Morangos mofados

Morangos mofados Caio Fernando Abreu




Resenhas - Morangos Mofados


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Amandinha 22/03/2020

A vida é um morango vermelho vivo e fresco
No início não gostei muito do livro, mas os últimos contos me passaram uma sensação muito grande de esperança e aconchego. Caio Fernando Abreu ganhou meu coração!
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legarcia 17/01/2024

Os morangos da colheita não realizada
Já havia grande admiração e um carinho especial por Caio Fernando Abreu, mas, com ?Morangos Mofados?, pude perceber mais profundamente a genialidade filosófica e literária do autor. É impressionante a construção dos contos que compõem essa obra e a conexão entre eles para formar um todo com sentido.

É importante colocar em vista o contexto histórico em que o livro foi escrito. Aqui no Brasil estávamos vivendo a ditadura militar e a própria biografia do autor mostra que ele foi um representante de um próprio jovem marcado por seu tempo. Dessa forma, iniciamos a obra com o capítulo ?O Mofo?, iniciado por um conto o qual apresenta temas como a angústia, o individualismo e a separação vividos pelos indíviduos modernos, que perpassarão os contos seguintes.

No primeiro capítulo, então, deparamo-nos com pessoas isoladas e emsimesmadas, cansadas e desinteressadas. Alguns contos até possuem referências menos sutis à ditadura, sempre retratando como pessoas que antes sonhavam com uma revolução, eram animados e motivados, agora são tomados pela rotina e perdem a esperança. Caio nesses contos consegue capturar sentimentos e dores muito compartilhados pelos jovens da época, mas não exclusivos dessa geração. Todos somos susceptíveis a perdermos o brilho, a gana de viver e sermos engolidos por falta de pespectiva.

Temos em seguida o capítulo nomeado como ?Os Morangos?, o qual pode nos levar a entender inicialmente que as coisas estarão resolvidas e que, como a ditadura era o grande inimigo causador das dores, como o fim dela esses sentimentos teriam fim. Entretanto, deparano-mos com contos que ainda retratam o desinteresse pelo outro e pela vida, não obstante agora há uma abertura para que vislumbremos a possibilidade de melhora. Em um conto, Caio escreve sobre como, após um trauma, tende-se a renegar o passado e se quer agarrar ao futuro, mas este é muito frágil, então o indivíduo encontra-se perdido, sem nada firme ao que se segurar.

E por fim, chegamos no último capítulo ?Morangos Mofados? e conclui-se nele uma reflexão e é como se a maturidade enfim chegasse. Nele podemos entender que a vida é muito complexa para ser presa em apenas um polo e nela precisa-se reajustar momentos de esperança e desesperança, sem alimentar-se de esperanças tolas, mas sem deixar-se abater pelo tédio, pelo desinteresse.

Dessa forma, com certeza Caio é um dos autores de minha preferência. Algo curioso é que sempre achei os escritos do autor me traziam Clarice à lembrança, e o título dessa obra brilhantemente faz referência à uma novela famosa da autora. Creio que fez-se muito claro o quanto recomendo a leitura dessa obra, tenho desejo de relê-la muitas vezes ainda.
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Poesia na Alma 05/04/2020

aquele gosto de morangos mofando
Morangos mofados é a mortificação social, a descrença diante da repressão e da subjetividade das experiências mais concretas do dia a dia, dos amores proibidos. uma contextualização histórica. Há também amor e esperança de dias melhores, a estranheza diante de um mundo frio e áspero ao diferente, ao semelhante que não é igual e não está postulado numa normativa, ao corpo não militarizado.


leia mais - http://www.poesianaalma.com.br/2020/04/resenha-morangos-mofados.html
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Gigio 28/04/2020

Um dos meus autores brasileiros preferidos, sem dúvida. Me identifico bastante com sua literatura.
O livro traz ótimas reflexões sobre nossa condição humana, nossos dissabores, dores e angústias. Caio não é nada superficial, e nos faz dar mergulhos profundos dentro de nós mesmos, testando nossas convicções a cada parágrafo.
Não sai o mesmo quem se banha nesse rio.
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Danillo 05/05/2020

Alguns contos da são complexos.
Outros completamente fantásticos.
Autor bastante descritivo.
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lucasgsan 19/02/2024

Tava com muita expectativa pra ler esse livro e de certa forma acabei me frustrando por conta disso.

No geral, não consegui me conectar tão bem com a escrita do Caio Fernando Abreu. Como um livro de contos padrão, tiveram alguns contos que eu gostei bastante e outros que eu simplesmente odiei. Infelizmente, a maioria se encaixa no segundo grupo.

Uma temática que atravessa o livro são os anos de chumbo da ditadura e as influências de todo aquele contexto de repressão na vida de pessoas LGBT. Tem contos bem fortes nesse sentido, como um que mostra um homem gay sendo violentado pelo simples fato de ser quem é ou mesmo o de um jovem perdendo a virgindade com um sargento do exército após o alistamento militar.

Apesar dos pesares, uma boa leitura.
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Brenda 17/06/2020

os sobreviventes, ao som de Ângela Ro-Ro. digo e insisto até que o elevador chegue.
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A.Jares 19/03/2021

O livro é bom, mas não conseguiu me encantar, diferente de outros livros do Caio.
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saraalmeida.reading 28/03/2021

Não entendi muito
O livro é bem confuso, cheio de crônicas totalmente sem sentido, quero ler novamente um dia, pra ver se entendo um pouco melhor.
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@emedepaula 04/04/2021

A Caio serviu muito.
?No silêncio era possível ouvir uma torneira pingando longe.?


Em Morangos mofados, Caio Fernando Abreu abre a capela das confissões mal-ditas, registros de um tempo onde o Brasil caminhava para fora da escuridão da ditadura militar, com uma esperança opaca. E é por meio desses contos que conservam em sua ficção, algo de relato privado e sussurros noturnos, que Caio expurga as angústias e o desassossego de uma geração. 

Tateando seu caminho para fora das cavernas sombrias, as personagens de Morangos mofados entre doçuras e azedumes, pagam em dia sua porção de dor e devoção. Em uma recusa feroz, afirmam a vida em sua condição precária, e se mostram vivos em toda sua vulnerabilidade. A insistente goteira do desejo permeia toda a obra. 

Apesar de muito distintos, os 18 contos possuem uma unidade, onde a possível chave de leitura reside na radicalidade do autor de se lançar em quedas livres, para depois aglutinar os seus cacos reluzentes. A edição ainda conta com uma carta esclarecedora de Caio a um amigo e um posfácio excelente. 
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É estranho eu só descobrir essa jóia agora, já que é um livro aclamado e um jovem clássico brasileiro. Mas acho que essa leitura me encontrou no momento propício, um tempo de introspecção, onde luto por um pouco de ar e contra o tédio do confinamento. Foi uma primeira leitura inesquecível. Excelência gay oitentista, cigarros, rouquidão, telefonemas perdidos e um coração despedaçado. 
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Tati.Rosa 11/04/2021

O Caio tem uma escrita tão sensível e sincera que é sempre atual. Traz a tona conflitos internos mas que são tão comuns a tanta gente.
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Gabriel 13/04/2021

{...} as pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra”
Quem gosta de Clarice Lispector talvez pode gostar muito desse livro. A escrita de ambos tem algumas semelhanças, com a diferença de que a escrita do Caio é mais fácil de compreender. Alguns falam que os livros de Clarice são "um soco no estomago" o que é a mesma sensação de ler o livro em questão.

A leitura de Morangos mofados foi bem fluida, apesar de ter alguns contos muito metafóricos e confusos. Penso que a leitura dialogou muito com esse contexto que estamos vivendo de introspecção e falta de esperança.

É um livro muito ácido, Caio não mede palavras para descrever as emoções mais viscerais sentidas pelos personagens (que talvez sejam as suas mesmas?). Por essa razão eu gostei muito desse livro, pois ele nomeia emoções que às vezes sentimos e não sabemos compreendê-las de forma clara.

Caio discute alguns temas como homossexualidade, solidão, depressão, relacionamentos conflituosos, entre outros. É tão interessante como ele demonstra a relação entre os personagens. Todos eles com dificuldades de relacionamento com outras pessoas. Medos, expectativas frustradas, falta de comunicação, e toda aquela complexidade que a gente já sabe que existe quando duas pessoas se envolvem.

Os meus contos favoritos foram: Pela passagem de uma grande dor, Além do ponto, Terça-Feira gorda, Luz e sombra, Transformações, Pera, uva ou maçã? Natureza viva e Aqueles dois.

Enfim, é um livro maravilhoso!! É bem legal saber que a gente tem uma pérola dessas na Literatura Brasileira.
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@freitas.fff 20/04/2021

Enfim, Caio F.
É difícil não se envolver, não sentir qualquer coisa. Caio dispensa apresentações por já ser um expoente da literatura que fez parte da nossa geração, de várias. São contos, crônicas, ensaios, tudo é visceral. Nada muito leve. Amo a forma como ele provoca quem o ler e não sei porque não fui provocado bem antes por esse gosto de Morangos Mofados na boca.
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Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 28/03/2023

Conhecer Morangos mofados se faz necessário em alguma medida
Esta obra é uma antologia de contos, e muitos dos textos retratam relacionamentos homoafetivos.

Os personagens, na maior parte dos contos desta antologia, não possuem nome e em mais de um momento me enganei com relação ao que imaginava sobre eles (porque, claro, meu pensamento sempre acabava seguindo, mesmo que sem querer, um padrão que não era o que o autor estava retratando).

Achei alguns textos de uma poética bonita, mas que os deixam mais difíceis de ler, tornando o ritmo de leitura um pouco mais lento. Ritmo este que talvez fosse necessário para uma obra como esta.

As temáticas também nem sempre facilitam: falar do ser humano, da nossa complexidade, dos nossos medos, sem sombra de dúvidas não é algo que se faça de maneira simples.

A obra é dividida em três partes:
O mofo — contém nove contos e é dedicada aos tempos da ditadura militar.
O morango — contém oito contos e trata sobretudo das transformações interiores.
Morangos mofados — contém o conto que dá nome ao livro.

Esta edição da Companhia das Letras é muito bonita: o papel tem um toque gostoso e torna a leitura confortável e as bordas são arredondadas. Além disso, ela conta com uma carta do autor a José Márcio Penido e um posfácio de José Castello, que torna toda a leitura ainda mais significativa.

Apesar do período em que foi publicado, Morangos mofados ainda conserva ares de atualidade (o que não necessariamente é bom). E alguns de seus trechos ganham novos e inesperados significados com o passar dos anos.

Todos os contos possuem uma dedicatória, o que acrescenta mais uma dimensão às narrativas e também à obra.

O texto que mais gostei foi Aqueles dois — história de aparente mediocridade e repressão. Uma das poucas histórias em que os personagens têm nome e cuja narrativa possui uma clareza deliciosa de acompanhar.

site: https://blogdastatianices.com/2023/03/28/morangos-mofados-caio-fernando-abreu/
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Marília Medeiros 12/05/2021

Caio, ah, Caio!
Li este livro em 2017. Em um momento muito significativo da minha vida: mudanças.

Caio é sentir! Fogo, imenso, vasto, atual. Despertou em mim vários sentimentos humanos. É tão lindo ver as palavras de Caio sobre o amor, bebida, sofrimento...
Ele te fala sentimentalidades de uma forma própria!

Caetano. Ney. Cazuza. Senti o sabor da MPB (anos 80) e da vida boêmia em cada trecho deste livro. Caio me remota a uma época que eu queria ter vivido.

Obrigada, Caio! Obrigada.
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