Resenhas - O Jogador

Vates 14/05/2024

Representação feminina sob o ponto de vista masculino
É incrível como Dostoiévski se tornou um dos primeiros autores que fez uma representação feminina justa, não trabalhando a mulher como um produto para a vida social masculina.
O par romântico nem tem como foco o romance, a forma como ela mesmo em segundo plano tem uma representação de ser humano e não um ser de reduzido ao desejo de um homem. A forma como a tomada de decisões e inteligência e integridade própria é algo da personagem e não reflexo da personalidade do protagonista é linda.
O foco do livro não é isso, mas foi o que mais me prendeu e eu super usaria como repertório de mulheres sendo vistas como seres humanos e não objetos na literatura dos séculos passados.
O romance em si é leve e da de ser uma leitura de um dia, ao contrário de muitos outros romances do autor. A história em si pode ser vista como uma crítica levando em conta a situação do autor quando escreveu: afundado em dividas e precisou escrever o livro. Algo não pela paixão, mas pela necessidade, como o príncipe de Maquiavel.
A trama deixou a desejar, mas esse buraco foi tampado pelo desenvolvimento psicólogico dos fantásticos personagens.

Breno205 12/05/2024

Ta
Achei paia o livro fala sobre o vício do jogo do cara sla umas relações q não deu pra entender direito e sinceramente não achei nada demais nada comovente como outros de dostoievski mas tá bom

skuser02844 11/05/2024

Eu não sou uma pessoa confiável quando o assunto é Dostoiévski. Tenho a sensação de que ele poderia vomitar em uma página e publicar e iria igualmente aplaudir de pé.
Mas sinceramente, escrever um livro em menos de 30 dias, desesperado, com medo de perder os direitos autorais de sua obra, sem grana e ainda manter esse nível eu preciso dizer com perdão da palavra: 🤬 #$%!& .

HeresJohnny07 05/05/2024

7ª Leitura de 2024
Depois que engrena você não consegue mais largar, mesmo achando a narrativa um pouco confusa, por se tratar de um ambiente totalmente novo pra mim, uma nova cultura. Ainda sinto vontade de ler outras obras de Fiodor Dostoievski.

SimAo6 04/05/2024

Vícios eternos
Mantendo uso.a linguagem clara e muito próxima a realidade o autor detalha como o vício em jogos estava presente no início do século 19.
Um destaque para a fala específica sobre russos e seus costumes, tanto quanto seu sentimento de superioridade ainda que realmente estivesse em posição inferior.
Busca assim mostrar o declínio humano sob um vício aparentemente tão inocente como uma tarde fresca de verão.
Queda e soerguimentos ocorrem de forma natural e blasfêmia ao mesmo tempo.
Leitura leve, que te prepara para livros mais densos do autor.

Dudinka 04/05/2024

O jogador
"O jogador" é um livro muito reflexivo e que traz vários aspectos da realidade na sociedade atual. O livro tem como foco o dinheiro, retratando a sensação de frustração, inferioridade, ganho, perda, desespero, etc. Traz consigo, uma reflexão intensa sobre o quanto o homem esta disposto a perder para ter muito dinheiro, e, principalmente, depois de tudo, qual o seu significado.
Logo, durante a narração acompanhamos a história de Aleksei Ivanovitch, que passa a sua vida inteira pensando e desejando o enriquecimento. E, a partir disso, observamos de perto o completo vício por jogos de dinheiro. Por fim, a narrativa não apresenta um fim certo, deixando a possibilidade do leitor imaginar o seu futuro.
Em geral, o livro é muito bem escrito. Sendo, então, perfeito para quem acredita em tal concepção do dinheiro e para quem busca esse tipo de reflexão.

Alex 01/05/2024

Único erro foi amar demais
Que livro bom pelos deuses, é de se apaixonar, fluido de ler e a história é boa demais, toda vez que ele se declara para Paulina eu ficava ????, ainda acho que o único erro do pobre coitado foi amar demais, tanto o jogo quando a Paulina. Mas meu personagem favorito com certeza era a velha, chegou e botou todos no chinelo.

Rute31 30/04/2024

A primeira releitura do ano foi O Jogador, livro que li em algum lugar entre os meus 17-20 anos. Este é um romance curto sobre vícios e amor.

Tem trechos hilariantes (todos esperando que uma tia passe dessa pra melhor pra ficar com a herança e ela chega vivíssima querendo jogar na roleta) mas tbm toca no profundo quer é tudo aquilo que existe em volta do amor.

Lu 29/04/2024

Muitas reviravoltas.
Adorei! Do luxo ao lixo, com muitas reviravoltas, um toque de humor e muito, mas muito dinheiro rolando o tempo todo.

Liziane 27/04/2024

Avassalador, vovó melhor personagem!!
Ao ler percebi que Aleksei era a representação viva do que Schopenhauer nos trás em sua famosa frase "a vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir" tanto com o dinheiro que ganhou e perdeu nos jogos quanto com Paulina... pobre moça.

Vovó foi um ícone desde o primeiro momento de sua aparição, e por mais que haja certa crítica sobre Blanche, sabe-se que ela foi a personagem que mais se deu bem no fim. Cominges, ou melhor, Du Placet é a verdadeira "critiquem os meus métodos mas não os meus resultados"

Andréia 26/04/2024

Livro tem como protagonista Aleksei, um jovem dentre outras características, viciado em jogo. Apaixonado por Paulina, enteada do general, que aguarda ansiosamente a morte da avó para herdar herança para quitar dívidas. Boa leitura. Mostra a situação degradante do vício em jogo: ora, ganha-se muito, ora, perde-se tudo. Entrelaçado ao vício no jogo, tem a situação do amor não correspondido e a questão de ser explorado pelas pessoas.

aaclrsz 21/04/2024

"Que sou agora? Zero. Que posso vir a ser amanhã? Amanhã, posso ressuscitar dentre os mortos e recomeçar a viver! Posso encontrar em mim o homem, enquanto ele ainda não se perdeu!"
Um clássico de Dostoiévski, é um clássico de Dostoiévski. Dentro dessas linhas lidas das notas de um jovem rapaz, notamos a sensibilidade em que o mesmo se encontra. Em meio a tantos jogos, dinheiro, esbanjamento de florins e ouro, percebemos que o amor sempre foi o motivo principal de cada jogo nas bancas.
Alexei Ivanovich, um homem simples com uma paixão excêntrica por Polina, está sempre aos seus pés para beijá-la. Ao decorrer da história, percebemos o quão estúpida é essa paixão. O protagonista dá tudo o que tem para a sua amada, e em troca recebe deboches e risos sem sentido. E, novamente, Alexei está na sua terrível falência. Não somente a falência de bolsos e carteiras, mas a falência de corpo e alma. A falência do juízo e da racionalidade. Da originalidade de saber a qual lugar ele pertence. A falência da mais pura noção de saber quem ele realmente é. E lá se vão grandes jogos e perdas, e mais perdas do que ganhos.
O clássico é rápido, e consideraria ele como uma crônica, já que são as anotações diárias do protagonista. Como eu li a edição traduzida originalmente do russo, acabei me perdendo e não pegando algumas citações.
Mas achei extremamente fácil e rápido para entender a escrita de Dostoiévski, e recomendaria para quem pretende começar a ler as obras do autor.

Marcelo 16/04/2024

O Vício
Confesso que esperava um pouco mais, se aprofundar mais na relação do protagonista e o jogo.
A vovó roubou toda a cena kakaka.
Só acho q coloquei muita expectativa no livro mesmo.

Frizzo 13/04/2024

Bom mas não é pra todo mundo...
A princípio enrolado e confuso, creio eu por ser uma leitura fora do abtual pra mim acabou se tornando um pouco difícil e levemente massivo!
Mas apesar dos pesares é bom, vemos o vício e a paixão sendo retratados com uma urgência louca, cuja qual consome o ser em proporções por igual.

Nany 10/04/2024

O jogador é um livro renomado do escritor russo Fiódor Dostoiévski. O enredo inicial apresenta os personagens e os envolvimentos entre eles, e a complexidade é ambientada na Alemanha, tendo Aleksei Ivánovitch como personagem principal e seu envolvimento com uma rica família russa.

O livro se desenrola em uma cidade alemã e o cenário quase não varia, porém o desenvolvimento se dá em diálogos entre os personagens. O autor descreve com maestria as contradições de cada personagem, os impulsos que dominam seus comportamentos, a submissão da razão diante da paixão. Denuncia também a hipocrisia das convenções sociais, o jogo das aparências e a própria falta de sentido que elas contêm.

A relação com a família russa é que ostenta riqueza quando na verdade vive na mais profunda das dívidas, a do jogador compulsivo que arrisca tudo, e perde, no jogo, as relações de interesse. Tudo isso, no entanto, serve apenas como pretexto para o autor poder imergir no âmago da psique humana e desvendar os vícios em jogo.

Enfim, é um livro curto, de conteúdo denso. A leitura inicialmente é lenta, porém vai se tornando mais agradável durante a leitura. O autor percorre um momento da vida dos personagens que não possui meio ou fim, mas o objetivo é desvendar a psique humana e sua depravação aos poucos.