Carlos Magno 25/02/2024
Uma narrativa que se ramifica como galhos de uma árvore, em que cada um destes traz uma perspectiva singular, mas que, ao analisarmos o todo, estão vinculados a uma mesma raiz.
A história urge em nos apresentar fatos e acontecimentos, muitas vezes isoladamente, sem que as pontas sejam amarradas de imediato, mas todas sendo expostas como baralho numa mesa. A medida que a trama desenrola, todas essas pontas vão sendo tecidas como uma grande peça de retalho, que juntas criam uma cadeia absurda de vínculos.
Os personagens são representados, muitas vezes, como fantoches em uma peça teatral maior, em que eles ora não sabem que fazem parte, ora atuam dentro da cena.
Nessa peça, até nós leitores, somos atraídos para o jogo, já que a autora brinca com nossa mente o tempo inteiro: a história é ?pés no chão? ou irá beira o sobrenatural? Como esse quebra-cabeça pode ser montado? Acho que descobri alguma cois?ops, não era isso.
O ápice do livro é o ponto mais ambíguo. É difícil definir se foi satisfatório ou se fugiu da expectativa criada, não pelo desfecho em si, mas pra solução encontrada. Meia estrela retirada por isso.
Como um todo, excelente história!