Sara.Marques300 25/07/2020Como o título já diz, o livro "Os quatros amores" de C.S Lewis vai trazer uma reflexão acerca de quatro tipos de amor. A afeição, a amizade, o Eros e a caridade. Assim como no livro "Cristianismo Puro e Simples" do autor, esse livro em questão também se trata de uma adaptação feita a partir de entrevistas concedidas à rádio BBC.
Seguir tópicos de estudo da obra:
INTRODUÇÃO/CAPÍTULO 1:
Logo na introdução do livro Lewis inicia uma reflexão referente a dois tipos de amor, o "amor-Necessidade" e o "amor-Dádiva". O 'amor-Necessidade" seria aquele tipo de amor onde um necessita do outro. Um exemplo seria uma criança/bebê que necessita da sua mãe, seja pelo leite que a mãe produz ou pela segurança que a mesma gera. Já o "amor-Dádiva" seria o amor de entrega/doação. Aquele tipo de amor que faz um pai de família trabalhar sem parar para que no futuro seus filhos tenham uma melhor condição de vida. Pode ser que esse pai nunca veja esse sonho se realizar, sua vida pode ser ceivada antes mesmo de ver seus filhos desfrutando do seu trabalho, porém por amor ele o faz.
"Não havia dúvida sobre qual era o mais parecido com o Amor que é próprio de Deus. O Amor divino é o amor-Dádiva. O Pai dá tudo que é e tem ao Filho. O Filho dá a si mesmo de volta ao Pai, e dá a si mesmo ao mundo".
CAPÍTULO 2- AFEIÇÃO
A afeição é o tipo de amor mais humilde e mais amplamente difuso, é o amor desenvolvido através da convivência, do relacionamento, da familiaridade, da repetição. Segundo Lewis, é melhor para uma criança conviver por 5 anos com um jardineiro ranzinza e desenvolver o amor afeição por esse senhor, do que um jardineiro novo e simpático.
A afeição tem muito pouco a ver com a meritocracia, não é uma questão de merecer ou não esse amor. Lewis diz que é um tipo de amor muito comum entre familiares, só pelo amor afeição para juntar tantas pessoas diferentes unidas.
"Um momento libertador acontecer quando alguém diz pela primeira vez, e com esse significado, que apesar de ele não ser o "meu tipo", é um homem muito bom "do jeito que ele é"..., mas, de fato, cruzamos uma fronteira. Estamos aprendendo a apreciar a bondade e a inteligência em sim, e não meramente a bondade e a inteligência temperadas e servidas ao nosso próprio gosto."
CAPÍTULO 3- AMIZADE
Segundo Lewis, o "amor-Amizade", seria o amor menos "instintivo" e menos "necessário", já não precisaríamos dele para nossa sobrevivência. Ao mesmo tempo, esse amor é algo que nos eleva quase acima da humanidade, livre de dever, quase livre por inteiro do ciúme, sem necessidade de ser necessário, é eminentemente espiritual.
"Pessoas que tenham amigos verdadeiros serão mais difíceis de manejar ou de serem abordadas; mais difíceis para as boas autoridades corrigirem e as más autoridades corromperem".
CAPÍTULO 4- EROS
Para Lewis, o "amor-Eros" seria aquele estado de se estar emocionalmente "apaixonado", de se "estar amando", e que o Eros não está necessariamente ligado a conotação sexual (vênus). Tido isso, ele levanta uma reflexão sobre a relação sexual (vênus) sem o "Eros" e vice-versa.
"Usamos uma expressão infeliz quando dizemos, sobre o homem cheio de desejo andando pelas ruas, que ele "quer uma mulher". Na verdade, uma mulher é exatamente o que ele não quer. Ele quer um prazer para o qual uma mulher é apenas uma peça necessária do equipamento... Por outro lado, o Eros faz um homem realmente desejar, não uma mulher, mas uma mulher em particular. De uma maneira misteriosa, mais indiscutível, o amante deseja a mulher Amada, ela mesma, não o prazer que ela pode dar".
CAPÍTULO 5- CARIDADE
Diferente dos demais amores, o "amor-Caridade" não é um amor natural, mais sim dado unicamente por Deus. É o tipo de amor que eleva os demais amores e transparece para o próximo nossa relação com Deus.
"Se uma pessoa não é espontânea com seus queridos deste mundo a quem ele vê, é bem mais provável que também não seja com relação a Deus, a quem ele não vê".
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