O primeiro dia da primavera

O primeiro dia da primavera Nancy Tucker




Resenhas - O primeiro dia da primavera


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anahels 23/10/2023

Nunca li nada assim
Juro, tô chocada.
é um livro MUITO bem escrito, visceral, difícil de ler mas simplesmente incrível. que história!
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gvnnrs 24/09/2022

"Eu queria perguntar para a mulher bonita se ela tinha escolhido Ruthie e não eu porque Ruthie era bonita e eu feia, ou se foi porque ela tinha três anos e eu oito, e em que momento entre os três e os oito anos uma criança fica grande demais para amar."

"Toma, é tudo o que eu tenho, vai lá comprar alguma coisa para comer.
Quando ele cambaleou de volta para dentro do pub, ouvi ele ir até o balcão e pedir para Ronnie mais uma bebida. Então não era tudo o que ele tinha. Era tudo o que tinha sobrado depois de pagar pelo que era iimportante de verdade para ele."

:')
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Erika 16/01/2024

Impactante e indigesto.
Primeira leitura de 2024. O livro é mais indigesto do que eu esperava.
Temos Chrissie, uma menina rebelde, desajustada que é claramente negligenciada por sua mãe, Eleanor. Ela não tem amor, não tem cuidados, não recebe abraços, não há comida, não há conforto. Para ela, não há nada! O pai é omisso, quase não a vê e não participa em nada do cotidiano dela. Chrissie vive nas redondezas brincando com outras crianças da mesma idade. Até que um dia, ela mata Steven, a criança mais nova do grupo. E depois fica assistindo a mãe e a irmã do menino padecer de dor enquanto a polícia busca o culpado. O que jamais imaginariam é que o responsável pela morte precoce do garoto seria UMA CRIANÇA.
O livro transita entre a Chrissie na infância e ela já adulta sendo chamada de Júlia, depois de ter passado por um reformatório e vivendo com sua filha, Molly. Cada capitulo conta uma parte de sua vida. Ela criança é a parte mais indigesta. Por ela não conhecer o que é carinho, o que é amor e cuidados maternos ela vai sendo tomada pelo ódio, criando uma couraça difícil de ser quebrada. É tomada pela inveja, por não ser como as outras crianças,por não ter o que elas tem. Aqui vemos o quanto amor materno faz falta na vida de uma pessoa. Mas acho que não justifica alguém tornar-se rebelde a ponto de matar. E Chrissie tinha consciência das coisas, mesmo sendo tão nova. Era arredia, briguenta, maldosa, ardilosa. A parte conflitante é que, já adulta, conhecemos uma Chrissie (agora Júlia) tentando um recomeço e tentando não perder o que é mais precioso para ela: Sua filha. Para ela o maior de todos os castigos foi ter uma filha e temer perdê-la. E sentir que o que tirou de outras mães é algo imperdoável e desumano. Por fim, ela vai tentando quebrar o ciclo que teve com sua mãe, e tenta tornar-se uma boa mãe para sua filha. Dar a Molly todo carinho e compreensão que ela jamaisrecebeu da mãe dela. ´
Linda, a amiga desde a infância merece uma medalha. Amiga incondicional. Uma amizade que nem Chrissie merecia. Mas que estava lá sempre compreensiva, acolhedora.
O livro foi inspirado na história real de Mary Bell. Uma leitura que mexe com nosso senso de justiça, de certo e errado e com as consequência das escolhas e dos relacionamentos familiares mal resolvidos. Ficamos caminhando na linha tênue entre compreender ou condenar a personagem o tempo todo. Saber que foi real, torna tudo ainda mais obscuro.
E vocês? Leriam?
Recomendo.
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Naty.Duarte 01/05/2023

?
Gatilhos para:
- Homicídio infantil
- Abandono de incapaz

Nessa história conhecemos Chrissie, uma garotinha de 8 anos cuja "mãe" é totalmente negligente.
Chrissie teve que aprender a viver e conviver no mundo sozinha e doi pensar que na realidade desse mundão muitas crianças vivem assim, negligênciadas, abandonadas e entregues a própria sorte.

A situação é a seguinte: Chrissie mata um garotinho de 2 aninhos.
Mas porque? O que passou na cabecinha dessa criança para fazer isso? Ela tinha consciência do seu ato? Ela vai ser presa? O que vai acontecer com ela se a pegarem? Como guardar esse "segredo"?.

Essas respostas estarão no dessenrolar do livro, que por sinal tem uma escrita super tranquila de se ler. Se eu tivesse mais tempo livre teria lido mtoo mais rápido, coisa de no máximo 3 dias.
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Altina.Magda 21/01/2024

Que livro!
É, é isso mesmo! Que livro! Nunca pensei q um título já me desse uma ideia diferente do que li! Pensei q ia ler uma coisa e foi outra coisa totalmente diferente!
Sentimentos misturados. Logo na primeira página vc ler uma frase q te deixa assim: como assim? Vai começar assim? E te surpreende a cada página, e te deixa inquieta com cada momento narrado, vc suspira, vc entra em agonia, vc fica meio atônita diante das circunstâncias e fica refletindo como pode... Como pode acontecer isso? E no decorrer entra outro sentimento d piedade, de intensa agonia, de empatia, de ficar sem saber o que dizer ou fazer... E nas últimas páginas, vc entra em um momento de euforia, de saber que tudo foi como tinha q ser, e querendo q não fosse! Teve uma parte que falei, ah agora vai tudo se resolver e não foi, a parte q Chrissie fala pro pai o q mãe fez com os "confeitos" e ele não fez nada, e ou acho q a autora deixou ali solto, sem completar o desfecho d situação. No mais o livro te deixa envolvida demais, parece q d nada a Chrissie vai tá ali d teu lado falando contigo, narrando a própria vida.
Favoritei o livro e a autora. Depois d Co-ho, ela vem depois!!!
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Vanz!n 23/10/2022

Apenas LEIAM!!!
Eu to num misto de emoções enorme depois de finalizar esse livro, então assim... leiam e sintam o que eu to sentindo, não vao se arrepender. ?
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Nattacha.Iank 09/11/2022

Humano.
É estranho avaliar um livro narrado pela perspectiva de uma assassina com cinco estrelas, assim como é estranho não perdoar as pessoas por erros que elas cometeram no passado e ainda com esses mesmos erros definir todo o futuro delas.
O livro aborda essa debate, acredito que não seja necessariamente sobre autoperdão ou qualquer coisa do tipo, claro que outra pessoa pode imaginar que o livro fala exatamente sobre isso, mas do MEU ponto de vista e pela MINHA análise, o que mais martelou minha cabeça foi a pergunta: o nos torna nós?
Se a Chrissie não fosse negligenciada ela ainda teria se tornado uma assassina? O fato de ter passado fome, não ter tido afeto, não ter tido apoio fez dela o monstro que era? Ela era mesmo um monstro? Ela matou, fato. Mas e ela? E todas as pessoas que a negligenciaram? Não falo apenas da mãe, porque pode ser que a culpa recaia sob a figura materna, porque o pai pode ir e vir, mas a mãe? Ela não pode se dar o luxo.
Esse livro realmente mexeu comigo, levantou questões, a narrativa é pesada, a infantilidade e ingenuidade da Chrissie narrando alguns dos abusos que ela sofria partiram meu coração, realmente um olhar infantil sobre a negligência, um olhar infantil sobre a falta de afeto. Cada trecho narrado quando ela era uma criança machuca um pouco, dói um pouco, porque é humano demais. Dependência não é amor e falta de afeto mata, mata um pouco da nossa humanidade.
"Às vezes é preciso abrir um espaço entre você e outra pessoa, mesmo aquelas que você gosta, mesmo aquelas que você ama, porque você pode estar com calor ou precisando respirar."
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Ingrid 25/04/2023

Matei uma criança com 8 anos.
A sinopse do livro me deixou bem curiosa uma menina de 8 anos matou uma outra criança que tinha 2 anos.Esse livro nos mostra o perigo de negligenciar o cuidado, a falta de amor, a falta de carinho e o perigo de uma pessoa despreparada de ter filho. Vem falar de segunda chance, de impatia e de se colocar no lugar do outro, é muito difícil na prática.A leitura é um pouco arrastada e cansativa as vezes, é livro pra se ler sem pressa.
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Isa Books 02/02/2023

Primavera sem flores
O primeiro dia da primavera foi um livro que me pegou de surpresa; esperava algo menos denso e me deparei com uma explosão corrosiva. Com uma habilidade chocante, a autora dar-nos a conhecer personagens que ficam na memória de maneiras bem intrusivas.

A trama nos leva para dois momentos de vida diferentes de uma mesma pessoa: Chrissie/Julia. Uma criança, outra adulta. E, de certa forma, ambas as versões buscam validações.
Em uma voz carente e impregnada de amargura, Chrisse é uma garota de 8 anos vivendo em um lar abusivo, onde sofre um total abandono afetivo por parte da mãe e tendo um pai que apenas lhe faz visitas ocasionais, totalmente desprovido de sentimentos.
Para tentar lidar com a dor da rejeição, a garota transfere todas suas frustrações para as outras crianças que as cercam, além de pessoas em seu cotidiano, como uma espécie de vingança e rebelião contra o mundo, aliviando assim suas aflições, o que culmina em atos de maldade e fúria assassina.

Em uma voz desolada e infeliz, Julia de certa forma é como uma criança, está reaprendendo a viver. Tem uma filha, tem um emprego mas tem aquilo que pesa em sua vida como uma bola de ferro amarrada nos pés: seu passado. Os atos criminosos de Chrissie são as maiores sombras de Julia, que jamais será vista pela sociedade como uma pessoa digna de confiança e de todo castigo que possa merecer, enquanto tenta ser uma boa mãe, contrariando todas as expectativas (dado seu histórico).

Nancy Tucker nos presenteia com uma trama que beira a um soco no estomâgo, que enoja, revolta, incomoda e joga o leitor em um emaranhado de emoções dolorosas e conflituosas.
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Alana 13/07/2023

Intenso
Não consegui parar de ler um segundo sequer!!! a narrativa me prendeu muito e me deixou muito curiosa. impressionante como você vai do horror à pena da Chrissie tão rápido. não achei que ia me apegar tanto?
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Elisangela.Bueno 19/10/2022

Pesado
Foi um enredo com muitos sentimentos, horas eu tinha vontade de abraçar essa menina, outras vezes eu queria bater nela. Vale muito a leitura.
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Valéria Cristina 04/08/2022

Tenso
A história se passa em uma cidade da Inglaterra não identificada. Na primeira frase do livro já ficamos cientes do motivo condutor do enredo e de quem o perpetuou. Assim, não se trata de um mistério, mas de entender porque a ação foi cometida.

Durante a leitura, seus sentimentos pela protagonista oscilaram de extrema compaixão a raiva intensa. Um carrossel de emoções.

A protagonista é representada em dois momentos: na infância e na vida adulta. Essa distância no tempo nos oferece uma visão completa dessa personagem complexa e instigante. Uma construção de tirar o fôlego.

As perguntas que me acompanharam durante toda a leitura foram: o abandono, o desamparo, a negligência, a fome, o medo podem originar uma personalidade capaz de cometer atos extremos? e esses atos podem ser redimidos?

As respostas estão com o leitor.

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Karla Lima @seguelendo 18/03/2023

Resenha Segue lendo
Tenso e angustiante. São as duas primeiras palavras que passam por minha mente quando penso no que li. Cada página causa no leitor sentimentos variados e nenhum deles é bom: raiva, nojo, angústia, pena, incredulidade… A lista poderia seguir cheias de palavras intensas que jamais conseguiriam refletir as reações que podemos ter ao ler a história de Chrissie.

É aterrorizante estar na cabeça de uma criança psicopata. A falta de empatia e a naturalidade como ela reage de forma agressiva ao mundo a sua volta é de revirar o estômago. Não é um livro fácil de ler, e olha que já estou acostumada com o tipo de leitura, e mesmo assim devorei. Li correndo porque queria saber o que vinha depois.

A autora consegue imprimir uma narrativa tensa e meticulosa, abordando a infância conturbada e negligência sofrida pela protagonista. Nancy Tucker torna tudo mais envolvente quando os pontos de vista alternados da personagem causam tanto contraste: como Chrissie na infância e Julia adulta e com nova identidade. A quebra da linha do tempo faz com que o leitor precise ler sempre mais um capítulo para saber o que aconteceu. Dessa forma, a história flui muito bem.

Os pontos de vista são bem marcados por personalidades distintas de uma mesma pessoa: a perturbadora voz de uma criança que não possui sentimentos que não a raiva e inveja, contrastando com a melancólica de uma adulta que entende o que fez na infância foi imperdoável.

É uma obra muito boa, porém deve ser lida com cuidado. Cada página nos remete a gatilhos de abuso, abandono parental, violência física e psicológica, tornando a história difícil de ser lida sem o devido cuidado. Não recomendo para menores de idade de forma alguma, mas para adultos, é uma excelente pedida para amantes de thrillers psicológicos.

Nancy Tucker é formada em psicologia pela Universidade de Oxford. Autora de dois livros de não ficção, ela trabalha na área da saúde mental na Inglaterra. O primeiro dia da primavera é seu romance de estreia.

site: https://www.instagram.com/p/CjqnQd8OPHh/
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