spoiler visualizarjeslendo 24/05/2024
Estava muito ansiosa para a continuação de Divinos Rivais, um livro que me cativou do início ao fim e me trouxe novamente aquele amor um pouco perdido por livros de fantasia. Em meio a tantos livros da mesma narrativa, é um alívio encontrar um novo universo com personagens tão bem escritos e desenvolvidos, sem contar com uma ótima escrita.
Tudo isso aconteceu no primeiro livro, mas será que seguiu assim em sua continuação? Tudo isso ainda é válido para o segundo volume? E sim, é. O livro segue uma narrativa um pouco óbvia de início. Você sabe o que esperar. E isso não me incomodou, na verdade me deixou ansiosa para mais. Era exatamente o que eu queria ler e estava muito nervosa para o que aconteceria com os personagens que eu me vi tão terrivelmente apaixonada ao longo da leitura do livro anterior. Então, li essa continuação com o coração na mão, de forma rápida, mas ao mesmo tempo lentamente, para durar mais.
Foi um livro com muitos acontecimentos, do início ao fim, tão bons quanto ruins. Eu senti que, diferente do anterior, a escritora nesse livro se atirou um pouco em coisas que não eram muito necessárias, dando voltas em momentos que uma básica explicação resolveria tudo ou que até mesmo uma cena da qual nem precisava ser mostrada. Eu senti um pouco de tédio lendo certos acontecimentos, querendo pular rapidamente para as páginas seguintes e me vendo completamente presa em uma escrita um pouco mais lenta.
Eu gostei muito do desenvolvimento da história e da forma como ela terminou, mas também achei que muita coisa poderia ter sido mais bem aproveitada ou pelo menos um pouco diferente. Posso ter sentido que algumas coisas aconteceram muito rapidamente e muito devido também aquela básica proteção de roteiro, da autora aos seus personagens principais.
E claro, como não falar do vilão? Um tópico que me incomoda desde o primeiro livro, é que não sinto o vilão como um enorme e poderoso vilão. Dá medo em todos? Sim, mas o que ele realmente fazia? Usava bons ternos e mandava que o Roman escrevesse cartas ou artigos. E, quando foi traído, ainda não conseguiu fazer absolutamente nada de relevante. E onde está o poder que ele deveria ter? Era só aquilo? Ele curando as pessoas para ficarem ao lado dele? E se elas o traíssem muitos ainda iriam sobreviver, fim. Ele poderia ter sido tão bem desenvolvido, mas perdi totalmente a esperança na autora quando ela deu uma morte tão básica para o personagem.
Não só de pontos negativos se fazem um livro, então o que foi bom nele? Iris e Roman. O amor que ambos tem um pelo outro foi um dos mais bonitos que li em toda a minha vida. É muito difícil eu me sentir tão presa em um casal, ainda mais hétero, então foi uma bela surpresa quando eu me vi totalmente encantada por esses dois e pela forma como eles iam, novamente, se apaixonando. Roman, é claro, pois, do outro lado, o sofrimento de Iris era terrível, mas a sua força e a sua coragem inspiram qualquer um.
Eu sei que vou sentir muita saudade desse universo, mas estou contente pela forma como tudo terminou. Há muito tempo não lia um livro, ou dois, tão bom assim.