Gabriel Aleksander 03/11/2016Lento, quase parando...A Sinopse
Junto com uma escolha surgem as consequências, e é com elas que Lena Duchannes precisa lidar após ter decidido ir contra seu destino de escolher entre a Luz e as Trevas, o que acabou ocasionando a morte de alguém próximo, e pela qual ela carrega a culpa. Entretanto, a escolha foi apenas adiada e agora a Conjuradora se vê mais uma vez aproximando o momento onde terá que fazer a escolha que determinará o destino de toda sua família…
Diante do luto e das escolhas que precisam ser feitas, Ethan e Lena começam a se tornar cada vez mais distantes quando a garota cria um abismo entre os dois e novas pessoas começam a surgir em suas vidas, encaminhando-os para distintos caminhos, o que leva Ethan a iniciar uma aventura em busca do seu grande amor, desencadeando uma série de descobertas sobre os mistérios desse universo mágico e do passado de sua família que está muito mais interligado com o de Lena do que eles imaginam…
Lento, quase parando…
Um livro que se inicia com uma imersão no luto dos personagens, que começam a vivenciar a dor da perda e como isso vai afetar as suas vidas. O que poderia ser uma premissa extremamente interessante torna-se enfadonho quando as autoras se focam em apenas um aspecto do luto desses personagens, e faz com que tudo fique previsível e monótono com passagens repletas de descrições e diálogos desinteressantes e que estão ali só para encher páginas.
O que começa ruim não vai melhorando ao passar das páginas, gerando uma atmosfera estática que acaba contaminando até mesmo os momentos de ação que acabam se tornando desinteressantes para um leitor que se torna anestesiado frente a tanta enrolação.
Mau aproveitamento dos personagens.
Uma das coisas que apenas acentuaram o ritmo estagnado do desenrolar da narrativa foram os posicionamentos mal pensados dos personagens na história, como por exemplo, formar um grupo com humanos que vão em uma aventura cheia de criaturas mágicas e extremamente poderosas, precisando a todo momento de aparecimentos aleatórios de personagens com poderes quando as coisas ficavam difíceis, tirando toda a dinamicidade das cenas e criando um padrão enjoativo que não gerou nenhuma outra reação em mim além do famoso revirar de olhos em cada participação especial que era descrita.
Outro ponto que advém dessa perspectiva foi o distanciamento de Lena e Ethan, que apenas serviu para destacar a personalidade blasé do protagonista, que acabou sendo rodeado de outros personagens tão inexpressivos quanto.
Opinião Final
Apesar de tantos erros, “Beautiful Creatures” é uma saga que se destaca pela incrível escrita de Kami Garcia e Margaret Stohl, que conquistam o leitor com uma forma de contar os fatos de maneira interessante a ponto de induzi-lo a permanecer em uma leitura não tanto prazerosa só pelo magnetismo da narrativa. (Se você achou isso contraditório imagina como ficou minha cabeça lendo esse livro).
Com uma mitologia intrigante, a série iniciada com “Dezesseis Luas” peca em uma continuação focada em aprofundar personagens entediantes e em contar a história de uma ameaça que permanece no escuro por tempo suficiente a ponto de torná-la desinteressante.
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