Germinal

Germinal Emile Zola




Resenhas - Germinal


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Jean Bernard 27/10/2021

O Naturalismo Cru e Poético
Sem palavras pra descrever essa leitura. Uma descrição cria sobre as mazelas dos mineiros de uma companhia de carvão na França.
Zola consegue nos transportar para aquelas terras inférteis com uma maestria cinematográfica. Sentimos os horrores daquela situação bater dentro de nós. Ao mesmo tempo que consegue ser direto, uma escrita poética se mistura com uma beleza triste de sua escrita.
Uma das melhores leituras do ano. Recomendo.
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Pedro 25/08/2020

No fundo da terra germinava uma semente, e um belo dia os homens brotariam da terra, um exército de homens que viria reestabelecer justiça.
(Página 59)

O livro é pautado acima de tudo na luta de um proletariado que mesmo após as transformações da revolução francesa ainda permanece sofrendo nas mãos da burguesia.
Sua revolta crescente é encoberta pela subordinação dos funcionários perante patrões que abusam de sua hierarquia e da falta de leis trabalhistas.
Mas a letargia não dura para sempre, após a leitura torna-se totalmente compreensível a importância histórica da obra na criação de um gênero literário que nos faz habitar o universo da sociedade da época.
Fica evidente para o leitor a influência da precarização do ambiente de trabalho na vida dos que vivem de seu sustento.
Germinal é um manifesto pulsante em forma de história, que nos faz sentir o calor das minas de carvão e do sangue que ferve em busca de melhores condições de trabalho, condições que só serão alcançadas através da luta revolucionária.
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Thiago Barros 24/07/2020

?Apodrecendo aos poucos?
Esse é um dos livros mais fortes que já li, podendo ser comparado a torturante história de José Saramago ?Ensaio sobre a cegueira?.
Zola com certeza nasceu com o dom da escrita, alcançando a perfeição nessa obra. É possível sentir a dor, a angústia e o sofrimento dos personagens como se fosse em nossa própria pele.
A esperança estava comigo dez do começo da leitura, mais como sempre: ?histórias que ironizam a realidade estão sujeitas ao tormento?.
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Ana Paula 09/08/2020

Maravilhoso
Com certeza um dos meus livros favoritos, recomendo para todos. Acompanhar a vida desses trabalhadores proporciona muita raiva e choro. O autor escreve de uma maneira maravilhosa. Com certeza um dos melhores livros que já li.
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Gustavo.Fortes 21/11/2021

Um livro que leva luz à escuridão
Germinal é simplesmente sensacional. Emile Zola, um dos principais autores do Realismo francês, mostra de maneira nua e crua a vida dos mineiros do século XVIII. Uma vida miserável, cuja unica expectativa era a de subsistência básica.
A dura realidade da classe trabalhadora da época os coloca em combate direto com a classe burguesa, despontando ideais socialistas que o autor certamente admirava.
Um livro angustiante sem dúvidas. Mas ajuda a esclarecer as conquistas dessa classe após mais de duzentos anos.
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Tainã 20/05/2023

Uma leitura dura se fazer, e é justamente desse estilo que eu gosto: o Realismo. É impossível passar por esse livro e não sentir emocionalmente o drama vivido pelos mineradores. Émile Zola escreve os detalhes de tal maneira que eu me enxergava dentro daquelas minas, perto dos personagens e vivendo entre eles.
Incrível obra, ótima para ler durante uma tarde/noite fria, e ainda tem uma grande crítica social por traz (os direitos trabalhistas e etc.).
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Lucas 27/07/2019

Senso de justiça x rebeldia: As entranhas da Terra como insumos do turvamento das diferenças entre teoria e emoção
Germinal, lançado em 1885, é, definitivamente, a mais substancial das obras do francês Émile Zola (1840-1902), o precursor do naturalismo dentro da literatura. Espelhando-se em seu conterrâneo Honoré de Balzac (1799-1850), que dedicou a vida a escrever uma "enciclopédia" literária da Franca do século XIX, em centenas de obras que compõem a universal A Comédia Humana, Zola buscou o mesmo ao agrupar todo o trabalho de sua vida em um único universo: Os Rougon-Macquart, uma coletânea de vinte obras escritas com um viés naturalista de uma família fictícia, cujos integrantes, espalhados nos mais diversos cantos da sociedade francesa, serviram como instrumentos para uma "varredura" narrativa/descritiva completa da época.

O integrante principal desta família em Germinal é Etienne Lantier, possivelmente um parente de Jacques Lantier, o protagonista d'A Besta Humana (1890), outra das obras da coletânea. A narrativa começa com Etienne caminhando sem rumo à noite no interior de Montsou, uma fictícia cidade do nordeste da França, situada ao lado de Marchiennes, esta real, distante cerca de 30 quilômetros ao sul de Lille, a maior metrópole da região. Sem esperança, com muita fome e frio, Etienne estava em busca de trabalho e acaba por conhecer Boa-Morte, um idoso que trabalhava no período noturno na Voreux, a maior mina de carvão da região que, na época, era rica em minérios (não fica claro em que período exato a narrativa se passa, mas as entrelinhas sugerem uma contemporaneidade com a data de publicação).

Boa-Morte (é explicado no romance a razão desse apelido peculiar) acaba por fazer a ponte com o núcleo narrativo principal, já que ele era o patriarca da família Maheu, que vivia na aldeia de Deux-Cent-Quarante , vizinha da Voreux. Seu filho, Toussaint (seu nome é citado uma única vez em todo o livro) tinha esposa e sete filhos, sendo um deles um bebê e uma outra menina deficiente física (a meiga Alzire). Os demais filhos também trabalhavam na mina, em especial Zacharie (o primogênito) e Catherine, a protagonista feminina da obra.

Como contraponto a este círculo de operários, há os gerenciadores da Voreux, os Hennebeau, que possuíam certo poder sobre a mina, mas estavam submetidos à verdadeira administração, oculta, sediada em Paris. Na maior parte do tempo, eles são apresentados como vilões da história, mas o patriarca da família possui certos dramas domésticos comuns. Há também os Grégoire, que eram acionistas de outras minas na região, mas que não se envolviam nas questões práticas da exploração dos minérios (eles representam, apesar da inocência e bondade superficiais, a face especulativa do capitalismo, que é um entrave a melhor distribuição de renda, por exemplo). Este núcleo mais "rico" é bem descrito com as suas hipocrisias e futilidades próprias.

Etienne serve como um elemento esclarecedor das condições absolutamente insalubres e perigosas envolvidas na extração de minérios. Ao colocar Etienne em seu primeiro dia de trabalho, a narrativa insere o leitor na pele do protagonista, com o seu desconhecimento de detalhes mais técnicos do trabalho a que tinham que fazer, bem como da divisão de tarefas que havia no fundo da mina. Se hoje, em pleno 2019, a extração de carvão e outros minérios é algo complexo e perigoso, o leitor precisa imaginar o quanto isso era penoso há cento e trinta anos atrás, quando não havia praticamente nenhuma automação e o trabalho era quase que totalmente braçal.

Assim, para que não se antecipem detalhes mais reveladores, o primeiro quarto da obra é sucintamente uma descrição ambiental interna da Voreux, que assim como a locomotiva Lison, da já citada A Besta Humana, adquire ares de protagonismo, especialmente para que o autor descarregue sua escrita naturalista. A mina é descrita como um ser vivo, que "se alimenta de carne humana", onde os operários atuavam "em suas entranhas para retirar o próprio sustento". Para o leitor mais leigo em termos de naturalismo literário, é preciso esclarecer que esse movimento, idealizado pelo próprio Zola, era uma intensificação do realismo, que vinha substituindo o romantismo mais pragmático que havia entrado em decadência a partir da década de 1850. Essa corrente (representada no Brasil especialmente por Aluísio Azevedo, em seu ótimo O Cortiço, de 1890) visava estabelecer o homem e sua personalidade como um resultado da influência que o meio social exercia sobre ele. Tal influência, na narrativa, era montada a partir de críticas sociais contundentes: em O Cortiço, a crítica principal se dirigia à ganância, quase animalesca; já n'A Besta Humana, a crítica narrativa de uma forma geral era mais direcionada à formação de uma personalidade que se tornava raivosa e até assassina quando se sentia ameaçada.

Em Germinal, Zola transcende esse aspecto mais interiorizado ao homem; abre mão de psicologias interessantes para direcionar seu ponto de reflexão a todo um escopo social, marcado pelo apego desmedido ao capital. A Revolução Industrial aumentou consideravelmente os ganhos dos donatários dos meios de produção, mas o acréscimo de riquezas não veio acompanhado de um ganho mais coletivo dos operários que eram peça indispensável a este avanço econômico. Isso, acompanhado da secular distinção entre capital e trabalho alimentou a veia crítica de Zola, que usa os personagens da obra para discutir e pormenorizar as diversas correntes de pensamento que se originavam a partir dessa crescente desigualdade.

Antes que o futuro leitor de mente mais prática tenha pensamentos preconceituosos a respeito desse discurso mais social, mais voltado a questões de rivalidade entre patrão e empregado, Germinal traz sim várias menções à obra de Karl Marx (1818-1883), o fundador do pensamento socialista, que gerou profundo impacto em Émile Zola. Todavia, a obra jamais deve ser evitada por isso. Zola conduz a narrativa a questões muito mais existenciais e profundas que a simples divisão entre pobres e ricos ou instruídos e analfabetos: o âmago das condições históricas que acabaram por conduzir àquele estado de total desigualdade é dissecado.

É relevante também mencionar a contribuição social que tais práticas deram a sociedade da época e que repercutem até hoje. Foi por meio de um discurso de maior repartição de riquezas, da busca por direitos iguais que nasceu a regulamentação de todo um sistema que se baseia na exploração da mão de obra alheia (com remunerações por vezes injustas) e no alcance de lucros. Numa sociedade tão sedenta por rotulações como a atual, tal conjunto de ideias é retrógrado e distorcido, mas foi a luta por tais valores que garantiram direitos como a delimitação da jornada de trabalho, o salário mínimo, o trabalho para adolescentes e adultos, o auxílio maternidade... Importante também que se registre que estes direitos foram surgindo aos poucos, somente no início do século XX e a intensificação das injustiças ocorridas na relação empregador x funcionário se deu por volta dos anos de 1860, com a Segunda Revolução Industrial. Temas como trabalho e salário adquiriram uma função social que antes era ignorada, graças à proliferação destes ideais de inclusão social e melhor distribuição de renda.

Germinal possui uma capacidade inigualável de gerar no leitor reflexões amplas, que expandem as dualidades e pontos de vista que são expostos no livro, o que explica essa fuga temática ocorrida acima. Mas o que torna Germinal tão especial é justamente essa capacidade de trazer reflexão sem que seja deixada a narrativa em sua parte fictícia em um segundo plano. O leitor, ao invés disso, sofrerá com Etienne, os Maheu e os demais integrantes da aldeia as agruras de um sistema nefasto, que priorizava lucros obtidos muitas vezes a partir da miséria alheia. Não só a miséria, mas o abandono, o preconceito, a prepotência e a arrogância romantizam a história e chocam, porque elas são a síntese do viés mais voraz e cruel do capitalismo, capaz de agir inescrupulosamente na manutenção do status quo de determinado segmento da sociedade.

Tal viés é baseado na hipocrisia, e até hoje encontra sustentáculos em ideias, como a de que o patrão, por empregar e remunerar funcionários, é tido como uma espécie de "salvador'' ou de ''pai'', o que é totalmente equivocado. Esse ponto, que também aparece em Germinal, assim como as razões para sua refutação, não corresponde, todavia, a essência da hipocrisia que Zola quis demonstrar aos seus leitores. Esta falsidade é por ele ilustrada por meio da Revolução Francesa, de 1789, que possui um misticismo (justo) que transcende os séculos. A história universal não nega que a queda da monarquia teve participação importante da burguesia e da camada mais pobre, mas, ao romancear certos aspectos, deixa algumas pontas soltas. Zola supre essa lacuna expondo quem realmente teve avanços sociais após o processo revolucionário. Esta sua ousadia é digna de nota, porque muitos foram os que escreveram sobre "Liberté, Egalité e Fraternité", mas poucos foram os que se preocuparam efetivamente em descrever para a posterioridade a aplicação e abrangência do lema da revolução na sociedade francesa a partir de então.

Mas a hipocrisia sempre se apresenta em duas faces, e Zola não ignora esta definição em Germinal. Ao partir de um discurso geral de inclusão, de desigualdade e do egoísmo que existia naquele contexto, ele exacerba os sentimentos da massa popular e a razão passa a se confundir com a emoção. Aliás, de uma forma geral, as sinopses da obra retratam essa divisão existente entre o socialismo (como forma de pensamento nascente àquela época, sem as distorções que o tempo e experiências malsucedidas causaram) e a anarquia. Por mais que a obra tenha inúmeros "chamados" à luta por ideais que garantiriam uma melhor condição de vida aos operários, o autor não se incomoda em também ilustrar o ponto mais radical desse discurso, onde o terrorismo supera o ideal ou a rebelião subjuga a greve. Todo esse quadro vai ficando sombrio aos poucos e a maneira sutil com que os próprios personagens lidam com essa transformação é transcrita de forma excepcional. Um exemplo disso é a esposa de Toussaint Maheu, que simboliza bem essa quebra de distinção entre o que se acreditava e a busca animalesca pela implantação dessas crenças. Outro símbolo disso é Etienne, que passa a conviver com uma série de dúvidas quanto à aplicação na prática dessas ideias de liberdade e igualdade. A trajetória individual de ambos os personagens é um elemento comprobatório da isenção parcial da narrativa de Zola, que, de fato, defende princípios esquerdistas, mas acusa os extremos, que, até hoje, sempre precisam ser condenados.

Em suma, Germinal incute no leitor uma torrente de reflexões de ordem social, capazes de instruir na mesma medida que chocam. Isso porque, sob o ponto de vista narrativo, a última centena de páginas (na excelente edição de 1981 da coleção da Editora Abril) é tão repleta de acontecimentos inesperados que consternam até mesmo o mais pessimista dos leitores. Isso torna praticamente impossível que se largue o livro nestes últimos capítulos. Na verdade, a obra toda é assim: o futuro leitor terá diante de si uma história crua, pesada em muitos momentos, mas que prende a atenção pela substancialidade narrativa, capaz de tratar de filosofias práticas e rebeldias animalescas num simples passar de páginas.
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Felipe 22/01/2013

Apesar de já ter lido esse livro a muito tempo, tenho para mim que foi um dos melhores e mais mais marcantes que um dia poderei ler.

O li no auge dos meus 18 anos, e realmente me fez ter uma percepção critica e realista da sociedade, onde é valorizado o supérfluo, quando muitos tem muito pouco, vivem na miséria e simplesmente existem para cumprir etapa na cadeia de produção de lucros para o chefe, sendo facilmente descartado. Simplesmente um verdadeiro choque social exposto em páginas que voavam com impressionante rapidez.

Após ler esse livro, li O CORTIÇO, onde vi tentativas claras de referencias tanto espacias quanto pessoais, sem contudo atingir 10% do nível de intensidade e carisma dos personagens de Zola.

Hoje me privo inclusive de assistir ao filme baseado no livro, com medo de que seja mais uma de tantas adaptações péssimas, que nem de longe conseguem extrair a essência primordial passada pelo livro.

Forte abraço.
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Fabi 06/12/2023

Magistral
Espetáculo de livro. Espetáculo. Da primeira à última página esse livro é perfeito. Não tem palavra ou personagem em vão. Por falar em última página, o trecho final é de uma intensidade de emoções sem tamanho. É de arrepiar. Eu li vendo a cena, ouvindo os sons, sentindo o coração acelerar, a respiração faltar, a alma doer. Eu fechei os olhos e me deu vontade de me curvar. Um trecho que sempre vou reler e sei que vou me arrepiar quando ouvir a palavra Germinal. O livro é sobre a greve dos mineiros na França em razão da redução dos salários e das péssimas condições de trabalho, de vida, de sobrevivência, de tudo. Na verdade eu entendi que o livro é sobre a força do ser humano em lutar pela sobrevivência. Eu passei a leitura inteira pensando que jamais conseguiria ser resiliente e perseverante num ideal e na busca pela justa retribuição diante de tanta privação, diante de tamanho sacrifício daqueles trabalhadores. E não conseguiria mesmo. E depois vem aquele final. Germinal. Que respeito!!! Sofri tanto, desde o começo. Pelas crianças, homens, mulheres, cavalos (Ah! Batalha) e o final foi uma explosão de sentimentos que ainda estão confusos. Só sei que Zola foi magistral. Uma das melhores leituras da vida.
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Debora 12/08/2022

Baseada no livro Germinal, de Zola, a HQ, por si, me pareceu confusa.
Me parece que, se eu não tivesse lido o livro, teria entendido muito pouco desta HQ, cuja história dá saltos que deixam tudo meio confuso. Pelo menos foi o que achei...
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Leticia.Machado 10/04/2020

Inicio do realismo e naturalismo
Em Germinal temos caracteristicas marcantes do movimento literario realismo e de um de seus pontos mais marcantes, o naturalismo. Uma otima leitura, principalmente para aqueles que procuram um livro que mostre e exemplefique a escola literaria pertencente, o livro tambem aprensenta certa referência histórica ao a correntes politico-filosoficas, assuntos bastante relevantes para quem esta em época de vestibular, porém para alguns a leitura pode ser um pouco cansativa e maçante.
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Renba 10/08/2022

Clássico do naturalismo
O grande ponto de impacto ao ler germinal é sentir o que o autor Émile Zola passou ao morar, conviver, beber junto com os mineiros, sentir a miséria, calamidade, mortes, fome. Nesse cenário, o personagem principal Étienne, que consegue trabalho nas minas de carvão, passa a liderar uma greve em busca de melhores salários e condições de trabalho. Com forte influência dos conceitos socialista, anarquista nas tomadas de decisões ao longo das crises. Contudo, sem dar spoiler, é bem questionável (na minha opinião) as tomadas de decisões dele (egoístas) para punir a burguesia. O fim do livro é bem fraco, mas valeu a leitura. Recomendo!
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rafa 04/12/2023

"A germinação daquele exército logo faria explodir a terra"
Sinto que preciso justificar a minha nota pois "Germinal" é uma história maravilhosa, mas foi uma leitura um pouco cansativa para mim.
Todo o contexto e o ano em que o livro foi lançado por Émile - em 1885 - deixa a história ainda melhor e mais emocionante. E ele não deixou de detalhar cada pontinho e ideia de seus personagens.

(talvez esse foi o problema por mim, e assim a leitura foi tão enrolada e cansativa)
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dartres 19/10/2023

Do início ao fim o livro é agonizante, já nas primeiras cenas as tosses incessantes de um dos mineradores geram um incômodo e, ao longo da história, você se sente tão sufocado e revoltado com toda aquela miséria quanto os personagens.

Uma personagem que me causou empatia logo de cara foi Catherine, mas conforme a trama avançava eu ficava num sentimento conflituoso entre, querer saber seu destino e torcer para que ela não aparecesse e me obrigasse a vê-la sendo tão maltratada de novo. Essa sensação é uma perfeita síntese do livro, cada acontecimento é horrível e parece desencadear um ainda pior.

O espírito socialista dos personagens é totalmente razoável naquele contexto de vida, e conforme é construído nos leva a ter uma ponta de esperança, a semente é plantada, assim como neles; que são tão desumanizados que passam a ter comportamentos até "animalescos" e violentos, já que não tem chance de pensar na vida, e sim, apenas, se conseguirão sobreviver mais um dia.
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