Resenhas - Ratos e Homens

Edilene Freitas 10/05/2023

O sonho americano é possível para todos?
Em ratos em homem acomphamos a trajetória de George (pequeno, porém muito esperto) e Lennie (grande e forte, porém com inteligência bem limitada e muito inocente). A dupla está viajando em busca de trabalho a fim de juntar dinheiro e finalmente comprar um pedacinho de terra em que possam viver uma vida sossegada. O companheirismo dos dois destoa dos demais trabalhadores da fazenda na qual se instalam, pois o comum é que os homens sejam solitários e sem nenhuma esperança de um futuro. Steinbeck discorre sobre solidão, injustiça social e sobre até onde é permitido ao homem ir na busca por seus objetivos.

Amal0 07/05/2023

Triste
Um livro sobre a amizade de dois trabalhadores que sonham com um futuro melhor.

O final é super pesado.

A única coisa que tenho a reclamar é sobre o Érico Veríssimo, que da um spoiler completo da história na introdução.
Fiquei bem brava com isso, na verdade.

Luciano 01/05/2023

Não sei se entendi bem o que o autor quis dizer, mas foi uma leitura proveitosa. O final não foi exatamente surpreendente, mas a construção até lá revelou algumas intenções por parte do autor, que parece ter querido ressaltar que nem sempre os homens sonhadores conquistam sua glória, porque a vida é difícil e injusta na mesma medida em que somos falhos, cometendo os erros que nos afastam de nossos intentos mais profundos e honestos. No fim, tudo que podemos esperar é que um amanhã melhor surja.

Aylane Nunes 29/04/2023

Muito bom!!
Um livro curtinho e que fala de amizade, sonhos e solidão. É uma história triste mas que vale a pena ser lida por qualquer pessoa.

Regina 20/04/2023

Mais um clássico na minha bagagem intelectual...
Um clássico que discute o valor da amizade num momento difícil para o povo americano, a crise de 29. George e Lennie vão trabalhar em uma fazenda, onde vários outros trabalhadores estão apenas para garantir o mínimo para sobreviverem, em sua maioria sem família e sem perspectiva. Mas para os dois amigos a situação é diferente, pois alimentam o sonho de terem uma "terrinha", onde poderão plantar, criar vários animais e desfrutar de uma vida sossegada, sem precisar estar debaixo das ordens de patrões. George é esperto, inteligente e consegue "ler" as pessoas e suas intenções. Lennie tem um atraso mental, e apesar de ser muito alto e forte é ingênuo como uma criança, não sabe lidar com a própria força e não vê maldade em ninguém. George, devido à uma promessa, cultiva a amizade e protege o companheiro de várias formas, para que ele não sofra ou seja alvo da maldade daqueles que percebem o quanto ele é inocente. Lennie confia totalmente em George, acata suas orientações e se sente protegido por ele. Mas apesar disso, George não consegue livrar o amigo de todas as situações que podem deixá-lo em perigo. Durante o tempo em que estão nesta fazenda algo muito ruim acontece a Lennie e o amigo não tem como resolver a situação. O final é chocante, mas plenamente compreensível dado o desenrolar da história. Rápido e fácil de ler, é mais uma obra que nos enriquece como indivíduos.

Tatadacinderela 11/04/2023

Cru, visceral
Como pode tanto conteúdo em tão poucas páginas? A última vez que saí deprimida de um livro nesse estilo, foi em "O peso do pássaro morto".

A história se passa durante a grande depressão americana, que trouxe desemprego em massa, tanto no setor industrial, quanto agrícola.
Nossos protagonistas são Lennie e Georgie. Lennie um grandalhão com déficit intelectual, me lembrou muito o Charlie de "Flores para Algernon", de grande sensibilidade, mas sem entendimento de mundo. E o melhor amigo Georgie, a voz da razão e que o vem guiando durante a estrada da vida.

Ambos estão a caminho de um novo serviço, em uma fazenda. Onde o trabalho árduo é pago com um salário de fome. A leitura te submerge em um estado de melancolia, pois o sonho deles é como os nossos, uma vida melhor.

"[...] Se eu fosse isperto, nem que fosse só um pouco mais isperto, ia tê minha terra, e ia cuidá da minha própria plantação, em veiz de trabaiá tanto e não ficá com nada que sai da terra."

O livro se passa em um intervalo pequeno de tempo, onde eles vislumbram o grande sonho ao mesmo tempo que se deparam com a bruta realidade de ser peão, da desigualdade e da exploração.

As vezes a única coisa que te acalenta, são os sonhos.

Welber 11/04/2023

Fim
Livro é bem pesado e um final intenso, confesso que esse final mexeu comigo, já imaginava que o desfecho fosse triste mais ou mesmo assim.

Carla.Floores 09/04/2023

Vestígios do dia
Uma estória curta, narrando apenas um dia, onde nada de excepcional acontece. Mas com a mestria de Steinbeck em trazer à tona os sentimentos e trejeitos, parece que conheço os personagens há anos. Pra mim essa leitura trouxe um pouco de nostalgia ao me lembrar de Sloth de 'Os Goonies' e também de Grope, irmão do Hagrid (Harry Potter - e a Ordem da Fênix).
Sonhar não custa nada; e alguns pesadelos podem ser reais.

Geh 07/04/2023

BOM
Vamos lá este querido foi pedido cm paradidático na escola, eu odeio ser forçada a ler por isso tive uma pequena dificuldade mas em outras circunstâncias o livro seria uma leitura significante
Muitas críticas sociais e o contexto é muito interessante a história é curta mas cheia de significado

Vanderson.Gomes 04/04/2023

Uma história cruel
Leitura bem interessante que nos surpreende com uma história que se desenrola sonhadora onde acreditamos que será feliz, mas nós surpreende com um final inimaginável. Cruel!

Léo Araújo 04/04/2023

O lugar perfeito está apenas nos sonhos
Explicitamente, o livro faz uma dura crítica ao sonho americano. Implicitamente, três assuntos são abordados de forma audaz: senso de pertencimento (o sonho), diferenças e isolamento.

E esses assuntos estão muito bem desenvolvidos em seus personagens. Uau, não consigo expressar em palavras o tamanho do impacto que sofri em seus diálogos!

Quando se é diferente de outras pessoas, sempre pulsará a necessidade de um lugar para se encaixar no mundo, o sonho de pertencer a algum lugar. No entanto, pessoas serão isoladas, se isolarão e os sonhos que eram tão esperançosos, se desfazem como a poeira ao vento.

Uns terão a expectativa alta desse pertencimento (sonho), outros, serão apenas massa de manobra; alguns, terão uma faísca, uma fagulha de esperança, porém se apaga com o menor obstáculo ou confronto a frente. Daí, se isolam.

Qualquer pessoa ficaria maluco não tendo ninguém por perto, independente de quem é a pessoa, seja um louco, um psicopata, um demagogo, um velho, um inválido, desde que ele esteja com você (até mesmo um cachorro velho e cego).

O homem foi feito para ter relacionamentos e quando ele fica só, ele adoece.

Esse livro remonta a pintura A jangada do Medusa, de Géricault, onde cada personagem representa a intensidade do fio da esperança de ser salvo da solidão e do isolamento.

Laura 29/03/2023

É sobre isso
Perdão quem ler essa resenha, li algumas que fazem mais sentido com o livro, mas o que eu tenho a dizer é this isn?t my kind of book? mas valeu a leitura, pra fins de conhecimento da obra.

Nicoli 24/03/2023

Ratos e Homens
Iniciei minha leitura por conta da temática da Grande Depressão contida na sinopse, porém, essa leitura me surpreendeu em muitos sentidos. A mistura da linguagem coloquial e formal da fala das personagens e a narração exibida é uma coisa que nunca experienciei lendo. Ele nos apresenta dois trabalhadores pobres que buscam emprego: George Milton e Lennie Small, que viajam por perto de Soledad e vão trabalhar em uma fazenda nas redondezas. O mais triste desse livro é a representação dos sonhos dos trabalhadores de Soledad, que apesar de válidos são inalcançáveis para a época e condição financeira deles. O único objetivo de ambos protagonistas é comprar um pedaço de terra para se sustentarem e morarem nela, porém, ao decorrer da história isso se torna cada vez mais irreal. O assassinato de tanto a mulher de Curley quanto Lennie foram extremamente chocantes para mim, porém, as palavras de George antes de atirar na nuca de seu companheiro foram inesquecíveis. É uma forma de representar a desigualdade social e pobreza de uma maneira crua e nua.

LAvia 19/03/2023

John Steinbeck sabe em poucas linhas descrever as situações exploradoras dos que trabalhavam em fazendas nos EUA, os explorados que viviam sempre a sombra de medo, incerteza e precariedade, o dono das fazendas que os explorava psicologicamente e fisicamente e como os operários acabavam sendo bruscos um com os outros pois era assim que sobreviviam. Uma história curta porém cheia de nuances e crítica social

Allison 15/03/2023

Um livro digno de Nobel!
"Ratos e Homens" de John Steinbeck é tão triste e tão lindo. Profundo e gigantesco.

George e Lennie são dois amigos bem diferentes entre si. George é pequeno e astuto, e Lennie é grandalhão, mas com a inteligência e a inocência de uma criança.

Em Ratos e Homens, Steinbeck levou à maestria sua capacidade de compor personagens tão cativantes quanto realistas e de, ao contar uma história específica, falar de sentimentos comuns a todos os seres humanos, como a solidão e a ânsia por uma vida digna.

Ainda me faltam palavras para descrever essa leitura. É um livro tão curto mas que traz a tona tantos questionamentos. Precisamos de inteligência para sermos boas pessoas? Conseguimos nos sentir bem convivendo com a solidão?

"A gente precisa de alguém... pra ouvi a gente. -Choramingou:- Qualqué pessoa fica loca se num tivé ninguém. Num faiz diferença quem tá co'a gente, só precisa tá junto."