Resenhas - A Casa Holandesa

Carolina2600 22/05/2024

Um livro bem diferente de tudo o que li, história muito interessante e com muitas camadas, que te faz pensar em até que ponto é saudável se prender ao passado.

Patty 16/05/2024

Gostei demais desse livro, apesar de um pouco confuso quanto à cronologia, depois que pegamos o ritmo a leitura flui muito bem.

Nunca consegui perdoar a Elna por ter abandonado os filhos, no fim só o irmão percebeu o quanto a Maeve sofreu por conta das atitudes da mãe.

O fim de Andrea foi muito brando se considerar o que ela fez, tomou tudo que eles tinham, minar o fundo estudantil foi pouco e depois ainda proporcionou uma educação de qualidade para Norma, que realmente gostou de exercer a medicina.

Celeste sempre foi uma interesseira, queria apenas ser esposa de médico, não gostava do Danny pelo que ele era e pelo que queria ser.

Por fim, o Danny foi o que mais sofreu, sempre seguindo o que era ditado por outra pessoa e fazendo o possível para apaziguar os ânimos daqueles que estavam ao seu redor, fazendo de tudo para manter a Maeve feliz e deixando de lado o que realmente queria.

Nickie Dias 15/05/2024

Uma história envolvente, mas sem grandes emoções.
O livro é narrado pelo filho mais novo dos Conroy, como a história começa quando ele tem apenas oito anos, pensei, já gostei! Adoro livros com drama familiar e narrado por crianças, porém durante a leitura fui percebendo que é o Danny adulto narrando sobre o passado.
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Quando o pai de Danny adquiriu A Casa Holandesa não imaginava que ela impactaria a vida de todos mesmo após décadas. Ela parece ser a grande protagonista dessa história, onde todos os outros personagens parecem coadjuvantes, mas não é. Foram Danny e Maeve que me conquistaram, com o amor e a dedicação que há entre eles, tudo que eles passaram, o abandono da mãe, a negligência do pai e a rejeição da madrasta, só aumentou esse afeto.
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Já Andrea me lembrou a madrasta da Cinderela, apesar das filhas não serem nada parecidas com as irmãs malvadas, Danny não ser um dos bichinhos da Gata Borralheira e nem Maeve precisar de um príncipe para salvá-lá. E na primeira oportunidade a madrasta má colocou os enteados para fora, fiquei passada, como um homem inteligente como Cyril Conroy não previu isso? Mas, diferente do que diz a sinopse, os irmãos não são jogados a pobreza, perdem seus privilégios, mas pobreza mesmo não chegou nem perto.
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Porém, mesmo após serem expulsos, a Casa Holandesa continuou presente em suas vidas, tornando uma verdadeira obsessão, eles vão crescendo contemplando a casa de fora como se fossem dois estranhos.
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Quanto a redenção da mãe Elna Conroy e os motivos dela ter ido embora não me convenceram, nem me emocionaram, como é Danny que narra e ele não tem lembranças da mãe, acho que sua apatia em relação a ela me contagiou.
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A escrita da autora é muito boa, mas acho que gostaria que a narrativa tivesse sido intercalada entre Maeve e o Danny.

ThábataCabrini 13/05/2024

Achei dramático, mas nada excepcional
Eu gosto muito do estilo de obra da Ann Patchet, mas é interessante como a mudança de comportamento de personagens com o passar dos anos ocorre sem perder os reflexos dos traumas da infância. A personagem Maeve é uma personagem que sentiu muito o abandono da mãe (que é uma hipócrita na minha opinião) e por isso, o instinto de proteção e de controle sobre Danny mesmo que camuflado de preocupação é visível. Maeve foi a mãe do Danny quando ela precisava de uma mãe. Danny respeita Maeve mais que tudo, entretanto nunca se opõe às suas decisões porque ao meu ver, nunca sabe o que quer de verdade. Não tem pulso firme em nada, tem uma indiferença imensa com a namorada e futura esposa, uma pessoa que é indiferente. Ao meu ver é tão apegado a filha no final do livro por ela ter uma personalidade parecida com a da irmã, transpassando para ela um carinho da referência que teve de mãe. Quanto a sua mãe que desapareceu para fazer caridades, eu não o culpo por lhe ser indiferente. Ela o abandonou quando ele não tinha consciência, então o elo de maternidade não foi criado, diferentemente de Maeve, que já entendia o que estava acontecendo. Na minha opinião, a mãe deles é a pior personagem, que vai fazer caridade a estranhos mas abandona os filhos, mesmo que alegue que seriam bem cuidados por outras pessoas.

Erika Neves.1 12/05/2024

Estava com uma enorme expectativa sobre esse livro, pq só vi resenhas positivas, mas ele foi bem decepcionante. Não gostei dos personagens, nem um pouco carismáticos, simplesmente não consegui torcer por eles em nenhum momento, não me envolvi com eles.
não gostei da drama, que estava até interessante no começo, quando eles eram crianças, mas depois na idade adulta, desandou completamente. E por fim, não gostei da escrita da autora, extremamente descritiva, cansativa, repetitiva e enfadonha, onde absolutamente nada acontece.
Com relação ao desenvolvimento dos personagens sinto que terminei o livro sem gostar e sem conhecer-los muito bem, e nem suas motivações. Fiquei profundamente irritada com a rapidez com que Maeve perdoou a mãe, exigindo o mesmo do Danny, pra depois continuar cheia de ódio contra Andrea, que sofria de Alzheimer. Eu sei que Andrea não era nenhuma santa, mas a coitada já tava idosa e nem lembrava mais o que tinha feito, pra quê tanto ódio? Sei lá, acho que Maeve morreu foi de raiva pela mãe resolver cuidar da Andrea. O ódio acumulado foi tanto que o coração dela não aguentou.
O Danny Tb era bem mala, que cara chato.
No fim das contas acho que eles precisavam de uma boa terapia, todos que moravam na tal Casa Holandesa.

Nay C 12/05/2024

Você é o que fizeram com você
Essa história é sobre não conseguir esquecer o passado, não conseguir superá-lo. É sobre ter um evento na sua vida que te marca tanto que chega a definir todas as suas escolhas a partir daquele momento, mesmo que você não queira ser dependente daquilo. E você não percebe que suas ações giram em torno desse evento.

"O hábito é uma coisa engraçada. Podemos achar que o compreendemos, mas nunca vemos exatamente como ele é quando o estamos praticando."

O livro é um drama familiar, muito bem narrado e bem escrito, que me envolveu bastante, mesmo com a ausência de um clímax. O grande problema dessa família é a falta de diálogo, do pai com os filhos, da madrasta, da irmã com irmão, que por mais que os irmãos conversem e sejam tudo um para o outro, muitas vezes não desbravam tópicos sensíveis, que poderiam abrir os olhos uns dos outros. É pela visão de Danny, o filho da Casa Holandesa, que temos a história contada, e ele apresenta a sua percepção do passado, e quando os fatos aconteceram, ele ainda era uma criança e depois um adolescente, e não enxergava com clareza tudo o que se passava, até porque sua irmã mais velha Maeve o protegia demais das situações, por isso não temos um panorama completo do que como foi a infância deles na Casa Holandesa.

O que foi vivido na infância fez com que os personagens fossem quem eles são. E isso serve de reflexão para nós hoje. Muito do que somos vem da nossa infância e quem teve uma infância difícil pode carregar mais peso do que imaginamos.

“– Eu vejo o passado como ele realmente aconteceu – respondeu Maeve, olhando para as árvores. – Mas nós sobrepomos o presente a ele. Olhamos para o passado pela lente do que sabemos agora, então não o vemos como as pessoas que éramos, vemos com os olhos das pessoas que somos hoje, o que significa que o passado foi radicalmente alterado.”

yescristal 09/05/2024

E se pudesse ter sido diferente
Muito doloroso seguir a história dessa casa e dessa família, faz o leitor pensar em tantos "e se" que poderiam ter mudado completamente o curso da vida desses personagens.

Início meio travado, confesso que tentei iniciar esse livro umas 2 vezes, mas depois que consegui não me arrependi nem um pouco.

O final também agarra um pouco, e é corrido demais, juro quando vi as crianças já estavam tudo grande, meu Deus como pode isso.

Uma leitura que te faz refletir sobre família, legado, vida e sonhos.

lipelimma 09/05/2024

A casa Holandesa - Ann Patchett
Lido 09/05/2024 📖
Nota: 3.5 ⭐
⭐⭐⭐⭐⭐ Premissa ou Primeiras Impressões
⭐⭐⭐⭐ Protagonista(s)
⭐⭐⭐ Personagens secundários
⭐⭐⭐ Conexão com a História
⭐⭐⭐ Page-Turner
⭐⭐ Temas importantes ou Representatividade
⭐⭐⭐⭐ Universo ou Ambiente
⭐⭐ Elemento Surpresa ou Plot Twist ou Final
⭐⭐⭐ Escrita ou Narrativa
⭐⭐⭐⭐⭐ Frases ou Citações

Cris 03/05/2024

03.05.2024
História interessante de uma família que vai morar na casa holandesa. Em que pese a casa seja um sonho para o pai, é um martírio para a mãe. Aqui vemos os ideais de vida bem distintos: o pai sempre sonhou em ter uma casa grande, com criadas e espaço para as crianças, pois tinham um casal, Maeve e Danny. E a mãe, achava que era um desperdício terem essa casa tão grande com piscina e ainda por cima, pessoas a servindo, sem poder mais cozinhar, coisa que gostava tanto. Então, um dia, ela saiu de casa para ajudar os pobres na Índia. E a partir daí vamos acompanhando as consequências desse acontecimento na vida dos filhos. Enredo muito intenso e a reflexão sobre os problemas psicológicos que o abandono de uma mãe pode causar na vida adulta.

Vladia Castro 29/04/2024

A casa holandesa
Ann Patchett. Talvez a personagem principal desse romance. As pessoas que moram ou moravam orbitam em torno dela. Maeve é Danny são irmãos. A mãe foi embora sem dar muitas explicações e o pai não demonstra muito afeto. Maeve é inteligente, mas se acomoda em um emprego. Danny vai fazer medicina, mesmo sem querer, por influência da irmã. Ambos, adultos, sentam no carro, em frente à casa, só para olhar. A história é bem construída e vc fica se perguntando porque os irmãos se acomodam naquele tipo de vida.

Alexandra50 27/04/2024

Comecei este livro três vezes pra conseguir engatar a leitura. Mas depois das 30 primeiras páginas, o livro pega um ritmo ótimo. Uma história de relações familiares e todos os desdobramentos das decisões que tomamos.

Alessandra 26/04/2024

Tudo dói
O que dizer deste livro que não tem nenhuma acontecimento terrivelmente triste, mas ao mesmo tempo, parece que o livro inteiro tem um ar de tristeza, dor e esperança?
Cada coisa que acontecia aqui parecia horrível, mas nem era tanto. O livro tem diálogos lindos e eu vou ficar muito tempo pensando nas coisas que li aqui

kmarti 26/04/2024

No começo eu adorei. adorei mesmo.
achei que seria uma história e tanto!
mas, do meio pro final começou a dar uma desandada. ficou tudo muito monótono.
e ai nas últimas páginas a autora resolve jogar as bombas e correr muito.
eu pisquei e os filhos do danny estavam na faculdade (???)
acredito que a história tinha potencial pra um final melhor... menos confuso, menos reflexivo.
é um livro excelente pra quem gosta de pensar. especialmente sobre a vida.
no geral, não achei ruim! mas posso dizer que o único drama familiar que funcionou comigo foi malibu renasce

Luciana 07/04/2024

Um livraço!
O livro narra a história de uma família e todas suas desventuras, contando grande parte de suas vidas!!
O livro é muito bem escrito, impossível parar de ler, gera raiva, tristeza, carinho e tantos outros sentimentos!
Todos os personagens citados, são explorados e vão conquistando um lugar no coração?Vale demais ler, super recomendo!
Me emocionei!

Bruna Lima 03/04/2024

Quando comecei essa leitura, achei que era uma coisa, mas ao longo fui percebendo que não era nada que imaginei.

É um drama que explora as relações familiares durante as décadas que acompanhamos a história, tendo a ?casa? um papel importante nas conexões dos personagens, refletindo intrinsecamente no passado, presente e futuro.

Acho que a autora poderia ter trabalhado melhor alguns aspectos da trama, o que iria agregar bastante para história, algumas ?respostas? senti que não foram tão bem pensadas.

A história não é ruim, só não funcionou comigo da melhor forma (além dos pontos que comentei), tinha algumas expectativas (talvez erro meu) que não foram alcançadas.