Menino de engenho

Menino de engenho José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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Rayansena_ 31/01/2023

Rico, porém descritivo
O livro é bem descritivo, mas fala muito bem sobre a vivência da época. Conseguimos enteder sobre a desigualdade, o racismo, o machismo que estava presente no país naquela época (e ainda é vivenciado, de uma forma moderna, na contemporaneidade).

Fala muito sobre a formação do sujeito e a relação da família, no caso da história sobre a ausência das figuras materna e paterna, e como isso implica em toda a subjetividade do personagem.

Trata sobre o patriarcado rural do século XX, abordando sobre o domínio hegemônico sobre o espaço e os indivíduos que estão inseridos nesse, assim como a sua decadência (principalmente em relação aos engenhos) com a industrialização e as modificações que se intensificavam no campo brasileiro.

Como narrativa é muito descritiva, mas como fonte de conhecinento sobre o período em questão é muito interessante.
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Ludmila 29/01/2023

Em pensar que esse foi o primeiro livro do autor... uma linda história, bastante sensível, que nos mostra um pouco sobre o ciclo da cana de açúcar no Brasil.
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Mai 10/01/2023

Querido Carlinhos
A construção de uma pessoa. Os altos e baixos, a descobertas dos sentimentos, os apegos e desapegos. Os erros, e quantos erros, a sinceridade e os pensamentos introspectivos. Já pronta para próxima leitura, para acompanhar a vida do Carlinhos, mesmo sabendo q nem sempre vou concordar com suas escolhas.
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de Paula 09/01/2023

Senhores do engenho e decadência
Este foi o primeiro romance escrito por José Lins do Rego, um autor paraibano do modernismo que buscava, assim como amigos contemporâneos, entender as bases do Brasil através de suas histórias, neste caso, focados na monocultura da cana e na produção do açúcar, prestes a entrar em decadência com o presidencialismo e o pseudo fim da escravidão. Por ser o primeiro livro de uma série relacionada a decadência dos senhores do engenho, é tido como romance de formação do menino Carlos, que se vê obrigado a viver com o avô aos 4 anos, após uma tragédia familiar. Acompanhamos seu crescimento até os 12 anos, quando ele vai para o colégio interno religioso aprender o que precisa. Após este primeiro volume, podemos acompanhar o personagem nos demais livros do Ciclo da Cana-de-açúcar, mas, vou me ater apenas a este.

Com a fortuna crítica inserida na edição, é muito mais fácil compreender os objetivos do autor, o contexto social e quem foi José Lins do Rego, porque a história do livro está inteiramente ligada a própria vida dele. Começamos a acompanhar um menino de 4 anos que não entende sobre a morte, mas descobre que seu pai matou sua mãe e por isso, precisa ir viver no engenho Santa Rosa, com seu avô e outros parentes. Ele logo se adapta a realidade rural, crescendo com as crianças negras, embora, ainda exista um regime escravocrata bem claro nessas relações, como descrito sobre os cachorros do lugar: uns magros de partir a barriguinha, outros gordos e fortes encrencando com os desfavorecidos.

É bem claro para o leitor como o moleque é criado para comandar, embora seja igual aos empregados: não sabe ler, escrever, vivendo um dia de cada vez e se inspirando no instinto animal para sobreviver lembrando que não tem mãe e o pai vive em um hospício quase como indigente. Tem muito medo de se tornar louco, pois está na sua genética, mas tem muita imaginação e consegue viver bem apesar de algumas situações que presencia, como uma cheia que faz o engenho perder a produção daquele ano, a morte de um dos trabalhadores e até o sacrifício do seu animal de estimação.

Contado de forma leve, as entrelinhas nos entregam as nuances de que a forma que viviam os engenhos já não tinham espaço para o mundo do século XX. O nordeste já não tem a mesma influência política, o fim da escravidão escancara uma desigualdade social até ali desconhecida, os engenhos já não são a principal fonte de renda nacional e o avô de Carlinhos já não possui espaço em uma sociedade capitalista, pela bondade, respeito e préstimo que apresenta pelos outros seres humanos. Claro que, sinto o senhor do engenho aqui retratado igual ao Dom Corleone de Mario Puzzo, um homem fiel aos seus princípios e cuja maldade se justifica em sua bondade aos menos favorecidos, o que só existe na ficção, porque a realidade era mais dura para as pessoas que serviam a estes senhores feudais.

Uma leitura fluída, fácil e acessível, diferente de outros autores modernistas, que apresenta um Brasil até então desconhecido: o Brasil profundo. Falar de decadência era um dos motes da época, como A falência de Júlia Lopes de Almeida, mas não deixa de ser relevante e muito mais simples quando contado pelos olhos de um menino do engenho. Ótima leitura para quem quer conhecer mais sobre o nosso país.
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Bella 12/12/2022

Vida no engenho
Menino de engenho, livro escrito por José Lins do Rego, conta a história de Carlinhos, menino que após perder a mãe muito novo acaba tendo que ir morar no engenho do avô. O autor consegue mostrar perfeitamente, através de uma escrita envolvente, a vida no engenho, em uma época onde a escravidão, apesar de abolida, se encontrava normatizada.
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Aline ig @escape.abacharel 11/12/2022

Clássico nacional maravilhoso!
Esse é o livro de estreia do autor José Lins do Rego. E assim como é o primeiro livro que ele escreveu, é também o primeiro livro que eu leio do autor!

Menino de Engenho conta a história de Carlinhos, que, após a morte da mãe, é enviado de Recife para o engenho de Santa Rosa, a fim de que seja criado pelo avô e pelos tios.

Durante sua estadia no Engenho, Carlinhos vai tentando transformar sua carência em liberdade, ao tentar caçar passarinhos; ao brincar com seu carneiro nascido para montaria, chamado Jasmim; e ao buscar a companhia das mulheres em sua antecipada libertinagem. É no engenho que Carlinhos se educa.

Carlinhos é um protagonista marcado pela melancolia desde cedo. Sua solidão e tristeza me fizeram lembrar do Zezé de O meu pé de laranja lima, que também é um personagem sensível assim como Carlinhos.

Há o cenário dos engenhos e o contexto do ciclo da cana-de-açúcar. E, sem sutilezas, o livro descreve de maneira dura o cotidiano dos engenhos, mostrando o abismo entre as classes abastadas e a dos empregados, a vida privilegiada de Carlinhos, que brinca com os "moleques". Livros de literatura regional como esse proporcionam aprendizado sobre o passado cultural de nosso Brasil. Mesmo que seja duro de ouvir, mesmo que tenha suas mazelas, mesmo que seja forte e em algumas partes até mesmo repulsivo, ainda assim temos que ler livros como esse.

Gostei muito de ler Menino de engenho! Foi uma leitura profunda e cheia de aprendizados. É um livro fino, que dá para ler bem rápido, mas apesar da leitura rápida, ficam por um grande tempo as reflexões depois de terminada a leitura.

Essa bela edição da Global contém um texto de apresentação, especialmente encomendado para esta edição, de autoria de João Cezar de Castro Rocha, além também da conter, ao final do livro, a Cronologia da vida do autor José Lins do Rego.


site: https://www.instagram.com/p/CmCPAgaLMD2/
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Peter.Molina 10/12/2022

A vida no olhar da criança
Este livro relata as desventuras de Carlinhos após a morte da sua mãe, vitima de feminicidio, quando vai morar com o avô num engenho de cana de açúcar. A narrativa tem muitos termos regionais mas nada que dificulte a leitura. Apresenta algumas passagens sobre a escravidão que hoje sem dúvida não seriam bem vistas, mas elas traduzem as ideias da época. Considerei o livro apenas bom, não consegui me empolgar, quando o autor passa a narrar a perda da inocência do menino meio que me desconectei da história. É um livro clássico da nossa literatura, o primeiro de José Lins ,vou ler os outros dele que dão continuidade ao chamado ciclo da cana de açúcar. Mas este inicialmente não me cativou,talvez por ser um livro curto ,que não explorou muito a complexidade das personagens e das situações.
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Thais645 09/12/2022

Simplesmente, leitura obrigada
Um clássico brasileiro, fácil e rápido de ler, mostra um país de uma forma crua, após a abolição, pelo olhar de uma criança. Simplesmente perfeito
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Rafaela.Rezzadori 04/12/2022

"Menino perdido, menino de engenho."
Depois da trágica perda de sua mãe e da prisão de seu pai, Carlinhos muda-se para o engenho de seu avô, o Santa Rosa. Lá descobre e aprende a vida, suas alegrias e tristezas, até o dia em que vai para o internato, curar sua alma da depravação daquela alma que tinha mais anos que o corpo.
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Brina 02/12/2022

Temos aqui um livro de formação onde acompanhamos o neto do senhor do engenho. Apos a morte traumática de sua mãe Carlinhos vai morar com seu avô paterno e no seu desenvolver dos 4 aos 12 anos. ele nos conta todo sua vivência nos engenhos de cana de açúcar. O olhar do menino branco privilegiado sobre os trabalhadores, a visão dele de mundo e ate sua iniciação precoce a vida sexual, me mostrou de como naturalizamos esse mundo patriarcal e racista. A visão do menino de perfeição, de q todos eram felizes me choca um pouco. Como as criações desenvolve toda uma sociedade, e ate hoje vemos resquícios desse pensamento.
Descobri que há mais dois livros que continuam a história... sinceramente não sei se quero ler ?????
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Bia 20/11/2022

Escrita doce e sincera
Que fofura. Me senti muito próxima da história. É interessante a perspectiva do personagem, nunca li nada desse ponto de vista? a construção é sensacional.
Senti raiva em muito momentos, mas é tão real que não consigo julgar. Todos os momentos são muito vividos.
E esse Carlinhos é uma peste em? kkkkk curiosa pra ler o resto da vida dele
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Insta: @neilson_jr 04/11/2022

Um clássico com uma linguagem acessível. Gostei da inserção de cantos e contos. Tava desapontado com os últimos clássicos que li, mas esse valeu muito a pena.
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Helder 31/10/2022

Porque não li este livro antes???
Mais um livro da seria série: Porque não li isso antes!! Este livro é uma perola da literatura nacional. José Lins do Rego nos leva junto com o jovem Carlos para dentro do engenho do avô do menino e nos mostra um estilo de vida que foi muito importante em sua época.
O pai de Carlos mata a mãe do garoto e ele vai morar no engenho do avô, onde passa a ser criado por uma tia.
Vindo da capital, ali para ele tudo é novo, assim como para nós. E assim, através dos olhos de Carlinhos, vamos conhecendo aquele lugar e seus costumes, numa época que foi de extrema importância para a economia do país.
Através de Carlos conhecemos como funcionava o engenho. Como seu avô tratava seus funcionários, com carinho e mão de ferro. Vemos os escravos que mesmo após a libertação não tinham para onde ir e seguem trabalhando nas lavouras, vemos as ameaças a esta tão importante lavoura em capítulos sensacionais como o da enchente e o do incêndio, e temos até o despertar sexual do rapaz e as doenças de homem.
Um livraço com ar nostálgico e que deveria ser obrigatório em todas as escolas do Brasil já no ensino fundamental.
Se nunca leu, vá atrás, pois é uma leitura necessária!
Eu ouvi o audiobook desta edição no Skeelo e no final existe um capítulo sensacional de contexto histórico. Uma verdadeira aula. Recomendo!

Wania Cris 14/05/2024minha estante
Você sempre fala o que quero dizer. Por que não li antes?




Sylvia 29/10/2022

Dos clássicos brasileiros que todo mundo tem que ler!!

Maravilhoso, bem nordestino, pé no chão, raiz!!
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