Resenhas - Menino de Engenho

Yasmin 11/10/2022

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"A minha memória ainda guarda detalhes bem vivos que o tempo não conseguiu destruir.
O seu destino fora cruel: morrer como morreu, vítima de um excesso de cólera do homem que tanto amava."
(Pág 22)

@ruthlunang 22/09/2022

Menino de engenho
Só o fato de toda a história se passar em localidades bem perto de mim, já é uma experiência incrível. A história é um retrato da época dos coronéis, e muito bem contada.

Luana.Nantes 24/08/2022

Um grande clássico!!!
Gostei muito!!!

Sempre é muito bom ler clássicos, mas pra mim como mulher eu sempre tenho um sofrimento a mais pelo contexto da época.


Três sentimentos/sensações que a leitura me trouxe:
#socorro
#irritação
#dor/raiva

Super indico mas esse livro meche muito com a empatia!!!
#muitaraiva

Diego.Guerra 19/08/2022

O engenho patriarcal
Neste belo auto bibliográfico romance José Lins nos coloca em viagem no tempo, com reflexões e provocações sobre uma época ?pós escravocrata? mas que vive em torno do ecossistema de comida e abrigo do senhor ?máximo? do engenho. Em suas aventuras e desventuras ele compartilha sua história sobre a ótica do privilegiado, embora não relate esta percepção mais tarde fica claro em seus movimentos sócio políticos que ele entendeu que poderia fazer mais.

Vale a leitura!

Aline221 23/07/2022

Menino de Engenho
Foi uma ótima experiência conhecer a obra através do audiobook, não que se fosse leitura deixaria de ser ótima, mas digo mesmo pelo fato de ser uma história que nos faz sentir tanta coisa, sabe?
A gente percebe como o autor fez críticas à sociedade da época, só que usando o filtro da narração de uma criança. Na verdade, a gente dá de cara com a pobreza, a desigualdade social, a seca, percas, violências, entre tantas outras "fotografias" da sociedade da época e tudo isso narrado por uma criança.
O pai de Carlinhos assassina a sua mãe quando ele era bem pequeno e então o garoto vai morar com o seu avô materno que é um senhor de engenho. A gente acompanha o desenvolvimento do menino, seus medos, pensamentos, peripécias.
"Menino perdido, menino de Engenho"

kathrein.oliveira 14/07/2022

A escrita brasileira é um sabor...
Um livro super curtinho que me lembrou o melhor da escrita brasileira. Muito muito bom! Delicado e sóbrio, poético e bruto ao mesmo tempo.

Com certeza pretendo ler a saga inteira do menino de engenho.

Layla 28/05/2022

carlinhos
li como leitura obrigatória da escola, mas acabei achando um livro "leve" de ler, que é rápido e a história flui de certa forma. gostei da forma como foi escrito, dos capítulos não serem continuações e a história é 'histórica' e meio maluca

Monique | @moniqueeoslivros 16/05/2022

Menino de Engenho
{Leitura 22/2022 - ?? Brasil}
Menino de Engenho - José Lins do Rego

Esse é um clássico da nossa Literatura, que fala sobre infância. Carlos conta suas aventuras a partir dos quatro anos de idade, quando ele sai de Recife e vai morar no engenho de cana-de-açúcar do seu avô.

Mas não espere um livro "fofinho". O menino fica órfão aos quatro anos, quando o próprio pai mata a mãe e em seguida é preso numa instituição psiquiátrica. E por isso Carlos deixa a cidade e todo o seu convívio para morar no interior, onde seu avô materno é o Senhor do Engenho.

Há nesse livro muitas críticas sociais, mas que são vistas pelo olhar de uma criança. E é através dos símbolos usados por ele que a gente se dá conta, pouco a pouco, de como a vida das pessoas que giram ao redor da casa grande funciona.

É através desse olhar de criança que a gente compreende os traumas e medos do próprio menino, e que a gente vê a engrenagem do ciclo da cana no Brasil. A escravidão, a pobreza, as terras e poderes dos senhores de engenho, enfim, é tudo escancarado e, ao mesmo tempo, passado pelo filtro do pensamento infantil. Mas de uma criança com privilégios.

E algo muito pertinente (inclusive está na apresentação de João Cezar de Castro Rocha, nessa edição da global): essa desigualdade social é entregue ao leitor até mesmo na escolha de palavras. As crianças filhas dos trabalhadores, e filhos de escravizados, todos são os "moleques". É assim que Carlos os cita no decorrer de toda a história. Entretando, ele e seus primos, também crianças, ah, eles não são moleques. Eles são "meninos".

Deste momento em diante, até o título do livro nos significa mais do que aparenta. Afinal, ele, Carlinhos, não é moleque. Ele é Menino de Engenho.

gilmorebru 26/03/2022

Um mix de sentimentos. No início fui tomada por uma nostalgia gigante, saudades da fazenda do meu avô, saudades de brincar com meus primos e de andar a cavalo. O regionalismo de Lins do Rego me arrebatou.
No meio da obra achei alguns capítulos arrastados, sem graça e estava até pensando que não teria curiosidade de ler a sequência, mas no final Carlinhos e suas meninices e suas ?imundices? como o personagem descreve me pegaram de novo. Estou muito curiosa para descobrir o que Carlinhos vai aprender na escola interna, os caminhos que vão surgir, as decisões que esse menino precisará tomar. A curiosidade está imensa.

@gezaine_ 03/03/2022

Foi meu primeiro contato com o autor. Achei a escrita fluida, bem próxima da oralidade, parece mesmo que o narrador está contando a história.
Porém, o livro me gerou muito incômodo.
Abordam assuntos como zoofilia e abuso sexual de crianças, tratados com muita naturalidade.
Além disso, o narrador é muito racista. Mesmo levando em consideração o período de publicação do livro (1932) e o ambiente da obra, um engenho de açúcar, há termos e expressões que geram muito mal estar, como, por exemplo, dizer que as negras trabalhavam com a mesma alegria do tempo da escravidão e que uma personagem negra abusava sexualmente de uma criança "nas suas concupiscências de mulata incendiada de luxúria".
Não pretendo continuar a série.

Roberta 03/03/2022

Gostei demais!
Nunca tinha lido este livro, apesar de me recordar que ele esteve na minha lista de livros para o vestibular. Como perdi todo esse tempo?
Este livro me conquistou primeiro pela ambientação, já que a história acontece numa região por onde transitei muito durante a minha infância. Além disso, meu bisavô foi senhor de engenho, assim como o avô do Carlinhos. Ao contrário do menino, que teve um contato de perto com a escravidão, eu não tive. Mas ao mesmo tempo, com toda a estrutura que tinha no engenho do meu bisavô, consegui imaginar que a história se passava lá, e isso tornou-se uma experiência muito pessoal. Amei e quero ler toda a obra do Ciclo da Cana-de-açúcar de José Lins do Rego.

Rutinha100czs 27/02/2022

Obra com tom regionalista.
Retrato da vida diária nós engenhos de açúcar, do trabalho duro dos negros mesmo após a abolição e dos desastres naturais que assolavam aquelas paragens.

Aletheia (@almaletrada) 23/02/2022

Um convite à cultura nordestina.
José Lins do Rego nos convida a um passeio pela Paraíba, pelos engenhos, pelas cercanias do sertão, pelas feiras e pelo passeio de trem.

Carlinhos senta conosco à mesa e nos apresenta uma prosa linda e cheia de sons, sabores e, porque não dissabores! Conhecer a vida desse menino e todo seu entorno, mesmo que sofrido, nos faz adentrar nos recônditos da paisagem nordestina.

@loop.literario 22/02/2022

Experiência audiobook
Acredito que muitos aqui já tenham lido esse livro. Primeira obra de José Lins do Rego, publicado em 1932, é um romance memorialista e regionalista, e inaugura o ciclo da cana de açúcar.

O livro retrata a decadência do nordeste canavieiro sob a narração de Carlinhos, um garoto que ficou órfão aos 4 anos e que foi morar com o avô materno no engenho.

O romance traz uma narrativa onde o cenário nordestino minucioso se mescla com as memórias desse menino da infância a adolescência. Explora a realidade social, política e econômica da região, trazendo para si o caráter regionalista. Mas ao mesmo tempo explora questões universais como a angustia humana, saudade, abandono.

Tive a oportunidade, através da parceria com a Tocalivros, de ouvir essa história em audiobook e mais uma vez eu amei a experiência. O Alexandre Mercki, narrador da obra, traz uma dinâmica e põe no audio todo o lirismo dessa obra. Mas o que mais me emocionou foi ouvir parte da historia sendo cantada, me arrancou lágrimas, pois fui pega completamente de surpresa.

Fernando Jr 22/02/2022

Em prosa com Carlinhos.
Mais um dos q preciso e quero ler novamente. Quando? Não sei. ?

Me senti numa grande proza com Carlinhos, ouvindo as histórias dos tempos engenho e escravidão no nordeste brasileiro. E nesse tempo ele foi ele msm um menino neto de dono de engenho e escravos q se misturava com os moleques e vivia uma vida de criança nordestina, com seus banhos de riacho, chupando frutas frescas e caçando passarinhos.

Enfim, só sei q já quero ler a continuação dessa história em, Doidinho.