O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Dhewyd 21/09/2022

O ser indiferente
Imaginem viverem ser ter a capacidade de demonstrar emoção, sem conseguirem ter empatia, carinho, solidariedade; ou até mesmo, sentimentos não nobres, como raiva e ódio das pessoas. Ao contrário, ter sua personalidade moldada na indiferença e costurada na frase: "TANTO FAZ".

No livro de Albert CAMUS, o Estrangeiro! Está pessoa existe, e seu nome é Mersault. O qual é narrado por ele mesmo os eventos que culminaram com seu infortúnio. Inicia-se com a morte de sua mãe, a qual Mersault desde o início se apresentara indiferente, não derramara uma única lágrima, e fora no enterro à título de dever social.

Cumpridor dos deveres, Mersault trabalhava arduamente, mas não com intuito de crescer na vida, nem tinhas sonhos, nem aspirava boa carreira, mas laborava apenas para poder arcar com suas despesas básicas e poder subsistir.

Ele não era uma pessoa má, tampouco boa, ele apenas tolerava as pessoas ao seu redor, e a elas era indiferente, se alguém lhe pergunta-se: "Vamos ser amigos?" Ele respodia:"Tanto faz!" Até se relacionava com mulheres, não por amá-las, mas apenas para satisfazer sua lascívia. Uma delas, Marie, lhe pergunta se quer se casar com ela, vez que Mersault responde: " Se quiser casamos, mas pra mim Tanto Faz!".

Entretanto, em um acontecimento inesperado, Mersault acaba por matar um desafeto de um amigo seu, e por isso é levado a julgamento. E o que se segue é um julgamento implacável, o qual o fato criminoso, sai fora de pauta (o matar alguém) dando lugar à tese da polícia e da promotoria de que estar sendo julgada uma pessoa sem ALMA.

Todo julgamento se bate na tecla de que Mersault é um risco para a sociedade, por não ter compaixão e nem apresentar remorso. Frise-se sobremaneira o fato de Mersault não ter demonstrado nenhum carinho por sua mãe que falecera recentemente e assim, esse ser não poderia estar entre nós.

Tratando-se do título do livro, podemos entender que mesmo Mersault sendo morador há muito tempo da cidade, frequentando a mesma vizinhança, trabalhando com as mesmas pessoas, sendo da mesma nacionalidade que destas, Ele era um forasteiro, era o de fora, o diferente, sua personalidade o fazia ser um verdadeiro "ESTRANGEIRO ".
Flávia Menezes 21/09/2022minha estante
O melhor retrato da alexitimia. Isso, anos antes do termo ter surgido.




lavien 18/01/2023

Essa leitura não me agradou, mas também não me desagradou por completo e talvez eu esteja contagiada pela apatia absurdista de Meursault, mas é realmente uma forma de começar a refletir sobre a filosofia de Camus.
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Josiastds 21/11/2023

Surpreendeu
É uma leitura densa com todo o foco no real, o floreamento que o Camus usa pra deixar tudo mais filosófico é maravilhoso, as pautas e os pensamentos complicados chegando a ter que reler algumas passagens, gostei muito da estória que foi contada, tudo leva ao ato final o personagem é confuso e suas vivências são intensas, mas o dias são monótonos. Vemos calma e lentamente a descrição da praia, relacionamento e a prisão tão tensa e curiosa.
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BeatrizLeone 25/05/2024

Antes de começar a ler, vi uma pessoa que estava detestando o livro, pois o personagem é ?desinteressante, desinteressado, sem propósito, sem ideias??..? e, pra mim, foi o que tornou o livro fascinante

Podemos discordar de 99% das ações de Mersault, mas é interessantíssimo vê-lo se mover pela vida sem certezas, sem prisões morais, simplesmente se deixando levar. Um grande ?tanto faz?. Descobrir enquanto vive

?Vivera de uma certa maneira e poderia ter vivido de outra. Fizera isto e não fizera aquilo. Não fizera determinada coisa, ao passo que fizera esta outra. E depois? Era como se durante todo o tempo tivesse esperado por este minuto e por essa madrugada em que seria justificado. Nada, nada tinha importância?
Murilo.Vega 05/06/2024minha estante
Livro fantástico! Camus dialoga o tempo todo com o leitor, tanto diretamente, quanto através da narrativa. Traz a reflexão filosófica de uma maneira fluída, senão até "inconsciente". Infelizmente, não tive uma experiência tão agradável como essa no livro "A Peste".




Júlia Montibeller 07/04/2023

Gostei do livro, achei a trama muito envolvente. O autor é capaz de criar uma atmosfera de tensão muito forte!
igorzera 07/04/2023minha estante
camus é incrível!!




Joel.Martins 29/06/2021

A terna indiferença do mundo
Que livro! Que livro!!
Aqui temos um constante tanto faz por parte do sr Meursault. Ele simplesmente aceita a vida e a morte como elas são, sem esperar muito. E não mede as palavras para dizer o que pensa.
Então, fiquei me questionando sobre o absurdo que envolve a história. Não da parte do sr Meursault, mas de como ele é julgado pelo Estado e pela opinião pública.

Devemos ser julgados por não atendermos as expectativas das pessoas????

Enfim, o livro é um clássico da filosofia, daqueles pequenos com questionamentos grandiosos.??

Obs: O Sr Meursault é um bom funcionário...
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Tito 22/06/2010

O retrato definitivo da mais plena apatia moral, da mais sincera e cordata anemia de espírito, da mais profunda indiferença frente à vida, na breve história da queda de Meursault, um homem estranho a quaisquer sentimentos, para quem tudo, simplesmente, pouco importa ou tanto faz. Um livro necessário e impressionante, a ser relido inúmeras vezes.
Mariana. 06/08/2010minha estante
Ave, Tito! Gosto tanto tanto do seu poder de concisão. Perfeito. ;)




Juliana Ribeiro 24/01/2021

O estrangeiro
Havia lido esse livro há mais de quinze anos. Não me lembrava muito da história, apenas que tinha gostado.
O livro é muito bonito, principalmente as reflexões do protagonista na prisão. Suas reflexões sobre o que viveu e a maneira como ele usa suas recordações para passar o tempo e se lembrar do que viveu.
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Mari 19/09/2022

O Estrangeiro ( Albert Camus)
Livro conciso, não mais que 126 páginas, que trata das relações humanas, da indiferença, do desapego, desapreço, tanto que a palavra mais usada pelo Mersault é: "tanto faz". Traz na história um assassinato no qual o protagonista não é julgado pelo fato, mas pela indiferença na morte da sua mãe.
É um livro que questiona o quão profundo somos.
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Laísa 05/01/2024

A história do homem que "tanto faz". A indiferença em relação a vida, as circunstâncias, a morte da mãe, as amizades, levam um homem indiferente a cometer um crime, que para qualquer um seria uma barbárie. Mas para ele "tanto faz".
Que livro legal! Curto e absurdo.
Recomendo
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Daniele 27/11/2021

Alheio a vida, aliás, qual o sentido dela?
O estrangeiro é um livro que poderia facilmente ser chamado de "o estranho". Meursault é um cara totalmente alienado aos fatos ao redor de si. É indiferente a morte da mãe, não derramando uma lágrima se quer, um dia após o enterro segue com sua vida normalmente e vai ao cinema assistir um filme cômico com sua namorada. É indiferente com as pessoas que convive; seu chefe o propõe uma premiação no trabalho, onde poderá morar em Paris e viajar, ele responde "tanto faz". Seu vizinho espanca a namorada, pede que que ele testemunhe a seu favor e ele prontamente diz "ok, tanto faz".
Sua namorada o pede em casamento, ele diz "tanto faz".
Assassina um homem sem nenhum motivo real, mesmo o vendo inerte, ainda lhe dirige mais quatro tiros, que logo dirá que "era como se batesse quatro breves pancadas à porta da desgraça."
Após o assassinato, é preso e fica a espera de seu julgamento, e o que vemos não é simplesmente uma discussão a cerca do homicídio, mas aos fatos precedentes, esses mesmos que descrevi, ao fato, por exemplo, de ter aceito um cafezinho no velório da mãe, e de ter dormido frente ao seu corpo inerte.
No seu julgamento, não só as testemunhas do fatídico crime, mas principalmente, as pessoas do asilo que sua mãe morava, seus vizinhos, sua namorada e o guarda que o ofereceu café testemunham, e a partir daí, a discussão se passa a questionar não só o que o levou ao tiros, mas como ele se comporta diante pra própria vida.
Posso dizer que foi um livro que me causou muito incômodo, mas acho que essa era justamente a intenção. Os monólogos nas últimas páginas são incríveis, e a última frase do livro me deixou quase sem ar, é com certeza um livro duro, mas excelente, que necessita ser lido com muita calma e apreço, para não ser confundido com um livro monótono ou chato.
Enfim, o absurdo de Camus me surpreendeu, e agora, pretendo ler "O mito de Sísifo", que conversa muito com "O Estrangeiro", além de claro, "A peste".
Apesar do estranhamento, e talvez justamente devido a ele, gostei demais desse livro, que inclusive pretendo reler futuramente.

Uma curiosidade que li aleatoriamente num comentário por aí, o nome do Meursault é um trocadilho. “Meur” e morre (meurre) em francês é pronunciado do mesmo jeito. “Sault” e “sot”, que significa idiota, imbecil, débil, também. Ou seja, o nome do Meursault é um trocadilho que quer dizer “morre idiota”, “morre imbecil”.
Joao 05/12/2021minha estante
A filosofia do Camus é incômoda mas acho sensacional. Adoro esse livro e parabéns pela resenha!!


Daniele 05/12/2021minha estante
É sensacional mesmo!
Obrigada ;)




stt4r 05/05/2023

"Tudo é verdade e nada é verdade".
"O Estrangeiro", um livro que espanta um pouco pelos acontecimentos repentinos, porém traz consigo diversas reflexões, além de remeter atenção e compreensão individual do leitor.

Sério, desde a primeira frase do livro eu fui pega de surpresa e me fez ter vontade de compreender melhor essa filosofia do absurdo proposta por Camus em seu livro, sem ir em busca de sua teoria de fato. É um pouco confuso no começo, porque há um certo questionamento que nos beira sobre o protagonista do livro, Meursault: como pode alguém ser tão indiferente e apático a tudo que acontece ao seu redor, até mesmo com a morte de sua própria mãe, ou até mesmo quando assassinou um homem sem motivo algum?

A pergunta só foi respondida no final do livro pelo homem, mas, ao mesmo tempo, nada foi respondido realmente. O motivo? Não há uma resposta do porque fazemos o que fazemos. Podemos pensar em diversos motivos no porque agimos dessa maneira, do porque pensamos assim, do porque sentimos todas essas coisas, mas é impossível chegar em alguma resposta que de fato seja a verdade absoluta.

Portanto, há sentido na vida? É justamente sobre isso que Meursault reflete e sempre se questiona, ainda mais quando está prestes a ser executado. Por um lado, nós realmente não possuímos um propósito de vida, mas, nosso objetivo não é buscar tal propósito? Isso nos leva a um eterno paradoxo. A vida pode não ter sentido algum, realmente, mas sempre estamos buscando um sentido para ela, mesmo que não alcancemos tal objetivo. Assim, sentimo-nos felizes em pensar que finalmente superamos essa carência, sendo que, na verdade, é somente o início de toda a vida, de tudo o que vem pela frente, que surge a partir dessa nossa busca.

A busca por um propósito só nos induz a fazer o que fazemos e, por isso, nada é destinado a acontecer daquela maneira. Mesmo sem perceber, podemos mudar drasticamente tudo que nos cerca em um piscar de olhos, e tudo isso é consequência de darmos um sentido às nossas vidas.
Denny's 05/05/2023minha estante
É isso!




Lara.Emanuelle 18/08/2020

Sem comentários
Único livro que não consegui discutir com ninguém. Esse livro, por minha análise, talvez seja algo a se sentir e não a se discutir. O que é cômico e contraditório, pois, quando eu afirmo ser um livro para apenas se sentir, vai de encontro com toda a natureza do personagem principal que não sente nada.
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Vitor 22/04/2021

Bom
Fácil de se identificar em certas partes, em decorrência do teor subjetivo. Reflexivo, profundo e escuro.
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