O livro apresenta as formas pelas quais as recomendações das agências multilaterais têm sido atacadas, descartadas ou adaptadas pela recente política educacional brasileira. Os documentos revelam que são visíveis a olho nu as articulações entre as reformas dos anos de 1990 e as recomendações dessas agências, evidenciadas, sobretudo, na anunciada "revolução copernicana" da educação nacional promovida pelos governos FHC. O livro destaca, também, como o consenso sobre as reformas é alcançado graças a um sutil exercício linguistico que inverte termos e sinais de modo a torná-los condinzentes com os novos paradigmas que referenciam a mudança almejada para a educação no país. Desenhado com o objetivo de instigar a obediência e a resignação pública, tal exercício se faz necessário para erradicar o que considera obsoleto e criar novas formas de controle, regulação e regimes administrativos.