Sobre os ossos dos mortos

Sobre os ossos dos mortos Olga Tokarczuk




Resenhas - Sobre os ossos dos mortos


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Mari Pereira 06/12/2021

Ah, os narradores não confiáveis e sua capacidade de nos convencerem a acreditar em suas narrativas, rs.
Esse livro é um deleite.
A personagem principal é encantadora. E com sua estranheza e gentileza me envolveu completamente na trama.
Além disso, o livro chama a atenção para um debate muito urgente: o colapso ambiental que ameaça o planeta e o futuro da nossa espécie.
Só dei quatro estrelas porque achei que a parte final foi muito apressada... (Ou talvez eu só quisesse passar mais tempo com a Sra. Dusheiko).
Recomendo muito a leitura!
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Renan 11/04/2021

Repetindo: Janina é uma das melhores personagens que já li. A riqueza de sua personalidade - que nem sempre precisa ser dita, mas presente nas entrelinhas - dá à obra um alcance muito maior do que a mera busca pelo assassino a solta no pequeno vilarejo. Que livro! Sem dúvidas é uma das histórias que preciso reler, ler resenhas, assistir ao filme, ou seja, está longe de acabar na última página.
Gabriel Rodrigues 24/04/2021minha estante
Nossa eu favoritei esse livro ?? um dos melhores que eu li ano passado.




Alan Martins 06/01/2021

Hipocrisias
Publicado originalmente em 2009, o romance da polonesa Olga Tokarczuk é um hino à defesa dos animais. Feminista e vegetariana, a escritora é uma ativista da causa ecológica. Seu ativismo já lhe rendeu inúmeras críticas em seu país, com grupos chamando-a de antipatriótica e até mesmo acusando-a de ecoterrorismo. Apesar disso, ela segue firme e forte em sua luta!

Em 2019 a Editora Todavia passou a publicá-la. O lançamento inicial foi Sobre os ossos dos mortos, justamente uma obra que apresenta a visão ambientalista da autora. Será uma boa leitura? Vamos descobrir!

Mistério num vilarejo
O enredo gira em torno de uma onda de assassinatos que estão ocorrendo no lugarejo onde vive a protagonista. Janina Dusheiko, uma idosa, já foi engenheira, professora e, no tempo atual da narrativa, cuida das casas de veraneio de seus vizinhos.

Cheia de excentricidades, a sra. Dusheiko odeia seu primeiro nome, curte astrologia, se amarra na poesia de William Blake, ama mais os bichos do que o ser humano e prefere se referir aos outros por apelidos. Esquisito, Dísio e Boas Novas, amigos dela, são exemplos dessa característica peculiar.

Protetora dos animais, a protagonista, que habita uma área florestal próxima à fronteira da Polônia com a República Tcheca, compra uma briga com o clube de caça local. Suas duas cachorras desapareceram misteriosamente e ela acredita que os caçadores foram os responsáveis.

Quando Esquisito e a sra. Dusheiko encontram o corpo de Pé Grande, um vizinho e membro do clube, uma investigação policial tem início. Janina e seus amigos farão a própria averiguação. De acordo com os astros, já temos suspeitos: os animais da floresta, que estão organizando uma vendeta!

Hipocrisias
Esse romance aborda vários temas. A escritora discorre sobre astrologia, o sentido da vida e do existir, e, principalmente, a importância da vida animal. O ser humano é canalha e destrói sem dó a natureza, um tesouro tão importante para o mundo. Todos deveríamos preservá-la.

Enquanto vegetariana, Tokarczuk é contra o abate de animais e o consumo de carne. Sua protagonista é um reflexo disso. No livro, a autora critica a caça esportiva e predatória, defendendo a vida animal de um modo geral. Eu também não vejo sentido em caçar animais selvagens por esporte, ou até visando o consumo próprio.

Entretanto, quando falamos em comer carne, abrimos um leque vastíssimo, que inclui política, economia, cultura, alimentação e questões sociais. O enredo não caminha em direção a pensamentos tão profundos assim, sem expor vias plausíveis ou soluções, ficando apenas na superfície do debate — matar animais é errado.

Bem, há, sim, uma solução apresentada: o da revolta. Determinados argumentos da sra. Dusheiko soam absurdos, intencionalmente, uma vez que a obra foi escrita buscando causar desconforto interno. Ninguém quer ouvir uma velhinha queixosa, o que a deixa indignada com as autoridades. Daí surge um sentimento anárquico.

Em meio a tantas opiniões ao longo das páginas, sobrou até para a Igreja Católica. Uma das personagens é padre, ávido caçador. É comum a religião falar de amor ao próximo, porém o tal padre falha em demonstrar compaixão ao enaltecer a caça em seus sermões. Janina fica indignada e inclusive questiona a ingestão da hóstia, ou seja, o ato de consumir um animal (o cordeiro) de maneira simbólica.

São reprimendas a hipocrisias. Todos somos hipócritas em algum nível. Seria legal se o romance tivesse admitido a própria hipocrisia também.

Sobre a edição
Brochura, capa com orelhas, miolo em papel off-white e diagramação confortável. A ilustração da capa, arte de Talita Hoffmann, é um grande chamariz. Consegue ser bizarra e fofinha ao mesmo tempo, e tem muito a ver com o conteúdo da obra.

Tradução de Olga Bagińska-Shinzato, tradutora responsável por verter parte da saga The Witcher para o português do Brasil. Ela não é uma brasileira que aprendeu polonês. Olga Bagińska-Shinzato, na verdade, é polonesa e estudou português! Então, claro, é uma tradução direta e excelente.

A Todavia conseguiu deixar sua edição o mais polonesa possível. Ambas as Olgas são conterrâneas, assim como o material utilizado na composição. O papel das páginas é o Munken Print Cream, fabricado pela Arctic Paper, empresa com sede na Polônia!

Vale a pena ler? O veredito
Trata-se de um romance que navega entre alguns gêneros, como o policial. Dentro desse gênero, nem é dos melhores, já que o mistério pode ser desvendado pelo leitor desde bem antes do final.

Ao criticar a hipocrisia em diversas instâncias, a obra acaba sendo hipócrita também, uma vez que procura resolver um problema com o mesmo problema (mortes com mais mortes). É um caminho bastante radical, do qual discordo, motivo de eu não ter gostado do final e de sua moral questionável. A luta ecológica é de extrema importância e não vejo Sobre os ossos dos mortos como uma grande contribuição à causa.

Leitura rápida, com certas passagens enroladas discutindo a respeito da astrologia. Quem gosta de Blake encontrará referências (uma no título, aliás). Existem momentos interessantes, engraçados, só que, no geral, pouco me agradou. Faltou profundidade.

Para uma vencedora do Nobel, o livro me decepcionou. Às vezes me pergunto: a Academia Sueca decide quem será laureado por razões políticas, eurocentrismo, ou devido à qualidade literária? Pode ser que os outros livros de Olga Tokarczuk sejam melhores, contudo, entendo que várias escritoras brasileiras merecem muito mais o prêmio. Até o momento, o Brasil segue sem os louros, infelizmente.

site: https://anatomiadapalavra.com/2021/01/06/sobre-os-ossos-dos-mortos-resenha/
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Fernanda.Queiroz 29/12/2021

O principal
Uma leitura diferente do que estou acostumada, no começo me senti perdida e com dificuldade em me conectar com o enredo e com os personagens, aliás não sei se está conexão que busquei é relevante, pois o mais importante foram os momentos de reflexão, o questionar da protagonista é todo o enredo.
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Bruno 30/04/2021

Sobre os ossos dos mortos
Um excelente livro que nos faz repensar nosso papel no mundo e o desrespeito que muitos costumam ter.com outros animais
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Mari Maia 23/03/2021

Vale pelo final
O que mais me incomodou foi ficar o tempo todo irritada com a excentricidade da protagonista (ou posso dizer a clássica vizinha doida), mas ou mesmo tempo me diverti com algumas piras dela.

Leitura arrastada, quase desisti, mas queria muito saber quem matava geral. Persisti e no fim, as últimas páginas da trama valeram a leitura do todo.
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Douglas Finger 01/08/2021

Trama envolvente
Leitura recomendada para todos que estejam abertos a encarar um thriller leve porem empolgante; e totalmente obrigatoria para os amantes dos animais, da natureza, vegetarianos e entusiastas da astrologia. Eu não necessariamente me encaixo em nenhuma das anteriores, mas acredito ter entendido aquilo que pretendia a escritora com este thriller noir e macabro!
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tteusbooks 25/06/2023

Não foi um livro que me prendeu, achei a personagem principal entediante, que passa a vibe daquelas senhoras que ao serem chamadas de senhoras respondem: ?senhora tá no céu?. Os capítulos são longos e praticamente não influenciam em nada no capítulo seguinte.
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Iago 22/03/2021

A velha louca do vilarejo.
Um texto fluido e prazeroso, descrições de paisagens e pensamentos riquíssimas, tudo pelos olhos de uma idosa que ama a natureza e astrologia, vista por seus vizinhos como excêntrica, usando aqui de eufemismo. Sua busca é por respeito aos animais e à vida, tudo isso inserida em uma trama que envolve misteriosos assassinatos onde aparentemente os próprios animais estão envolvidos. Esta foi minha maior descoberta de autora do ano até agora, pretendo ler mais de sua obra.
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Ludmila 23/02/2021

Uma história sobre o amor, o poder das crenças e até onde podemos ir para defender aquilo em que acreditamos. Adorei a forma doce e poética da escrita e as reflexões da personagem principal.
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Pri Paiva 16/05/2022

Vencedora do PRÊMIO NOBEL DE LITERATURA! Excelente leitura.
Eu li esse livro bem devagar.
Absorvi aos poucos cada detalhe da leitura.
Achei ele extremamente inteligente e sagaz.
A autora me enredou em uma narrativa e me fez acreditar piamente no desenrolar dos acontecimentos. E quando cheguei ao final, me deparei com uma simplicidade aterradora.
Basicamente, me senti envolvida do início ao fim e chocada com o plot Twister que estava bem na minha frente e não consegui ver durante toda a leitura....rs

Simplesmente perfeito!

Sem falar que esse livro é muito reflexivo e cheio de ótimas frases.

Amei cada detalhe da leitura! O amor e cuidado da protagonista Janina Dusheiko para com os animais representa totalmente todos aqueles que amam e respeitam cada ser vivo deste imenso planeta.

Leitura maravilhosa!
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Lucas990 16/06/2022

A história é legal, mas o livro é desinteressante.
Não sei exatamente ao que atribuir essa minha avaliação, pode ser que o problema seja eu por não ter me envolvido tanto com a história (embora eu normalmente me empolgo bastante com livros de investigação), mas aqui parece que a coisa não avança direito, não flui.
Não posso dizer que eu não gostei pois tem alguns pontos altos realmente muito bons, mas com certeza não amei. Esperava mais.
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Renata (@renatac.arruda) 20/06/2021

Dessa vez, a parada é a região rural da Polônia onde vive a senhora Dusheiko, uma engenheira aposentada que atua como professora primária de inglês e tem como hobbie fazer mapas astrológicos. Segundo ela, é possível saber quando uma pessoa vai morrer apenas por analisar seu mapa.

Como se não bastasse, a sra. Dusheiko é uma fervorosa defensora dos animais, e se torna ferrenha na luta contra a caça, legal ou ilegal, principalmente depois das suas amadas cachorras desaparecem. Para a polícia, ela não passa de uma idosa meio fanática que fica escrevendo cartas insanas. Mas a gente descobre que a sra. Dusheiko é muito mais esperta do que isso.

Fazendo uma deliciosa mistura de suspense, com direito a mortes inexplicáveis em um gelado lugar isolado e longínquo, misticismo, luta pelos dos direitos dos animais e um improvável grupo de pessoas que se reúne por um interesse em comum em torno da linguagem, "Sobre os ossos dos mortos" é daqueles livros divertidos e inteligentes, que vai deixando várias pistas ao longo da história, mas a gente só vai se dar conta no final.

Não à toa, a adaptação para o cinema - com roteiro da própria autora, a Olga Tokarczuk - ganhou o título de "Rastros" e é uma delícia de ver. Eu mesma já tinha assistido antes de saber que o livro existia, mas isso não mudou em nada a minha experiência. Pelo contrário, foi ainda mais divertido perceber todas as artimanhas da autora pra despistar o leitor. Recomendo ambos com força!
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Camila 08/01/2022

sobre os ossos dos mortos foi me indicado por muito tempo e ainda bem que finalmente dei uma chance.

ao longo da leitura senti que foi se arrastando, mas a protagonista sempre balanceava com um humor diferenciado e isso dava ânimo pra terminar.

a construção da relação com o vizinho e os moradores do vilarejo foi enfatizado pela autora e foi legal ver como desenrolou ao longo do livro, apresentando ideias e reações que passam por todos nós de forma crua e real durante esse processo.

e o final... meus amigos, vale a pena!
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Diego Vertu @outro_livro_lido 28/07/2020

Frio e macabro
Da autora que recebeu o prêmio nobel em 2018, Sobre os Ossos dos Mortos conta sobre uma série de crimes que vai acontecendo num remoto vilarejo polonês, na fronteira com a República Tcheca, um lugar de acesso muito difícil principalmente no inverno. Lá conhecemos a Sra. Duscheiko, uma senhora devota a astrologia e ao poeta Brake, incomodada com as mortes no vilarejo, Duscheiko também não vê com bons olhos a caça legal de animais silvestres naquela região. Cada pessoa que morre por ali, um traço tem em comum: Pegadas de animais sempre estão por perto, seriam os animais se vingando dos humanos?
Com uma escrita densa e filosófica este livro me surpreendeu muito, é uma grande denuncia a caça de animais principalmente as legalizadas, as crenças da protagonista foi muito bem explicado pela autora (uma verdadeira aula de astrologia). Amei a ambientação do lugar, (senti frio lendo algumas partes), a maneira que a protagonista da nome as pessoas, enfim é um livro para ler, absorver e admirar. NOTA 5/5
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