Morangos mofados

Morangos mofados Caio Fernando Abreu




Resenhas - Morangos Mofados


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Rafael M. 03/09/2021

Difícil escrever sobre.
Somos tão acostumados a tratar a literatura nacional como algo distante, rebuscado demais, as vezes até chato, que não entendemos o que temos em nossas mãos.

O Brasil é lindo na literatura, não há o que se resenhar. É uma experiência que deve ser feita com total dedicação. As vezes nos perdemos, pois tudo parece um eterno devaneio.

Sou fã e grato.
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Beca.Borges 22/02/2023

" A partir de então tudo ficou ainda mais complicado. E mais real"
Um livro avassalador, cada conto que o Caio Fernando Abreu escreveu nesse livro toca de um jeito diferente um pedacinho da sua alma. Contos reais, com pessoas reais, que sofrem, que são felizes e que não entendem o que está acontecendo.
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Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 28/03/2023

Conhecer Morangos mofados se faz necessário em alguma medida
Esta obra é uma antologia de contos, e muitos dos textos retratam relacionamentos homoafetivos.

Os personagens, na maior parte dos contos desta antologia, não possuem nome e em mais de um momento me enganei com relação ao que imaginava sobre eles (porque, claro, meu pensamento sempre acabava seguindo, mesmo que sem querer, um padrão que não era o que o autor estava retratando).

Achei alguns textos de uma poética bonita, mas que os deixam mais difíceis de ler, tornando o ritmo de leitura um pouco mais lento. Ritmo este que talvez fosse necessário para uma obra como esta.

As temáticas também nem sempre facilitam: falar do ser humano, da nossa complexidade, dos nossos medos, sem sombra de dúvidas não é algo que se faça de maneira simples.

A obra é dividida em três partes:
O mofo — contém nove contos e é dedicada aos tempos da ditadura militar.
O morango — contém oito contos e trata sobretudo das transformações interiores.
Morangos mofados — contém o conto que dá nome ao livro.

Esta edição da Companhia das Letras é muito bonita: o papel tem um toque gostoso e torna a leitura confortável e as bordas são arredondadas. Além disso, ela conta com uma carta do autor a José Márcio Penido e um posfácio de José Castello, que torna toda a leitura ainda mais significativa.

Apesar do período em que foi publicado, Morangos mofados ainda conserva ares de atualidade (o que não necessariamente é bom). E alguns de seus trechos ganham novos e inesperados significados com o passar dos anos.

Todos os contos possuem uma dedicatória, o que acrescenta mais uma dimensão às narrativas e também à obra.

O texto que mais gostei foi Aqueles dois — história de aparente mediocridade e repressão. Uma das poucas histórias em que os personagens têm nome e cuja narrativa possui uma clareza deliciosa de acompanhar.

site: https://blogdastatianices.com/2023/03/28/morangos-mofados-caio-fernando-abreu/
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Malu Caires 01/01/2023

"... que aconteça alguma coisa bem bonita com você, ela diz, te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez..."
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eduarda 28/10/2021

morangos mofados
ai eu amei esse livro, caio escreve MUITO bem e consegue inserir o leitor no que quer transmitir. alguns contos me deixaram muito impactadas e por isso gostei tanto. 5/5, todo mundo deveria ler!
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luigigui 21/01/2022

O gosto constante de morangos mofados.
Aqui Caio Fernando Abreu mostra todos os pontos mais bonitos e brutais da sua escrita, cada conto explora uma faceta diferente daquilo que nos torna seres humanos, inseguros, ansiosos, hora infelizes e hora esperançosos. Não foram todos os contos que me atingiram da mesma maneira, confesso que alguns chegaram a tornar a leitura um pouco arrastada pra mim. Ainda assim, mesmo aqueles contos que não foram os meus favoritos, contam com a genialidade que Caio não perde em nenhum momento da obra. Mesmo que não seja exatamente perfeito e tenha alguns momentos que dificultaram a leitura pra mim, "Morangos Mofados" continua sendo uma leitura indispensável.
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livrodebolso 14/10/2019

Se eu ainda estivesse classificando os livros lidos, seria obrigada a baixar um ponto para cada um dos anteriores em virtude da qualidade absurda deste. Não é um livro para ser lido, é para ser sentido. Saboreado, mas não digerido. Ele entala na garganta, e o gosto é amargo, de morangos mofados. A vontade é de enfiar o dedo e vomitar as palavras, que é o que estou fazendo agora: elas estão saindo sem controle, pois o perdi em duas rodadas de tortura. Tortura como na ditadura, época em que escrevia o autor.
Os contos são divididos em duas partes: O Mofo, que cheira podre, que desespera, causa angústia; e Os Morangos, mais ameno, mas ainda incômodo e cruel. Logo no segundo, senti um tapa na cara tão violento que quase não aguentei. Pensei em largar e tentar mais tarde. Mas não conseguia parar de ler.
Após, quando cheguei ao quarto, fiz o que ele recomenda e fui ouvir o tal do Erik Satie: o desespero realmente foi agradável, e me acostumei com a sensação de coração pesado que acompanhou-me até o fim. Feliz, como comenta o próprio Caio em uma carta anexada: o final era feliz, mas o caminho foi tortuoso e sangrou meus pés.
As partes dedicadas ao homossexualismo, de longe as mais tristes, escondem dentro delas a coisa mais linda que já li, um casal se formando tão sutilmente, e tão descaradamente sendo apontado pelos outros, vivendo em um deserto de almas vazias.
Nenhum tema é leve, nenhum conto é engraçado, todos causam dor e intensificam o sentimento principal causado pelo livro Sapiens, e contradizem a resenha anterior. Eu senti, durante a leitura, foi ódio. Mas a seleção de palavras e formação de frases deste homem quebra o ódio e torna-se nada mais que admiração.
Se você que está lendo me acompanha desde o início, deve saber que eu gosto de livros reais. Não li nada mais real que Morangos Mofados até hoje. Cada palavrão e diálogo, gíria e interrupção na narrativa foram brilhantemente colocados e revisados pelo autor incessantemente, resultando em algo esplêndido.
Caio morreu de Aids no início de 1996. No final do mesmo ano eu nasci. Ele poderia ter escrito ontem, e nada estaria ultrapassado. Tudo ainda é.
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Camila1856 14/11/2019

Visceral
É com certeza um livro para se ler mais de uma vez e em fases diferentes da vida. Já o li duas vezes e em cada uma delas destaquei parágrafos novos que me chamaram atenção.
Os contos tratam de temas como homossexualidade, preconceito, intolerância, solidão, depressão, drogas, amor, amizade.
A maioria dos personagens não possuem nome, quase como se fossem projeções do próprio autor.
Alguns contos são completamente confusos, com escrita no estilo fluxo de consciência, cheios de metáforas (no estilo Clarice Lispector), como se o autor não quisesse deixar claro pra o leitor o que está contando. Cabe a este último interpretá-los e senti-los da forma que lhe convier.
Os contos que mais gostei nessa última leitura foram: Além do ponto, Terça-feira gorda, Sargento Garcia, Fotografias, Caixinha de Música e Aqueles dois.
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Toni 19/02/2020

Morangos mofados [1982]
Caio Fernando Abreu [RS, 1948-1996]
Cia. das Letras, 2019, 192 p. 📖

Quem nunca leu Caio Fernando Abreu faz bem em começar pelos contos de Morangos mofados. Quem já leu de um tudo do autor fará melhor figura ainda quando resolver revisitar estes contos publicados em 1982. Assim como um clássico é sempre um livro que estamos relendo (na definição cretino-humorística de Italo Calvino), as personagens de CFA são criações com gestos e vozes muito familiares. Visitá-las, ainda que pela primeira vez, tem sempre um gosto de reencontro. 📖

Divididas em três partes — “O mofo” (9 contos), “Morangos” (8 contos) e “Morangos mofados” (conto homônimo) — as narrativas se comportam como numa fuga, gênero musical marcado por um tema repetido por diferentes vozes musicais, cada uma, à seu tempo, acrescentando diferença e entrelaçando-se às outras. A ditadura militar brasileira, a propósito, ocupa lugar de destaque na primeira parte, mas o grande tema, de uma ponta a outra, parece ser o fracasso (da escrita, da salubridade, das utopias, da experiência humana). Mas não pensem com isso que estamos diante de uma literatura de desistência e abandono: há reação, desbunde, resistência, vida em meio à precariedade, olhos e ouvidos atentos ao silêncio autoritário. O mundo descrito por Caio é, às vezes e com razão, o pior dos mundos. Mas é o mundo que calhou onde encontrarmos transcendência. 📖

Além de ser um dos pontos altos da obra de CF Abreu, este é também o livro que guarda um de meus contos favoritos da vida, “Aqueles dois”, a história de Raul e Saul, funcionários masculinos-discretos-fora-do-meio de uma repartição que certo dia descobrem outra possibilidade afetiva. Quando este conto em particular chega ao fim é que a gente percebe, com efeito, que a literatura tudo pode, até mesmo se vingar da mais cruel realidade. 📖

Apesar desta reedição ser linda, quem quiser economizar e ter todos os livros de contos do Caio na mão, recomendo os Contos completos.
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Mendes78 21/02/2020

Amei o Caio
Eu não sei nem como começar a falar sobre esse livro que me abalou de uma maneira totalmente nova e diferente, Caio Fernando Abreu, um autor do cânone literário (Obrigado Caio por ter me ensinado isso, não não é o Caio autor é o Caio amigo meu, Caiozineo) Enfim, um autor considerado clássico e considerado uma leitura muito importante para determianados vestibulares que por essa razão eu achei que não seria tão legal e talvez até chato de ler (Como machado, me desculpa gente mas machado não desce kkkk) mas acabou se tornando umas das minhas leituras favoritas de todas.

Enfim é o seguinte: eu não vou fazer uma resenha super detalhada sobre devido ser uma obra histórica porque eu não me considero com capacidade para fazê-lo mas direi aqui minhas impressões pessoais.

O fato é que o Caio escreveu esse livro na década de 70, terminou de escrevê-lo perto do finalzinho da década já. Se nós pudermos nos lembrar bem, nessa época estava rolando aqui no Brasil a Ditadura Militar, época complicada no nosso cenário principalmente para os criadores artísticos.

Nas minhas pesquisas eu não consegui descobrir se os contos de Caio nesse livro foram censurados ou não o fato é que ele aborda muitos temas que na época com certeza seriam trocados por receita de bolo se fossem ser publicados num jornal. Nessa época ainda estava surgindo o movimento da contracultura, um movimento que ia contra o “American way of life” que consistia basicamente no consumismo exagerado, foi nessa época que surgiu o movimento Hippie e o da Tropicália no Brasil.

O livro é separado em duas partes, a primeira sendo chamada “mofo” tem personagens bem fortes que mostram muito da descrença de que a utopia da contracultura fosse dar certo, enquanto os da segunda parte “morangos” mostrava muito de uma nova esperança, de que as coisas podem melhroar.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o fato de cada conto ser bom o suficiente para te fazer parar para digerir as palavras entre um e outro, Caio aborda temas como a homossexualidade, amizades fortes, preconceito, a propria ditadura nas entrelinhas, claro, e muitos outros temas que eu não estava esperando ver num livro de 1970/80.

Eu queria poder comentar um pouco sobre cada conto mas eu não consigo falar sem dar spoilers, cada um deles conseguiu mexer comigo de alguma forma e todos eles tem uma profundidade muito grande, a forma como o Caio escreve é sensacional.

Ao final do livro Caio termina com um ultimo conto de mesmo nome do titulo do livro. Onde nele podemos enteder toda a metáfora que está por detrás da estrutura dos contos e da própria capa do livro. Nele podemos sentir a angustia e a esperança. Em minha interpretação eu vejo muito do cenário de se sentir preso e sem ter o que fazer com a situação polítca da época, que não deixa de conversar infelizmente com a nossa atualidade onde estamos vendo muitos dos antigos erros se repetirem.

Contudo a mensagem que nos é passada pelo autor é que embora sintamos esse gosto de morangos mofados na boca, ainda podemos tentar plantar novas mudinhas em um novo vaso e quem sabe mais pra frente sentir o gosto da fruta no seu mais perfeito estado.

Como se não bastasse tudo isso ainda temos no final uma carta de Caio par aum amigo chamado “Zezim” que foi escrita em 22 de dezembro de 1979, escrevendo para ele falando sobre o processo criativo e incentivando o amigo a escrever. Ele menciona a música dos Beatles “Strawberry fields forever” Que inspirou o último conto do livro. Nesse momento ele dedica a música para o novo ano que vem e continua seu texto dando dicas para o amigo.

"Você me pergunta: que que eu faço? Não faça, eu digo. Não faça nada, fazendo tudo, acordando todo dia, passando café, arrumando a cama, dando uma volta na quadra, ouvindo um som, alimentando a Pobre."

Fato Curioso: Quem me recomendou esse livro foi um amigo chamado Caio (sim aquele lá do início do post), descobri muitos fatos curiosos da vida do Caio através de um amigo chamado Rafael, que por sua vez também começou a ler Caio Fernando atravéz de morangos mofados pasme: Também foi indicação de um amigo chamado Caio. Além de tudo isso, a carta para o zezim foi escrita no final de 1979 para 1980 e eu terminei de ler esse livro entre a ultima semana de 2019 e nos primeiros dias de 2020. Não pude deixar de relacionar a carta comigo mesmo e com a época em que nós estamos vivendo.

Morangos Mofados – Caio Fernando Abreu (★★★★❤)

Algum de vocês já leu algum conto do Caio, já conheciam ele ou tiverma experiência parecida com algum livro do canône? Me conta no meu blog abaixo

site: https://guigomendes.wordpress.com/2020/01/08/morangos-mofados-resenha/
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Amandinha 22/03/2020

A vida é um morango vermelho vivo e fresco
No início não gostei muito do livro, mas os últimos contos me passaram uma sensação muito grande de esperança e aconchego. Caio Fernando Abreu ganhou meu coração!
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Poesia na Alma 05/04/2020

aquele gosto de morangos mofando
Morangos mofados é a mortificação social, a descrença diante da repressão e da subjetividade das experiências mais concretas do dia a dia, dos amores proibidos. uma contextualização histórica. Há também amor e esperança de dias melhores, a estranheza diante de um mundo frio e áspero ao diferente, ao semelhante que não é igual e não está postulado numa normativa, ao corpo não militarizado.


leia mais - http://www.poesianaalma.com.br/2020/04/resenha-morangos-mofados.html
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Gigio 28/04/2020

Um dos meus autores brasileiros preferidos, sem dúvida. Me identifico bastante com sua literatura.
O livro traz ótimas reflexões sobre nossa condição humana, nossos dissabores, dores e angústias. Caio não é nada superficial, e nos faz dar mergulhos profundos dentro de nós mesmos, testando nossas convicções a cada parágrafo.
Não sai o mesmo quem se banha nesse rio.
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Danillo 05/05/2020

Alguns contos da são complexos.
Outros completamente fantásticos.
Autor bastante descritivo.
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Brenda 17/06/2020

os sobreviventes, ao som de Ângela Ro-Ro. digo e insisto até que o elevador chegue.
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