Phelipe Guilherme Maciel 15/12/2016Stephen King é vanguardista desde sempre. Ele tem o dom de passar lições de amor em meio ao caos.Bullying. Esse termo começou a ser utilizado no mundo em 1999, por causa do Massacre de Columbine High School. Este foi o primeiro livro publicado por Stephen King, mas não o primeiro de sua carreira. Na introdução de Os Livros de Bachman, ele conta que havia escrito outros 5 livros antes de Carrie, mas o importante é termos em mente que o livro foi escrito em 1974, 25 anos antes do massacre que gerou o termo Bullying.
Muito já se disse sobre Carrie, pois o icônico livro é um dos clássicos máximos do rei do horror. Por isso, esquecerei o enredo. Quero falar de outras coisas, mas primeiro quero falar logo do "enredo". Sim, se você não conhece o enredo de Carrie, por favor, não leia resenhas. não veja reviews. não assista aos filmes. Tenha uma experiência pura ao ler o livro. Veja bem, não sou PURISTA, mas este livro revela o quanto Stephen King foi genial desde o início da Carreira.
Em Carrie, o próprio livro revela que a grande merda vai acontecer. o Spoiler acaba por acontecer por volta da página 100. Isso é irrelevante. Todos sabem que Carrie fará algo horroroso. Mas Stephen King faz do livro um conto documentado, uma análise dos livros que analisaram o caso de carrie. Há livro científico, livro de sobrevivente do massacre, livro da aluna que gerou o início de tudo isso. Claro, tudo isso saiu da cabeça de Stephen King. Os momentos do livro que não são "documentais", é como se fossem flashbacks, com diversos pontos de vista diferentes...
Há o ponto de vista de Sue, de Chris, de Carrie, de Tommy.... Os flashbacks são das memórias de quem realmente viveu aquele instante. Portanto, não espere que Carrie seja a protagonista do livro. Ela é o ASSUNTO do livro.
Isso é maravilhoso! Ler este livro sem saber o final, te dá a experiência de ver as implicações do ocorrido sendo contados por sobreviventes, por artigos de jornal, por livros de especialistas no assunto. E os flashbacks, que contam o ocorrido pela memória de quem viveu.
Genial.
Outra coisa, remete ao que falei no inicio da resenha: O Vanguardismo de Stephen King. Ele conta que escreveu Carrie porque era assombrado pelo espírito de 2 jovens que estudaram com ele e faleceram ainda na adolescência, e sofriam o tal bullying na escola. Como diz Stephen, não faziam parte de grupo nenhum. Tinham o odor que expulsava invariavelmente as outras crianças delas. Falar sobre a violência de crianças contra crianças, numa época em que isso não tinha grande relevância, é magnífico. Palmas para ele.
Fanatismo religioso: A mãe de Carrie, Margaret White, uma cristã doentiamente fundamentalista, tem uma personalidade vingativa e estranha, e, no passar dos anos, educou a jovem Carrie com uma varinha de aço e fazendo ameaças de condenação. O comportamento abusivo mental e emocional de Margaret, tem ocasionalmente se cruzado também com abuso psíquico. Se seu DEUS não fala de amor. de aceitar o outro. de viver em paz... TROQUE DE DEUS, Camarada.
Um pequeno livro de 200 páginas que ecoa nos dias de hoje ainda atual. Precisamos falar sobre Carrie. Precisamos falar sobre Bullying. Precisamos falar sobre Religiosidade excessiva. Precisamos falar sobre OUVIR NOSSOS FILHOS. Tantas situações como estas podem ser evitadas. Não é necessário telecinese pa