@blogleiturasdiarias 07/04/2023Tornou-se o meu favorito da autora!Achei meu livro favorito da Penelope Ward? Com certeza, achei! Quando Agosto Terminar foi uma bela surpresa — pois peguei para ler em um impulso — e eu saio simplesmente apaixonada. É um age gap que te deixa com um sorrisinho no rosto!
Todo ano, no verão, Heather aluga a casa de barco da propriedade que ela e a mãe moram. E esse ano, seu inquilino que resolveu alugar a casa por todo os três meses da temporada, foi o Noah. Um homem mais velho que despertou desejos na Heather. Sombrio, lindo e misterioso, tudo grita "proibido" nele, tanto que por ele nada nunca aconteceria. Mas, as coisas mudarão...e de uma inicial amizade platônica, pode surgir algo.
A autora é uma figurinha carimbada durante as minhas leituras do ano, por isso seus desenvolvimentos sempre são acompanhados com uma sensação de conforto e aconchego. E aqui não foi diferente, onde outra vez, ela mostra a sua qualidade de escrita. Um romance de uma personagem nova com um homem mais velho é cheio de nuances que podem ser problematizadas. Porém, com um tom certo para a narrativa, essa barreira é facilmente ultrapassada pelos leitores, de modo que a gente torce para o casal dar certo. O drama é o ponto chave para tudo no enredo. Onde menos imaginamos, existe uma conexão que faz com que a história passe por um carrossel de emoções.
E é isso que me faz amar esse estilo, em romances. Porque apesar de aparentar ser aleatório, informações soltas funcionam como peças de um quebra-cabeça muito maior, que quando elucidado, causam impacto e surpresa no leitor. É aquele surto de: "não acredito que isto está acontecendo!". Sou apaixonada em um trama que entrelaça elementos, além do comum. E Penelope Ward é uma das escritoras que sabe dosar o clichê romântico com algo diferente.
"A vida é feita de pequenos momentos que não parecem importantes no instante em que acontecem, mas, em retrospecto, são eles que te levam para onde você está." pág. 134
Sobre os personagens, está óbvio que tanto Noah quanto Hearth me conquistaram. Os dois retêm traumas passados, que de alguma forma, criam uma forte conexão entre eles. De personalidades e atitudes semelhantes — ainda que às vezes ele se mostre rabugento — eles possuem uma ligação forte, que faz com que o "impossível" se torne uma possibilidade, gradativa. Inclusive, é um age gap bem diferente do que estou acostumada a encontrar, o que ganhou bons pontos positivos comigo.
Como falei anteriormente, com pontuais reviravoltas e desdobramentos, é uma leitura que evolui a pequenos passos. E isso não é ruim, pois cria expectativas no todo. O desfecho aparece para responder todas as pontas soltas criadas ao longo das páginas, aquecendo o coração. O epílogo é simplesmente perfeito! Se você acompanha as resenhas por aqui, deve saber que sou caidinha por um epílogo "redondo", o que é esse caso.
De uma forma geral, Quando Agosto Terminar veio desbancando qualquer outra obra da autora, tornando-se meu favorito. É um livro que você vai se emocionar, torcerá pelo relacionamento e os pormenores desse relacionamento. Recomendo super!
Na parte física, a capa é lindíssima — sim, adoro artes de capa com perfis masculinos, me julguem. A diagramação é a padrão da editora Charme, com texto confortável e espaçado para ler, e cheio de detalhes nos inícios de capítulos, quebras de texto e etc. A narrativa é feita em primeira pessoa, pelos dois pontos de vistas alternados.
"— Não existem erros na vida. Tudo que você faz é uma escolha. Algumas delas são boas, e outras contribuem para o nosso crescimento pessoal, nos ensinam lições. Escolhas nos levam a coisas que precisamos vivenciar." pág. 206
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