É a Ales

É a Ales Jon Fosse




Resenhas - É a Ales


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Nayara 29/10/2023

A narrativa fragmentada é, de fato, uma característica marcante no livro. Além disso, Fosse não apenas utiliza a narrativa fragmentada, mas também incorpora a ideia de múltiplas histórias em paralelo, o que contribui para a profundidade e complexidade da história.

Os monólogos interiores são feitos utilizando de elementos repetitivos em sua escrita, seja através da repetição de palavras, frases ou situações criando um efeito hipnótico, ao enfatizar a sensação de que o tempo está em um loop constante, com isso, simbolizando como o luto pode fazer com que o tempo pareça estagnado ou indefinido.

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Renan Alves 26/05/2024

A trilha da espera
Não viver o luto é um luto eterno. Foi a frase que me nasceu no exato segundo em que concluí a leitura dessa hipnótica obra de Jon Fosse, autor premiado com o Nobel de Literatura em 2023.

Já a frase que me fez embarcar na leitura, foi o comentário do The Paris Review, contemplado na contracapa do livro: “Os encantamentos de Fosse são tão indecifráveis quanto as sinfonias de Phlip Glass”.

Curioso com a comparação do meu compositor favorito com o romance de Jon Fosse, parti para uma leitura quase que investigativa, buscando os traços do músico minimalista na narrativa do autor laureado. E não foram necessárias muitas páginas para compreender (ou pelo menos supor) a musicalidade do estilo. Enquanto Glass se utiliza de movimentos que se repetem, encorpando instrumentação, Fosse faz da palavra esse instrumento que se retroalimenta. Uma repetição constante que traz força para o texto e sublinha a sensibilidade do livro.

Em pouco mais de 100 páginas, o autor consegue nos levar por cinco gerações de uma mesma família. E embora os tempos e personagens sejam distintos, tudo parece preso a uma herança narrativa, feito as ondas de um fiorde que sempre vão e sempre voltam. Ou, ainda, como as composições de Glass, num constante ir e vir para construir sua própria evolução.

Uma mulher que espera há mais de 20 anos pelo retorno do seu marido. Assim poderíamos resumir o livro. Mas o que o torna grande é como o autor faz dessa espera um enorme fluxo de consciência, vasculhando os cômodos de sua antiga casa para encontrar algum sentido, tanto na partida do amado quanto na própria vida que resta.

Enfim, um livro melancólico, profundo e carregado de simbolismos, num diálogo com o vazio, com a morte e com a esperança. Acredito que “É a Ales” seja música para os ouvidos daqueles que amam ler entrelinhas.
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Aline.Guimaraes 16/11/2023

Vencedor do Nobel 2023
Quando vi o lançamento do livro É ? ????, do norueguês ??? ????? logo me empolguei pois ele havia acabado de vencer o ????? ?? ?????????? ?? ???? ?por suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível?. Versátil, sua obra inclui prosa, poesia, ensaios, contos, livros infantis e peças teatrais. Esse foi o meu primeiro contato com a escrita do autor e confesso que me surpreendi com o seu estilo.

É a Ales conta a história de Signe, que em uma quinta-feira do mês de março de 2002 se lembra do dia em que o marido, Asle, desapareceu após sair para um passeio de barco no Fiorde em uma noite escura e fria há mais de 20 anos.

O romance tem um ??? ??í???? onde não é possível demarcar bem o que é real ou não. A todo instante adentramos num fluxo de consciência e ?ouvimos? os pensamentos dos dois personagens que são uma espiral de ?ú????? ? ??????????.

Signe a todo tempo se questiona o motivo do marido ter saído em uma noite tão fria e escura para um passeio de barco no Fiorde ? ele não gosta mais da sua presença? não gosta de estar em casa?

A casa aliás é um lugar ancestral em que a família de Asle sempre viveu. Em determinado ponto da história o casal começa a ?ver? seus antepassados ? inclusive a Ales do título, trisavó de Asle - em situações do dia a dia e testemunham uma tragédia pela qual a família passou. O que seriam essas aparições? Qual a importância dessas pessoas para a história do casal?

O livro como um todo não traz respostas para nenhuma dessas perguntas. Como disse antes, ler este livro é como estar num sonho em que os limites são fluidos e as situações não são facilmente compreensíveis. Toda a atmosfera é escura e fria, como aquele dia em que Asle desapareceu.
Enquanto eu lia a história sempre pensava na capa ? que tem a imagem do pintor norueguês Edvard Munch - ????? ?? ??? ???????? - e que para mim representa perfeitamente o tom do romance.
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Laudiceia.Penafort 16/02/2024

Como pode um livro tão pequeno provocar uma reflexão tão profunda? Jon Fosse tratou temas como solidão, a dor da perda, sobretudo de entes queridos. E relata tudo isso a partir de um único lugar (a Antiga Casa), mas em épocas diferentes, perpassando por várias gerações dos parentes de Asle. Tão triste e comovente.
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MachadiAninha 14/01/2024

Livro pra se ler em uma sentada: até porque, ao começar, eu duvido que você queira parar. linguagem um tanto quanto confusa, mas depois que se pega o ritmo, fica melhor. uma história sobre dor, sobre luto, sobre amor! bom demais
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Nicole.Avancini 01/12/2023

A arte da linguagem
Eu tenho uma relação de amor e ódio com a técnica de fluxo de consciência. alguns autores que já li e que usam isso são Clarice Lispector (Água Viva) e José Saramago, no Ensaio sobre a Cegueira, que foi uma leitura bem agonizante pra mim.

o fluxo de ideias e descrições e pensamentos ininterrupto, só separado por vírgulas, sem pontos, e que percorrem páginas e mais páginas sem separação de parágrafos, é difícil de se ler. pode parecer ?fácil? de ser escrito, mas na verdade requer um pensamento também ininterrupto e um jeito sagaz com a linguagem, que, se mal feito, pode denunciar amadorismo e tornar a experiência da leitura bem desagradável.

não deve ser esse o caso de Jon Fosse, nem de Saramago, já que ambos receberam o Nobel de Literatura. e isso se deve ao fato de que esse estilo e esse recurso da linguagem, aliados ao magnífico talento de storytelling, foram capazes de criar obras tão memoráveis quanto significativas.
Nicole.Avancini 01/12/2023minha estante
um ponto negativo, porém, é que, julgando pelos diálogos entre os personagens, não se verifica muita diferença de personalidade entre eles, e os diálogos soam mecânicos e desalmados




Ariana Pereira 23/05/2024

Um assombro
Que beleza de fluxo de pensamento. Quase desisti várias vezes, mas as frases vão saltando umas sobre as outras e a gente segue um fluxo, como que arrastado pela história. É uma leitura que desperta sensações!
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Karen 08/12/2023

Fábula madura
Romance curto, espiral e repleto de simbolismos.
Me lembrou vagamente A CASA DOS ESPÍRITOS da Isabel Allende por se tratar de um romance familiar onde gerações se mesclam em presente e passado, bem como CEM ANOS DE SOLIDÃO pela repetição dos nomes dos personagens.
Uma pitada de realismo mágico muito bem empregada em um livro doce e delicado.
"(...) não pode pensar naquilo, ela pensa, e ela nuca o entendeu direito, desde a primeira vez em que o encontrou, ela pensa, e talvez por isso ela se sentisse tão próxima dele, desde o primeiro instante em que os dois se viram, ..."
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Adriana1161 07/03/2024

É a Ales é um livro com fluxo diferente de outros que eu li. Gostei da experiência, são três gerações de uma família vivendo e revivendo suas experiências, e essas experiências vão se entrelaçado no decorrer da história. Tem momentos que ficamos um pouco confusos com as idas e vindas da Trama.
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Julia.Thier 29/05/2024

Porque não ir ao Fiorde num barquinho? eu penso
Só tenho a aplaudir Jon Fosse por essa bela obra. A primeira coisa que eu pensei quando já estava próxima a metade do livro foi: "Isso que é um show de literatura de verdade!" e foi bem isso mesmo. Merecidissimo o Nobel pelo conjunto da obra.
É literalmente um passeio pelo Fiorde num barquinho. Uma viagem entre memórias, vida e morte, ausência e presença, e é claro como os relacionamentos familiares e românticos mudam nossa vida. Como lugares nos transformam. Estar com alguém por tanto tempo, se tornar um e ao mesmo tempo nenhum. Ou será que ainda um? Ou mais?
As memórias foram partes específicas que me deixaram emocionada. Cheguei a chorar um pouco na rua. Me senti transportada. É a Ales, é a Ales!

Eu, infelizmente, não pude deixar de notar certa quantidade de comentários desnecessários que acabam por desmerecer o livro. Só tenho a dizer que, se provavelmente você não entendeu o livro, você não conhece, ou nunca leu o gênero teatro do absurdo. Definitivamente, não é uma literatura para todos. Se você conhece o gênero, e sabe que o mesmo consiste nos dialogos repetitivos, sem sentido, e tudo mais, essa literatura é pra você. Viva o teatro do absurdo!
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Joshua 11/01/2024

Gostei mas não amei
Inicialmente, eu fiquei confuso com a escrita e a forma que a história estava sendo contada. Talvez eu sentia falta da pontuação e não deixei ser guiado pelo fluxo de consciência que o autor propõe.
Depois, eu só não me prendi na história e quis terminar a força. Quero, um dia, reler com calma e dar a devia atenção. Mas por enquanto não tenho muito o que falar além de ser uma história boa, não surpreendente.
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Danilo546 19/02/2024

Nome: É a Ales
Autor: Jon Fosse
País de origem: Noruega
Período de leitura: 17 a 19/02/2024

Comentário SEM SPOILERS: Do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2023, a obra retrata o presente de uma mulher e o passado que a assombra, voltando até 3 gerações da família de seu marido, cujos sofrimentos deixaram ecos na casa à beira de um fiorde norueguês. Não vou mentir que achei a narrativa confusa, mas entendo que talvez isso tenha sido intencional, para retratar o fluxo de pensamentos de Signe (a mulher que sofre hoje com os eventos do passado). Nesse ponto, a escrita parece ganhar um tom magistral! Acho que uma possível releitura traga mais luz à história, agora que já tenho em mente uma ideia do início, meio e fim. Dito tudo isto, não foi uma leitura que particularmente me agradou, a ausência de capítulos me incomodou bastante, mas reconheço o valor da obra. ???
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Claudio 05/01/2024

Melancólico
Um livro denso sobre perda, luto, saudade e memória.
Um pouco repetitivo e com muitas passagens temporais e personagens de múltiplas gerações, que o tornam um pouco confuso.
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Dulcinea2 27/01/2024

Sobre tudo aquilo que perdemos
Um desaparecimento nos anos 70, cerca de 30 anos depois Signe está na mesma casa, pensando em Ales e todos aqueles pensamentos fantasmagórico dela, dele e da família dele que passaram por aquela casa reverberam no hoje.

Um dos livros com linguagem mais impactantes que li nesse último tempo construído por Jon Fosse. Anotei aqui esse autor, me apaixonei pela linguagem frenética que adentram a menta humana.

O livro é um relato de dor e saudade que vivem em pensamentos em não em palavras e em silêncios. Foi minha primeira experiência com Jon Fosse e fiquei apaixonada pelo modo que ele escreve esse fluxo de pensamento que mais parece poesia.
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Denise.Mineiro 02/11/2023

Confesso que a narrativa do livro me incomodou no início? a repetição das falas achei meio chata? mas com o passar das páginas, acho que me acostumei com o formato e no final já estava gostando? a elaboração do luto através de várias gerações? de forma diferente, inusitada e inovadora? certamente irei ler outros livros desse autor.

Nota 8,0
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