Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Babi 16/08/2020

Foi uma experiência e tanto ler esse livro!
Laranja Mecânica foi o primeiro livro de literatura distópica que li, e me identifiquei demais com esse tipo de leitura, pois convida o leitor a refletir sobre várias questões em diversos âmbitos da existência humana.

Alex, vosso humilde narrador, é um jovem ultraviolento, capaz de cometer as mais perversas atrocidades gratuitamente e sem qualquer remorso. A naturalidade como ele narra os episódios de ultraviolência cometidos por ele e seu bando é realmente atordoante, dando a sensação de que o leitor está literalmente infiltrado na cabeça psicopata da personagem. Mas o livro não se resume a ultraviolência (como pensei no início da leitura), tem questões bem mais importantes que foram abordadas como: o totalitarismo do Estado, a aplicação de métodos de reabilitação - ou "cura" - bastante controversos, a alienação, a retirada de livre arbítrio, e vou ficar por aqui senão vou acabar soltando spoiler (não é minha intenção estragar a leitura de ninguém haha, apenas introduzir pessoas a esse livro maravilhoso). O livro seria perfeito se não fosse o final, que achei um pouco fraco. A história poderia ter acabado um pouco antes (honestamente, achei bem melhor o final do filme).

Sobre a linguagem do livro, a estratégia do autor de criar um vocabulário próprio, misturando palavras em inglês e em russo, foi FENOMENAL! Isso tornou o livro atemporal, uma vez que as gírias utilizadas nunca se tornarão obsoletas; além disso deu aquele toque mais marginalizado ao livro (tipo puxando para uma linguagem mais coloquial). Bem, para finalizar, aí vai um alerta: Laranja Mecânica não é um livro para quem tem preguiça de ler, pois a leitura exige bastante esforço e consultas constantes ao glossário (caso contrário você não vai entender nada do livro). Também vale mencionar que é incrível como com o passar do tempo, o leitor acaba incorporando tais gírias, tornando cada vez menos necessário consultar o glossário. No geral, vale muito... muito a pena a leitura, depois desse livro vc dificilmente será o mesmo se refletir sobre a história.

Horrorshow demais esse livro, meus drugues! Sugiro ler o livro enquanto pita uma bolche tchacha de tchai, só não faça isso à nótchi, senão o mosque não te deixa dormir! kkk
Mila 16/08/2020minha estante
Meu Deus tá sendo muito difícil ler pra mim nessa linguagem, to achando cansativo! Mas depois dessa resenha vou dar mais uma chance,rs


Babi 16/08/2020minha estante
Pra mim também foi difícil a leitura no início, principalmente porque tenho bastante aversão à violência (tipo, sou daquelas que não aguenta nem assistir a uma luta de MMA kkkk). Mas se der uma chance ao livro, vc não vai se arrepender. É muito bom ^^ . Já é um dos meus favoritos




Naty 23/09/2020

Muito bom, mas não incrível
A ideia do livro é interessante, ele é caprichado também com esse "dialeto" nadsat, é um bom livro, leitura rápida e empolgante. Mas é só isso, falam muito bem dele, mas não é nada de absurdo
Anderson 23/09/2020minha estante
Apoiada companheira! Rsrs


Naty 29/09/2020minha estante
hehehe




Locimar 27/09/2020

O vocabulário peculiar inventado por Burgess é o que há de melhor na obra!
NayLyra 27/09/2020minha estante
Livraço !


Julia.Nunes 06/10/2020minha estante
Muito horrorshow mesmo!




Maria10726 04/10/2022

Laranja Mecânica, por Anthony Burgess; 1962.

- Lavagem Cerebral, Intervenção do Estado e a Ultraviolência.

? Até onde somos livres? A liberdade realmente existe? Laranja Mecânica faz parte da Trindade Distópica, ao lado de 1984 do Orwell e Admirável Mundo Novo do Huxley, se tornando uma das maiores distopias já escritas. Inicialmente, quero destacar a linguagem que o leitor encontrará na obra, o livro possui narrador onisciente, ou seja, o personagem principal vai contar toda a história, já sabendo o final. A escrita, dessa forma, será toda baseada na gíria nadsat, o intuito do autor foi causar impacto aos leitores com um vocabulário diferente e o mais próximo do real.

? Na Inglaterra futurista, Alex é um jovem de 15 anos que faz parte de uma gangue composta pelos druguis. Por toda a cidade, a ultraviolência é disseminada, o livro possui cenas extremamente pesadas de estupro e agressão, algumas vezes senti um grande desconforto e tive que pausar a leitura por algumas horas. Por conseguinte, Alex é preso e temos contato com questões importantes da sistema penitenciário e a criminalidade.

? Com o passar do tempo, o protagonista se torna uma cobaia e inicia-se o ápice do livro. É importante compreender, que o Burguess se inspira no método do Reflexo Condicionado, baseado no emparelhamento de estímulo, criado por um médico Alemão. Na obra, Alex é submetido ao experimento Ludovico, extremamente violento baseado em torturas e lavagem cerebral, que o leitor vai se aprofundar com o decorrer da escrita.

? Esse livro nos mostra, a criminalidade juvenil, a vivência nas penitenciárias e principalmente o livre arbítrio. Quando o personagem se submete a esse experimento como cobaia, com o intuito dos cientistas de mudar a mente criminosa e psicopata do Alex, o protagonista não consegue escolher o caminho do bem e do mal, suas atitudes sobre si mesmo são anuladas, e ele não se sente mais como um ser humano. Violência gera violência.

? Particularmente, eu esperava mais da obra, criei muitas expectativas e me decepcionei um pouco. Mas é uma experiência literária construtiva e de amplo conhecimento.
Jessy Souza 04/10/2022minha estante
Resenha sensacional ??????


Maria10726 05/10/2022minha estante
Obrigada ?




Cheile.Silva 30/05/2020

É preciso "ponear" a linguagem
Li esse livro em um momento anterior que não me apeguei, possivelmente pelo tanto de gírias estranhas, e manti nos meus "não lidos", mas dei uma nova chance, pois amo o filme... E não me arrependi. A leitura foi tão cativante que se esquece o quão horrível o Alex é e as gírias só deixam o livro mais horrorshow. Que livro!
ramslaymer 30/05/2020minha estante
Eu já deixei de começar ele por conta disso também, mas tenho muita vontade de ler! Tá na minha meta de leitura pra 2020, vamo ver se esse ano sai!


Abelita.Azevedo 30/05/2020minha estante
Muito horrorshow drugui!




amandabcca 17/08/2022

Interessante, mas não perfeito.
Sendo bem sincera, o início é completamente dispensável, achei o maior tédio, apesar de ser a apresentação do personagem principal. Entendo que ele precisa estar incluído, mas foi extremamente penoso de ler, e o maior motivo são as gírias. No começo era um pavor de tentar imergir, porque a linguagem nadsat não me deixava! Após metade do livro, me acostumei e entrei na mente do Alex, conseguindo me conectar com a narrativa.

Confesso que desde a primeira página sinto uma repulsa e uma aversão ao Alex, porque ele é um personagem desprezível. Todavia, no final me vi sentindo EMPATIA, pelo personagem que jurei odiar. Essa brincadeira que o autor faz com o nosso psicológico, é simplesmente incrível, de aplaudir de pé!

Gostei muito da mensagem que passa, e recomendo para aqueles que já tiveram algum contato com a distopia anteriormente.
Bruno 29/08/2022minha estante
o Alex é muito carismático. As gírias tornam a leitura mais leve e acho que faz a pessoa gostar mais dele, porque fica tudo meio engraçado. Até em cenas de ultraviolência. O filme deve ser bem mais pesado, ja q n tem tanto da linguagem Nadsat.


amandabcca 29/08/2022minha estante
não senti nada que me faça gostar do Alex, mas entendo a sua interpretação




Lary 01/04/2020

"Será que eu serei apenas uma Laranja Mecânica?"
O mais legal e curioso desse livro é o vocabulário nadsat.
Anthony Burgess criou uma obra diferente de qualquer outra, principalmente na época em que saiu.
É um livro que me deixou muito pensativa sobre as escolhas de nossas ações, o direito à elas, as consequências que elas nos trazem, livre arbítrio.
Tati 01/04/2020minha estante
Tenho esse livro e sou louca para o ler


Jaina 01/04/2020minha estante
Li ano passado. O que ficou mais marcado foi a dúvida: Se não tenho escolha de ser mau, então sou realmente bom?




Jessé 07/12/2020

Não foi pra mim!
Os fãs desse livro que me desculpem, mas não gostei. Não vi nada de mais como alguns dizem. Em algumas partes achei esse livro raso, bobo e infantil.

O dialeto Nadsat não foi um problema porque com o tempo vc se acostuma. Mas o problema é que chegou um momento do livro que eu só conseguia achar esse modo de falar, um tanto quanto tonto e isso só me fazia dar risadas.

Acho até cômico colocarem esse livro ao lado de 1984 e Admirável mundo novo, como uma das grandes obras da ficção, já que esses outros dois mencionados são infinitamente melhores que esse livro. Eu colocaria Um cântico para Leibowitz no lugar de Laranja mecânica sem sobra de dúvidas.

O filme me agradou bem mais, e estou em total acordo com o Kubrick por ele ter suprimido o último capítulo do livro, alegando que esse capítulo destoava do restante da estória. Na minha opinião, o Anthony Burgess deveria agradecer o Kubrick por ele ter melhorado a estória do livro dele. Rsrs

Enfim, pra mim não rolou. Mas se vc tiver esse livro em casa leia. As vezes pra vc a experiência pode ser mais agradável.
Mari M. 07/11/2021minha estante
Ai amigo, tive as mesmas impressões viu...nem senti o clima futurista esperado,nem entendi também o podium com admirável e 1984.Terminei com cara de "ué" ?


Jessé 07/11/2021minha estante
Mari, esse foi um dos piores livres que já li na minha vida, e tenho minhas dúvidas se essa admiração toda por ele hoje em dia, não se deve ao sucesso do filme do Kubrick.

Peguei tanto ranço, que passei meu livro pra frente pra não ver a cara dele na estante kkkkkkkkkkk




Bruna.Patti 17/11/2019

Laranja Mecânica: um livro muito horrorshow!
Resenha
Livro: Laranja Mecânica
Autor: Anthony Burguess
Ano de lançamento: 1962
Número de páginas: 224
Editora: Aleph

Um livro muito horrorshow!
Um clássico da literatura mundial, Laranja Mecânica é um romance de formação que acompanha o amadurecimento de Alex, um garoto que vive numa Inglaterra futurista, membro de uma gangue que pratica atos de ultraviolência.
Narrado pelo próprio personagem principal, o livro é dividido em três partes: a primeira parte trata da vida de Alex com seus drugis (companheiros), descrevendo as noites da gangue que ele faz parte: tomar leite moloko, roubar, estuprar e abusar. Mostram também como era a sociedade no romance, dividida em classes, hierarquizada, com muitos pobres e muita violência. Esses atos ultraviolentos não são exclusividade da turma de Alex. Fica claro que é comum adolescentes cometerem esses delitos ao longo da narrativa. Os crimes são detalhados minunciosamente, o que pode acabar embrulhando o estômago de pessoas mais sensíveis. Numa dessas noites de crimes, Alex é traído por seus companheiros e acaba sendo preso, condenado à 14 anos de prisão. Ele tinha apenas 15 anos na época.
A segunda parte narra a vida de Alex na prisão. Ele não perde traços de seu comportamento violento, o que acaba fazendo com que ele se torne objeto de um experimento que prometia curá-lo da violência e deixa-lo livre da prisão em 15 dias. Ele aproveita a deixa para sair mais cedo da cadeia e participa do tratamento, chamado Ludovico. O tratamento consistia em assistir diariamente filmes ultraviolentos, após a administração de um remédio que fazia com que ele associasse as cenas com um enorme mal-estar, fazendo com que ele se sentisse a ponto de morrer toda vez que visse ou pensasse em atos de violência, ou até mesmo sexo.
A terceira parte narra a vida de Alex logo após ele deixar a prisão. Todo o livro utiliza-se de uma linguagem chamada Nadsat, inventada pelo autor, inspirada na linguagem dos jovens ingleses e russos da época em que ele escreveu o livro, com suas gírias e malemolência. Na versão que li há um glossário ao final do livro com o significado das palavras, mas recomendo não o olhar. A estranheza provocada pelo fato de não sabermos o significado das palavras é necessária para emergirmos na atmosfera do livro. Acredito que olhar o glossário deixaria tudo menos interessante.
O livro trabalha com a questão do livre-arbítrio, afinal Alex só começou a agir bem após passar por uma tortura e aborda a questão do Estado: ate onde pode ir o seu controle na vida das pessoas, nas suas vontades individuais? A certa altura do livro um capelão da prisão se questiona se um homem que não pode escolher ser bom é igual ou pior aquele que escolhe ser mau. Podemos perceber uma crítica forte ao behaviorismo, que é um conjunto de abordagens nascidas nos séculos XIX e XX que propõe o comportamento como objeto de estudo da psicologia. A terapia/tortura do livro me fez lembrar da época da faculdade quando estudei em Psicologia da Educação o método pavloviano que consiste em um condicionamento clássico, um processo que descreve a gênese e modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos binômio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos. Até que ponto nossas escolhas são realmente nossas?
Também podemos extrapolar o debate que o livro traz para uma temática que vira e mexe está presente nos noticiários ou nas propagandas eleitorais de certos políticos de extrema direita: a redução da maioridade penal. Acompanhamos um Alex adolescente que apenas faz piorar seus comportamentos ultraviolentos na prisão, em contato com criminosos mais velhos e mais experientes. O próprio tratamento Ludovico nasce da necessidade de esvaziar as prisões, visto que já era evidente que as cadeias não recuperavam ninguém, pelo contrário, apenas pioravam. Esse debate já era feito há quase cinquenta anos atrás. Hoje temos observado que o Brasil é um dos países que possui uma das maiores populações carcerárias do mundo, principalmente de jovens negros e pobres, acompanhando os Estados Unidos, país onde as prisões são privadas e cada preso é uma possibilidade de lucrar em potencial. O livro nos ajuda a refletir sobre esse fato, se o encarceramento é uma solução para nos livrar da violência.
Como a obra é narrada pelo próprio Alex, senti muita repulsa e ojeriza em várias partes onde ele conta sobre os atos perpetrados nas noites violentas. Com a linguagem Nadsat, há uma certa veracidade nos relatos, que parecem estar sendo narrados por um adolescente de fato. Mas depois, quando ele passa pelo tratamento/tortura de ser obrigado a assistir filmes horríveis, ficar de pálpebras abertas, entre outras ações deploráveis, sentimos pena desse ser, que afinal, apesar de tudo, é apenas um adolescente. O autor joga com essa ambiguidade da vida, afinal, se o Alex é criminoso e tem que pagar pelos delitos que cometeu, a pessoa que tortura ele não seria igualmente um criminoso? Quem vigia os vigilantes? O autor também nos mostra que todas as pessoas podem ter um lado violento, quando escracha cenas de violência policial, aparelho repressor do Estado, e velhinhos aparentemente inocentes cometendo atos de ultraviolência por vingança.
O livro é um clássico, pois é atemporal e nos fornece material denso para posteriores debates. Possui uma adaptação para o cinema de 1972, com direção do Kubrick. Recomendo fortemente a leitura desse livro horrorshow, meus drugis!


site: https://abiologaqueamavalivros.blogspot.com/2019/11/laranja-mecanica-um-livro-muito.html
Lucas 07/12/2019minha estante
Ótima resenha.


Bruna.Patti 08/12/2019minha estante
Obrigada! Para acompanhar minhas resenhas, acesse meu blog:

https://abiologaqueamavalivros.blogspot.com/




Jade 23/01/2022

E aí, druguis! O que é que vai ser, hein?
Primeiro, eu não sabia o que era uma "distopia". Segundo, eu não fazia a menor ideia da existência da linguagem NadSat.

Eu tinha noção de que a história era muito famosa, mas não sabia o motivo, juro!

Eu nunca vi o filme e nunca tinha lido nem a sinopse do livro!

Peguei ele emprestado com uma amiga. Comecei a ler e, de cara, levei quase 1h pra ler as 10 primeiras páginas...

"Mas que pooooorrraaaa é essa??"

(Eu era uma ptitsa muito perdida hahaha!)

Depois de centenas de idas e vindas ao glossário - contrariando as recomendações, consegui engrenar! Ainda assim, achei a 1ª parte ultraviolentamente enfadonha, mas segui!

A 2ª parte foi muito horrorshow! E a 3ª me interessovated bastante e foi capaz de provocar diversas reflexões bizumnis.

Poneou tudo, drugui? Tô smekando odinoki aqui ahahahahahah!

Recomendo a leitura, é diferente de qualquer coisa que eu tenha lido antes! Me deu preguiça em alguns pontos, mas no geral, curti bastante! Agora quero ver o filme!
Carol Martins 27/01/2022minha estante
Adorei sua resenha e tô apanhando muito pra conseguir entender todas as gírias kkkk. Li Butcher Boy há uns meses e até então era o livro mais "difícil" que tinha lido, mas já mudei minha opinião kkkk


Jade 28/01/2022minha estante
hahahahahahaha! Continua lendo que uma hora pega o jeito!




spoiler visualizar
Maya 14/01/2022minha estante
o universo q ele criou dentro desse livro é foda demais realmente, distopia PICA, maluco criou até vocabulario novo


Mateus 15/01/2022minha estante
Eu imaginei uma série estilo a de Watchmen mostrando esse mundo hoje em dia




IgorP 10/01/2019

Livre-arbítrio, que livre-arbítrio?
Laranja mecânica é antes de mais nada uma história sobre escolhas e suas consequências.
Burgess em sua completa genialidade cria uma trama simples, mas nada simplória, recheada de personagens simpáticos e envolventes.
Com sua linguagem autoexplicativa o autor aborta o tema mais recorrente da história da humanidade: o livre ato de escolher e o suposto martírio que é viver com ele. Aliás, faz isso com maestria ao nos dar de presente esse protagonista chamado Alex que simplesmente me cativou com sua forma de ver o mundo, suas imperfeições e sonhos. Nos levando por um enredo cheio de filosofia e autorreflexões.
Evidente que precisei fazer certo esforço para lidar com o dialeto nadsat que Burgess criou, mas garanto que algumas folheadas no glossário é mais do que suficiente para se acostumar.
Bem, cheguei a conclusão que Laranja Mecânica trata-se de uma leitura obrigatória para todos os que usufruem de livres escolhas assim como eu, afim de que possam imaginar como seria viver em um mundo ao qual seríamos privados dela.
Matheus 10/01/2019minha estante
Genial! Ótima resenha


IgorP 10/01/2019minha estante
Obrigado, Matheus!




Marcos Pinto 12/09/2014

Uma distopia de tirar o fôlego
Essa foi uma das resenhas mais difíceis que eu já me propus a fazer. Não porque o livro seja ruim, pelo contrário, Laranja Mecânica cumpriu o que prometeu na sinopse: não dá para ser o mesmo após a leitura. O livro é assombroso, mexe com seus pensamentos, abala sua ideologia. Surpreendi-me e encantei-me com a obra.

Anthony Burgess, em Laranja Mecânica, retrata a vida do jovem anti-herói Alex, um adolescente amante da boa música clássica e conhecedor de cultura. Porém, por outro lado, nosso protagonista é extremamente agressivo; faz parte de uma gangue, sai durante a noite para perturbar e roubar, mesmo sem ter necessidade disso. Alex é um verdadeiro delinquente.

Outros personagens fundamentais na obra e que conhecemos logo no princípio da narrativa são Pete, Georgie e Tosko. Os três são os druguis de Alex seus companheiros de gangue e, assim como o protagonista, são extremamente insanos e violentos. Porém, com uma exceção: enquanto Alex ama a arte, os demais a ignoram.

Se os plebeus são bons é porque eles gostam, e eu jamais iria interferir com seus prazeres, e o mesmo vale para a outra loja. E eu frequento a outra loja. E mais: maldade bem de dentro, do eu, de mim ou de você totalmente odinokis, e esse eu é criado pelo velho Bog ou Deus, e é seu grande orgulho e radóstia (p. 89).


Em uma dada noite, ao saírem para uma das costumeiras farras, o destino prega uma peça nos amigos de gangue. Por causa da disputa de poder, a amizade é colocada à prova. Será que eles saberão enfrentar a disputa? Com a polícia no rastro deles, será que eles conseguirão escapar mais uma vez?

Perturbador é a palavra que melhor caracteriza esse livro. Apesar de ser uma distopia, o livro relata uma situação que poderia acontecer hoje, amanhã, no próximo mês. E a pergunta é: será que estamos preparados? Será que estamos maduros suficientes para entender e resolver os problemas do mundo em que vivemos?

Laranja Mecânica cutuca em uma das feridas mais abertas da sociedade contemporânea: a violência. Até onde será permitido ir para que esse fenômeno degradante que atinge nossa civilização seja controlado? Será válido mexer na mente alheia? Será que a cadeia realmente só piora o ser humano?

Quando cheguei ao pé das escadas do flatbloco, fiquei um tanto surpreso. Mais do que isso até. Abri a minha rot como as velhas gárgulas faziam. Eles haviam vindo me encontrar (p. 100).

O próprio nome do livro é totalmente profundo e filosófico. A laranja é um fruto cítrico, gostoso, que alimenta muitas pessoas. Porém, essa laranja aqui tratada não é natural, é mecânica. Ela não pode alimentar, ela é uma máquina. E máquinas não são nada mais do que um conjunto de engrenagens controladas por alguém. Alex é essa laranja.

Se todo o enredo é um tapa na cara da sociedade, Anthony dá outro show na construção de seus personagens. Ele cria um protagonista real, autêntico e totalmente distinto de tudo que eu já encontrei na literatura. Porém, apesar de ser distinto na literatura, certamente você consegue achar muitos Alexs pelas ruas.

Os demais personagens também são muito bem construídos e trabalhados. Assim como no protagonista, conseguimos perceber uma autenticidade nas ações de todos os coadjuvantes, o que torna o livro ainda mais real e assustador. Você lê a obra e se pergunta se isso não está acontecendo em alguma parte do mundo.

Eu tinha espasmos mas não conseguia vomitar, videando primeiro uma britva cortar um olho, depois fatiar uma bochecham depois cortar cortar cortar tudo, enquanto um króvi vermelho espirrava na lente da câmera (p. 167).

Se o livro é um espetáculo, a edição preparada pela editora Aleph que já se tornou minha editora favorita é um show à parte. A capa é dura, as folhas são estilo de revista, com uma qualidade que dá gosto. O livro conta com ilustrações maravilhosas e uma nova tradução. Quer mais? Tem mais! O livro ainda possui material exclusivo: artigos escritos pelo autor, entrevista e muito mais. Encontrei nesse exemplar a melhor edição que já vi nestes meus anos de literatura. Meus sinceros parabéns à editora. Livros bonitos estão um patamar acima.

Eu poderia ficar o dia todo falando da obra e não conseguiria demonstrar todo o meu amor e meu assombro. Minha dica é: leia, delicie-se, assuste-se, deixe-se assombrar. O livro é incrível e você precisa conhecer.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/05/resenha-laranja-mecanica.html
Thiago 13/09/2014minha estante
a muito tempo vi o filme e fiquei bem perturbado por ele.... dessa vez pretendo me perturbar um pouco mais com o livro.


Line :) 19/09/2014minha estante
Eu nunca poderia imaginar que o livro era tudo iso. Confesso que quando vi a capa e a premissa, não me interessei pela obra...Aggora, lendo sua resenha, fiquei doida pra ler o livro e saber que impressões terei ao terminar. Parabéns pela resenha..bjs




ju! 15/12/2021

laranja mecânica
comecei esse livro no início de outubro e li metade naquele dia. com um vocabulário próprio, tendo direito à um dicionário no final, achei muito cansativo e confuso, acabei desistindo.
hoje, voltei a lê-lo e acabei esse livro extraordinário.
essa distopia acompanha a história do jovem Alex que era líder de uma gangue muito violenta e acaba sendo preso e submetido à um experimento governamental nada agradável (isso é a sinopse gnt n é spoiler).
o livro traz diversas críticas, expondo um governo altamente extremista e sua oposição, também extremista, além de mostrar paradoxos para expor como a violência e a liberdade são aliadas para um homem ser considerado verdadeiramente um homem por suas escolhas.
o livro conta com um plot twist absolutamente inesperado e surpreendente, e eu realmente não estava esperando esse final, e confesso que gostei muito da surpresa.
acabei dividindo a leitura em dois dias com um intervalo gigantesco de tempo, mas ainda bem q eu não o abandonei, recomendo muito, faz sua cabeça pensar e refletir e vc termina a leitura com orgulho do protagonista e um sorriso no rosto.

atenção: possui diversos gatilhos, de estupr0, t0ortura, muita violência, então pesquisem antes de ler!
Lorrainy.Goncalves 15/12/2021minha estante
Achei a leitura, por causa do vocabulário próprio, extremamente cansativa. A gente quase abandona. Mas, no fim, o livro é muito bom!

Sua resenha tá muito digna ao livro.


ju! 15/12/2021minha estante
concordo muito e muito obg Lorrainy!




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