spoiler visualizarMaria17184 03/03/2024
O que foi isso?
Oi ?!?!??!
Os primeiros dois livros são sensacionais, e esse é um caos, Rin tomando decisões sem sentido, violência gratuita, e um final tão ?!?!?
Primeiro, as partes boas: o livro é muito bem sucedido em mostrar os horrores da guerra, tanto para civis quanto para o exército. A "vitória" da batalha, mas um país despedaçado pela guerra civil, a fome e os problemas que vêm da governança. A parte em que Kitay questiona se os Hesperianos são, de fato, melhores que eles, eu achei incrível. Também gostei de como Rin precisa a todo o tempo cultivar raiva dos Mungeneses e fingir que eles não são humanos para continuar a lutar. Mas para por aqui.
A autora introduz a ideia de trazer a trindade de volta, passa páginas e páginas em busca desse objetivo, com direito à perda de 1/3 do exército e com prática de canibalismo, para, afinal, o momento durar 5 páginas e matar TODA a Trindade. Era, literalmente, o cara mais poderoso, que todo mundo tinha medo, e ele morre assim de graça. E aí a Rin decide fazer o que a Víbora sugerido NO INÍCIO.
Os novos xamãs são incríveis e pouco usados. A estratégia de envenenar a água para matar o dragão não dá certo, porque sim? Matando dois dos ofensivos. Depois disso, a xamã de cura é esquecida do livro. Falando nisso, não entendi porque Rin não pediu para que ela curasse suas cicatrizes, que traziam tantas lembranças ruins.
Falando em cicatrizes, a Rin fica falando com o Altan da cabeça dela para se perdoar, faz isso usando ópio e o selo. Depois ela só para de usar ópio, como se não tivesse passado os últimos dois livros com um vício doloroso. E o Selo, ele se perde na trindade, mas continua na Rin, POR QUE?
E a mente da Rin, ela vai de de "🤬 #$%!& vou fazer o que for preciso" para "ai de mim, quero salvar a todos" em segundos, no fim eu já não aguentava mais. Ela só larga o irmão dela pra morrer e depois fica toda mexida quando chega em Tikany? É descrita a euforia que ela sente em matar, mesmo sem a Fênix, e aí depois ela fica se remoendo?
Enquanto dezenas de páginas são gastas com esse conflito mental dela, os outros personagens são pouquíssimo desenvolvidos. Kitay vira uma marionetezinha de Rin, curvando-se às suas vontades, mesmo quando discorda. Venka some e aparece, ninguém sabe como as coisas acontecem com ela. Nezha vai de herói a vilão o tempo todo. Existem várias cenas de violência extrema e sem propósito, em busca de uma vingança que ninguém mais quer ou entende.
E o final. Do nada uma pressa. A Rin paranoica mata Venka e quer matar KITAY!?!??!? E aí ela "haha, tô doida, melhor me matar e deixar Nezha governar o país mesmo". E é isso. Ela passa três livros lutando pela sobrevivência para se matar e, de quebra, levar Kitay junto. Sem falar que entrega o país para Nezha e os hesperianos, literalmente o que ela passou o livro inteiro guerreando para não acontecer.
Achei sem pé nem cabeça. Não gostei. No fim, eu tinha tanta antipatia de Rin, que nem sofri a morte dela. As boas reflexões não conseguem salvar a história.