Alê 18/07/2013
Costumo dizer que os livros vêm em minhas mãos.
Conheci o maravilhoso universo dos livros com o meu primeiro livro de verdade: O SENHOR DA CHUVA – de André Vianco (o livro veio em minhas mãos, com o tema que eu sonhava um dia poder encontrar para ler, mas ainda não idealizando o que eu sempre visualizei sobre o que era um verdadeiro anjo, mas recomendo 100%).
Mas o segundo livro que veio em minhas mãos numa tarde qualquer me veio a calhar o realizar de um sonho.
A BATALHA DO APOCALIPSE me cativou, não pelo simples fato de ser perfeito ou porque Eduardo realizou um sonho que possuía desde pequena, de descrever os anjos daquela maneira em especial, guerreiros, adornados de armaduras reluzentes e espadas afiadas, criaturas parecidas com nós (em fisionomia e sentimentos), com suas poderosas asas de penas brancas dobradas as costas.
O que me cativou verdadeiramente foi o meu herói na literatura – amante dos livros, li centenas depois de A BATALHA – e ouso dizer que nenhum herói na literatura universal chegou aos pés de Ablon, com seu tom épico e seus ideais nunca abalados, a sede pela verdadeira justiça, a lealdade imensurável, o medo de esquecer, a determinação inabalável – um símbolo que pode ser tomado como lição de vida... Misturado com uma pitada de humanidade pela fiel e determinada Shamira; com a História de todos nós; mistério; suspense e uma trama épica e impensável...
E foi assim que me apaixonei ainda mais pela obra de Eduardo e foi assim que cheguei à leitura dos ANJOS DA MORTE.
O livro é dividido em duas partes como todos sabem – o Passado, narrando Denyel em suas aventuras, com a famosa carga histórica (marca do autor), e o Presente, narrando Kaira em sua busca pelo amigo “engolido” pelo rio Oceanus.
Primeiramente quero ressaltar o fato de o autor explorar, descrever e inserir personagens das outras castas angélicas foi perfeita – no A BATALHA, os querubins conquistaram corações juntamente com os ishins e serafins; já no Herdeiros de Atlanta, teve a incrível aparição do anjo Levi, um ofanin; e no Anjos da Morte o autor apresentou as três castas que até então só sabíamos que existiam, mas não como agiam, atuavam, defendiam ou pensavam, os hashmalins, os malakins e os elohins – apresentando então nesse último livro, todas as castas.
A carga histórica, o vai e vem do Presente com o Passado, a linguagem equilibrada entre o certinho e o vulga, e finalmente a análise psicológica dos personagens tornaram a leitura mais agradável, divertida e reflexiva – dando àquela famosa sensação gostosa de querer saber o fim do livro, mas não querer terminá-lo.
Algo que senti falta foi a reviravolta inesperada do fim do livro – coisa q no A BATALHA e no Herdeiros de Atlanta, me pegaram de surpresa, o q na minha cabeça esperei por algo incrível assim no Anjos da Morte, fazendo-me ler com atenção redobrada, suspeitando e relendo várias vezes alguns pedaços (talvez isso foi o q me fez admirar ainda mais a obra).
As personagens, apenas uma coisa a declarar: se objetivo do autor era fazer com que tivéssemos uma relação de amor e ódio com as personagens, funcionou! Você nunca sabe se está gostando ou não de certa personagem, principalmente os que mais se parecem com os humanos – várias foram às vezes que me peguei pensando que Denyel era humano, tal o nível de corrupção q acabou chegando, tal era seu pensamento de querer mudar, mas não fazer nada para isso, por fim a sua superação... Aos personagens novos sempre são bem vindos, como a aparição das personagens amigos de Denyel nas batalhas mundanas, os malakins, Sólon, os elohins como a Sophia, o hashmalim Ismael, e o próprio Primeiro Anjo, me fez levar o sentimento de amor e ódio o livro inteiro, assim como eu tenho com os Arcanjos... É simplesmente perfeito esse sentimento, pois você nunca sabe em quem confiar ou quem apostar...
Já é da marca do autor descrever não somente cenas de ação, suspense, adrenalina, raiva, amor, amizade, mas também cenas belas e chocantes, com tal descrição perfeita e detalhada... A cena mais chocante e bela em minha opinião, depois da revelação do arcanjo Gabriel à Ablon no fim do A BATALHA, e o encontro de Kaira com o arcanjo Rafael também no fim do Herdeiro de Atlanta, foi a oração de Zacarias no fim de Anjos da Morte... Muitas outras tiraram lágrimas e mexeram com meu coração de pedra, mas ambas as três foi a q me tocaram, fazendo refletir sobre coisas q em meio ao cotidiano esquecemos ou fechamos os olhos.
Por fim aconselho a todos q gostam da nossa História, de aventura fantástica, da trama bem detalhada, a ler mais esse maravilhoso livro, e façam como eu: repassem o livro a outras pessoas, as induzam a ler, conversem, reflitam sobre a aventura lida, afinal o autor meche com fatos históricos q realmente ocorreram na história da humanidade, fechando a minha resenha com uma frase de Shamira, a feiticeira de Endor: “Quem conhece o Passado prevê o Futuro”.
O q me conforta é saber q não sou a única a esperar ansiosamente pelo último livro, cujo nome é lindo (Paraíso Perdido), esperando q a capa seja de igual beleza e quanto mais páginas melhor!