Resenhas - Admirável Mundo Novo

rafa 10/03/2024

Tosco
Achei interessante a crítica ao avanço científico que serve apenas aos interesses de manutenção da estrutura, que seria o contrário de um modelo científico disruptivo. Porém, achei a construção da sociedade mal feita e a história muito tosca.

Dai Solyom 09/03/2024

Cada um pertence a todos
Distopia do jeito que eu gosto.

Um sistema perfeitamente imperfeito para algumas moralidades.

Definitivamente a ignorância é uma benção.

Às vezes muito conhecimento não é saudável para o espírito.

Uma sociedade "perfeita".

PehYan 09/03/2024

Uma utopia perfeitamente imperfeita
Brave New World (Admirável Mundo Novo) é um livro encantador e profundo que lida com muitos assuntos sérios como avanço científico, religião, amor, política e etc.
Um tanto inseguro chamar este livro de ficção científica de “a frente do seu tempo”, mas é inevitável sentir essa comparação de tempo lendo Brave New World, com as ideias do autor Huxley sendo umas muito intrigantes de se pensar se realmente serão uma realidade no futuro e outras que já passam um sentimento de parcialmente realizadas ou que caminhamos em direção a ela. É um livro magistral, permeado por toda uma base filosófica e que ainda consegue evocar emoções tão íntimas no meio desse mundo tão diferente (talvez nem tanto) do nosso, com uma cultura quase que completamente disruptiva da nossa chamada cultura ocidental contemporânea.

! SPOILERS A SEGUIR:

O livro começa com a descrição de um Centro de Incubação e Condicionamento (onde os humanos são feitos: nascem – aqui, decantam – e são educados enquanto crescem), o de Londres Central, e começamos a entrar em contato com essa realidade tão incitante do Admirável Mundo Novo. Aqui, o calendário se inicia após a construção do primeiro veículo Modelo-T por Henry Ford e estamos em 632 d.F (depois de Ford) e não há mais reprodução vivípara entre humanos (em vez disso, são feitos em laboratório) e não há mais lar familiar, casamento, relações românticas entre humanos e tudo o que permeia esses assuntos. Há a ascensão da biologia e da psicologia, com o objetivo supremo de se conquistar estabilidade social e a satisfação e felicidade da população, o que levou a paz mundial. Através da engenharia genética, os humanos têm suas características determinadas por sua casta: Alfa, Beta, Gama, Delta e Ípsilon, que vão de intelectuais, 'esportistas' e 'cientistas' até trabalhadores braçais e operários. Também há os grupos Bokanovsky. No entanto, ninguém nesse mundo está insatisfeito, todos amam sua servidão: o que os Centros de Condicionamento conseguem fazer por meio da hipnopedia e outros métodos e é mantida com a psicologia e a engenharia de emoções, que abrange a droga definitiva soma (nada nociva, mas muito efetiva para desprender da realidade), o cinema sensível, a música sintética e por aí vai. O capítulo 3 é uma obra de arte quando constrói uma certa tensão com a justaposição de cenas de três núcleos diferentes. Conhecemos Bernard Marx, um psicólogo Alfa que se sente insatisfeito com o mundo como ele é. Bernard – cercado por Lenina Crowne, Henry Foster, Mustafá Mond (o Administrador Mundial residente na Europa Ocidental), Helmholtz Watson s o D.I.C (Diretor de Incubação e Condicionamento) – nos leva até a Reserva de Selvagens (nome dado nesse mundo a uma reserva indígena) no Novo México, EUA, onde conhecemos Linda (uma mulher de Londres, abandonada lá pelo D.I.C em sua juventude) e seu filho John, o que nos guia até o arco final do livro com a deturpação de Bernard, a revelação de como pensa o Administrador Mundial Mustafá Mond e seu passado e o surto de John, contribuído pela morte de Linda num hospital na Inglaterra, o que faz com o que o Selvagem (John) recorra a um auto-exílio que causa comoção nacional e a cena final do livro é a exposição de como foi encontrado John após o aparente suicídio do mesmo.

* P.S.: Muito interessante o Selvagem ser leitor de Shakespeare.

Pedro H. T. Mandú (6/3/2024)

Cinthia 08/03/2024

Distopia genial!
Que maluquice pensar que tal livro foi escrito a tantas décadas atrás! Que autor genial!
Um livro no estilo de 1984 de George Orwell. Nos mostra uma sociedade toda criada e modificada em laboratório para cumprir determinadas funções pré estabelecidas e como um psicólogo começa a questionar se isso é mesmo certo.
Achei uma leitura interessante, mas alguns capítulos foram lentos e meio entediantes por isso tirei meia estrela.

Rariel 07/03/2024

Abominável Mundo Novo
Como um leitor do século XXI, histórias como essa não me causam tanto espanto como podem ter causado para seus primeiros leitores. A cada dia que passa, vivemos um pouquinho a mais do que foi descrito aqui, neste livro. Admirável Mundo Novo é uma obra com uma temática importante para refletirmos sobre qual rumo a nossa humanidade e sociedade estão tomando. Uma leitura excelente.

Cla Motta 06/03/2024

Comunidade, Identidade, Estabilidade
Uma viagem interessante, onde o autor propões construir pessoas e condiciona-las a amarem o destino delas social que não se pode escapar. Tudo tinha hora, sociedade ordenada.

aycraziness 06/03/2024

Cinco tentativas até finalmente conseguir pegar o ritmo de leitura, no final amar essa história e me surgir o questionamento de como poderia acreditar que esse novo mundo seria admirável sem poesia, individualidade e amor?

Lari 05/03/2024

Reflexões
Esse livro é muito atual em alguns aspectos e me gerou ótimas reflexões.
Sinto que no começo ele foi muito interessante e no meio me deixou meio perdida. Os últimos 3 ou 4 capítulos foram muito bons.

Algumas coisas podem acontecer tão rápido que tudo acontece em apenas um parágrafo, a escrita do autor nesses momento me deixou um pouco confusa...

Outro ponto negativo é sobre a edição, que em algumas trechos de espaço me deixou confusa sobre ser uma continuação de uma história ou uma pausa para a história de outros personagens.

Mas mesmo assim, vale a pena a leitura ?

LeticiaCavalcante. 04/03/2024

Diferenciado.
Meu primeiro clássico de ficção científica. Apesar de imaginar que não me daria bem com a compreensão da escrita do Aldous Huxley, fui surpreendida. Admirável Mundo Novo é realmente uma viagem. Não é por poucos motivos que esse livro se tornou famoso. Achei a leitura esclarecedora, em algum momento eu me vi querendo devorar o livro para saber o que acontecia no final. Extremamente necessário. O único ponto negativo para mim foi a profundidade dos personagens, eu senti falta de conhecê-los melhor, mas isso não tira a importância dessa leitura e o meu aproveitamento, gostei muito. Faz jus ao conceito de food for thought. :)

Nay 04/03/2024

Distopia?
A tal fuga que nos prende. O direcionamento que nos faz perder liberdade. E somos inteiramente livres na sociedade de outrora ou atual? A divisão de castas pode-se dizer que há na sociedade desde que ela existe? Toda leitura me trouxe tais questionamentos, assim como uma crítica ao Bernard quando ele cessou as duras críticas ao condicionamento quando certa fama lhe fez ?bem?. Mas pensei: ?Seria diferente no lugar dele??.

??não ser simplesmente uma célula do corpo social.?

Ily.mah 03/03/2024

Distópia
Um mundo distópico que é controlado pelo governo totalitarista, com o slogan "comunidade, identidade e estabilidade" em que as pessoas são feitas em laboratório de grande escala sendo controladas pelo governo.

O livro aborda temas como o individualismo, autoritarismo e as emoções humanas, na qual são reprimidas e todos tem que ser felizes o tempo todo, sendo cada pessoa pertencente a todos, como uma sociedade unificada.

É um livro clássico e particularmente é uma escrita que eu gosto, porém com palavras um pouco difíceis, complexo e um pouco cansativo. É um mundo bem desenvolvido, algumas partes são interessantes e reflexivas, contendo ideias controversas e um tanto peculiares.

Ana Cecilia 02/03/2024

Definitivamente uma das minhas maiores decepções
Admirável mundo novo é um livro clássico super renomado, com ótimas avaliações e muitas pessoas dizendo que ele mudou a vida delas. Pra mim foi uma grande decepção, ele não só não é tudo que promete como nem sequer chega perto.
A crítica sobre a desumanização causada pelo pensamento progressista e o culto à ciência é algo muito interessante, e concordo que também é necessário. É notável o aumento da falta de empatia nesses últimos anos com o avanço tecnológico.
Mesmo assim o livro foi tão arrastado, e bateu tanto na mesma tecla de como funcionava a sociedade e ponto de vista deles que saturou demais a história.
O livro só melhorou a partir de uns 75% e mesmo gostando disso achei a maior parte desnecessária.
Tiveram também algumas partes que simplesmente não consegui. entender de tão confuso que era a escrita.
Eu tive que pesquisar o que aconteceu no final pra entender, eu reli umas 3 vezes e simplesmente não consegui absorver totalmente oque tinha acontecido.

Evelyn827 01/03/2024

Quebra de Paradigma
Huxley nos dá a visão de um Mundo que conquistou a liberdade de não sentir nada de ruim, nem tristeza, nem a perda, nem a morte como um fardo e ao mesmo tempo não sentir nada de bom, nem amor, nem paixão, nem felicidade genuína. O que me fez pensar, será que a liberdade é não sentir? Não é justamente isso que nos faz humanos?

Odeovo 29/02/2024

Minha primeira distopia
Bem, um grande clássico! Embora eu não me lembre muito sobre sua história, lembro da experiência que tive enquanto o lia. É um baita livro!

Book 'n' Beverage 29/02/2024

Ganhou 4 estrelas nos 45 do segundo tempo.
Primeiro livro em que me arrasto até o final, entediada, agoniada, quando de repente (bem para o final mesmo!) um diálogo eleva exponencialmente a leitura e me deixa de queixo caído e com a cabeça girando positivamente. Achei a discussão de Huxley bem mais problemática e complexa do que a de Orwell em "1984", pois ele cria uma distopia que sugere soluções, ao mesmo tempo em que nada parece estar resolvido. Esse debate - do que funciona para uma sociedade e o que a prejudica - na realidade possui tantas facetas e ramificações, que é praticamente impossível encontrar uma só resposta. Bom, devo assumir que os 4/5 arrastados do livro foram necessários para a construção do contexto que serviu de palco para os grandes questionamentos do autor no 1/5 final.