Resenhas - As margens e o ditado

Taynan Brandão 26/03/2023

Dentro da mente de Ferrante
Ferrante é minha autora favorita e conhecer um pouco sobre os seus autores preferidos e onde ela busca inspiração para suas obras é algo incrível. Amei.

mimperatriz 25/03/2023

As margens e o ditado
Em As margens e o ditado encontramos quatro textos de Elena Ferrante que tratam de temas como sua escrita e técnica narrativa, leituras e influências literárias - um texto é exclusivo para Dante.

Elena mostra um pouco da técnica de criação de alguns de seus livros e cita personagens que amamos, como Lenu e Lila.

Ler Ferrante é sempre grandioso, mas vale lembrar - pra alinhas as expectativas - que é um livro curto e que os breves ensaios trazidos retratam uma pequena parte da sua jornada como leitora e como escritora.

Logo mais começo a ler Frantumaglia, outro livro de não ficção de Elena que contém trechos de entrevistas, cartas e ensaios escritos por ela e que, na minha opinião, parece ser mais revelador que As margens e o ditado. Claro que as propostas (e tamanho dos livros) são diferentes, e estou curiosa por essa leitura.

Adorei As margens e o ditado - e não tem jeito, adoro Elena Ferrante.

Yara 24/03/2023

As margens e o ditado
O primeiro de muitos que espero ler de Elena. Autora gigante e repleta de referências incríveis. Elena tem uma sensibilidade que desenvolveu desde a mais tenra idade.

NathaliaEira 20/03/2023

Acomodar-se em tudo o que já foi escrito
é um livro pra conhecer um pouco do processo de escrita da autora, desvendando suas inspirações e métodos; transcorrendo por Virgínia Woolf, Dostoievski e Dante, abastecendo-se dos clássicos, mas também de poetas como a mexicana María Guerra e a norte-americana Gertrude Stein, está última sendo sua grande influência na escrita da tetralogia.

Contudo, confesso que esperava mais... Talvez uma declaração de Ferrante sobre seus estudos em psicanálise e a forma como consegue transbordar sentimentos viscerais em seus personagens ou, ainda, sua relação com Nápoles.

"Pelo contrário, escrever é, a cada vez, entrar em um cemitério infinito no qual cada tumba espera ser profanada. Escrever é acomodar-se em tudo o que já foi escrito..."

Camila 14/03/2023

Margens
É um livro sobre literatura e sobre o processo criativo da autora. Confesso que esperava mais mas, mesmo assim, com algumas poucas passagens Elena consegue arrebatar o que significa ser escritora ao passo que nos permite espiar sua mente e o que a levou a construir suas mais famosas personagens.
?
?Escrever era movimentar-se dentro daquelas linhas, e aquelas linhas foram a minha cruz. Estavam ali com o intuito de assinalar, também por meio da cor, que, se a sua escrita não ficasse fechada dentro daqueles fios estendidos você seria punida. (?) Fui punida com tanta frequência que a noção de limite se tornou parte de mim (?)?

Boneca sem manual 07/03/2023

Acompanhou meu momento de tentar enxergar a escrita de outra forma. A reflexão sobre Dante talvez seja eurocêntrica demais, contudo, é instigante conhecer um pouco dos processos de construção dos textos para essa escritora tão misteriosa.

FláRocha 28/02/2023

Ferranters, leiam!
Eu amo livros que falem de livros, de leitura, de escrita. Poder entrar um pouco na mente de uma autora de quem eu tanto gosto foi uma viagem incrível.

Daniela Botelho 26/02/2023

Gostei da ideia do livro e principalmente dos primeiros capítulos, que falam mais sobre a arte de escrever, genericamente. Os demais achei mt específicos. Recebi esse livro pela assinatura da FLIP e imaginei que ele seria mais dirigido ao público em geral, mas não é bem isso. Explico: pareceu mais voltado a quem trabalha com literatura que para os leitores comuns. Como não li determinados livros a que ela faz referência, não foi uma experiência tão legal para mim, mas creio que seja bem mais profunda para quem esteja ligado aos processos de escrita, criação etc.

Andressa Klemberg 24/02/2023

O livro curto mais longo que já li
Eu li A filha perdida e foi bom pra contextualizar o que ela diz nesse livro, acredito que quem leu a tetralogia aproveite ainda mais, mas eu levei o maior tempo pra ler porque achei muito vai e vem na mesma reflexão, retomando mesmos trechos de obras de outros autores, a primeira metade achei bem cansativa, esperava bastante do livro, aproveitei diversos trechos pra pensar sobre a minha escrita, mas achei que seria bombástico e foi só ok.
Ela traz trechos de outros autores e vai discorrendo sobre eles ao longo do livro, incluindo Emily Dickinson, Dante e autores italianos. Quando a gente pega a referência vai mais rápido, mas são muitas digressões e senti que o livro não apresenta um clímax, muito menos um desfecho. É aquele famoso termina como começa.
Foi válido pelas reflexões, mas depois de pagar uma nota por ele no lançamento eu esperava mergulhar na escrita da autora e acabei refletindo com ela sobre outros autores.

Carla Verçoza 16/02/2023

Bons ensaios sobre o ofício de escrever e literatura.

"Escrever é apoderar-se de tudo o que já foi escrito e aprender aos poucos a gastar aquela enorme fortuna. Não devemos nos deixar lisonjear por quem diz: ela tem um tom próprio. Na escrita, tudo tem uma longa história atrás de si."

"Uma mulher que deseja escrever deve lidar, inevitavelmente, não apenas com todo o patrimônio literário do qual se alimentou e em virtude do qual deseja e pode se exprimir, mas também com o fato de aquele patrimônio ser essencialmente masculino e, por sua natureza, não prever frases verdadeiras femininas."

"Quero dizer que o nosso eu - o eu feminino que escreve - teve diante de si um percurso árduo, ainda está abrindo o próprio caminho e o fará por sabe-se lá quanto tempo ainda."

Natália 14/02/2023

Maravilhoso, esse livro ao nos contar bastante sobre o processo de escrita da Elena Ferrante, acaba revelando um pouco sobre a autora. Eu me lembro que uma das teorias sobre a identidade de Ferrante era a de que ela poderia ser um homem. Acho que depois desse livro fica impossível essa teoria se sustentar.
Esses ensaios só me fizeram ter mais certeza de que ela é minha autora favorita. Além disso, acho que me ajudaram a entender melhor as suas histórias daqui pra frente.

Marilia Páginas e Letras 11/02/2023

Conhecendo mais sobre Ferrante
O legal desse livro é entender a relação da autora bom a escrita e como esse mecanismo funciona na concepção de ideias, do enredo e na construção da narrativa.
Você termina o livro querendo ler tudo o que a autora escreveu.
Acredito que, mesmo não se tratando de ficção, seja um excelente inicio para os livros da autora.

Edson.Bezerra 07/02/2023

Embevecido com os relatos da autora sobre a arte da escrita, com especial destaque à escrita feminina. Não é, experiencialmente, meu lugar de fala, mas esse deslocamento foi um exercício saudável de combate ao meu machismo invisível no âmbito da literatura.

@limakarla 06/02/2023

Eu estava com muita saudade de ler alguma coisa da Ferrante e esse livro foi como um abraço gostoso. Ler sobre as referências, seu processo criativo, a forma como a leitura e a escrita estiveram presentes desde sempre na sua vida e foram fundamentais para ela se tornar a pessoa que é? Tudo isso é um deleite para quem, como eu, é fã das personagens incríveis que ela criou!

Não gostei tanto do último texto, acho que divagou demais ou talvez eu não tenha ficado muito envolvida por ela falar apenas sobre a Divina Comédia, mas enfim, os 3 ensaios antes desse texto são perfeitos.

Lisi 04/02/2023

Ferrante, mais uma vez, nos deixou entrar um pouquinho no universo de seus pensamentos e criações. É incrível poder entender suas questões, objetivos e motivos para a escrita e tudo que a fez chegar nos livros que publicou.