Rafa P. 27/11/2013E viva a Xhex !! Melhor personagem feminina da série !! O oitavo livro da série Irmandade da Adaga Negra, tem como foco principal a história de John, o vampiro recém transformado, que conhecemos lá no segundo livro , e que ainda era um pobre rapaz, com limitações físicas, ausência de fala , inseguro e com traumas emocionais profundos. Abro aqui um parênteses , pois na minha opinião a história é toda da Xhex. Eu gosto bastante do personagem do Jonh, embora ache algumas reações dele bem exageradas, mas ainda assim é um bom personagem. No entanto, o que acontece neste livro é que ele ficou apagado em decorrência da intensidade da história da Xhex,mas isso não prejudicou em nada a história dos dois, penso que foi bem inteligente da autora adotar essa estratégia, já que conhecemos todo o drama de Jonh deste os primeiros livros e se fosse abordado de uma outra maneira, poderia facilmente ficar cansativo para o leitor.
Em primeiro lugar devo dar créditos pela narrativa da autora que vem amadurecendo a cada livro. Neste livro, ela surpreende o leitor, apresentando flash do passado de Darius, uma adição interessante e que faz uma ponte importante com o presente.
Já a narrativa sob o olhar de diferentes personagens, traz uma ótimo ritmo para a história, pois não cansa o leitor e assim podemos observar os diferentes pontos de vista dos envolvidos.
Agora falando um pouco da Xhex, é ela tão, mas tão foda , que nem precisou de salvador para fugir do seu cativeiro, a garota se virou sozinha e retratou um pouco ao menos o brio feminino, que estava lá no pé frente a vergonha que foi muitas personagens que já passaram pela série. Ela é guerreira, determinada, forte, sem mimmimi, ou seja é o tipo que personagem que todos esperam ver nas história.
Já o Lash, o grande vilão da história, ou melhor dizendo da série, foi fantástico do inicio ao fim, ele desperta o repúdio de forma geral, é perturbadora sua conduta, e a maneira que ele age para satisfazer suas vontades e caprichos.Os momentos finais que antecedem a sua morte, tive vontade de entrar dentro de livro e eu mesmo dar fim na vida do desgraçado, hahaah.. Que petulante !!
E como toda boa história, não podia faltar um triângulo amoroso... e que triângulo heim?? Neste livro a autora apresenta o triângulo que é formado por Quinn, Blay e Saxton e deixa claro que essa história vai render, pois tratar sobre homossexualidade em um contexto machista e conservador, mesmo em um mundo fictício, pode ser um desafio e tanto para a autora, que se souber abordar de modo original e coerente, pode se tornar um dos melhores romances da série.
Já os pontos negativos, mais uma vez fica por conta da interferência da Virgem Escriba. O final com a revelação da identidade da mãe de Xhex e todo o passado, achei desnecessário e ficou bem forçado. Mesmo essa personagem não estando tão presente no livro, ainda assim contribuiu negativamente para a história.
Outro ponto foi os traumas de Xhex, penso que a autora poderia ter explorado melhor o que levou a personagem a toda aquela situação com os humanos. Do decorrer da história, a autora descreve muito bem os traumas decorrentes desse cativeiro no qual Xhex permanece, mas aborda superficialmente como ela chegou até lá.
Por fim., devo confessar que eu adorei esse livro, foi simplesmente impossível parar de ler, e portanto eu me rendo a série. Eu sei que ela não é perfeita, mas ela cumpre muito bem o papel de entretenimento, é aquele tipo de livro que você lê sem compromisso, por pura diversão mesmo.