A Filosofia explica Bolsonaro

A Filosofia explica Bolsonaro Andressa Urach




Resenhas - A Filosofia Explica Bolsonaro


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Cynthilante 12/01/2021

A forma de escrita poderia ser mais neutra e não tão polarizada politicamente. No mais, é um livro bom, com muitos fatos históricos interessantes.
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Renata.Decieni 27/12/2020

Esperei demais do livro
O livro não é ruim de todo mas pela biografia do autor, confesso que esperava uma análise mais profunda.
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Lucas.Gabriel 23/12/2020

Uma análise interessante sobre a figura de Bolsonaro
Apesar de usar um linguajar meio baixo e vulgar, ele trata, usando vários filósofos e situações exemplares, como foi que Bolsonaro chegou ao poder e virou uma figura caricata no cenário político nacional. Usa de maneira incisiva todos os fatores responsáveis pela eleição e sustento do Jair Bolsonaro. Vale a pena ler para entender o perfil ideológico que essa figura tem.
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John 17/11/2020

Leitura importante
Livro leve filosoficamente,claro, provocador e com um certo humor incluído,mas sem esquecer da competência de análise que se percebe nessa leitura direta e sucinta.
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Laianny Almeida 10/11/2020

Espera mais
O livro apresenta- se muito mais como uma narrativa de personagens em poucos e curtos capítulos. Parece um livro escrito às pressas com o que se tem na cabeça, e no caso do autor, toda uma insatisfação com o personagem principal.
Apesar do livro citar a filosofia como base para a explicação, pouco faz.
Espera mais do livro, o conteúdo e superficial, introdutório e de cunho provocador.
Parece mais um desabafo do autor do que um livro político.
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Elizangela 20/10/2020

Explicar?
A curiosidade foi o fator motriz para que eu lesse este livro. Como assim explicar Bolsonaro? Confesso que minha expectativa estava muito alta... Mais eis que finalizo a leitura e o que posso dizer é que, ao contrário do que eu ansiava, o autor só diz o mais do mesmo.
São 26 capítulos, uma conclusão e um excurso que condesam o que já sabemos e o que é amplamente alardeado pela Rede Globo: Bolsonaro é insano. Seu governo é uma grande confusão ideológica.
De resto, o autor faz pequenas análises (mais psicológicas do que filosóficas) sobre os outros personagens que estão neste palco-Brasil surreal: Moro, Olavo de Carvalho, os zeros à esquerda, Joice Hasselmann, MBL...
E esse governo é tão louco que, um livro escrito em 2019 já pode ser considerado ultrapassado. Os "amigos" viraram "inimigos", apoiadores agora são xingadores...
O autor até nos traz alguns pontos de reflexão sobre o porquê deste "pacote do mal" ter sido entregue em terras tupiniquins: nosso endividamento, uma classe média que se acha rica, uma esquerda megalomaníaca, um povo sem cultura e sem educação. Vale a leitura para aqueles que precisam entender as tessituras da eleição de um acéfalo para o mais alto cargo de uma nação. Compreender os bastidores e a história pode, quem sabe, trazer luz aos menos desavisados.
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Livrismo_ | Por Natacha Agata 30/09/2020

Beeem médio ?
Quando vi esse livro, quis comprar na hora! Depois de ler o ti?tulo, o resumo aumentou a minha vontade de le?-lo.?
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Infelizmente, as minhas expectativas estavam demasiado altas. A discussa?o e? relevante, mas, pra mim (que acompanho a poli?tica nacional e internacional com muita freque?ncia), foi mais do mesmo que vejo nos noticia?rios todos os dias.?
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Existe sim uma discussa?o filoso?fica mais aprofundada, que e? entregue no excurso. Mas eu na?o compraria o livro para ler as u?ltimas 19 pa?ginas. ?
?
Eu indicaria de olhos fechados para quem ta? perdido com esse governo, na?o acompanha as noti?cias e quer se atualizar. Os capi?tulos sa?o curtos e a linguagem e? bem clara; nesse quesito, o autor acertou em cheio. ?
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So? acho que eu na?o sou o pu?blico-alvo da obra. ?

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Simona.Elmswood 22/09/2020

Interessante
Bom para vc tentar entender como é que o Bozo chegou à Presidência, a que ponto os brasileiros chegaram para eleger esse cara, e o livro é muito bom porque mostra a realidade nua e crua, e acho que todo brasileiro deveria ler, sem ir com opinião formada, seja de esquerda ou de direita.
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@fernandajfguimaraes 07/09/2020

O título não tem nada a ver com o conteúdo do livro. Não é de se jogar fora, mas não traz discussões muito sérias.
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MF (Blog Terminei de Ler) 27/07/2020

Narrativas interessantes para tentar entender o presidente, mas prejudicadas pelo comportamento beligerante de seu autor, bem como falácias oportunas e uma edição descuidada do livro
“A filosofia explica Bolsonaro”, livro do professor e filósofo brasileiro Paulo Ghiraldelli Jr. Na obra, o autor se debruça sobre a figura do atual Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. São analisados também seus filhos, que possuem protagonismo no Governo, bem como aliados. É analisada também a extrema-direita brasileira.

Paulo Ghiraldelli é uma pessoa com um currículo acadêmico respeitado. Bacharel em filosofia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, mestre e doutor em filosofia pela USP, mestre e doutor em filosofia e história pela PUC-SP e pós-doutorado em medicina social pela UERJ. É escritor de mais de 40 livros nas áreas de filosofia e educação. Já ministrou em universidades, sendo também o fundador e diretor do Centro de Estudos em Filosofia Americana (CEFA). Possui um canal no YouTube com centenas de milhares de seguidores (1). É, portanto, uma pessoa cujas opiniões, ainda que se discorde delas, merecem uma conferida. Afinal, em um país com muitos influenciadores digitais e pseudo-intelectuais (Luiz Felipe Pondé e Olavo de Carvalho, por exemplo), escutar pessoas que falem com certa propriedade é o mínimo que se espera. Naturalmente, isso não torna tais pessoas imunes a críticas, incluindo o autor, como veremos adiante.

SOBRE O LIVRO

O livro de Ghiraldelli foi lançado no final de 2019. A presente leitura foi feita no final de fevereiro de 2020. O autor, obviamente analisa apenas o primeiro ano de mandato de Bolsonaro. Aqui temos um problema: livros sobre Bolsonaro e/ou seu Governo se tornam, rapidamente, obsoletos. A culpa disso não está no autor, mas na capacidade que o presidente tem de criar, de maneira ininterrupta, situações de crise e polêmicas gratuitas. Em 2019, o Brasil não teve uma única semana de paz, sem que o noticiário tivesse que lidar com algum atrito, polêmica, crise diplomática, escândalo, etc. O militante bolsonarista precisa de um alvo, de um assunto ou problema, previamente estabelecido/fabricado, para se manter “pilhado”, em um front acéfalo, que não leva a nada minimamente relevante para o país. Provavelmente, Ghiraldelli, ciente disso, opta por uma análise mais ampla, sem ficar preso em episódios muito específicos, ainda que sejam citados em momentos oportunos (2).

Um outro detalhe a ser considerado é o título. Quando se diz “a filosofia explica Bolsonaro” o que temos, na realidade, é “o autor opina sobre Bolsonaro”. Digo isso pois, em pouquíssimos momentos, outros filósofos são citados/lembrados na obra. Embora o Ghiraldelli seja um filósofo e educador de formação, o livro carece de uma bibliografia recomendada, referências consultadas e notas de rodapé. Com isso, algumas narrativas podem soar como uma opinião aleatória, um ataque pautado em achismo. Não seria tão correto pois é visível influências de Peter Sloterdijk, Karl Marx, etc., nas narrativas construídas por Ghiraldelli. Há uma visível influência do ur-fascismo de Umberto Eco na análise da extrema-direita brasileira que apoia Bolsonaro. Também é possível notar uma influência de Ladislau Dowbor e Maria Lúcia Fatorelli na análise do atual capitalismo brasileiro e suas pseudo-reformas (as duas figuras não tão consensuais dentro da esquerda). Tais influências são conhecidas por pessoas que já assistiram os vídeos do autor em seu canal no YouTube. Contudo, um leitor comum não conseguirá, provavelmente, captar essas fontes. Um texto sem fontes corre o risco de não ser levado a sério e, com isso, a obra corre o risco de ficar restrita ao grupo de pessoas que já conhecem e/ou acompanham o Ghiraldelli na internet. Não se trata de um livro acadêmico, como o próprio autor diz nas primeiras linhas, mas isso não exime o livro de ter que apresentar os fundamentos bibliográficos de suas narrativas, algo não apresentado em boa parte da obra. Citações ocasionais de filósofos no corpo do texto, em momentos oportunos, não são suficientes, ao meu ver, para gerar novos leitores críticos pois a maior parte das narrativas não tem uma referência atrelada.

Sobre os textos contidos no livro, não os abordarei detalhadamente pois acredito que o leitor deve conferir e tirar suas próprias conclusões. As narrativas construídas por Ghiraldelli, criticando o presidente e pessoas ligadas a ele, possuem certo fundamento e são coerentes na maior parte do tempo. O texto é interessante. O problema reside em certas afirmações que podem, facilmente, ser consideradas falaciosas pois são construídas em argumentum ad hominem. Por mais que certos personagens reais sejam figuras execráveis, o ataque provocativo, por vezes contido no texto, afasta os eleitores que votaram em Bolsonaro. No artigo sobre os filhos do Bolsonaro, por exemplo, o possível tamanho diminuto do órgão genital de Eduardo Bolsonaro é citado (assunto que ganhou estranha notoriedade devido a ataques de uma ex-noiva dele), sem uma razão prática clara disso. Faltou uma nota de rodapé, uma referência, que explique a importância desse fato tosco num texto de filosofia/ciência política e que ajude, um possível eleitor do futuro, a entender todo o contexto citado. Citei esse exemplo isolado, mas isso ocorre várias vezes durante a leitura.

A POSTURA PROBLEMÁTICA DO AUTOR

Ghiraldelli é considerado uma figura polêmica dentro da esquerda. Ao meu ver, é mais do que isso: Ghiraldelli, muitas vezes, se comporta de forma belicosa. No início do livro, ele afirma: “(…) estou longe daqueles que dizem que “não é para polarizar”. Faço textos para radicalizar, polarizar e criar conflitos. Não faço livros para ter adversários, faço-os para ter amigos e inimigos”. Isso é problemático pois qualquer pessoa, absolutamente qualquer um, que ouse criticar algo que o Ghiraldelli disse/escreveu, passa a ser um “inimigo” em potencial. Em boa parte dos vídeos de Ghiraldelli, no YouTube, há ataques contra outras pessoas da esquerda brasileira. Uma das brigas mais antigas é com o jornalista Luís Nassif, agredido por Ghiraldelli por, supostamente, ter recebido dinheiro do Partido dos Trabalhadores (PT) durante os anos em que ocorreram escândalos de corrupção na gestão petista. O Nassif escreveu, anos atrás, um texto sobre o assunto (3). Houve ainda polêmica com alunos da UFRRJ, que interromperam uma aula do Ghiraldelli, acusando-o de discurso depreciativo contra minorias, fato que dividiu a comunidade acadêmica daquela instituição (4). Também se envolveu em polêmica com a jornalista Rachel Sheherazade (na época, alinhada à direita, hoje numa posição mais progressista) (5). Ele escreveu também textos polêmicos sobre pedofilia e estupro (6). Em tempos recentes, Ghiraldelli fez ataques contra pensadores progressistas tais como Leandro Karnal e Jessé Souza. Também atacou influenciadores de esquerda como o biólogo Pirula, a Sabrina Fernandes (do canal Tese Onze) e o escritor Henry Bugalho, ambos com atuação no YouTube. Alguns influenciadores progressistas, como a Gabriela Prioli (da CNN e YouTube), também foram atacados. Um apanhado de todas essas posturas pode ser conferido numa live transmitida por Carlito Neto, do canal “O Historiador” (6). Para dar o devido contraponto, recomendo a leitura da entrevista que o Paulo Ghiraldelli deu à revista IstoÉ (7) e a conferência de seu próprio canal de vídeos.

Essa postura belicosa do Paulo Ghiraldelli o isola. Políticos não participam de seu canal (9) provavelmente influenciados por esse histórico. Os ataques contra o Pirulla e o Henry Bugalho, citados acima, tem motivação estranha: seria porque, talvez, ambos abordaram o Ghiraldelli em algum vídeo antigo ou seria porque, por serem nomes em evidência, para se aproveitar da visibilidade dada pelo algoritmo do YouTube, Ghiraldelli crie polêmicas para tornar seu canal mais popular? Se for, trata-se de uma estratégia utilizada por influenciadores de direita no próprio YouTube como, por exemplo, Nando Moura, que por meio de discursos de ódio e ataques deliberados contra figuras conhecidas da esquerda, fez o seu canal crescer e se tornar tão relevante ao ponto do próprio presidente o citar como referência. Pode ser, é claro, sem querer ser injusto, uma mera divergência de opiniões, mas o histórico do autor faz com que todas as opções sejam consideradas. Por mais que o canal do Ghiraldelli tenha centenas de milhares de seguidores, isso não denota uma liderança no campo da esquerda.

Ghiraldelli argumenta que existe uma esquerda identitária que, num discurso pró-minorias, tomou espaço no debate político na medida em que o PT assumiu o comando do país, abandonando as ruas, o que afastou a esquerda do povo e possibilitou a ascensão da atual extrema-direita brasileira: bélica, violenta, intolerante, preconceituosa e retrógrada. É uma narrativa válida e é atualmente um debate existente dentro da esquerda brasileira. Porém, acredito que Ghiraldelli use essa narrativa como uma justificativa para excessos cometidos por ele no passado (citados anteriormente). Uma coisa, obviamente, não justifica a outra pois excessos… são excessos. E o identitarianismo é uma pauta que merece um debate maduro, razoável, sustentado por dados.

A verdade é que, ao longo dos anos, Ghiraldelli se sabotou várias vezes, tendo que se reinventar. Nada contra. O problema é que a postura problemática persiste. Paulo Ghiraldelli caminha, a passos largos, para se tornar a figura que ele mais execra. Ele tem se tornado uma espécie de “Olavo de Carvalho da esquerda”. Tal como Olavo, ele utiliza a erudição como uma forma de impor uma narrativa. Enquanto o guru conspiracionista e charlatão cita leituras (visto que ele não completou os estudos) e autopropaganda, Ghiraldelli cita também leituras e seu currículo, de forma narcisista, em falácias de apelo à autoridade. Enquanto Olavo possui alunos e discípulos que o seguem de forma cega, Ghiraldelli possui seguidores nas redes sociais. Se os olavistas questionam o guru, este os ataca com termos chulos e incentiva os demais membros a isolarem o “rebelde”; se algum seguidor de Ghiraldelli o critica/refuta, este é chamado de “burro” e outros termos. O Ghiraldelli criou, inclusive, um insulto para usar contra pessoas de direita, mas que ele também usa para qualquer pessoa que o critica: “DCP” ou “Deficiente Cognitivo Programado”, no qual uma pessoa, por livre vontade, abre mão de pensar, em favor de uma ideologia. São feitos ataques modificando o nome dos alvos com trocadilhos infantis, prática também olavista: nas palavras do Ghiraldelli, Gabriela Prioli vira “Gabriela Piolho”, Henry Bugalho vira “Bagulho Bochecha”, etc. Eu mesmo, que já tive uma conversa muito amistosa com o Ghiraldelli sobre uma outra resenha minha no passado, fui ofendido (chamado de “burro”) pela atual namorada dele em um chat promovido em seu canal do YouTube, quando fiz uma crítica parecida com a que você está lendo (10). Trata-se de um modus operandi do autor, que contamina quem o ajuda e/ou segue.

É visível que existe uma necessidade de Ghiraldelli em tentar monopolizar o debate e os caminhos da esquerda, algo que ele próprio critica o PT de fazer. Há também discursos fantasiosos como a de que ele foi o primeiro a pedir o impeachment de Bolsonaro, que ele lidera um movimento de resistência, etc. Há uma incapacidade de reconhecer quando erra, pedindo desculpas. Um exemplo emblemático foi envolvendo a Deputada Tabata Amaral (PDT). Ghiraldelli reagia com rispidez e ataques a qualquer crítica feita a ela, vindos da esquerda, oriundos da relação dela com o Movimento Acredito, quase um “partido clandestino”, nas palavras de Ciro Gomes (8). Contudo, ele foi obrigado a rever seu posicionamento quando a mesma Tabata votou a favor de uma Reforma da Previdência que atacava direitos dos aposentados, principalmente os mais pobres. A reforma foi aprovada. Não houve pedido de desculpas aos seguidores que ele atacou.

Nunca se precisou tanto de uma união das esquerdas, principalmente do PT e do PDT, para fazer frente ao cenário que se apresenta para as próximas eleições presidenciais, nas quais teremos, provavelmente, Jair Bolsonaro tentando a reeleição (se não sofrer impeachment devido aos crimes cometidos) e algum candidato da centro-direita-liberal (Sérgio Moro?). Afinal, o PT ainda está enfraquecido para uma disputa num segundo turno, Ciro Gomes possui um eleitorado já estabelecido e que não cresce, e outros nomes da esquerda são inexpressivos (em questão de votos). O jornalista Glenn Greenwald parece um dos poucos que percebeu isso e tem tentado propor um debate Ciro-Lula há tempos (11). A postura de Ghiraldelli prejudica todas essas iniciativas de se criar uma frente ampla para bater de frente com a direita.

CONCLUSÃO

O livro do Paulo Ghiraldelli possui narrativas interessantes, mas que não são isentas de questionamentos válidos e de falácias. A velocidade com que as coisas no atual Governo acontecem, tornam os livros sobre o assunto rapidamente defasados. Entretanto, tais livros são importantes por tirarem um retrato caótico do momento. No caso da presente obra, há uma carência de referências bibliográficas e notas de rodapé para auxiliar ao leitor que não acompanha o autor no dia-a-dia, dando a impressão que a edição foi feita de forma apressada, descuidada.

Por mais que devemos separar o criador da criação, a postura beligerante e narcisista do autor não deve ser negligenciada. Ela contamina a avaliação do livro, tumultua por baixo o debate dentro da esquerda, favorecendo grupos de direita que, supostamente, o autor combate.

É uma leitura válida, regular, que deve ser feita com o senso crítico ligado e afiado.

(1) GHIRALDELLI, Paulo. Filósofo Paulo Ghiraldelli. YouTube.

(2) Nota de julho de 2020: Alguns acontecimentos, ocorridos após o lançamento do livro, tornam a obra um pouco obsoleta. Cito, como exemplos, inquéritos criminais abertos contra os filhos do Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e os ataques contra o STF, o Congresso, o Senado e a imprensa, cometidos por militantes bolsonaristas em retaliação. Alguns aliados do Bolsonaro citados no livro romperam com o presidente, tais como a Deputada Joyce Hasselmann e o ex-juiz Sérgio Moro (que prendeu Lula – quando ele liderava a corrida presidencial – e ganhou o cargo de Ministro da Justiça), que saiu fazendo acusações graves e fundamentadas contra Bolsonaro. Cito ainda a forma irresponsável e criminosa como o Governo Federal lidou com a pandemia de covid-19, maior crise sanitária mundial dos últimos cem anos e que, no presente momento, matou mais de 80 mil brasileiros, número que seria bem inferior se Bolsonaro tivesse seguido as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nos últimos dias, Bolsonaro foi denunciado no tribunal internacional, em Haia, por genocídio e crimes contra a humanidade.

(3) NASSIF, Luís. O caso do “filósofo” Ghiraldelli. Jornal GGN, 27 de agosto de 2010.

(4) PINTO, Ana Carolina. Alunos da Rural invadem sala e acusam professor de machismo, racismo e homofobia. Extra, 19 de novembro de 2013.

(5) R7. “Espero que ela seja estuprada”, diz professor de filosofia sobre apresentadora de TV. R7, 27 de dezembro de 2013.

(6) NETO, Carlito. Precisamos falar sobre Paulo Ghiraldelli e o papel da esquerda. YouTube, O Historiador, julho de 2020, 97 minutos.

(7) GIRON, Luís Antônio. Entrevista – Paulo Ghiraldelli filósofo: Petista faz auê, bolsominion é perturbado. IstoÉ, 13 de dezembro de 2019.

(8) ARCANJO, Daniela. Ciro diz que movimento de Tabata é ‘partido clandestino’ e que ela faz dupla militância. Folha de S. Paulo, 13 de julho de 2019.

(9) Nota de julho de 2020: Em tempos recentes, Guilherme Boulos (PSOL) negou um convite para participar de uma conversa com Ghiraldelli, por exemplo.

(10) Fato ocorrido em uma live, no YouTube, em julho de 2020.

(11) Nota de julho de 2020.
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Renato 28/05/2020

Necessário
Obra mais que necessária para o entendimento do caos e do terror democrático no qual vivemos hoje. É importante entender o que se passa na cabeça do traste eleito pela elite e classe média rancorosa por mentiras deslavadas vendidas pela mídia e pela própria classe política do passado recente, além de uma patologia brasileira que leva as massas a um pensamento de dominação sobre o mais fraco constante. Classe esta que sequestra dia a dia as liberdades democráticas.
Entendê-lo agora é entender o nosso pior inimigo e saber como agir contra atitudes golpistas, militaristas e, logo, bolsonaristas agora e no futuro que nos espera.
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Murilo Lorençoni 24/05/2020

Decepcionante
Bom, conforme dito no post anterior, comecei esse livro em março junto com outros dois. Confesso que no começo achei a leitura um pouco densa, talvez por essa parte introdutória ser mais próxima da economia do que da filosofia. Entretanto, prossegui na leitura.
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O autor escreve muito bem e com uma acidez que beira a grosseria em alguns momentos (ponto este que é uma das críticas ao comportamento de Bolsonaro). No entanto, senti falta da análise filosófica dentro do livro. Quando peguei para ler esse livro pensei que fosse me deparar com um filósofo aplicando teorias filosóficas a casos concretos ocorridos dentro do governo (ao estilo do que faz Michael J. Sandel em sua obra ?Justiça?). O autor até faz algumas menções à filosofia mas de forma rápida e, na maioria das vezes, são mais citações e referências. Talvez isso funcione para quem já é da área. Para mim, o livro serve como um grande resumo das incoerências do atual governo e não como uma análise filosófica.
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Achei os capítulos muito curtos e pouco explorados, a sensação que tive é que o livro é a opinião do autor sobre o presidente, e não o autor explicando o presidente com base na filosofia (conforme o título induz a pensar).
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O grande ponto é a forma de escrever do autor, a qual achei muito boa. Para além disso, nota-se que é uma pessoa muito culta devido as várias referências que ele faz no decorrer da escrita. No entanto, achei que algumas introduções poderiam ter sido feitas sobre alguns conceitos apresentados no livro.
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Os dois últimos capítulos de fato trazem alguma luz filosófica, mas achei muito breve sendo que o título do livro sugere uma fundamentação desse tipo.
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Outro fator que considerei negativo foi a falta de remissão bibliográfica e de indicação das notícias citadas. Por exemplo, o autor afirma um incidente com uma ex-namorada de um dos personagens, mas não cita a fonte para que possamos verificar (de fato há várias notícias sobre o tema na internet, mas senti falta da indicação no livro).
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Enfim, senti que o livro não se aproxima da proposta de seu título, parece ter sido feito de uma forma apressada e não digo isso pelas opiniões ou pela maneira de escrever do autor, mas sim pela falta de análise filosófica. Senti falta de uma análise que além de citar alguns pensadores, de fato explique e aplique seua estudos ao governo Bolsonaro.
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Ale Giannini 17/05/2020

Tinha tudo para ser bom
O autor começa bem e desenvolve uma narrativa bem construída sobre a personalidade doentia de Bolsonaro. Infelizmente, em determinado momento só livro, ele foge do tema proposto para tentar explicar a polirica, caindo na armadilha da polarização.
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Jess 01/05/2020

Desnecessário
Achei que ia conseguir realmente entender a cabeça um tanto quanto problemática do presidente, mas foi só mais um livro do autor esbravejando e destilando seu ódio pelo asno.
Júlio C. 01/05/2020minha estante
Não dá pra esperar menos de um "Olavo de esquerda" como Ghiraldelli




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