O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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graziiffraga 11/05/2024

Reflexivo
Desde o começo, o livro me deixou reflexiva com a falta de descrição dos cenários. Tudo acontece muito rápido, como se ele estivesse escrevendo a história enquanto ela acontece. Gostei bastante e dá bastante insumo pra uma reflexão sobre como a gente vê o mundo, nossas emoções e afins.
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Liar1 10/05/2024

Página 32
Pensei que passara mais um domingo, que mamãe agora já estava enterrada, que ia retomar o trabalho e que, afinal, nada mudara.

Página 48
Perguntou-me, depois, se eu não estava interessado em uma mudança de vida. Respondi que nunca se muda de vida; que, em todo caso, todas se equivaliam, e que a minha aqui não me desagradava em absoluto.

Página 49
Depois de outro instante de silêncio murmurou que eu era uma pessoa estranha, que me amava certamente por isso mesmo, mas que talvez um dia, pelos mesmos motivos, eu a decepcionaria.

Página 73
- Nunca vi uma alma tão empedernida quanto a sua. Os criminosos que aqui estiveram diante de mim sempre choraram diante dessa imagem da dor.
Ia responder que isso acontecia justamente porque se tratava de criminosos. Mas pensei que, afinal, eu também era como eles. Não conseguia habituar-me a esta ideia.

Página 84
Por um lado, era inverossímil. Por outro lado, era natural.

Página 106
- No que se refere a este tribunal, a virtude negativa da tolerância deve transformar-se na virtude menos fácil, mas mais elevada, da justiça. Sobretudo, quando o vazio de um homem, assim como o que descobrimos neste homem, se torna um abismo onde a sociedade pode sucumbir.

Página 114
Poderia ter descoberto que pelo menos em um caso a roda se detivera, que nesta irresistível premeditação o acaso e a sorte, por uma única vez, tivesse mudado alguma coisa. Uma única vez! De certa forma, creio que isto me bastaria. Meu coração faria o resto.

O fato de a sentença ter sido lida não às cinco da tarde mas às oito horas da noite, o fato de que poderia ter sido outra, completamente diferente, de que fora determinada por homens que trocam de roupa e que fora dada em nome de uma noção tão imprecisa quanto o povo francês (ou alemão ou chinês), tudo isto me parecia tirar muito da seriedade desta decisão. Era obrigado a reconhecer, no entanto, que a partir do instante em que fora tomada os seus efeitos se tornavam tão certos, tão sérios quanto a presença desta parede ao longo da qual eu esmagava meu corpo.

Página 116
Em resumo: o condenado era obrigado a colaborar moralmente. Era interesse seu que tudo corresse sem contratempos. Era também obrigado a constatar que até aqui tinha tido sobre todos estes problemas ideias que não eram certas.

Página 120
Em todo caso, eu talvez não estivesse certo do que realmente me interessava, mas estava totalmente certo do que não me interessava.

Página 121
- Não tem então nenhuma esperança e consegue viver com o pensamento de que vai morrer todo por inteiro?
- Sim - respondi.

Página 126
Tão perto da morte, mamãe deve ter-se sentido liberada e pronta a reviver tudo. Também eu me senti pronto a reviver tudo. Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante desta noite carregada de sinais e de estrelas eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo. Por sentí-lo tão parecido comigo, tão fraternal, enfim, senti que tinha sido feliz e que ainda o era.
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tinhosa 08/05/2024

Oh
Livro bom é aquele que te deixa doido junto com ele.

esse livro foi feito pra que você sinta uma estranheza ao ler, ele te desconecta do cenário e a falta de descrição pode fazer com que você se sinta perdido.

gostei bastante, parei várias vezes enquanto lia pra refletir sobre a minha existência, mo brisa.
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Maara51 08/05/2024

"(...) Como se esta grande cólera me tivesse purificado do mal, esvaziado de esperança, diante dessa noite carregada de sinais e de estrelas eu me abria pela primeira vez à terna indiferença do mundo."
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RaquelSales17 07/05/2024

Atitudes bobas com consequências desastrosas
Trata-se da história de um homem que a mãe faleceu, tratou de se despedir tal qual estava se sentindo, se envolveu em uma situação boba e por fim seus atos tiveram consequências devastadoras.
Muito triste
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paula1735 06/05/2024

Escrevendo sobre algum absurdo
Tem algo sobre o mundo que não conhecia antes de ler camus, o fato do absurdo condizente, harmonioso....
sobre como hoje podemos estar adentrados na natureza bela, em todas suas cores, texturas e formas e sobre como amanhã, que se tornara o hoje, poderemos estar adentrados em nossa mente, cinzenta, formada por 4 paredes incolores. este é o absurdo? tão repentino.... e mesmo com esta situação imprópria, ainda podemos não estar infelizes de alguma forma. acredito que está aí o absurdo, não condizente, não harmonioso
mas absurdo, da mesma maneira.
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Galardo 05/05/2024

Mas todos sabem que a vida não vale a pena ser vivida
Meursault é a encarnação da apatia, um completo estrangeiro ao mundo, nada lhe interessa desde casar ou não casar até a morte da própria mãe.
Camus através do absurdismo consegue nos trazer uma personagem tão distante da realidade que nos faz mergulhar sem volta na história, a apatia cativa e o texto flui com maestria.
O estrangeiro é mais que tudo um convite ao pensar e nos permite inúmeras reflexões, uma potência enorme dentro de poucas páginas.
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phdeandrade 04/05/2024

Li esse livro há um tempo. Peguei ele na biblioteca da escola. Me surpreendi com a escrita nos primeiros capítulos. Achei a vida aparentemente monótona de Mersault muito legal de se acompanhar. Sempre gostei da filosofia de Albert Camus sobre o absurdo e ele a exemplificou em forma de romance neste livro. Certamente, preciso de uma releitura e comprar um exemplar próprio.
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AntAnio130 03/05/2024

A história segue a vida de Meursault, um homem indiferente à moralidade convencional, cujas ações e atitudes desafiam as normas sociais. A narrativa cativa com sua prosa concisa e sua exploração profunda da alienação e do absurdo da existência humana. Camus oferece uma reflexão penetrante sobre a condição humana, destacando a busca por significado em um mundo aparentemente sem sentido. É uma obra essencial do existencialismo, escrita por Albert Camus.
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Cafe_Fili 03/05/2024

Ótimo, para pensar nos nossos conceitos
É muito interessante perceber quanto o diferente pode ser mal compreendido, e quanto geralmente o julgamento das pessoas deixa de ser parcial quando é perde o foco quando o diferente está sob escrutínio.
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Giulia29 01/05/2024

Absurdismo e Camus tem meu coração
Em livros como este, encontramos personagens determinantes que agem de conformidade em cenários onde fogem do comum, mas mesmo assim, tais personagens não lamentam ou fogem de seu sua racionalidade, agindo como se aquele fosse apenas mais um dia de sua pacata vida. esse tipo de maneira de encarar situações ruins são muito comuns em personagens kafkanianos, e encontrei o mesmo acontecimento em o estrangeiro de albert camus, determinado pela forma em que se deu o pressuposto no seu iniciar: ?Hoje, mamãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem.[?]? e mais a frente: ?Pedi dois dias de licença a meu patrão e, com uma desculpa destas, não podia recusar. Mas não estava com um ar muito satisfeito. Cheguei mesmo a dizer-lhe ?A culpa não é minha?. [?]?
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Vinicius.Caselato 01/05/2024

Entendi por que é um clássico, apesar da falta de identificação com o protagonista é difícil n se prender a leitura
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andrecaztro 30/04/2024

Sensacional
Acompanhar a história pela lente de um protagonista apático, que nunca realmente se envolve com as coisas ao seu redor, torna a experiência de leitura muito única. Nos sentimos distantes do mundo e de seus acontecimentos, simples espectadores, ao mesmo tempo em que inevitavelmente Meursault está diretamente envolvido com a trama, o que cria uma imersão estranha, mas fascinante.
Fiquei muito interessado em ler outros livros do Camus.
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Paulo de Carvalho 29/04/2024

O Estrangeiro
"Assim, quanto mais pensava, mais coisas esquecidas ia tirando da memória. Compreendi, então, que um homem que houvesse vivido um único dia poderia sem dificuldade passar cem anos em uma prisão. Teria recordações suficientes para não se entediar".
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