É a Ales

É a Ales Jon Fosse




Resenhas - É a Ales


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Pati 30/03/2024

É a Ales é o primeiro contato que tenho com o ganhador do Nobel, escritor norueguês Jon Fosse.
Neste livro curto e impactante, conhecemos Signe, que vive a espera e o luto pela perda do marido Ales; Ales é descendente da família ocupante da casa isolada que saiu de barco décadas atrás e nunca mais voltou.
A solidão narrada é construída através de repetições e fluxos de consciência, os nomes e as ações são repetidos, o leitor se torna parte da casa isolada que foi habitada por diversas gerações da mesma família. Como Ales é duplamente um nome feminino e masculino, Signe se vê como ancestral do próprio marido, repetindo a mesma solidão, o mesmo luto e a mesma espera nesse ambiente tão inóspito e tão carregado.
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Edi 14/02/2024

O luto em pouco mais de 100 páginas
Eu gostei da forma como o luto é tratado no livro. O autor usa de uma linguagem e uma pontuação que faz com que o leitor sinta um pouco da confusão agonia da personagem. No entanto, não é uma leitura que eu indico, muito menos repetiria. Por ser um livro curto e com uma escrita tão diferente, esperava mais profundidade nas relações afetivas que foram apresentadas.
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Marcus 01/06/2024

Leitura difícil
O texto é diferente. Claustrofóbico, cansativo, denso. Intencionalmente confuso. Cheguei até o fim, pq era curto. E me deixou curioso. Mas não indicaria.
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nflucaa 28/02/2024

O crepitar incessante de uma ausência
Dar voz ao indizível. É isso que se diz de Jon Fosse. Aqui em ?É a Ales? Fosse realiza essa tarefa magistralmente. O quanto a ausência fala? O quanto o luto comunica? E por quanto tempo? Aqui há a voz da solidão e o exprimir da saudade.

O livro conta a história de Signe depois que seu marido, Asle, sai para o Fiorde e não volta mais. Mais de vinte anos se passam e a expectativa da volta ainda não morreu, uma espécie de não aceitação mas, conjuntamente, uma acomodação: é assim que é. Reviver no dia a dia as memórias do amado. Sentir dia após dia a presença da ausência.

O livro é escrito de forma não convencional. Várias consciências se entremeiam na narrativa e, apesar de curto, é um livro que requer bastante atenção. São várias perguntas, muitas repetições e um ritmo badalar ? o badalar da ausência, sempre presente. Alguns livros são leituras, outros são experiências. Este é definitivamente do segundo tipo. Não é um livro para todo mundo, consigo entender quem o ache chato ou intragável, mas se conseguir focar mais nas sensações do que em um objetivo final, a leitura recompensa e muito. Vale muito a pena!

É o segundo livro do autor que leio, sendo o primeiro ?Brancura?, o qual gostei bastante também. Com certeza lerei mais livros dele.

## Notes

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- ?Vejo Signe deitada no banco da sala olhando para tudo que é familiar, a velha mesa, a estufa, a caixa de lenha, o velho painel de madeira nas paredes, a grande janela com vista para o fiorde, ela olha para essas coisas sem ver, e tudo está como sempre esteve, nada mudou, mas assim mesmo tudo mudou, ela pensa, porque depois que ele desapareceu e nunca mais voltou nada mais foi o mesmo, ela simplesmente está aqui, porém sem estar aqui, os dias chegam, os dias passam, as noites chegam, as noites passam e ela os acompanha, sempre com movimentos vagarosos, sem permitir que nada deixe grandes marcas ou faça grande diferença, e será que ela sabe que dia é hoje??

- ?Nem sempre as pessoas querem alguma coisa com aquilo que dizem?

- ?existe um grande silêncio nas paredes e esse silêncio diz coisas que jamais podem ser ditas em palavras?

- ?ele ficou com ela, ele não foi embora, ele ficou ao lado dela até o momento em que simplesmente desapareceu, ela pensa, ele ficou com ela, desde a primeira vez em que ela o viu chegar, e então ele olhou para ela, e ela ficou lá parada, e os dois se olharam, sorriram um para o outro, e foi como um encontro entre velhos conhecidos, como se os dois se conhecessem desde sempre, de certa forma, e como se fizesse um tempo infinito desde o último encontro, e por isso a alegria foi tão grande, aquele reencontro deixou os dois tão alegres que a alegria tomou conta, levou-os, a alegria levou-os um na direção do outro, como se fosse uma coisa que tivesse estado ausente e faltado durante a vida inteira, mas agora estava lá, finalmente, agora estava lá, foi esse o sentimento quando os dois se encontraram pela primeira vez, totalmente por acaso, como de fato aconteceu, e não foi nada difícil, não houve nada de assustador, não, foi uma coisa natural, como se não restasse mais o que fazer?

- ?ele não gostava era de palavras grandiosas, que serviam apenas para mentir e ocultar, as palavras grandiosas, elas não permitiam que o que estava lá existisse e vivesse, mas levavam tudo para uma coisa que se pretendia grandiosa, era assim que ele pensava, e era assim que ele era, ele gostava das coisas que não se pretendiam grandiosas, ela pensa, na vida, em tudo?
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Dilso 03/01/2024

Bom livro...
Hoje, por volta das 13h, após ter sido arrebatado pelo final sufocante do gigante ?A insustentável leveza do ser", de Milan Kundera, parei para postar a leitura no Instagram e já engatei outra, a do Nobel 2023, Jon Fosse. Seu estilo rápido imitando fluxos de consciências, renega pontos finais e parágrafos, a fluidez pegou rápido e naveguei pelas entranhas de algumas memórias saudosas porém ressentidas de algumas senhoras que, como cantam as fadistas portuguesas, sofrem em uma eterna espera... Tirando alguns vícios de linguagem que me incomodaram, talvez pela característica do fluxo, gostei do livro (bastante curto e com uma diagramação confortável). Então a emoção me tomou pela segunda vez em um mesmo dia... Bah!
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Renata1004 02/11/2023

Diferente.
Primeiro contato com Jon Fosse. Certamente tem algo de especial na sua forma de escrever. ?É a Ales? é um livro com uma narrativa curiosa, sutil e imperceptível? quase mágico. O texto parece uma melodia com a troca de pensamentos dos personagens da história.

Me deu uma similar sensação de quando leio Clarice L. Você vai lendo sem parar, ficando sem fôlego, ansioso, curioso, reflexivo? adorei a experiência. A história é intensa, pra mim, completamente sobre luto.

Em alguns momentos senti que a Antiga Casa era completamente uma ?casa dos fantasmas?, coberta pelo sereno, a distância, o secreto familiar? achei bonito como isso me tocou. Recomendaria a leitura.
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Jossi 21/11/2023

Um "antilivro", "anti-romance" e texto sem noção...
Sinceramente, o que eu li?

"Acho que eu li, mas não tenho certeza do que li, pois poderia não ter lido e se não lido teria sido a mesma coisa porque
porque dá tudo na mesma, Ales Então, Ales, você tem que comer um pouco
E Ales diz que vai comer um pouco, sim, mas só um pouco, e ela lembra do frio, da acha de lenha, mas será que ela pegou mesmo aquela acha, porque a lenha ainda estava ali", blablabla!
Isso é texto? Isso é livro? Isso é... o quê? Romance? O maior engodo da literatura, é isso o que o livro é. E esse autor, pelo que entendi, recebe 'incentivos' do governo para escrever essa COISA que chamam de livro. E ainda premiam com um Nobel...
Por favor. Isso aí ganhar Nobel de Literatura equivale a dar a um par de asas (de águia) a um bode.
Bem, hoje em dia estão invertendo tudo. O feio é belo. O ridículo é arte. O sem noção é literatura.
Normal chamarem esse lixo de livro ou, pior ainda, "romance"...
Raoni 22/02/2024minha estante
Obrigado! Ler seu comentário me fez me sentir um pouco melhor depois de perder tempo lendo esse embuste!!




Lai ( : 22/11/2023

Hipnótico, veloz e reflexivo...
Hipnótico, veloz e reflexivo.
"É a Ales" rende vários goles, em uma única dose, de linguagem fluida, imagética e sentimental.

Sinto que meu ritmo de leitura obedeceu cegamente ao ritmo de construção das cenas e da narrativa, ora uma calmaria que quase me deixava ouvir o barulho das águas ao longe, ora uma leitura frenética que me fazia perceber que prendera o fôlego por mais tempo do que deveria. Foi uma experiência extremamente imersiva pra mim.

Definitivamente, é um livro para ser sentido!
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LETeratura 14/01/2024

Confuso porém profundo
Eu confesso que não entendi nada da história, mais de alguma forma gostei de ler, tanto que fui até o final.
Apesar de não ter entendido nada, deu pra sentir a agonia dos personagens, a dor deles, a ansiedade. Não consegui me localizar nas mudanças temporais e entender onde aquilo ia ler a história.
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valmir 15/04/2024

É a Ales
" Depois que ele desapareceu e nunca mais voltou nada mais foi o mesmo, ela simplesmente está aqui, porém sem estar aqui, os dias chegam, os dias passam, as noites chegam, as noites oassam e ela os acompanha, sempre com movimentos vagarosos, sem permitir que nada deixe grandes marcas ou faça diferença. "

Um livro peculiar, que tem uma maneira hipnótica, que nos deixa inquietos.
Uma experiência interessante.
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MichelleSN 24/10/2023

Penso que...
Imagine-se vendo a si mesma, seu esposo desaparecido, e os antepassados dele, onde um fluxo de consciência esbarra em outro fluxo de consciência, como que espectros sem rumos, os ritmos são descompassados, passado, presente e futuro, memórias ofuscadas convivem mutuamente e simultaneamente no mesmo "espaço" não-físico, ora tangível, ora impalpável, ora onírico, ora tão real e doloroso quanto um soco no estômago...

Ficou confuso? Pois foi assim que me senti lendo essa obra, posso afirmar que desgostei do estilo, pois torna a leitura um pouco cansativa (provavelmente para nos colocarmos na pele da Signe, mas "Jesus me ajude"), mas gostei da trama e as situações similares às experiências extra-corpóreas, poéticas e sufocantes.

"Pense" numa escrita que repete palavras e expressões várias e várias vezes, onde pontuações são colocadas em lugares não convencionais ou suprimidas e você sente que as suas estruturas foram retiradas com elas. Você cai, claro, e continuando caindo até esbarrar em outro espectro ou junção de galáxias, mares ou seja lá como for, como se fosse um tipo de recurso ilusório para desviar sua atenção, enquanto ao fundo algo interessante ou irrelevante acontece. Você nem sabe o que deixou de perceber ou pensar, todos pensam e dizem e falam e em mim só restou o incômodo.

Ainda preciso digerir tudo o que li, é impossível se ater ao gostei/não gostei, mas também é impossível não recorrer ao "que diabo é isso", é aquele tipo de obra que você tenta remontar o quebra-cabeça, juntar os cacos, e no fim chuta todas as peças, mastiga os cacos e deixa estar, sem falar, sem pensar.

Impossível sair ileso.
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Alessandra 16/01/2024

Ainda não entendi pq é a ales
Apesar das muitas repetições que tornam a leitura mais chata, acredito que a narrativa é exatamente sobre isso: o cotidiano enfadonho de quem mora isolada, num frio aterrador, que te paralisa, e te obriga a olhar pro tempo.
Quando estamos sozinhos tudo que temos somos a nós mesmos (nosso corpo que vai e vem, se você quiser) e a nossa consciência, você pensa.

A parte que mais gostei do livro foi a confusão de gerações que estão ligadas pela casa no fiorde. Uma imensidão de memórias vivas encrustada nas paredes, que é fácil se confundir com a vida real quando só tem você e seus pensamentos pra te fazer companhia num dia chuvoso.
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Sarah 01/04/2024

Existe algo de surreal aqui e eu amei. Com sutileza Jon Fosse escreve um fluxo de pensamentos que naturalmente vão e voltam, se confundem com o presente e passeiam até o passado. A repetição é um elemento que se justifica nessa narrativa que nos leva o tempo inteiro para as ondas de um fiorde norueguês.
Se justifica um prémio para uma escrita que te instiga a procurar significados e que é capaz de te fazer sentir essa atmosfera misteriosa descrita de maneira simples: chuva, vento, frio e escuridão.
É a Ales percorre um caminho de luto familliar, mas em centralidade conta sobre gerações de mulheres e sua solidão.
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luanzz 24/01/2024

Eu penso,
Eu pensei, fazer uma resenha parecida com o livro, diferente de tudo que já li, eu penso, confuso mas dá pra entender, ou pelo menos da pra pensar que dá pra entender, as ideias são esquisitas porém lendo é instigante e me cativou, eu penso, melhor que brancura pelo menos, tô até rimando agora, estou tenso, eu penso, mas não sei onde quero chegar e onde a história queria chegar, acabei gostando infelizmente, acho que agora deixarei de pensar um pouco, devo ou não devo?, quem sabe
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Thainá Almeida 27/12/2023

Jesus me ajude a ler esse livro, é o que senti. Como podem 60 páginas serem tão enfadonhas, sem graça e o pior de tudo, sem história. Completamente confuso, com timelines que se comfundem sem se explicar, nenhuma lição ou aprendizado. É um amontoado de nada. Há quem goste. Mas literatura assim não é para mim. Não tem nem o que retirar do recurso estilístico, com sua falta de pontuação e repetições completamente descabidas - E CHATAS.

Dou os parabéns para quem leu e ainda conseguiu achar algum conceito louvável pra esse livro.
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