Psychobooks 15/10/2012
Resenha Dupla:
Mari: Depois de um ano de espera, finalmente A Cura Mortal foi lançado! E lá fui eu, toda cheia de expectativas para saber como terminaria a Trilogia Maze Runner e finalmente obter a resposta de várias perguntas, certo? Em partes...
Alba:A expectativa para a leitura estava nas alturas! Li o primeiro e amei, o segundo livro da série também foi muito bem-amarrado e seguiu uma linha semelhante ao primeiro. Esperava que o terceiro fosse uma bomba, um livro 10 estrelas. Algo que me tirasse do centro... Tirou! Mas não do jeito que eu esperava.
Mari: Dessa vez, Thomas e seus amigos não estão no labirinto, nem no deserto, mas dentro das instalações do CRUEL, prestes a recuperar a memória e finalmente descobrir se o CRUEL é bom, ter a chance de salvar a humanidade do Fulgor e ver como o mundo está atualmente.
A escrita do James Dashner continua fluida, com um ritmo alucinante, que não deixa o leitor desgrudar os olhos do livro enquanto não chega a última página. Mas lá pela metade do livro eu me perguntei: "O que está mesmo acontecendo por aqui?". Muitas coisas ficaram confusas, mas eu ainda tinha esperanças de ter muitas perguntas respondidas, o que infelizmente não aconteceu.
Alba: Senti o tempo todo que James sambava, girava, corria, rodopiava e não chegava a lugar algum. A escrita é sim fluída e ele busca colocar ação em todos os momentos da narrativa, mas nesse livro, os personagens estão perdidos e não há sentido algum em suas ações. Eles parecem baratas tontas, à procura de algo para fazer mas sem nunca encontrar.
A narrativa é em terceira pessoa, mas do tipo engessada, que só acompanha o ponto de vista de um personagem - no caso, do Thomas. Isso nos limita MUITO. Houve também descaracterização do personagem, suas atitudes simplesmente não condizem com o que nos acostumamos a ver nos dois primeiros livros.
Mari: Não posso comentar muito sobre alguns eventos, mas preciso dizer: "Que merda de final foi esse para a Teresa? WTH?!". Já a história de Newt foi digna, cheia de sentimentos verdadeiros, o autor fez um ótimo trabalho nessa finalização. E o que aconteceu com o Thomas? Nos dois livros anteriores ele foi um personagem fantástico, mas dessa vez ele repetiu tanto "Ele era meu amigo mais próximo" que ficou um tanto enfadonho. The Kill Order é uma prequel (enredo abordado antes do primeiro livro da série) com outros personagens, então, não tenho mais esperanças de saber mais sobre o passado dos personagens.
Alba: DECEPÇÃO. Fiquei com a impressão CLARA de que o autor não sabia aonde ia com a história. Ele não sabia o que fazer com o enredo, então nos enrolou por umas 300 páginas para depois arrematar a história de qualquer jeito com um final bem sem-graça. Há durante todo o tempo uma tentativa de criar-se um romance entre dois personagens, mas a química é simplesmente inexistente. Newt realmente brilha, o único personagem que fez o livro valer a pena. (por culpa dele o livro pra mim foi 3 e não 2,5 estrelas)
Mari: É realmente uma pena ter me decepcionado tanto com o final da trilogia, depois de ter dois livros seguidos com 5 estrelas, eu esperava que o fechamento fosse fodástico, infelizmente nem tudo é como desejamos. Ainda assim, recomendo a série pois Correr ou Morrer e A Prova de Fogo são maravilhosos!!!
Alba: Terminei o livro com vontade de entregá-lo para o James Dashner e dizer "Não, tá tudo errado, começa do zero!". É superdecepcionante quando sagas tão boas terminam de uma forma tão boba... A série vale mesmo pelos dois primeiros livros e, já que é pra ficar sem respostas, recomendo que nem leiam o terceiro.
É preciso comentar também a demora para o lançamento da série. Cada livro foi lançado com o espaço de um ano entre um e outro, isso quebra muito o ritmo da leitura, mas estaria tudo lindo se a edição estivesse impecável. Não é o que acontece. A revisão está ruim, as folhas mal-cortadas e é difícil de abrir o livro, pois parece que as páginas estão muito coladas no miolo... Espero que as próximas edições saiam com essas falhas corrigidas.
"- Não - Thomas discordou. - Não podemos mais agir assim. Às vezes eles fazem coisas só para me obrigar a fazer o contrário do que acham que eu acho que acham que eu quero fazer."
Página 133
" A ira do Sol golpeou a Terra. A segurança em muitos prédios do governo estava comprometida. Um vírus fabricado pelo homem, criado para uma guerra biológica, escapou de um centro militar de controle de doenças. O vírus atingiu os principais centros populacionais e se disseminou com rapidez. Tornou-se conhecido como Fulgor. (...)"
Página 118
http://www.psychobooks.com.br/2012/09/resenha-dupla-a-cura-mortal.html