A distância entre nós

A distância entre nós Thrity Umrigar




Resenhas - A Distância entre Nós


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Biblioteca Álvaro Guerra 11/03/2020

Sera e Bhima, a patroa rica e a empregada analfabeta que conduzem este arrebatador romance de Thrity Umrigar, moram na Índia contemporânea. "A Distância Entre Nós" é apresentado ao leitor como uma complexa encruzilhada de semelhanças e diferenças entre Bhima, a empregada, e Sera, a patroa. Distantes pelas diferenças entre classes, elas se aproximam na condição de mulheres oprimidas, que dedicaram as vidas para cuidar dos outros. O leitor acompanha o cotidiano das duas como senhoras maduras e, na narrativa em flashback, percebe como estas existências vão se construindo juntas, sempre alimentadas por uma relação de atração e repulsa.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788520920152
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Rafaela1643 05/03/2020

Doído, mas necessário.
Li esse romance pela primeira vez mais ou menos em 2013 com uns 16 anos.. deve ter sido o primeiro livro que li que senti um grande impacto, mas na época ainda não sentia o peso de várias abordagens que o livro possui. Neste ano, o olhei e senti necessidade de uma releitura. E como fico grata por ter o feito. Foi surreal o modo como todo o meu pensamento mudou, pesou. Durante a leitura recordei muito minha experiência com o filme ganhador do Oscar deste ano ?Parasita? pela forma do contraste das desigualdades sociais. O livro conta a história de duas mulheres que vivem na Índia, e que viveram grande parte da vida juntas, partilhando todos os momentos, mas que são separadas pela imensa desigualdade social, e tudo é colocado de um jeito tão duro, tão real, mas também tão simples que me impressionou muito..cada volta ao passado nas histórias das duas personagens era um soco no estômago e juntava ao presente da trama que não estava mais confortável. Recomendo muito e como eu gostaria que o livro fosse mais conhecido. Estou ansiosa para ler a continuação ?O segredo entre nós? desse livro fascinante.
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Fabiana.Amorim 21/07/2019

Mundo nem tão desconhecido
Assim que descobri que era de uma indiana, me joguei de boa vontade. De antemão, a gente sabe que vai sofrer. Um título deste, um país deste... A curiosidade bate forte. Brasileiro naturalizou a desigualdade, mas graças a Deus, a boa literatura nos provoca, abre os nossos olhos e o coração para os problemas do próximo. Todas as vidas importam, minha gente. Não somos melhor que ninguém pelo dinheiro ou pela boa educação que podemos pagar.

Podemos ser igualmente bons na disposição do Espírito por fazer o bem. Reconhecer os privilégios e tentar melhorar a vida do outro.
Eu estava preparada para entrar nas favelas indianas, mas não estava preparada para ver a dor pelo olhar do oprimido. A gente nunca está. Mas eu enfrento. E cada vez que consigo, a minha empatia aumenta e eu me sinto evoluir como ser humano.

Índia, Brasil, Nigéria, China... Onde houver gente, haverá pretensão, haverá sujeição. Tenho esperança que a arte nos salve. O bem que a gente quer para nós é o bem que a gente tem que espalhar pelo mundo nos pequenos gestos do dia a dia. Sejamos aquilo que a gente espera do outro.

Os personagens deste livro nos mostram tudo que a gente não deve ser na condição de privilegiados. E o quanto tentamos e fracassamos quando a oportunidade surge.

Leiam.
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ritita 05/06/2019

Mais uma lindura da autora.
Eu o estava lendo em ebook, mas livro bom só físico mesmo, e como gosto muito da autora interrompi a leitura e dei um tempo para comprá-lo, mas acabei sendo presenteada por algum fantasma querido e vapt-vupt, fui dormir na hora de acordar mas li o bichin todo.
Confesso que a Thrity me deixou escangalhada com tanta pobreza, sofrimento, descrença na humanidade e tristeza.
As principais personagens, Bhima e Parvati, foram tão humilhadas durante a vida, que não têm mais um fiozinho de crença em outras pessoas. Tão miseravelmente pobres, que já não fazem ideia do que é não ser. Que horror!
A história de Parvati, apesar de secundária, dá o tom do que é ser mulher na Índia.. Triste? Muuuiiitooo.
Enfim, um livro que me amargurou muito, ainda sabendo que até hoje os pobres de lá me parecem mais pobres que todos os outros pobres.
Mas como sou totalmente masoquista literária. Amei!
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Janaina Vieira - Escritora 02/05/2019

Desigualdades existem em qualquer lugar
Uma história tocante e que nos faz pensar na crueldade das desigualdades sociais, que causam tanto mal no mundo inteiro. Também é muito interessante conhecer mais de perto a cultura real do povo indiano e não apenas aquela que se mostra aos olhos ocidentais, ou seja, a mística.

O romance nos mostra personagens reais e seus dramas diários, que, no fundo, são os mesmos de todos os seres humanos, aonde quer que estejam. Afinal, todas as pessoas buscam as mesmas coisas: sobrevivência digna, amor, carinho, respeito, conforto, segurança, realização de sonhos. A diferença crucial, no entanto, reside no poder do dinheiro, sempre tão desigual para diferentes famílias.

A história de Bhima e Maya, avó e neta marcadas por tragédias familiares, pobreza extrema e grandes injustiças nos mostra o lado cruel da sociedade, seja ela qual for, quando os mais fracos entendem que sua fragilidade é a causa de tropeços e sofrimentos sem fim, agravados ainda mais pelo mau uso do poder, que sempre faz prevalecer a vontade e mesmo a mentira daqueles que estão socialmente acima de muitos outros e se prevalecem de seu poder financeiro para atingir seus objetivos, sejam quais forem.

Um romance surpreendente, recomendadíssimo! Quero ler outros livros da autora.
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Gabigutierrez03 28/10/2018

Humanize-se
Humanize-se! Basicamente é o que posso dizer a respeito desse livro. Tudo o que for "normal" nesse livro é extraordinário. um simples banheiro é extraordinário.
Sentir a pressão social que o livro traz, sentir os personagens, sentir o que se passa na história, nesse país. Tudo se resume em: Humanize-se!
A maneira que o livro foi escrito demonstra de forma viva a realidade de pessoas quase do outro lado do mundo e você percebe que as dores daquelas pessoas são parecidas com as suas.
Num encontro de dores e decepções terminamos jogando no mar todas as preocupações para apenas continuar sobrevivendo.
E apesar do vazio que fica dentro do peito, a vontade de aninhar o livro nos braços e diminuir todas as distâncias do mundo se sobrepõem aos olhos saltando como lágrimas.
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Ticiane 15/10/2018

Um livro que fala sobre a diferença de classe social entre duas mulheres, e de como o dinheiro sempre prevalece! Embora a felicidade não ter nada a ver com quem tem mais ou quem tem menos, assim como o caráter das pessoas, como podemos ver claramente nesse livro! Sou super fã da Thrity, seus livros sempre nos ensinam e neste a lição que fica é que as vezes quando pensamos que perdemos algo na vida, na verdade ganhamos! Um recomeço! Uma libertação! É só questão de aprender a enxergar e ver o lado bom de tudo!
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alex santos 25/08/2018

A opressão de gênero ultrapassando a situação econômica
A distancia social que afasta e o preconceito de gênero que aproxima as mulheres. Classes sociais distintas, mas a mesma opressão sexual.
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suzyjard 07/07/2018

Um confronto de vida
Sim, o livro é triste, sofrido e machuca com sua realidade nua e crua. Mas também vale muito a pena para nos escancarar como a vida pode ser cruel nos dias de hoje, com pessoas que ainda se sentem melhores que outras. Mostra a ingenuidade de uma mulher sem instrução que acaba sempre caindo em ciladas e prejudicando quem ela mais gosta. É uma lição de vida sangrante mas muito válida.
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Kari 04/07/2018

Uma feliz descoberta
Fui atrás desse livro por indicação de uma amiga. Já havia lido "O tamanho do céu" e busquei outras obras de Thrity Umrigar e tirei impressionada como ela já tem livros traduzido para o português.
"A distância entre nós" faz um paralelo entre as vidas de duas mulher indianas: uma, a patroa; outra a empregada. Apesar de viverem em castas distintas, pode-se ver que os problemas vivenciados, as amarguras e os dilemas são os mesmos.
É um livro forte, tive que deixá-lo de lado alguns dias para poder respirar fundo e voltar a leitura. Também é um livro que faz a gente se perguntar porque algumas pessoas sofrem mais do que as outras vivendo juntas.
Vale muito a leitura, mas prepare-se para ser outra pessoa após terminá-lo.
NOTA 0-5: 5

@leyendo_a_los_que_leen
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Bruna.Patti 01/04/2018

A distância entre nós
Resenha
Livro: A distância entre nós
Autora: Thrity Umrigar
Ano de lançamento: 2006

Um livro, muitas reflexões. Ultimamente, tenho lido livros bem ricos, que me levam a pensar na vida e no sentido que atribuímos a ela. Mas a obra A distância entre nós, de Thirty Umrigar, me fez pensar mais do que os outros livros que li nos últimos tempos, pois aborda assuntos que me são muito caros: raça, classe, gênero, e sexualidade.

Através de uma narrativa fluida, porém não menos densa, a autora nos faz conhecer duas personagens tão distintas e tão semelhantes, ao mesmo tempo: uma empregada e sua patroa. A história se passa na Índia atual. A empregada se chama Bhima e passou vários anos de sua vida dedicados a servir sua patroa, Sera, uma mulher culta, bem educada e viúva parsi, uma casta de grande prestígio na Índia.

Unidas pelo fardo de ser mulher em uma sociedade patriarcal, ditada por costumes machistas, assim como na nossa sociedade ocidental, criam um laço, que é cultivado durante longos anos de convivência e dores compartilhadas: Bhima sofre por ser pobre, não ter estudos, estar sempre sendo enganada e passa para trás pelas outras pessoas; em contrapartida, Sera teve um casamento extremamente infeliz, com um marido violento que a agredia. Bhima sempre a ajudava após as surras de seu marido, cuidando dela, o que fez fortalecer ainda mais os lações entre as duas mulheres.

Um ponto interessante é que os personagens possuem camadas, não são, de maneira alguma, maniqueístas. Por exemplo, apesar de Sera tratar Bhima bem, diferentemente da forma como suas amigas tratam seus empregados, não permite que sua funcionária sente nas cadeiras de sua casa nem coma junto com sua família. A família de Sera se resume a sua filha Dinaz, que está grávida e seu genro Viraf, os dois tendo indo morar com Sera após a morte de seu marido. A família de Bhima é ainda menor: após ser abandonada por seu esposo, Gopal, e sua filha morrer, seu único parente é Maya, sua neta, filha de Pooja, sua filha que morreu. Maya, com apenas 17 anos, está grávida de um filho ilegítimo, fato que traz preocupações exacerbadas para sua vó, pois elas vivem em uma sociedade conservadora, onde a “honra” de uma mulher importa bastante.

Ao longo da trama, podemos observar a maneira cruel com que os pobres são tratados pela sociedade. Basta apenas a pessoa possuir dinheiro e poder para ser bem tratada, com dignidade. Quando a pessoa é desafortunada, até mesmo os médicos de hospitais, que deveriam cuidar dos pacientes de maneira isonômica, acabam preterindo uns em relação a outros.

Maya muitas vezes questiona sua vó sobre a importância que ela atribui à família de Sera. Quantas vezes não deixou sua própria família sozinha para ir cuidar dos parentes de sua patroa? Esse questionamento me fez lembrar do filme brasileiro “Que horas ela volta?”, pois nele vemos uma mulher que cuidou a vida inteira do filho da patroa e acaba não tendo tempo para cuidar de sua própria prole.

Podemos perceber também como a sexualidade da mulher, seja aqui no ocidente como no oriente, é podada a todo momento. Como o nosso corpo não nos pertence: a sociedade patriarcal acredita possuir e controlar nossos corpos. Quando subvertemos essa lógica machista e fazemos uso de nosso corpo para nossos próprios prazeres ou necessidades , somos rechaçadas, enquanto os homens são estimulados a todo momento a se conhecer, a usar os corpos de outrem para se satisfazer. Seja aqui ou em Bombaim.

Vemos duas mulheres unidas pela dor de suas vidas, mas ao mesmo tempo, quando a verdade de uma dura realidade se revela, a classe a qual cada uma pertence acaba separando-as. O recado é claro: os poderosos do mundo nunca irão aceitar de bom grado que a plebe alcance e galgue os mesmos patamares que os seus.

A autora consegue construir muito bem a humanidade de todos os personagens: como podemos ser destrutivos, ou mesmo a mão que acalanta em horas difíceis. Somos seres complexos, plurais, não podendo ser definidos de maneira simplista. Acabo minha resenha por aqui recomendando fortemente a leitura do livro.

LINK DO MEU BLOG ABAIXO:

site: http://abiologaqueamavalivros.blogspot.com.br/2018/04/a-distancia-entre-nos.html
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Livia Barini 27/02/2018

Sem fim
O livro sobre duas personagens Serabai, a patroa e Bhirma, a empregada.
Sera (Serabai) é filha de uma família carinhosa, instruída e educada. Casa-se com Feroz (que faz jus ao nome) e passa a ser vítima da perseguição incessante da sogra e da violência física e psicológica do marido. Como toda vítima de violência doméstica ora se sente culpada, depressiva, revoltada. As poucos é anulada e se anula.
Bhirma luta incessantemente contra a miséria. É analfabeta e é enganada por todos, inclusive por aqueles quem ama. Está exausta da vida, das dificuldades, da solidão ... e segue enfrente.
As duas histórias tristes me deixaram melancólica e com um sabor amargo, de final mau resolvido, ao final. Não foi Sera mesmo capaz de enxergar a verdade ? Ou continuou apenas se engando ? Foi feliz depois do nascimento do neto ? A neta de Bhirma, Maya, continou a ser a moleza de sempre ? Ou acordou para a vida e resolveu ajudar a avó ? As previsões da autora se concretizaram a respeito de Bhirma?
E se tem algo que odeio é ler mais de duzentas páginas e ter que encarar uma estória sem fim :-(
Karina.Agra 22/12/2018minha estante
Acabei de ler O silêncio entre nós, que é a continuação bem tardia desse livro, é muita coisa é explicada, vc vai gostar... eu achei o segundo livro bem melhor. Recomendo!




none 06/02/2018

Bhima é encantadora
Poucos homens leram o livro, muitas pessoas podem achar a leitura cansativa. Cada qual tem uma opinião. A minha é a melhor possível quanto à leitura. Banu, Serabai, Bhima, Maya, mulheres com distintos sofrimentos, distintas culturas. Os homens -que elas escolheram como parceiros para a vida ou para um simples momento distraído de prazer em meio ao cruel mundo sofrido e observador - estão distantes não apenas fisicamente mas também espiritualmente. Bobos, inexperientes, fanfarrões, eles marcam o territerritório ao seu modo distinto. Thrity Umrigar até bem pouco tempo era para mim uma ilustre desconhecida. Se tornou com esse livro uma grande companhia conhecedora da vida. Amiga para a vida. Seu livro promove um diálogo atual da condição da mulher na sociedade sem ranço ideológico de qualquer matiz. Quem lê e quem escreve reconhece e sabe bem quando vê e o que é o amor compartilhado.
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