lou 07/03/2022
"Jojo Moyes sabe como criar histórias arrebatadoras"
Antes de tudo, queria registrar aqui que, diferente de todas as "resenhas"/anotações que eu já fiz aqui, essa não vai ter um pingo de formalidade. A Jojo Moyes é minha autora favorita da vida e sou a pessoa que inventa de sempre puxar saco dela na primeira oportunidade.
Essa autora é daquelas que não prometem nada e entregam tudo. Lamentei a falta de publicidade desse livro, assim como de outros também. Muita gente só conhece ela por "como eu era antes de você", o que, diga-se de passagem, é um enorme ato de irresponsabilidade pela humanidade, porque ela tem sim livros igualmente bons ou até melhores, mas que, se ninguém procura saber pelo nome dela, ninguém sabe que existe. Jojo Moyes escreve de um jeito que definitivamente não te deixa entediado em nenhuma página do livro inteiro. Quando você pensa que já pode ler de um jeito mais rápido e preguiçoso porque não vai mais acontecer nada, ela faz com que um personagem morra, ou engravide, ou descubra que não é filho de quem pensava que era, tudo de vez. Os livros dela são do tipo que, em certo momento, uma coisa tão improvável e impossível aconteceu que a gente precisa parar pra digerir a informação e depois voltar até acabar de ler a última página. Parece que ela faz uma lista das coisas mais improváveis que poderiam acontecer, escolhe o item do topo e pronto, faz acontecer. De uma maneira que eu ainda não descobri como, os plot twists dela são sempre impecáveis, de cair o c* da bunda. Daqueles que a gente fecha o livro, olha pra frente, respira fundo e pensa "caralh* vou virar o coringa. NUNCA que eu imaginei que isso fosse acontecer". Aqui, eu chorei junto com Suzanna, ri com Jess, senti medo pela Vivi, fechei o livro de tanta vergonha alheia, surtei por Athene... senti tudo o que amo sentir em um bom livro. Me impressiona a forma como ela molda cada personagem com sua própria personalidade, jeitos e gostos, tudo com tanto detalhe que você começa a mergulhar na história e esquecer da própria vida. De um jeito que te faz lembrar dos personagens até meses depois que fecha o livro.