Wellington.Pimente 30/10/2023
Louis afirma que tem mais 200 anos de existência como vampiro e após encontrar um jornalista na rua de São Francisco resolve contar sua história, numa espécie de autobiografia, com seus desabafos, arrependimentos e sua melancolia. Mesmo duvidando da história num primeiro momento, o jornalista acaba concordando em ouvi-la e assim grava a voz do vampiro Louis em seu relato detalhado. Começando quando era um fazendeiro escravagista, nos arredores de Nova Orleans. Louis perde esposa e filho no parto e cai em depressão, perdendo completamente a vontade de viver, em uma noite de bebedeira e irresponsabilidade, acaba conhecendo o vampiro Lestat que lhe oferece a oportunidade que ele tanto queria de morrer e assim tornar um vampiro como ele. Após a transformação, eles vão morar na fazenda do Louis, tendo o Lestat como um tipo de mestre, mas vamos percebendo pelo relato, seu arrependimento da decisão tomada.
Louis, mesmo não sendo mais uma criatura humana, portanto livre de toda moralidade, ainda continua vivendo como se houvesse uma alma humana, com a vontade de se afirmar como parte integrante da sociedade, continua agindo como um ser humano, até mesmo com as mesmas objeções morais que tinha no passado.
Posteriormente, acompanhamos os acontecimentos que transformam a garota Cláudia em vampiro, que com sua presença, a relação de Louis e Lestat ganha uma nova dinâmica, principalmente pelos conflitos gerados pela Cláudia, por sua mente já adulta aprisionada num corpo infantil. Após um forte embate entre eles e não confiando mais no Lestat como um mestre, acabam viajando o mundo em busca de iguais e encontram na Europa, um grupo de vampiros, que tem como um líder, o vampiro Armand, que sente muito atraído por essa crise existencial humana que possui o Louis, assim como Lestat sempre teve. O desfecho do livro me surpreendeu pelas decisões tomadas por Louis e a narrativa de Anne Rice é apaixonante.