu amo a sensibilidade do Fredrik. Eu sinto que de alguma maneira, todas as vezes que eu leio algo do autor uma parte de mim se sente mais em casa, Britt-Marie é o terceiro livro que eu leio do autor e foi uma surpresa, como eu esperava.
Recomendo esse livro para todos que estão se sentindo um pouco sem esperança ou com saudades de algo.

Ligia.Ulguim 29/03/2024

Surpreendente! No início achei que não conseguiria ler até o final, mas felizmente insisti e me apaixonei. Não tem como não se apaixonar. Recomendo.

Ysabela.Rolim 05/04/2024

Terminei em lagrimas
No início do livro eu não peguei o ritmo, fui beeem devagar. Talvez foi pq infelizmente eu me vi com questões semelhantes a de Britt-Marie, e eu acabava fugindo da leitura. Mas eu amei ver a evolução dela, o desenvolvimento dela com a crianças, foi triste perder o Sami, ver as crianças sofrendo com isso. Mas elas passaram por isso e foi lindo eles dando dinheiro pra Britt-Marie ir para Paris e voltar. Eu chorei com essa leitura por vários motivos, por tristeza, emoção e felicidade também. Achei lindo que as crianças incentivaram ela a se escolher pela primeira vez. Enfim muitas emoções...

jiangslore 02/05/2024

[4/5]
"Britt-Marie Esteve Aqui" é um livro divertido, adorável e (apesar de tudo) cheio de alegria. É uma história sobre a vontade de ser visto e valorizado; e, principalmente, sobre a dificuldade que uma pessoa pode ter de transformar essa vontade em realidade em razão de diversas circunstâncias da sua vida. A forma que o livro aborda esse tema é tão mundana e "normal" que acaba sendo muito fácil ter empatia pelos personagens. Ao mesmo tempo, o livro inteiro é permeado pelo senso de humor absurdo que é tão marcante nas obras do Fredrik Backman.

Britt-Marie é uma protagonista maravilhosa e incrivelmente bem desenvolvida. A história de vida dela é muito interessante e acrescentou aspectos e nuances que me surpreenderam bastante, mas, concomitantemente, fizeram sentido para a personagem e seu contexto. A forma que ela interage com o mundo a sua volta e com outras pessoas é tão divertida e absurda, mas, ao mesmo tempo, realista. Acho que Fredrik Backman sabe bem o que é escrever um livro com verossimilhança interna. Por outro lado, alguns dos personagens secundários foram um pouco mais unidimensionais do que eu gostaria - e confesso que queria que o rato tivesse um papel um pouco mais relevante do que teve. Mesmo assim, acredito que a maioria dos personagens proporcionou pelo menos um momento que me divertiu ou que me envolveu.

O enredo de "Britt-Marie Esteve Aqui" é legal demais (até mais legal do que eu esperava que fosse). Sinceramente, eu não consigo parar de pensar na forma que o livro foi iniciado. Não é simples colocar isso em palavras, mas o autor é tão bom em criar eventos que realmente mostram como um personagem é - e isso é um milhão de vezes mais interessante do que simplesmente dizer que um personagem tem esta ou aquela característica. Além disso, essa dinâmica cria um efeito ótimo: ao mesmo tempo que Britt-Marie move a narrativa, ela também é movida por ela.

Mas, embora o enredo seja divertidíssimo - com uma pontada de tragédia, claro, mas eu diria que o saldo de "Britt-Marie Esteve Aqui" é feliz -, houve momentos em que seu ritmo não me pareceu adequado. É possível que isso tenha sido “culpa” minha, pois talvez eu tenha lido o livro rápido demais. Mas a impressão que tive é que a conexão que Britt-Marie estabeleceu com Borg - e com seu time de futebol - surgiu repentinamente demais. Claro, eu me senti conectada a esses pontos do enredo mesmo achando que a construção poderia ter sido melhor, então é possível que eu só esteja colocando um padrão alto de cobrança por ter gostado de todos os livros do Backman que já li.

Acredito que o final do livro pode ser um pouco polêmico e desagradar alguns leitores. Por um lado, penso que foi um bom final, que fez sentido dentro do contexto do livro e de sua mensagem. Por outro lado, acredito que, provavelmente porque o autor queria manter um nível de suspense, o final foi narrado de um modo acelerado demais.

Mesmo com essas questões, "Britt-Marie Esteve Aqui" com certeza é uma leitura que recomendo. Britt-Marie é uma personagem muito especial, que passa por coisas muito especiais no decorrer do enredo. Conhecê-la e reconhecer sua presença, no final das contas, é um presente para nós, leitores.

RunaSu 03/05/2024

Desde o momento em que vi a capa do livro, com um animalzinho fofo e a protagonista sendo uma idosa, um certo pressentimento me invadiu, que eu iria me emocionar muito e iria rir horrores ao longo da leitura. E não poderia ter acertado mais em cheio. Me deparei com uma protagonista adorável e personagens encantadores.
A cidadezinha do interior onde se passa a história, com sua proximidade entre os moradores, ajudou para a atmosfera acolhedora do enredo.
O aspecto mais marcante, foi a diversidade e profundidade dos personagens. Cada um deles possuía uma característica única, cuidadosamente criada pelo autor. É raro encontrar tamanha variedade de personagens em um único livro.
Uma das questões abordadas, a paixão pelo futebol em uma cidade do interior, desperta reflexões. A incredulidade da protagonista frente à devoção das pessoas pelo esporte é algo que muitos pessoas podem compreender, dada a relação quase sagrada com o futebol. A combinação única de temas como futebol, uma mulher idosa traumatizada que está em processo de cura e uma cidadezinha interiorana resultou em uma narrativa envolvente e surpreendente.
Uma leitura que aquece o coração e nos faz refletir sobre a beleza e complexidade da vida.

Luiza.Vassallo 13/05/2024

Encantador
Comecei logo após ler Gente Ansiosa, desse mesmo autor, então buscava uma dinâmica igual, acredito. Por isso, a leitura foi mais lenta no começo, demorando a abraçar a história.
Mas Britt-Marie é assim. Começa devagar mesmo, meio dura, meio estranha, pra depois te conquistar. Então, no fim, consigo ver que esse demora minha talvez faça sentido demais com a experiência de conhecer essa persona tão diferente.
A jornada com Britt é maravilhosa, cheia de reflexões, uma compreensão que eu mesma não tinha sobre o futebol e a arte de praticar empatia aqui muito explorada.
Recomendo a leitura pra quem tá com o coração calmo e pronto pra se apaixonar lentamente ??

isa.senki 17/05/2024

Nunca tinha ouvido falar e posso dizer que julguei o livro antes de começar a ler, achei que não ia gostar mas acabei adorando. No começo achei que não ia conseguir me acostumar com a leitura e também achei que não ia gostar da Britt-Marie, mas a realidade foi outra. Achei um livro bem tranquilinho de ler, ele me prendeu bastante. Me emocionei e me encantei pela Britt. É um livro que vale muito a pena ler

Dyego 16/06/2024

Esse é o terceiro livro do autor que leio, e a cada livro gosto mais da sua escrita. A personagem principal começa chata, o que dá ao livro um ritmo um pouco mais lento, mas conforme a história se desenvolve, vamos sendo cada vez mais cativados por Britt-Marie. O desfecho fica meio em aberto para quem gosta de pontas amarradas, mas isso não significa que ele não seja satisfatório. É sobre finalmente tomar as rédeas da própria vida, sobre se permitir sair da rotina, sobre experimentar, é sobre cuidado.