Filhos do Éden

Filhos do Éden Eduardo Spohr




Resenhas - Anjos da Morte


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Alê 18/07/2013

Costumo dizer que os livros vêm em minhas mãos.
Conheci o maravilhoso universo dos livros com o meu primeiro livro de verdade: O SENHOR DA CHUVA – de André Vianco (o livro veio em minhas mãos, com o tema que eu sonhava um dia poder encontrar para ler, mas ainda não idealizando o que eu sempre visualizei sobre o que era um verdadeiro anjo, mas recomendo 100%).
Mas o segundo livro que veio em minhas mãos numa tarde qualquer me veio a calhar o realizar de um sonho.
A BATALHA DO APOCALIPSE me cativou, não pelo simples fato de ser perfeito ou porque Eduardo realizou um sonho que possuía desde pequena, de descrever os anjos daquela maneira em especial, guerreiros, adornados de armaduras reluzentes e espadas afiadas, criaturas parecidas com nós (em fisionomia e sentimentos), com suas poderosas asas de penas brancas dobradas as costas.
O que me cativou verdadeiramente foi o meu herói na literatura – amante dos livros, li centenas depois de A BATALHA – e ouso dizer que nenhum herói na literatura universal chegou aos pés de Ablon, com seu tom épico e seus ideais nunca abalados, a sede pela verdadeira justiça, a lealdade imensurável, o medo de esquecer, a determinação inabalável – um símbolo que pode ser tomado como lição de vida... Misturado com uma pitada de humanidade pela fiel e determinada Shamira; com a História de todos nós; mistério; suspense e uma trama épica e impensável...
E foi assim que me apaixonei ainda mais pela obra de Eduardo e foi assim que cheguei à leitura dos ANJOS DA MORTE.
O livro é dividido em duas partes como todos sabem – o Passado, narrando Denyel em suas aventuras, com a famosa carga histórica (marca do autor), e o Presente, narrando Kaira em sua busca pelo amigo “engolido” pelo rio Oceanus.
Primeiramente quero ressaltar o fato de o autor explorar, descrever e inserir personagens das outras castas angélicas foi perfeita – no A BATALHA, os querubins conquistaram corações juntamente com os ishins e serafins; já no Herdeiros de Atlanta, teve a incrível aparição do anjo Levi, um ofanin; e no Anjos da Morte o autor apresentou as três castas que até então só sabíamos que existiam, mas não como agiam, atuavam, defendiam ou pensavam, os hashmalins, os malakins e os elohins – apresentando então nesse último livro, todas as castas.
A carga histórica, o vai e vem do Presente com o Passado, a linguagem equilibrada entre o certinho e o vulga, e finalmente a análise psicológica dos personagens tornaram a leitura mais agradável, divertida e reflexiva – dando àquela famosa sensação gostosa de querer saber o fim do livro, mas não querer terminá-lo.
Algo que senti falta foi a reviravolta inesperada do fim do livro – coisa q no A BATALHA e no Herdeiros de Atlanta, me pegaram de surpresa, o q na minha cabeça esperei por algo incrível assim no Anjos da Morte, fazendo-me ler com atenção redobrada, suspeitando e relendo várias vezes alguns pedaços (talvez isso foi o q me fez admirar ainda mais a obra).
As personagens, apenas uma coisa a declarar: se objetivo do autor era fazer com que tivéssemos uma relação de amor e ódio com as personagens, funcionou! Você nunca sabe se está gostando ou não de certa personagem, principalmente os que mais se parecem com os humanos – várias foram às vezes que me peguei pensando que Denyel era humano, tal o nível de corrupção q acabou chegando, tal era seu pensamento de querer mudar, mas não fazer nada para isso, por fim a sua superação... Aos personagens novos sempre são bem vindos, como a aparição das personagens amigos de Denyel nas batalhas mundanas, os malakins, Sólon, os elohins como a Sophia, o hashmalim Ismael, e o próprio Primeiro Anjo, me fez levar o sentimento de amor e ódio o livro inteiro, assim como eu tenho com os Arcanjos... É simplesmente perfeito esse sentimento, pois você nunca sabe em quem confiar ou quem apostar...
Já é da marca do autor descrever não somente cenas de ação, suspense, adrenalina, raiva, amor, amizade, mas também cenas belas e chocantes, com tal descrição perfeita e detalhada... A cena mais chocante e bela em minha opinião, depois da revelação do arcanjo Gabriel à Ablon no fim do A BATALHA, e o encontro de Kaira com o arcanjo Rafael também no fim do Herdeiro de Atlanta, foi a oração de Zacarias no fim de Anjos da Morte... Muitas outras tiraram lágrimas e mexeram com meu coração de pedra, mas ambas as três foi a q me tocaram, fazendo refletir sobre coisas q em meio ao cotidiano esquecemos ou fechamos os olhos.
Por fim aconselho a todos q gostam da nossa História, de aventura fantástica, da trama bem detalhada, a ler mais esse maravilhoso livro, e façam como eu: repassem o livro a outras pessoas, as induzam a ler, conversem, reflitam sobre a aventura lida, afinal o autor meche com fatos históricos q realmente ocorreram na história da humanidade, fechando a minha resenha com uma frase de Shamira, a feiticeira de Endor: “Quem conhece o Passado prevê o Futuro”.
O q me conforta é saber q não sou a única a esperar ansiosamente pelo último livro, cujo nome é lindo (Paraíso Perdido), esperando q a capa seja de igual beleza e quanto mais páginas melhor!
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Junior 18/07/2013

Aprendendo sobre história mais do que na escola
Antes de eu começar essa resenha, quero caprichar bem por que corre o risco de o Grande Spohr esteja lendo isso já que eu vou mandar o link da resenha para ele para poder participar da promoção do site Filosofia Nerd. Quando fiquei sabendo da promoção eu estava no começo da segunda parte do livro. Então corri pra terminar de ler e estou aqui - como disse ele mesmo no facebook: aos 45 do segundo tempo - escrevendo a resenha. Lá vai.
(aluns spoilers do primeiro livro Herdeiros de Atlântida)
Filhos do éden - Anjos da morte é o segundo livro da série Filhos do éden iniciada em Herdeiros de Atlântida.
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Vou começar falando que no aviso no começo do livro te prepara para o que vai acontecer: Sangue, mutilações e muitos tiros.
O Spohr comentou que esse era o livro que ele sempre quis escrever, sobre guerra e tals, Então eu concordo plenamente ele escreve sobre a guerra tão bem que você esquece que está num livro sobre anjos.
Os lugares são muito bem construídos e as situações e conflitos que o personagem principal é colocado faz você pensar na vida real e nas decisões que os verdadeiros soldados tiveram que tomar durante a guerra - como abandonar um amigo no campo ou até mesmo liquidar a vida para acabar com seu sofrimento.
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Vamos á historia. Denyel é um querubim "exilado" que tem a dificil tarefa de participar dos grandes conflitos humanos e passar seu relatório para os seus superiores, os Malakins.
O livro começa no Dia D que foi um grande marco na história da guerra. Um dia fatídico onde os dois lados da guerra tiveram grandes baixas. Logo no primeiro capítulo o leitor é apresentado ao objetivo de Denyel como anjo da morte.
Pulando no tempo a cada capitulo (Spohr sabe fazer isso muito bem) somos levados ao tempo presente, onde Kaira (estrela do primeiro livro) ainda continua sua busca pelo seu companheiro Denyel que desapareceu no redemoinho cósmico do rio Oceanus. Com a ajuda de Urakin um querubim que a acompanha em sua jornada, e Ismael um Hashmalim que serviu como uma luva ao decorrer dos desafios enfrentados durante a aventura. Eles estão á procura da cidade de Egnias, a ultima colonia atlântica que dizem os rumores onde Denyel está.
De volta ao passado, Denyel encontra antigos personagens que morreram no primeiro livro. Como o famoso Levih (meu preferido ^^) que auxilia Denyel na sua difícil jornada. ELe também encontra Urakin e é revelado para o leitor o motivo da rivalidade entre os querubins vivida no primeiro volume. Yaga tem uma participação relevante nesse livro e se tornou um dos meus personagens favoritos.
Apesar do livro ser a jornada do Anti-herói, eu não senti pena de Denyel por que ele só fez o que o destino havia reservado para ele. Como ele mesmo dizia:

"Não é guerra, é um jogo"

Cada capitulo tem uma pequena aula de história sobre os grandes conflitos passados, sinceramente eu aprendi mais sobre historia lendo esse livro do que na escola. Eu recomendo o livro. Se esse livro é o livro que Spohr sempre quis escrever, esse é também o livro que todos DEVEM ler, não só para viajar no mundo fantástico criado por ele, mas sim para entender a mente humana de uma perspectiva diferente, sobre o olhar de um imortal que viveu todas as grandes guerras. É um aviso para analisarmos o que o ser humano é capaz de fazer para conseguir seus ideais.
Não posso esconder minha animação ao ler as batalhas que me deixaram sem fôlego durante 99% do decorrer da história. Eu estava mais animado em ler para ver a aventura de Kaira, mas acabei me aproximando mais de Denyel - eu acho que era essa a intenção do autor.
Todos os capítulos são espetaculares, mas o que me chamou mais a atenção e o que mais me impressionou foi o capítulo 31 - Gregorion. Esse capítulo me deixou com o mesma sensação de sofrimento que Denyel sentiu, foi impressionante sentir a mesma coisa que o personagem de um livro. O autor me surpreendeu nessa parte, ele me fez sentir parte da história.
Além de ter uma trilha sonora espetacular, nunca mais vou escutar a musica "only you" de novo sem lembrar de Denyel.
Para não revelar mais Spoilers eu vou para por aqui, mas sempre vou recomendar esse livro e contar para todos o que ele me proporcionou.
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Obrigado Spohr, pelas aulas de Historia, pelos personagens marcantes, pelos sentimentos representados ao longo da história e acima de tudo:

OBRIGADO POR FILHOS DO ÉDEN - ANJOS DA MORTE

site: http://filosofianerd.blogspot.com.br/2013/06/promocao-filhos-do-eden-anjos-da-morte.html
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Kezia 02/08/2013

Tirem as crianças da sala
Confesso que quando saiu a sinopse e o estudo de capas, fiquei um pouco apreensiva, pois achei que iria fugir um pouco do spohrverso, fugir das guerras angelicas e focar nas guerras humanas. Todo esse medo foi embora quando li os primeiros capítulos de Anjos da Morte.
Este livro me fez repensar todos os conceitos que eu tinha criado para Denyel. Apesar de ter desenvolvido certa feição pelo personagem durante a leitura de Herdeiros de Atlântida, ele ainda não era o protagonista dos meus sonhos.

Mas além de deturpar todos os meus julgamentos com o nosso anti-herói, ‘Anjos da Morte’ me ensinou muita coisa. Sem sombra de dúvida foi o livro que mais acrescentou valores a minha vida.
Terminei de ler o livro sabendo os reais significados de amizade, lealdade, amor e outras infinidades de sentimentos que foram mostrados durante a leitura.

Foi impossível não levar Anjos da Morte para o lado pessoal. Denyel sambou na minha cara durante o livro todo, se mostrando mais humano do que muita gente por aí.

O conhecimento/paixão do autor sobre as guerras do século XX é extremamente perceptível e este foi outro grande presente para mim. A descrição dos locais nos transporta no tempo e nos leva para o cenário vivido por Denyel. Eduardo Spohr além de descrever muito bem os cenários, nos da uma aula de história para entendermos melhor o que acontecia naquele período caótico da nossa história, na página 443, ‘Ficção versus realidade’.

Em um capítulo você está em alguma guerra, cheio de tensão, preocupado com o personagem principal, sofrendo e se descobrindo junto com ele e no outro você está nos ‘dias atuais’ em busca de uma rota secreta com nossa arconte, Ismael e Urakin. Essa forma de escrita me lembrou de ‘A Batalha do Apocalipse’, o que me fez me apaixonar mais ainda pela obra.

Os personagens são magníficos.
Kaira não é mais uma menina assustada, é uma mulher determinada que sabe dar ordens e sabe também como desobedece-las.
Denyel, aos meus olhos, não é mais só um alado que se mantêm bêbado, dirige rápido e vive brigando. Ele é um herói. Herói meio torto, mas é.
Urakin não é um querubim, mas sim um anjo da guarda, só que ele também não sabe disso.
Alguns não mudaram muito, como Yaga e Andril. Só consegui os odiá-los mais.
Os personagens que conhecemos neste volume de Filhos do Éden também são riquíssimos, como Craig, Zac (te odeio, Eduardo), Abul, Ismael, Solon e Sophia.

A trilha sonora é um espetáculo à parte, outro elemento que Spohr usou para nos transportar no tempo e nos fazer viver essa experiência de leitura maravilhosa.

Mas como falei lá no início, pra mim, essa experiência foi extremamente emocional. Como não parar pra pensar nas vidas que foram dizimadas durante a primeira e segunda guerra?
Como não descobrir com Denyel o verdadeiro significado da ‘vida’?
Como não se identificar com seus vícios e costumes?
Vi, pelos olhos de um anjo, como nós humanos somos gananciosos e até onde somos capazes de ir para conseguir ou provar algo.
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Thiago 03/08/2013

Anjos da Morte | Crítica
Anjos da Morte é a primeira fantasia genuinamente adulta escrita por Eduardo Spohr. Em seu terceiro livro, o autor carioca deixa de lado a aventura juvenil de Herdeiros de Atlântida e a grandiloquência de A Batalha do Apocalipse para focar nas reações humanas frente à guerra. Pelo olhar de anjos e demônios, o livro mostra nossos defeitos corriqueiros e virtudes imperceptíveis sem soar moralista ou deixar de responder importantes questões da saga Filhos do Éden.

Como boa parte das segundas etapas de trilogias consagradas, Anjos da Morte retrata um momento mais sombrio e íntimo da história. Neste caso, o personagem que dá o tom ao livro é Denyel, um anjo renegado a serviços terrenos de pouca relevância, que ganhou importância no final de Herdeiros de Atlântida. Spohr apresenta o passado do personagem sob o contexto de confrontos históricos como a Segunda Guerra Mundial, Vietnã e União Soviética.

Leia a entrevista que fizemos com Eduardo Spohr

Por meio das batalhas, é possível acompanhar soldados humanos e celestiais frente à situações que, em conceito, se assemelham a dilemas cotidianos. Preservar seus princípios, seguir ordens à risca, confiar no seu talento e diversas outras metáforas são usadas por Spohr com alta frequência, sempre tendo como pano de fundo alguma ocasião de risco. Ocasiões estas usadas com certo exagero - aqui e ali sequências de perigo se repetem e dão impressão de serem simples muletas narrativas, sem intuito concreto de acrescentar algo à história.

No entanto, mesmo desgastando esta fórmula, Spohr consegue manter Anjos da Morte interessante até o fim, principalmente pela profundidade e carismas dos personagens que escolhe para delinearem a história. Denyel é o bad boy sujo e de soberba inconfundível que faz a afeição se tornar fácil. Suas viagens pelas épocas de guerra e amor (década de 50) e as situações celestiais e terrenas que o personagem passa ao longo da narrativa é o ponto forte da obra.

Denyel erra com consciência e, por vezes, com um propósito indefinido. Há honra e compromisso em suas atitudes, mas não há nada claro. Nada é preto no branco. Denyel é um anjo que gosta de seus poderes, por mais que os questione; é um anjo que não tem tanto afeto pelos humanos, por mais que os defenda em seu âmago. Esse descaso do personagem com a trajetória de anjos e terráqueos é o que o torna o melhor personagem já feito por Spohr até aqui.

Leia a entrevista que fizemos com Eduardo Spohr

Na outra linha narrativa de Anjos da Morte estão Kaira, Urakin e Ismael, todos no tempo presente e continuando a trama incompleta de Herdeiros de Atlântida. Apesar de ter uma clara importância para a história e alguns momentos de inspiração, não há como competir com os capítulos de Denyel. São personagens celestiais por demais – ainda mais agora que Kaira é uma arconte. E mesmo com a missão de resgatar Denyel, é inevitável a vontade de voltar aos causos do anjo renegado.

Além do carisma do personagem, a ânsia por um capítulo sobre Denyel se deve também ao ótimo trabalho histórico realizado por Spohr. Não há um ano, uma cidade, uma guerra ou uma vila que venha a mente sem detalhes minuciosos; do clima à arquitetura, das pessoas aos animais transeuntes. O uso de mapas no livro também é outro ponto positivo e facilita a localização global da leitura; e ainda ajuda no momento de visualizar as estratégias usadas pelos exércitos envolvidos em certos confrontos.

As guerras escolhidas e a profundidade dada ao protagonista fazem Anjos da Morte ser a melhor obra de Eduardo Spohr. O contexto no qual insere Denyel não só dá ao livro um poder de descrição jornalística, mas também uma emoção literária louvável - algo imprescindível para qualquer fantasia que se preze.

site: http://omelete.uol.com.br/anjos-da-morte/quadrinhos/anjos-da-morte-critica/
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Rosana 16/08/2013

Otimo
Sempre gostei de historias de anjos mais realmente ler mesmo livros tinha sido poucos até agora, e simplesmente gostei do modo como o autor conta a historia do anjo da morte, fico meio triste quando o livro chega ao fim e voce sabe que vai ter continuação mais ainda não foi publicada, para quando será que virá o terceiro livro... vamos aguardar.
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Bárbara 26/08/2013

"O outro lado da moeda"
Herdeiros de Atlântida poderia ser, tranquilamente, o "outro lado da moeda" de Anjos da Morte. O primeiro livro se mostra pouco denso, indagador, típico de 1º volume de qualquer trilogia, nos introduzindo e nos preparando para o que estava por vir. O segundo, um livro mais maduro, astuto e sangrento, que responde, mesmo que implicitamente, a muitas perguntas do primeiro.
Ficção dentro da realidade. Muitos dos acontecimentos mais importantes do mundo descritos de maneira fantasiosa, e mesmo assim não faltando com a verdade. O autor descreve os detalhes das guerras de maneira simples e exclusiva, usando os combates como base para toda a sua história.
Eu não estava muito confiante com o fato dos capítulos serem separados em “A busca por Danyel” e “A vida passada de Danyel”, e confesso que me surpreendi. Todos os atos estão entrelaçados, então os mais simples acasos influenciam na vitória e na derrota. Todas os feitos acontecem por um motivo e, tardando ou não, ele fica claro para nós. A sintonia dos capítulos é tanta, que faz o livro ser completo, onde nada se descarta, fazendo de todos os detalhes cruciais para um perfeito entendimento.
Nesse livro também percebemos a diferença entre e dentro das castas angélicas. Ele nos mostra todas as faces que um anjo pode ter. Percebemos que várias ações teriam ocorrido de forma diferente se fosse outro anjo a agir. Assim como os seres humanos possuem livre-arbítrio, os anjos possuem a força de sua casta, mas isso também não o impede de fazer suas próprias escolhas, só tem grande influência sobre elas.
Não posso deixar de citar sobre Ismael, o novo personagem. Um dos poucos hashmalins que abraçaram a causa rebelde, diferente de Yaga (que também é uma hashmalins). Tudo o que Ismael possui de sensatez, Yaga possui de maldade. Apesar de não ser o centro do livro, sua personalidade foi bem desenvolvida. Não é por ser um anjo torturador que ele deve ser atroz. Ismael é o exemplo de hashmalim equilibrado, prudente, atinado. Ele usa todo o seu bom senso para castigar cada um de acordo com o que fez. Ele é um anjo da justiça, isso me fez nutrir grande admiração por ele.
Desde o primeiro livro, eu entendo o Danyel como o personagem principal. Quer dizer, o foco era Kaira, mas Danyel roubou a cena desde a primeira vez que apareceu. E isso também não aconteceu por acaso, ele estava relacionado desde 1944 - sua primeira aparição em Anjos da Morte - a tudo que iria acontecer. Então tudo o que ele viesse a fazer a partir daí, teria bastante peso mais para frente.
O que fazemos torna quem somos. Denyel, um querubim, um anjo da morte, destinado a matar para cumprir ordens. Apenas um soldado entre tantos, mas, assim como todos, ele também tem a sua vida, seus sentimentos, seu poder de avaliação sobre o que é certo e o que é errado. A dor da guerra, o poder da culpa, o arrependimento. Esses fatores levaram Danyel a ser o que ele se tornou , a viver como ele vivia, a agir como ele agia. As suas experiências tiveram grande importância na criação de uma índole mais justa, mais humana. O "mocinho" nem sempre agia como tal, apesar de pensar que sim. Apenas mais uma peça no tabuleiro, na grande guerra, uma peça essencial.
A ligação ente os dois livros é tanta que me questionei sobre qual teria sido escrito primeiro. Obviamente foi o primeiro, mas será que Eduardo Spohr já tinha tudo planejado ? Ou as ideias vieram após o término de Herdeiros de Atlântida ?
Só posso tirar uma conclusão do autor após essa leitura: Eduardo Spohr não se mostrou apenas como um belo ficcionista, mas também como um grande historiador.
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Carlos 27/09/2013

Em Anjos da Morte, Eduardo Spohr se supera e evolui!
Após algum tempo, finalmente acabei de ler "Anjos da Morte", o 2º livro da trilogia Filhos do Éden, do autor brasileiro Eduardo Spohr.
Sem dúvida nenhum, o melhor livro escrito até o momento pelo Eduardo Spohr! Uma narrativa envolvente, uma riqueza de informações, descrições de batalhas e cenas. Uma trama envolvente, que te deixa sem ar em alguns momentos, te deixa tenso em outros e principalmente te faz imergir na história e criar empatia com os principais personagens de forma espontânea, mesmo se o que o personagem faz seja aético!

O livro segue em duas linhas do tempo, que ficam se alternando entre capítulos. Em uma acompanhamos o passado de Denyel, personagem que aparece no primeiro livro da série, Herdeiros de Atlântida, mas que não nos é informado sua origem e nem porque Urakim não gosta dele.
Denyel é um Anjo da Morte, um anjo designado pelo malakim Sólon, o Primeiro dos Setes, a participar como um soldado raso, dos conflitos humanos, como a 2ª Guerra Mundial, Guerra do Vietnam, Guerra do Afeganistão, entre outras, para passar relatórios ao Sólon. Além de participar das guerras, Sólon utiliza os poderes de querubim de Denyel para executar outros serviços, o que faz com que Denyel mergulhe cada vez mais em um mar de perda, raiva, decepção e desonra, fazendo que ele se torne algo totalmente diferente do que é comum para os de sua casta.

Na outra linha do tempo, acompanhamos Kaira, Urakim e Ismael no presente, exatamente de onde parou o primeiro livro, em busca da cidade perdida de Egnias, para tentar resgatar Denyel, que havia caído no rio Oceanus. No percurso, Kaira redescobre seus poderes e coloca a prova sua liderança ao realizar determinadas escolhas, sempre acompanhada de seu "guarda-costas" Urakim e Ismael, o Executor.

Neste livro vemos nitidamente a evolução da escrita do autor, principalmente no quesito diálogos, considerado pelo próprio autor um ponto fraco em seus livros anteriores. E olhe que seus livros anteriores foram best-sellers, principalmente A batalha do Apocalipse!

Tive o prazer de conhecer o autor na Bienal do Livro 2013. Participei do bate-papo com ele no estande do submarino, que foi excelente. Pude pegar dedicatórias dele em meus livros e tirar fotos. Como um bônus, ainda descobri que ele, assim como eu, é superfã de Asterix.

site: www.literaturanerd.blogspot.com.br
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Ronan.Azarias 30/11/2013

O livro conta duas histórias em paralelo a de Denyel, o anjo turrão e relaxado, e Kaira a anjo que se apaixonou pelo carinha ali.

Neste livro podemos finalmente saber sobre a história de Denyel e entender como ele se tornou o que é. Tornando-se mais humano a cada dia que passa e realizando trabalhos execráveis para sua casta. Os dilemas internos são muito interessantes de se ver e cada página criei uma empatia com esse cara e acabei torcendo para que ele continue vivo para ver o que vai acontecer. Quase um Duro de Matar.

Quanto a Kaira parte de sua história também é revelada em uma ou outra parte o que mostra que ela ainda é uma personagem a ser explorada e que vai revelar grandes surpresas.

Outra coisa a chamar a atenção é o plano de fundo da história de Denyel. Como anjo da morte ele participou de todas as grandes guerras do século ( o que ajudou a ser como ele é). Neste ponto o livro se torna uma forma interessante de entender alguns aspectos sócio políticos da época. Lembra daquela aula chata de história sobre o século XX? Então prepare-se pra ficar arrependido de não ter prestado atenção. Claro que isso não tira a diversão da leitura, ela é até um bônus, pois no meu caso me levou a dar uma olhada mais afundo nas guerras e descobri um terreno muito fértil e divertido de se ler.

Sphor melhorou muito desde a Batalha do Apocalipse e ainda tem-se uma degustação do seu terceiro livro no final do segundo, que com certeza estará na minha estante no dia do lançamento.
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Ricardo 19/02/2014

O anjo ficou mais sombrio e violento... Mas segue fiel à trama.
Na coleção "Filhos do Éden", Eduardo Spohr lança seu segundo volume da trilogia, "Anjos da Morte". Sua sagacidade em criar um roteiro com anjos, a luta celestial, a degradação da Terra, as batalhas épicas, segue a ótima trajetória de suas publicações anteriores. Neste livro, sua escrita torna-se mais sombria, violenta e irônica, numa mistura de fatos reais de todas as guerras e ambições humanas com sua trama entre os Anjos, Arcanjos, Arcontes, etc, na dose certa para tornar a estória naquele gostinho de "o que vai acontecer depois?". Eu já estou esperando pelo último livro!
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Emerson 05/04/2014

Um bom livro para se ler.
Inicialmente queria ressaltar a qualidade da capa do livro, muito bonita e que chama muita atenção. Queria dizer que fui ler o livro com baixas expectativas, depois do primeiro livro da saga não ter me empolgado tanto. E após concluir a leitura do livro, fico feliz em dizer que o livro foi muito bom. Para mim o autor evoluir muito nesse livro, as descrições das batalhas continuaram muito boas, porém os diálogos dos personagens e a trama evoluíram bastante, com a história perdendo alguns dos clichês enfadonhos do primeiro livro.

Gostei muito da dinâmica da história intercalando momentos do passado de Denyel, com os momentos do presente com Kaira. A saga do Denyel ao longo dos principiais fatos que ocorreram no século XX foi fantástica, e a cada passagem por momentos distintos da história criava-se uma vontade de aprofundar mais sobre os assuntos abordados, assim como verificar se aquele fato ocorreu mesmo ou descobrir mais detalhes. Para minha alegria no apêndice o autor citar algumas de suas fontes que lhe inspiraram para a história ou que realmente existiram.

Acompanhar o desenvolvimento do personagem Denyel foi o mais interessantes da saga, o método para solucionar problemas, utilizando não apenas força bruta, mas também estratégias, blefes, armadilhas foram outros pontos legais. O desenrola de sua trama foi surpreendente. Um recurso bastante utilizado e que eu gosto muito foi o de deixar ganchos nos finais de capítulos intercalados entre os personagens, que faz você devorar um capitulo atrás do outro para saber o desfecho da cena.

Um ponto negativo a meu ver foi o uso continuo da resolução dos problemas do Grupo do Kaira com ela usando um superpoder que aparece de repente e sem grandes explicações e derrota todos os obstáculos. Situação essa que ocorre desde o livro anterior. Outro fato é que o livro levanta tantos assuntos interessantes, mas seria melhor trabalhar mais eles. Algumas coisas são apenas citadas não aprofundando tanto. Uma coisa que irrita um pouco é a explicação repetitiva de várias situações que ocorrem no livro, mas entendo que é para o leitor fixar mais os conceitos e não se perder ou ter que voltar a história para entender melhor determinado fenômeno.

Portanto o livro foi muito bom, e superou em muito minhas expectativas inicias. Ele deixou muitos ganchos interessantes para ser explorados no terceiro livro, como a fascinante mitologia nórdica. Fico na expectativa do terceiro livro e conclusão da saga.
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Letícia 11/10/2021

É incrível ver o quanto a escrita do Eduardo Spohr vai melhorando. Em A Batalha do Apocalipse teve vários pontos que achei que poderia ser melhor, mas era inegável que o universo criado era maravilhoso.
Em Herdeiros de Atlântida tem uma mudança muito grande, a história é contada de forma muito próxima a de aventuras infanto juvenis, até com o clichê romântico do casal (que não namora) indo dormir em um quarto de hotel com uma só cama. E um detalhe que só percebi agora, é que ainda não sei quem são os herdeiros de Atlântida.
Anjos da Morte a história volta a ser mais adulta retratando os acontecimentos das grandes guerras, dando um grande desenvolvimento aos personagens enquanto alterna aos tempos atuais, com Kaira completando sua missão.
Definitivamente o melhor livro da série até agora.
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kah 06/05/2014

Esse é o livro pelo qual eu posso dizer: "valeu a pena esperar"!
O livro foi inicialmente um choque pra mim,foi uma grande surpresa, mas uma boa surpresa. Pois ele mostra o amadurecimento da escrita,dos personagens e da história em si. Ver os dois protagonistas da trama separados nos deu a oportunidade de conhecer realmente que são Kaira e Danyel.
Percorremos o passado de Danyel e, além dele ser fascinante e em minha opnião a melhor parte do livro, é também eslarecedor quanto a personalidade de Danyel e suas ações.O que nos torna ainda mais fãs do anjo mais humano ja visto! Do outro lado vemos Kaira tendo de volta o domínio de seus poderes e nos mostrando sua lealdade e sua nobreza de atitude.
É impossível não estar ansioso pelo próximo livro e também sem saber o que esperar...por isso, eu espero apenas que venham mais boas surpresas!
Joviana 06/05/2014minha estante
Genial Kah!!!




Joseph 20/06/2014

Anjos da Morte
FILHOS DO ÉDEN: ANJOS DA MORTE
Um épico nunca antes apresentado de forma tão cativante e moderno; é chegado o tempo dos Anjos!

Em seu terceiro romance: Filhos do Edén - Anjos da Morte, Eduardo Spohr nos remete ao arrebatador mundo celestial.

Podemos voltar ao passado e revivenciar as guerras que afligiram nosso mundo sob uma perspectiva diferente - sob o aguçado olhar (e demais sentidos) da milícia celeste!

Através do complexo personagem Denyel, um querubim exilado na Terra, temos a oportunidade de conhecer o seu passado sombrio quando designado como Anjo da Morte, pela casta dos estudiosos Malakins, para acompanhar, sem interferir, e registrar os avanços dos terrenos, participando de suas guerras, quais objetivos principais se fundem a interesses muito mais escusos, conflitando ainda mais a verdadeira guerra - a de antes dos primórdios da raça humana!

Alternadamente, podemos acompanhar a empreitada de Kaira, a Deusa que Arde, Centelha Divina, juntamente com Urakin - Punho de Deus, e Ismael, O Executor, à busca de Egnias, mais uma colônia atlante, onde supostamente se encontra Denyel no afluente do rio Oceanus, no tempo presente.

A cada página virada, a cada capítulo desbravado, nossos amados personagens sucumbem e se superam na teia do místico, do celestial, podemos dizer até profano, jogo impiedoso dos Arcanjos, guiando-os à inevitável Batalha do Apocalipse!

Uma face completamente nova, assim como prometido.
Com sua ficção tão sincronizadamente perfeita, ricamente detalhada, a ponto de exprimir quase uma teoria real sobre os mistérios da origem do universo e tudo que o cerca.

A ação, sempre presente nos demais livros da trama, se eleva ambientada no cenário bélico, intensificada à adrenalina nas trincheiras, nos campos de batalha, na invasão do terreno inimigo - sob as florestas, vilarejos e diversos cantos de todo o globo, embebecida nos mistérios envolventes, potencializada aos corpos estirados e estraçalhados dos amigos e rivais.

Passada a guerra, nos surpreendemos ao ver nosso herói aos poucos se tornar um assassino frio e calculista, sempre conflitado à verdadeira razão de seus atos, se devido a sua casta guerreira, sua sede de vingança ou desejo de liberdade desse plano ardiloso de seus superiores.

Para amenizar a culpa, a injustiça cometida - seu mantra: "isto é apenas um jogo!”

De guerreiro a pedinte, de assassino a herói.

A leitura de Anjos da Morte nos propicia o que qualquer ávido leitor anseia: mergulhar no enredo e sentir-se parte dos personagens - compartilhar suas perdas e vitórias - para então vivermos infinitas vidas.
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