Essa gente

Essa gente Chico Buarque




Resenhas -


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Luluz 03/04/2021

Livro mediano mas com pontos interresanted
Alguma coisa no livro me desagradou e não consegui ganhar mais minha atenção. Analisando acho que pode ser o formato em cartas, achei que faltou desenvolvimento nós personagens, na relação entre o protagonista e as mulheres. E apesar de ter gostado do final, achei meio difícil de determinar. Mas um ponto alto do livro é contemporaneidade e a brasilidade. E também os personagens são interessantes e reais.
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none 31/03/2021

Não faz o meu estilo
Segundo livro do autor que eu leio, depois de Estorvo, tentei exorcizar a leitura - que não me fez bem do título ao enredo e seu desfecho - quis ler este, depois de ver elogios de Salman Rushdie e exaltações após o prêmio literário que o autor venceu, mas infelizmente não levou devido a um incidente mínimo, uma falta de assinatura de uma autoridade ranheta.
Essa gente foi escrito depois desse prêmio, mas mostra uma sociedade e um cenário que já viraram clichês ficcionais: A zona sul carioca, seus boêmios, escritores, mulheres deslumbrantes, seus passeios em clubes, praias, favelas.
A melhor personagem do romance é a mulher de Duarte, Maria Clara, gostei de ler as cartas e passagens em que promove o melhor da cultura e da língua portuguesa, mas infelizmente está distante do ex-marido, protagonista, romancista sonhador, bêbado, mulherengo. Aí que o romance me desagrada, porque não há, como em romances de Marcelo Rubens Paiva ou como em Rubem Fonseca por exemplo um objetivo, o autor fica navegando a esmo de casa em casa, pelas ruas, clubes, frequentando amigos, prostitutas, traindo amigos, se apavorando com a realidade, mexendo em coisas perigosas e a história no meu modo de entender não evolui. Não deve ser lida nesses tempos de pandemia por leitores e leitoras que querem ler algo culturalmente interessante. O sexo é clichê também, em Lolita, nos romances de Henry Miller há uma razão para isso, aqui não, é sempre aquela lengalenga, ou então algo aberrante (Pasolini nos oferece o aberrante, mas com motivos). Cansa. É outro estorvo.
Admiro Chico pelo compositor brilhante que é, pela carreira que fez, pelas músicas e peças, pretendo ler Leite Derramado, Budapeste, O irmão Alemão e outros romances dele, mas sinceramente me decepcionei. Faltou alguma coisa que não sei explicar o que é. Empatia com o protagonista? Pode ser. Descrição pobre da realidade? Também. Interação maior entre os personagens, uma vez que o estilo é cifrado, por cartas, conversas por telefone, trechos entrecortados. Talvez. Essa gente não se definiu.
Simone 03/04/2021minha estante
Também adoro as composições do Chico, mas os romances dele me causaram a mesma decepção. Também não gostei.




Lilian 31/03/2021

Atual
O livro não se aprofunda, mas fala do momento contemporâneo na voz de um escritor. Atual e crítico!
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Danusa 26/03/2021

Ótimo livro!
Nesse livro Chico "desenha" um perfil popular entre a classe média brasileira, nos envolvendo na trama e em seus núcleos.
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Everton Vidal 18/03/2021

Retrata bem o obscurantismo, a canalhice e o rechaço anti-intelectual que sempre esteve presente no modo de ser brasileiro, embora tenha insurgido com tanta força e orgulho boçal nos últimos anos. Chico sempre cantou sobre isso, falou contra isso, se posicionou, embora em seus livros ele tenha guardado uma certa distância, deixando a linguagem se debruçar sobre a linguagem, com translucidez cinza, ao contrário do preto-no-branco de suas peças e canções.
Escrito em forma de diário, com o típico humor perspicaz do autor, com intercomunicações bem sutis com romancistas passados (Machado? Barreto?) e cronistas, e muito lirismo e onirismo, apesar do visceral e do cômico. Chico sendo Chico não é um clichê. Um livro para não se sentir sozinho no meio da loucura.
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romulorocha 10/03/2021

Essa gente, de Chico Buarque - Nota 9,0/10
Para mim, é inegável o brilhantismo e a criatividade de Chico Buarque em suas músicas e creio que o mesmo se pode dizer de sua escrita. Essa gente é seu o primeiro livro lançado pelo autor após vencer o prêmio Camões.

Em Essa gente, Manuel Duarte é um famoso e prestigiado escritor carioca dos anos 90 que se vê em 2019 desnorteado em diversas áreas de sua vida, principalmente quanto a sua carreira literária. Órfão de mae e pai, sendo a causa da morte deste último por suicídio, Duarte tenta lidar com suas escassas lembranças familiares, suas desventuras amorosas, com o momento caótico no cenário político e social e com suas dificuldades financeiras.

Talvez por ser o primeiro romance que leio de Chico, tive um pouco de dificuldade de me situar na construção da narrativa, onde às vezes o protagonista é o narrador, outras vezes surgem outros personagens narrando. Outro detalhe que parecer ser marca do autor é o texto em forma de diário, auxiliando a gente na cronologia dos episódios.

Gostei bastante também da forma como Chico consegue nos colocar em cenários de ficção e realidade ao mesmo tempo, ora estamos envolvidos no romance, ora somos levados a um cenário histórico real (como por exemplo, um momento que ele fala sobre o episódio dos mais de 80 tiros de militares que levaram à morte de um músico no Rio).

Super recomendo a leitura!
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@unirversoecafe 08/03/2021

Essa gente
Como uma grande admiradora do Chico, na?o poderia deixar passar o seu u?ltimo trabalho! Buarque nos apresenta mais um romance incri?vel. Uma narrativa que acontece atrave?s de cartas escritas por Duarte, um escritor decadente que mora no Rio de Janeiro e tem a incumbe?ncia de terminar o seu livro, um romance que, nosso protagonista conta com a ajuda da ex esposa Maria Clara. Entre as trocas de cartas dos dois, o enredo vai se desenvolvendo e ganhando vida. Nele, e? falado sobre poli?tica, viole?ncia, classe burguesa, favela, ale?m de, ter sua ambientac?a?o no Leblon, bairro nobre do RJ. De forma bem indireta, Buarque da? umas alfinetadas sobre a situac?a?o do nosso pai?s e encerra seu romance com um final surpreendenteeeee!!! ??

?Essa gente, por mais que doa constatar, e? formada tanto pelas dondocas e garanho?es do bairro, quanto pelos passeadores de ca?es e moradores de comunidades que por ali circulam. Nossa elite e? prodigiosa em converter Chicos potenciais em Duartes reais, e o Leblon em fazer com que os pobres aspirem uma sociedade ainda pior do que a que ja? temos.
Na?o se trata, contudo, de um romance poli?tico no sentido estrito do termo, nem de um romance histo?rico, apesar da enorme contribuic?a?o para o entendimento sobre o tempo presente. Assim como suas mu?sicas que tocam nas feridas da Ditadura Militar, Essa gente e? muito mais do que um texto cri?tico sobre nosso momento poli?tico, e? antes de tudo, e principalmente, uma histo?ria sobre as relac?o?es humanas.? [Jerome Knoxville]
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Fernandinha 28/02/2021

Uma leitura leve
Confesso que cheguei a este livro com uma expectativa maior; esperava algo mais denso, como outras obras de Chico Buarque.

Não é denso, mas é uma boa e divertida leitura. Um retrato maroto dos nossos tempos, com personagens típicas da zona sul carioca (ao menos como foi ensinado aos não-cariocas), e que poderiam ser encontradas em qualquer reduto boêmio de classe média decadente. Decadence avec elegance.

Uma boa leitura para as férias, uma tarde de domingo despreocupada.
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Cristiane 27/02/2021

Resenha do livro Essa Gente
Este foi o primeiro romance que li de Chico Buarque. Trata da história de escritor chamado Duarte que atravessa um bloqueio criativo, e uma crise financeira já que há tempos não consegue escrever. É uma obra organizada em forma de diário ou arquivo, pois cada capítulo é uma correspondência: ora do personagem principal ao seu editor, ora dos moradores do prédio onde ele mora para o síndico reclamando de Duarte, ora do editor para o Duarte, ora da administradora cobrando dele pagamentos atrasados... Em busca de inspiração Duarte se envolve com todo tipo de pessoa, desta forma o autor do livro vai nos apresentando quem é Essa Gente classe média, preocupada com as aparências sem nenhum interesse pelos outros ou em melhorar a sociedade. Eis um livro que se lê em um dia.
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Bi Bueno 27/02/2021

É Chico, né?!
Ler Chico é sempre uma delícia! E esse romance, em forma de diário, nos oferece reflexões irreverente e bem humoradas sobre coisas cotidianas da vida. Um cenário caótico, muito próximo do atual, com situações sobre as quais todos temos alguma intimidade...
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Humberto.Yassuo 22/02/2021

Radiografia da sociedade atual
Edu Lobo (no documentário “Chico - Artista Brasileiro”) disse que Chico lida com a sua vida de forma muito humorada; sempre gosta de contar histórias engraçadas e isso aparece nas letras dele. E pode-se afirmar que o mesmo ocorre em seus romances. Em vários momentos do enredo chega a ser cômico o desenrolar das peripécias do protagonista Duarte. São muitas as suas ações que denotam seu comportamento deslocado do personagem: o seu problema financeiro, os seus pulos para ganhar dinheiro, o relacionamento com as mulheres e o seu estilo bon-vivant.

Entretanto, na sua essência o romance está longe de ser uma comédia. O contexto em que a história acontece é repleto de situações de violência naturalizada (real e simbólica), de intolerância, de futilidades praticadas por gente da elite, da polarização decorrente do radicalismo ideológico da direita brasileira, da atuação cada vez mais onipresente das igrejas evangélicas e seus pastores na vida das pessoas.

Enfim, numa narrativa fluida, sutil e genial (como diferente não poderia ser) Chico Buarque nos apresenta mais uma obra que aborda o estado atual do nosso país de modo a instigar uma visão crítica acerca da sociedade - ao menos para os que resistem à idiotia.
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Doug 21/02/2021

Bom, mas esperava mais.
Chico propõe a narrativa em forma de cartas/diário onde o personagem principal narra acontecimentos que, através das entrelinhas, nos mostra onde viemos parar como país.
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spoiler visualizar
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Lori 13/02/2021

A história é fraca e os personagens não são cativantes. A leitura é fácil por ser rápida, mas em vários momentos me perdia no texto, por em vários trechos ser chato e não despertar interesse. Nem mesmo o final não causa comoção ou curiosidade. Não indico a leitura.
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MarcosQz 11/02/2021

Uma tragicomédia da vida real.
Duarte é um escritor em fase difícil, sem dinheiro, sem pagar o aluguel, distante de seu filho, tentando se reaproximar de sua ex e vivendo um momento de fraca criatividade para escrever.
Até que as coisas começam a mudar, a dar certo para Duarte.
O final foi surpreendente, confesso que não esperava e ainda deixou uma leve dúvida no ar.
Escrito em torna de diário, entre a realidade e os sonhos, Duarte vive caminhando pelo Leblon e colecionando momentos e histórias que pretendo incluir em seus livros.
Um história levemente engraçada, com personagens pitorescos, alguns tão reais que até podemos conhecer alguns tipos, levando em conta o atual governo e seus "grupos", além fatos reais aqui e ali que aconteceram no Rio de Janeiro em sua decadência política e social atual.
Foi o primeiro livro que li do Chico e adorei, com certeza lerei mais alguns.
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