Os pilares da Terra

Os pilares da Terra Ken Follett
Ken Follett
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Resenhas - Os Pilares da Terra - Vol. I


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Fernando Lafaiete 26/04/2021

Os Pilares da Terra | Ken Follet
*****************************NÃO contém spoiler*****************************
Resenha postada originalmente em: https://www.mundodasresenhas.com.br/

Autor: Ken Follet

Editora: Rocco / Gênero: Ficção histórica / Idioma: Português / 944 páginas

944 páginas... quase 1.000 páginas de puro entretenimento do mais imersivo, incômodo e brutal que se pode imaginar. Considerado por muitos como um dos maiores e mais importantes romances históricos dos últimos anos, Os Pilares da Terra escrito por Ken Follet e lançado em 1989, ressignifica a ficção-histórica, retratando de maneira fidedigna  um período de ambições, guerras, costumes e a luta pelo trono da Inglaterra. Explorando a fundo os conflitos políticos e as relações que dela advém, Follet ambiciosa e arquiteta sua trama de forma mordaz, não nos poupando das brutalidades situacionais que transformam por vezes a leitura em algo indigesto, cuja malevolência de tão impactante experiência nos desafia a adentrarmos e caminharmos pelo tempo e pelas páginas como se transportados fôssemos; como senão nos fosse dado outra opção a não ser explorarmos com os personagens, tão vívidos e importantes acontecimentos a nós relatados.

Seria um erro crasso se eu afirmasse aqui e agora - como muitos fazem -  que a aclamada narrativa trata-se da construção de uma catedral. Não que tal fato não ocorra e não seja de vital importância para a trama e para seu desenvolvimento como um todo. Contudo, Pilares da Terra trata-se muito mais sobre os personagens que movimentam a narrativa, do que sobre a catedral em si. Orbitando ao redor de tal construção, a narrativa caminha de forma ágil, se sustentando em alicerces como fé, superstições, justiça, paixões e ambições. Tendo como pano de fundo a expansão da igreja e sua influência sobre o Estado, a trama se consolida como um excelente estudo histórico ficcional e psicológico dos personagens e do período em que a trama se situa; impossibilitando de a classificarmos de forma frívola como apenas uma narrativa sobre a construção de uma catedral.

Os imensos capítulos ajudam na estabilização estrutural da trama, mas também desequilibram por vezes o ritmo. O que não nos impede de devorarmos as páginas como se não houvesse o amanhã. Todavia, os mesmos podem despertar aos leitores a estranha sensação de infinitude e talvez cansaço. Tudo dependerá do nível de sua imersão e ligação com a trama e seus personagens. Dividido em diversos pontos de vista, Pilares da Terra entrega dinamismo e subtramas extremamente interessantes, onde cada personagem exerce com assertismo os papéis os quais são designados. Mesmo que alguns ganhem destaque de forma talvez tardia, tal escolha não soa como desconexa - pelo menos não deveria -  ou como relapso do autor, o que apenas uma leitura atenta pode ressaltar e nos fazer entender com mais amplitude suas decisões e posicionamentos narrativos.

De todo modo, por mais que eu tenha tido um processo de leitura significativo e bastante positivo - o qual eleva e muito minha avaliação final acerca do aclamado romance inglês - não posso deixar de ressaltar alguns pontos talvez negativos, que não apenas me incomodaram como me passaram uma percepção de desequilíbrio e exageros do autor. Mesmo em se tratando de uma narrativa histórica, em que a verossimilhança com o que é retratado se faz necessário, Pilares da Terra sofre pelos excessos de cenas de estupro, que muitas vezes parecem estar presentes apenas com o intuito de nos chocar e de evidenciar o comportamento de um determinado personagem, que já estabelecido na trama, passa a não precisar mais desses reforços textuais e situacionais que se repetem e que trazem a tona momentos que mais irritam do que demonstram relevância para a narrativa.

Outro grande excesso é a constante sexualização das personagens femininas, que por mais que apresentem caracterizações empoderadas e papéis de destaques dentro do robusto romance, sofrem pelo machismo da época que se justifica em um primeiro momento pelo período retratado, que é bem apresentado e explorado pelo autor. No entanto, as repetitivas interlocuções dos personagens a respeito de suas visões "masculinas" sobre as mesmas, se torna mais um aspecto, que não podado pelo escritor, se destaca pelo exagero. E por último, mas não menos importante, Pilares da Terra peca pela estagnação comportamental de suas figuras ficcionais, que mesmo diante de bons desenvolvimentos e desfechos, não apresentam durante boa parte da narrativa comportamentos mutáveis que caminhem lado a lado com as passagens de tempo e suas respectivas alterações ambientais; o que transmite a sensação de que a trama evolui, mas os personagens não. Em conseguinte, Pilares da Terra é um livro de fôlego, que oscila, que por vezes incomoda, mas que consegue se manter como uma narrativa de alto nível mesmo diante de suas inconsistências e exageros textuais. Sem sombras de dúvidas um romance como poucos, que prova que algumas obras já nascem clássicas.
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Gabi Mauruto 19/06/2021

Descrição arquitetônica!
Adoro Ken Follet e nesse livro ele trabalha de forma minuciosa o gênero descritivo. O livro é uma história rica em personagens, paisagens e monumentos, todos bem descritos para dar a ideia da grandiosidade da época e da vida social que a compunha. Para quem não gosta de descrições muito elaboradas, principalmente no que tange a construções e, mais especificamente, termos da arquitetura, pode se sentir cansado/a na leitura. Mas recomendo pela narrativa e pela construção histórica que o livro proporciona.
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Eli 11/02/2022

Uma ficção histórica de altíssima qualidade!
Kingsbridge é uma pequena vila localizada na Inglaterra, e após um incêndio que destruiu a catedral, o prior do monastério, Philip, precisa construir uma nova catedral, mas uma série de imprevistos, inimigos cruéis, uma guerra civil pela sucessão do trono e muita ganância, farão de tudo para tentar impedir essa construção.

Este livro tem tudo o que eu mais amo em uma obra de ficção: conflitos religiosos, guerra civil, viradas de mesa, histórias de amor de fazer você chorar, mulheres fortes, destemidas e independentes dando uma virada por cima surpreendente em uma época em que as mulheres eram tão marginalizadas, maldições, mortes tristes, momentos frustrantes de fazer você arrancar os cabelos querendo saber o que vai acontecer em seguida, fazendo com que o leitor não consiga largar o livro, cenas violentas e muita coisa em jogo para te deixar com a curiosidade lá em cima.

Ambientado no período medieval com tudo o que tem direito como reis, condes, príncipes, cavaleiros, monges e padres católicos ambiciosos... "Os Pilares da Terra" é uma jornada simplesmente sensacional e impossível de ser deixada de lado.

Além de ser uma ficção histórica, que tem como pano de fundo fatos reais, o que para um apaixonado por história como eu, é um prato cheio, o autor também descreve a cultura e os costumes daquela época com maestria, fazendo com que o leitor sinta mais interesse em conhecer a época em que a obra foi ambientada, bom, pelo menos foi o que ele fez comigo.
Com certeza este livro entrou no meu top três de livros favoritos da vida, e o autor da obra (Ken Follett) se tornou um dos meus autores favoritos.
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Jenifer Tertuliano 16/05/2020

Extraordinário
Com uma excelência que se mantém durante os quase 35 ano que a história decorre, Pilares da Terra se tornou um dos meus livros preferidos da vida, sem dúvida nenhuma.
É absurdamente completo, não deixa arestas nem questões pendentes.
É duro de ser lido, pois alguns trechos são fortes e geram injúria e revolta.
Porém, existem trechos cheios de vitalidade e alegria, que inspiram esperança e moralidade, mostrando que a resiliência traz prosperidade, que a inteligência vence guerras e a sabedoria derruba reis.
Uma obra fantástica, que mudou o modo como vejo a a literatura e como avalio as minha leituras.
Fantástico. Extraordinário
Matildes 16/05/2020minha estante
Amo os livros desse autor


@injoyce_ 16/05/2020minha estante
Tenho a edição, ainda não li, já estava me preparando para ler, quando soube que ainda tem mais dois volumes. Só lerei quando compra-los, mas estou mt ansiosa.




09/07/2020

Palavras sinceras
De fato, o livro é uma obra muito bem escrita e montada. Os personagens são interessantes e cativantes, mas o pano de fundo da história (construção de uma catedral) não me prendeu tanto. Achei um pouco cansativa a minha descritiva das construções e projetos das igrejas, o que torna o livro muito denso e com páginas em excesso. No mais, feliz em ter conseguido ler um livraooooo desses.
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Dea 27/04/2021

Perfeito
Que leitura maravilhosa, você simplesmente viaja nós detalhes, de repente sente raiva do William, se encanta com Jack e Aliena, apoia o prior Filip. E sensacional, quem gosta de história medieval simplesmente vai se apaixonar.
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Gustavo.Henrique 12/01/2022

Um obra prima! sem dúvida alguma esse é o melhor dos livros do Follet, os personagens que desenvolve e a trama histórica na qual são inseridos é de tirar o fôlego. Há capítulos onde você prende a respiração com tamanha tensão sobre o que vai acontecer, os personagens principais que em sua maioria são extremamente cativantes nos fazem firmar os dedos enquanto lê o desespero de lutarem pela sua vida, o perigo e o mundo ambientado são tão reais e vivos, que por vezes me esquecia de que era ficção. Um livro indispensável!
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Raine R. 06/09/2020

Mais do que recomendado!
Livro sensacional! A história é envolvente, os personagens são interessantes e os vilões são interessantes e em desenvolvidos. A leitura flui bem apesar do livro ser grande, pois o autor consegue nos prender a cada final de capítulo, sempre querendo saber o que vai acontecer há seguir.
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Carlos.Fernando 04/03/2022

No mínimo, uma linda viagem no tempo
Livro incrível. Rico em detalhes, empolgante, que te faz esquecer do mundo e nem ver o tempo passar ao voltar ao século XII, com suas estruturas feudais, crescimento religioso e vida simples contrastada pela monarquia. Uma estória apaixonante, com a presença de figuras reais em momentos importantes da história medieval, juntando o romance e a realidade de um jeito majestoso a lá Ken Follett. Interessante como você se apaixona ou odeia cada um dos personagens apresentados, esperando ver eles terem sucesso e prosperarem apesar das dificuldades, torcendo por eles. E o mais legal, tem uma história real no fundo que conecta isso com a realidade. Difícil você não se sentir no meio do livro, procurando as referências históricas na internet, visualizando a narrativa.
Recomendo muito: dos melhores livros que já li.
Valesca.Castelani 04/03/2022minha estante
Tenho esse livro a algum tempo é ainda não li, agora me deu até vontade de ler




jota 07/06/2022

BOM: literatura de entretenimento bastante eficiente, criada para deixar o leitor viciado na narrativa
Lido entre 08 de maio e 05 de junho de 2022.
Avaliação da leitura: 3,7/5,0

Esse não é o tipo de narrativa que costumo ler com frequência, embora eu seja um leitor eclético, então todos os gêneros literários são bem-vindos. Importa a identificação, a empatia que vai ocorrer ou não entre leitor e livro durante a leitura. Valeu a pena ler o primeiro livro da trilogia Os Pilares da Terra, que leva o mesmo título do volume publicado pela primeira vez em 1989? Foi quase um mês dedicado ao livro de Ken Follett, entre outras leituras mais curtas, mas valeu a pena, claro. Com algumas ressalvas, porém....

Ficção histórica passada na Inglaterra medieval, de enorme sucesso, com milhões de exemplares vendidos mundo afora, o volume traz inúmeras subtramas decorrentes da trama principal, centrada na construção de uma catedral gótica, trabalho que durou longos anos e enfrentou dificuldades, disputas, percalços, rixas, traições, inveja... Desfilam aqui inúmeros personagens: reis, damas, cavaleiros, monges, bispos, arcebispos, construtores, pedreiros, artesãos etc. Eles circulam por igrejas, mosteiros, catedrais, castelos, cidades muradas, florestas, pedreiras, plantações etc. -- em infindáveis descrições desses ambientes algumas vezes.

Temos sangrentas cenas de batalhas, outras cenas referentes os trabalhos rotineiros daqueles tempos (como a criação de ovelhas para o comércio da lã), outras ainda permeadas de luxúria e sexo -- incluindo um violento estupro (e qual estupro não é violento?), mas me refiro ao da personagem Aliena, que seu irmão Richard, um menino ainda, foi forçado a testemunhar, além de perder um pedaço de uma orelha, cortada pelos estupradores --, muitas páginas dedicadas às intrigas eclesiásticas (o poder religioso era tão forte ou mais do que o político) e disputas palacianas (reinava a anarquia então), testemunhamos um incêndio devastador praticado por um garoto e muitos outros episódios marcantes.

A ação é sempre contínua, parece que estamos assistindo a um filme de aventuras atrás de outro, porque as cenas são imagéticas, vão se desenrolando em frente aos nossos olhos sem parar, claramente. Eu ficava pensando em quantas produções cinematográficas poderiam ser geradas a partir das histórias imaginadas pela eficiente escrita de Follett. Sobre seu livro li a opinião de diversos leitores no Brasil e no exterior e a imensa maioria apreciou o livro praticamente sem restrições. Alguns afirmam que Os Pilares da Terra é o livro que mais apreciaram ler entre todos os que tiveram em mãos até agora, outros pensam em relê-lo algum dia, outros ainda acharam tudo ótimo, altamente excitante, não conseguiam parar de ler etc.

Mas há também uma minoria que se entusiasmou apenas de início -- porque o autor começa deixando o leitor intrigado com os acontecimentos que precedem e culminam no enforcamento de um homem – que pode ser inocente -- sobre o qual se sabe muito pouco e menos ainda sobre o motivo de estar sendo punido com uma morte tão cruel. E também há uma mulher misteriosa e uma criança, possivelmente o filho de ambos, que deverá ter importante papel na história, assim como ela --, leitores que depois perderam o entusiasmo com tantas reviravoltas que a narrativa apresenta e a quantidade de personagens e suas histórias a seguir. O que transformou a ideia central da construção da catedral num enorme painel a exigir muitas páginas de leitura. Bem, é preciso levar isso em conta também...

Ken Follett é um autor que eu conhecia de nome; há muito tempo, numa madrugada vi na televisão um filme adaptado de sua obra homônima A Chave de Rebecca (1980), que me pareceu muito bom. Mas nunca havia lido nada dele por certas divergências de ordem estética, literárias mesmo que mantenho, as tais ressalvas lá do início. É claro que quem carrega certa bagagem literária não vai colocar o livro dele no mesmo balaio com clássicos como Crime e Castigo (Dostoievski), A Montanha Mágica (Thomas Mann), Germinal (Emile Zola), Ilusões Perdidas (Balzac), O Nome da Rosa (Umberto Eco) etc. Porque os livros de Follett, mesmo que tragam diversas informações, foram escritos basicamente para entreter, e não há nenhum mal nisso, claro.

No caso dele, assim como de outros autores tão diversos como Stephen King, Scott Turrow, Dan Brown, Philip Pullman etc., a atividade de escrever parece adquirir uma dimensão quase industrial, de produção em série, se é que isso seja possível. Esses autores são todos respeitáveis, como diria Jonathan Franzen (pelo menos em relação a King e Turrow, conforme ele escreveu em Como Ficar Sozinho, Companhia das Letras, 2012), mas seus contratos editoriais devem falar bem mais alto do que a dita arte que praticam, a literária (ainda pensando como Franzen).

Li de Noah Gordon, O Físico e O Último Judeu, livros que apreciei bastante, exemplos de literatura de entretenimento com bastante qualidade. Li ainda vários John Grisham, outro grande criador de best sellers e até mesmo achei ótimo seu livro de contos Caminhos da Lei. Mas continuando e ressalvando: mesmo com todas as suas qualidades, Os Pilares da Terra, não proporciona o mesmo prazer estético e literário que envolve um leitor que tenha em mãos, por exemplo, O Nome da Rosa, a obra-prima do italiano Umberto Eco. Uma narrativa que também se passa na Idade Média, mas em outro contexto.

Vejamos um resumo do livro, que se passa em sete dias apenas, o mesmo tempo da criação do mundo conforme a tradição cristã: “O ano é 1327. Os beneditinos de uma rica abadia italiana são suspeitos de heresia, e o irmão William de Baskerville chega para investigar. Quando sua delicada missão é subitamente ofuscada por sete mortes bizarras, o irmão William se torna detetive. Suas ferramentas são a lógica de Aristóteles, a teologia de Tomás de Aquino, os insights empíricos de Roger Bacon -- todos aguçados ao extremo por um humor irônico e uma curiosidade feroz.” Citei parte da sinopse do Goodreads, por preguiça mesmo e também porque li o livro há vários anos, não me lembro dele com tanta clareza, mas o essencial está aí. Comparando, pois: em Follett não há, como há em Eco, a profundidade de pensamento, lances filosóficos, background histórico profundo, frases memoráveis para marcar nossa memória etc.

Isso diferencia bastante os livros de um e outro autor. Numa brincadeira, posso dizer que O Nome da Rosa é complexo, um livro cabeça, enquanto que Os Pilares da Terra não é um romance apenas cabeça, também é tronco e membros, mas tudo decepado, com muito sangue escorrendo pelas partes. O Nome da Rosa foi parar na lista do jornal francês Le Monde dos cem melhores livros do século XX (ocupa o 14º. posto). Umberto Eco (1932-2016), seu autor, não foi apenas um escritor respeitado, também um ensaísta e professor na Universidade de Bolonha. Em suma: Eco era um intelectual. Ken Follett é um escritor muito bem sucedido, construtor de tramas eficientes, um grande vendedor de livros, criador de best sellers como poucos.

Os episódios narrados em Os Pilares da Terra, se não dizem tanta coisa ao intelecto quanto Crime e Castigo ou O Nome da Rosa, é porque Follett trabalha principalmente com as emoções do leitor. Inegavelmente, por outro lado, nos deixam interessados em muitas coisas -- por exemplo, era um hábito então tomar cerveja no desjejum, como até as crianças faziam? --, nos deixam em suspense também, torcendo para o monge Philip, desejando o castigo ou até a morte dos personagens maus -- o boçal William de Hamleigh, para ficar apenas com um, é cruel ao extremo, nos faz querer sua morte inúmeras vezes, mas habilmente Follet a deixa para o final, claro --, acompanhamos com apreensão a saga familiar de Tom Construtor, por vezes nos comovendo, como quando do nascimento de Jonathan e a morte de Agnes, sua mãe, além de outros episódios interessantes, muitos.

Haveria outras coisas mais para dizer, mas o fato é que minha avaliação da leitura que fiz de Os Pilares da Terra, embora não tenha sido excepcional, ao menos foi muito boa. Estou avaliando minha leitura da narrativa, como o livro me bateu, como atingiu meu intelecto, coisas assim, não a obra em si, apreciada por milhões de leitores desde sua publicação. Isso posto, quero finalizar com algo mais substancioso, mencionando o autor de um dos livros de ficção científica que mais apreciei (e nem gosto tanto assim do gênero): Ray Bradbury (1920-2012), do inesquecível Fahrenheit 451, originalmente lançado em 1953.

Fahrenheit 451 é uma distopia em que bombeiros queimam livros, entre outras coisas; os personagens vivem numa sociedade totalitária, controlada ferreamente pelo Estado, onde os livros são proibidos porque fazem as pessoas desenvolver o senso crítico, questionar o sistema e assim derrubar ditaduras. Essa ideia desenvolvida por Bradbury dialoga com a de outro autor, o poeta russo naturalizado americano, Joseph Brodsky (1940-1996) que (não sei se influenciado ou não pelo livro de Bradbury) registrou anos depois: “Existem crimes piores do que queimar livros. Um deles é não lê-los.” Bem profundo isso, hein?

Desse modo, e voltando ao livro de Follett, seu asqueroso personagem William de Hamleigh, marcado por infinita ignorância e crueldade, queimava cidades, não livros, que eram raros na época em que se passa a narrativa, mas certamente o faria se tivesse a oportunidade. É isso, então. Agora resta ler Mundo Sem Fim e Coluna de Fogo, respectivamente os volumes II e III da Trilogia Kingsbridge - Os Pilares da Terra. Mas não tão já.
Paulo Sousa 09/06/2022minha estante
Tomara que essas palavras sejam para dizer que o livro é, sim, bom, apesar de concordar que não se compara a Crime e castigo, até pq a pegada dinâmica é isso mesmo, como uma película sendo desenrolada?.hehehe?.abraços, meu amigo!


jota 09/06/2022minha estante
Sim, o livro é bom, mas penso que com menos descrições ficaria bastante melhor, mais enxuto; capítulos longos me causam desconforto metal, entenda se puder (rs, rs, rs). Ah, quando escrevi "outros [leitores] pensam em relê-lo algum dia", foi em sua homenagem, conforme você escreveu quando iniciei a leitura em 08 de maio. Falando em filme, vi depois a série de 2010 para tevê (tem no Youtube), que compactou muito bem o livro e gostei.


jota 09/06/2022minha estante
Sim, o livro é bom, mas penso que com menos descrições ficaria bastante melhor, mais enxuto; capítulos longos me causam desconforto mental, entenda se puder (rs, rs, rs). Ah, quando escrevi "outros [leitores] pensam em relê-lo algum dia", foi em sua homenagem, conforme você escreveu quando iniciei a leitura em 08 de maio. Falando em filme, vi depois a série de 2010 para tevê (tem no Youtube), que compactou muito bem o livro e gostei.


Paulo Sousa 11/06/2022minha estante
Pois é, pretendo reler, mas não agora. Talvez qdo já estiver funcionalmente livre de meu labor, qdo os dias irão correr livres, vagos e afoitos?hehehe?prossigamos!


jota 11/06/2022minha estante
Que assim seja!




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Juliana.LaCosta 25/09/2020

Que livrão. Literalmente!
Que livro espetacular! Estou sem palavras e, ao mesmo tempo, cheia delas para elogiar essa maravilhosa obra. Uma trama envolvente, que vai sendo construída e bem amarrada ao longo das páginas e nos prende de maneira a não querermos parar de ler. Passei por inúmeras emoções, das piores às melhores, daquelas que nos fazem parar, passar a mão na cabeça e respirar fundo para continuar (algo similar ao que sentia lendo as crônicas de gelo e fogo). Aquele sentimento de "não é possível uma coisa dessas!!!" Não se assustem com o calhamaço. Vale muito a pena
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Cissa 16/07/2013

Apaixonante


Minha viagem no tempo de retorno à Idade Média, durou exatamente 1103 páginas. Desembarquei na Inglaterra Medieval no início do ano 1100 levada pelo estilo emocionante de Ken Follet escrever.

A história se desenrola numa época de muitas lutas, poucas esperanças e muitas mentiras e idéias sórdidas na esperança de conquistar prestígio, dinheiro e poder.


Ken Follet me apresentou vários personagens cujas histórias vão se entrelaçando de tal forma e com tal coerência e emoção que não consegui ficar indiferente. Me aliei aos lutadores e deserdados, aos humildes e carentes, e aos justos e aos honestos. Lutei e me impressionei com as descrições das batalhas. Chorei com as crueldades e me indignei com as ardilosas maquinações de uma parte da sociedade desumana, cruel e violenta. Vi religiosos em nome da igreja defenderem seus interesses quer pessoais quer em nome do povo ou de Deus. Vi e entendi porque a Idade Média é considerada a Idade Negra da Humanidade. O ser humano pouco evoluiu na ciência, nas artes e na religiosidade.


Impossível não tomar partido do bem e da justiça. Muitas vezes me vi desejando a morte de alguns dos personagens com a mesma crueldade e desinteresse com que se livravam das pessoas como se estas fossem velhos trapos a serem descartados.

Mas, Ken Follet me brindou com uma linda história, um excelente final e principalmente me levou por vários dias ao mundo do conhecimento e da reflexão; me mostrou como a evolução humana foi difícil e continua sendo lenta e como a bárbarie de antigamente agora é sofisticada e moderna. Somos menos cruéis? Não. Só mudaram os métodos.


História muito bem narrada e bem construida. Personagens humanos e intrigas bem armadas e verossímeis. A leitura flui com naturalidade e interesse constante e crescente. Enfim, Pilares da Terra é um dos melhores romances que já li. Difícil foi retornar ao ano de 2011, quando estive por quase dois meses na Inglaterra Medieval.

Como toda boa história é inesquecível e eterna.
sonia 24/09/2013minha estante
Gostei muito deste livro, bem narrado, retratando com crueza as contradições desta época, em que o estupro era a regra, parece - um padre tão casto em meio a homens tão bárbaros. E a construção das igrejas, o objetivo de uma vida, representando mesmo não apenas a identidade mas a própria sobrevivencia de seus construtores. O forte vínculo afetivo entre os personagens, tudo bom.




Renan 18/06/2021

O cotidiano na era medieval
Quando você inicia a leitura de ?Pilares da Terra? o número de páginas pode te desanimar (941 páginas), porém a leitura foi fluida no meu caso. O grande destaque desse livro para mim são os personagens. A descrição da personalidade de cada um é tão boa que com poucas páginas você já consegue se familiarizar e adorar/odiar as atitudes tomadas por cada um deles. A história gira mto entorno dos problemas cotidianos da Idade Media englobando as brigas por poder entre a igreja e os reis/condes. Para quem gosta e entende de arquitetura, o que não é o meu caso, o livro é um prato cheio para imaginar como eram construídas as grandes catedrais católicas.
Beta 26/06/2021minha estante
Amei esse livro ?


Renan 27/06/2021minha estante
Tb gostei mto!




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