Admirável Mundo Novo (Edição de Bolso)

Admirável Mundo Novo (Edição de Bolso) Aldous Huxley




Resenhas - Admirável Mundo Novo


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Val 27/02/2024

Caminhamos para um Admirável Mundo Novo
Com um início extremamente descritivo e técnico, Aldous Huxley principia sua considerada obra prima Admirável Mundo Novo de forma a condicionar o leitor àquilo que irá enfrentar em sua leitura. Assim como os personagens, seres desenvolvidos nos laboratórios do romance são também condicionados.
Vemo-nos, de repente, no ambiente de outro mundo. Um que nunca imaginaríamos, como pessoas normais, tecnicamente muitíssimo evoluído e assombrosamente vivenciado, onde as pessoas não são geradas naturalmente e sim produzidas artificial e industrialmente com características para atender às necessidades dessa então nova civilização. Assustador.
Uma civilização que matou de fome um bilhão de pessoas naturais para facilitar seu controle sobre o bilhão sobrevivente e reduzir o consumo de comida – muito próximo da narrativa da atual Agenda 2030 disseminada pelos globalistas da Nova Ordem Mundial. Segundo seu mote doutrinário, não há civilização sem estabilidade social. E não há estabilidade social sem estabilidade individual. Daí a programação de cada indivíduo antes de nascer.
Os óvulos são fecundados de acordo com as características genéticas desejadas para determinada atividade e região do planeta; e reproduzidos exatamente idênticos em até 96 mil exemplares por lote. Servidores braçais, por exemplo, não precisam ter inteligência desenvolvida, função esta inibida e condicionada já em sua criação. E uma exígua quantidade de fortes inteligentes é permitida para se formar uma elite administrativa.
A certa altura da obra um administrador se expressa para um grupo de estudantes: “Feliz gente nova! Nenhum trabalho foi poupado para tornar a vossa vida emotivamente fácil, para preservá-la, tanto quanto possível, até das próprias emoções”. Para ele, “... é aí que está o segredo da felicidade e da virtude: gostar daquilo que se é obrigado a fazer. Tal é o fim de todo o condicionamento: fazer as pessoas apreciarem o destino social a que não podem escapar”.
Em meio a esse grotesco, surgem dúvidas cruciais e uma espécie de romance. Nada mais desafiador para uma civilização daquelas, onde ninguém nasce apenas é criado; não existe casamento e família; cada indivíduo tem que ser autossuficiente; não há religião, doenças ou time do coração. Não há emoção. Não existem problemas. Não existe Deus; existe Ford. Uma verdadeira utopia.
Quando Huxley publicou esta obra em 1932, não se imaginava a informática e a computação. Mas mesmo assim o autor conseguiu desenvolver um enredo fantástico de evolução tecnológica sem a utilização desses elementos. Usou apenas a combinação de um desenvolvimento de tecnologia reprodutiva, da hipnopedia, do uso de psicotrópicos, do condicionamento tradicional e da manipulação psicológica, obtendo um contexto de mudanças profundas na sociedade e na civilização como um todo.
Após a leitura desta estarrecedora obra distópica, sob reflexão, podemos imaginar a monstruosidade que Huxley poderia ter criado caso tivesse, à época, conhecimento da tecnologia atual como um todo. E, aí então, resvalaremos em nossa realidade atual para perceber que estamos a alguns passos de adentrarmos num admirável mundo novo.
Talvez não ao de Huxley, cujo objetivo principal era gerar felicidade a um custo calculado e planejado, mas ao de algo muito pior, determinado e gerenciado pelo poder econômico a usar os habitantes terrestres como simples consumidores controlados gerando riquezas permanentes aos poderosos que hoje controlam a economia mundial.
Antes de finalizar, Huxley dá um toque perfeito de que a imprensa é imutável. Mesmo num mundo ultra-evoluído, ela mantém sua tradição de fazer estragos dedicando-se ao sensacionalismo. E finaliza esta brilhante obra distópica com a ironia de se viver uma sofrida vida normal em detrimento de uma feliz vida ideal, algo somente possível num Admirável Mundo Novo.

Valdemir Martins
26.02.2024


site: https://contracapaladob.blogspot.com/
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Jay 27/02/2024

Reflexiva!!!
Um livro totalmente reflexivo, onde você tem a visão de duas sociedade a do Mundo Novo e a dos Selvagens e na minha opinião eu não gostaria de fazer parte de nenhum dos dois.
O livro trás algumas temáticas sobre poder de escolha e de predestinação. Imagina você ser condicionado a ser algo ou alguém, você não poder mudar quem você é, isso é insano!
Apesar que no mundo que vivemos hoje, com a Internet, vejo cada vez mais um condicionamento no sentido de encaminhar e induzir as pessoas a serem de um determinado tipo e pensarem de uma determinada forma. É assustador, mas podemos estar vivendo um pouco desse mundo novo nos dias de hoje mas de nenhuma forma ele é admirável!
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Tarso 26/02/2024

Livro difícil
Um clássico, mas de leitura complexa. Várias palavras difíceis e o uso de dicionário ou mesmo ler no Kindle se faz necessário. No livro, a sociedade do futuro foi moldada de forma a não haver mais a desordem, não há individualidade, tudo é criado para servir ao coletivo. Aos que não puderam ser moldados ou criados em laboratório são considerados selvagens e relegados à margem. As mulheres deixam de engravidar e recorrem aos remédios inibidores para manter o corpo perfeito. A ?droga da felicidade? passa a ser ingerida com frequência. Livros antigos ou tudo que remeta a antiga sociedade onde a desordem era algo a ser lidado, foram banidos.
Eliza191 26/02/2024minha estante
Esse livro é doido! Eu até que gostei, mas o final eu tiver que reler algumas páginas pra entender porque tava difícil kkkkk




tatamaria 25/02/2024

É um livro diferente do que costumo ler. Fez-me refletir muito sobre como os excessos da "coletividade" nos fazem jogar para o escanteio a nossa individualidade, aquilo que nos difere e que nos torna únicos no mundo. A coletividade é excelente quando ela é reflexiva e crítica, mas pode ser um problema quando segue o efeito manada, que é o que vemos hoje em dia.
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Fran 25/02/2024

Visionário!
Fiquei impressionada como a leitura parece atual pra um livro publicado em 1932. Acho que estamos muito próximos da sociedade descrita pelo autor! Vale a pena a leitura!
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JAlia.Compan 25/02/2024

Meio que já estamos nele...
Um dos melhores livros que já li na minha vida. Dá pra ver todas as obras que foram inspiradas nele, e o quão atual ele é pra um livro do fim do século XVIII...

"Admirável mundo novo" pode ser descrito como um grande incômodo. Todo exagero retratado nesse livro é um recorte certeiro do que é a sociedade. E algumas vezes, eu me enxergava no personagem principal e precisava me dar uns minutos pra chorar e retomar a leitura.

Crítica certeira sobre as classes sociais e exclusão, sobre racismo, sobre condenarem mulheres mães e criar o mundinho onde as classes altas desfrutam de uma infância eterna porque pensamento crítico não é necessário.
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Walkíria 24/02/2024

Maravilhoso
Obra incrível e bastante atual, muito bem elaborada e descrita. Com certeza está nos meus favoritos.
Têm tantos pontos para mencionar sobre o livro em poucas linhas que seria impossível relembrar todos, mas sim os que particularmente acho que mais ganharam destaque como individualidade, lidar com a morte, dor e sofrimento, resignificação do amor e a ciência.
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claracoutorosa 24/02/2024

''Ser banido significa ir pra longe, muito longe. Pra um lugar onde as pessoas foram conscientes demais...''
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ingrid.maroco 24/02/2024

Achei o livro em si é um pouco confuso (o próprio autor reconhece os erros mas decide não corrigir pra não perder também coisas boas da obra), como por exemplo, no início, em que o protagonista é o Bernard, e no final é o Selvagem. Mas em geral achei a crítica muito boa, o incentivo de não criar sentimentos profundos (e, consequentemente, instáveis) e a parada do soma e de se entupir de entretenimento barato pra manter uma sociedade estável. Não foi um 1984 da vida, mas achei legal
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Fabiano Diniz 23/02/2024

Bela história, o começo é um pouco complicado, pensei até em desistir da leitura, mas valeu apena terminar. Agora acho que esse livro não é mais uma história, mas um possível futuro sr não for um breve presente .
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Babizinha0 22/02/2024

Bom e decepcionante
O início é bom e muito intrigante,até o meio é bem legal,mas o final...é péssimo e outros personagens poderiam ter sido mais desenvolvidos! Esperava muito desse livro por conta do que as pessoas falavam,contudo... deixou a desejar
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Adalberto 18/02/2024

Leitura necessária.
Este livro se faz necessário ser lido nos dias de hoje, principalmente por seu conteúdo fantasioso distópico mas que resguarda um aviso poderoso e temerário: a dominação da sociedade pode ocorrer transvestida de "bem maior".
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andreolive.91 16/02/2024

Um mix do que seria do mundo com autoritarismo extremo e também o que a falta de regras pode causar. Uma leitura que não achei tão fácil, mas nada impossível de entender. Leiam!
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Andressa1197 15/02/2024

Lento
O livro leva muito tempo explicando o mundo novo. Quando finalmente podemos nos esbanjar na problematização entre ele e o mundo velho, acaba.
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Luiza Cavalcante 15/02/2024

Admirável Mundo Novo
    Neste clássico de 1932 somos apresentados a uma Londres futurista, mais precisamente no ano 632 D.F. (Depois de Ford), onde os seres humanos deixaram de ser vivíparos e conceitos de Amor, Família e Religião são considerados obscenos.
       Nesta sociedade os seres humanos "nascem" em laboratórios e são divididos em castas, vivendo, trabalhando e se comportando de acordo com o que lhes foi condicionado desde a "concepção".
        Bernard pertence a casta mais privilegiada, é um Alfa, porém questiona -se frequentemente, um ato desestimulado pelo governo, e nao se encaixa nos padrões esperados de um Alfa.
         Bernard sempre soube da existência de lugares "selvagens", lugares que preservam os costumes da era Antes de Ford. Mas para uma mente não totalmente condicionada como a de Bernard, quais as consequências de visitar tais lugares?
         "Admirável Mundo Novo" é um prato cheio para os fãs de distopias e, sendo uma obra escrita a praticamente um século atrás é incrível como seus temas continuam atuais tanto em nosso dia a dia quanto na literatura distópica.
          A abordagem de temas como sociedades divididas em castas, regimes totalitários e manipulação psicológica, por exemoplo, fazem lembrar pelo menos uma ou duas sagas distópicas que conhecemos atualmente. Apenas leiam
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