oiamanda 08/05/2024
O luto é singular, mas sempre doloroso.
Essa leitura foi bastante triste, é um livro que retrata o luto por toda a leitura. Logo no início nos deparamos com a morte de Ben (não se trata de spoiler, pois logo no comecinho vem esse fato) daí se desenrola a trama, retratando a perda da visão de Elsie, sua viúva. Ela que ainda estava no ápice de sua paixão, casada há menos de 10 dias e descobrindo o universo que era Ben, a pessoa que ela amava.
O livro traz muitas reflexões, não só da morte repentina de alguém querido e inesperado, mas de como superar o processo do luto. Algo que é doloroso, forte e pungente mas que é singular a cada um, e todos o vivemos de formas diferentes.
Eu acredito que a leitura desse livro por alguém que está ainda no processo de superação do luto é ainda mais doloroso, pois traz inúmeras reafirmações de tudo que se passa em nossa cabeça nesse momento.
Lendo ?Para Sempre Interrompido? fui arrematada de volta, 5 anos atrás, quando perdi meu avô. Acredito que a memória me levou para o momento em que perdi alguém que amava muito, a pessoa mais próxima e a dor mais forte que senti até hoje. Porém não consigo imaginar as situações retratadas no livro: Elsie perde o amor da sua vida, Susan perde seu filho único.
Vale salientar ainda a amizade verdadeira entre Ana e Elsie, presentes na vida uma da outra em todos os momentos, brindando as vitórias e sendo um porto uma para a outra nos momentos de dor. O quão forte é a personagem de Susan, que já tendo perdido seu esposo e agora seu filho único, consegue ainda ajudar a nora (que não conhecera antes) a se reerguer e encontrar o rumo de volta. A figura carismática e experiente de George Callahan, que passa longe de ser um figurante nesse livro e nos traz sabedoria de vida. E, obviamente, o quão gente boa era o Ben, como ele era um homem incrível e que tinha uma vida muito bacana a seguir, que fora para sempre interrompido.
O livro não tem plot twist, mas foi muito bacana ver o que a Elsie fez com o dinheiro de Ben.