Resenhas - Tudo de bom vai acontecer

profuilma 09/08/2021

Conheça a Nigéria e sua cultura
É narrado por Eritan e começa em 1971 quando ela tinha apenas 11 anos.

O autor Sefi Atta por meio de Eritan e Sheri nos mostra a cultura e a história da Nigéria, mas, sobretudo nos faz pensar sobre não desistir!

alice.rafaelpan 05/08/2021

História envolvente e digna de reflexão
Pra começar, achei bem interessante a forma como a autora retrata e desmistifica a imagem que o mundo possui em relação à cultura africana, mesmo tratando de assuntos delicados no desenrolar da leitura. A história é extremamente envolvente, e apresenta os desafios enfrentados por Enitan e sua amiga de infância, suas lutas e superações, e o preço que pagam por buscarem seu espaço numa sociedade extremamente machista. Enitan em diversos momentos se vê tendo que escolher entre lutar por respeito e por uma sociedade mais livre e justa, e sofrer as duras consequências disso, ou se manter na inércia, a fim de proteger sua família e realizar seus sonhos pessoais. O curioso é que há muitos episódios que se assemelham à cultura e cenários políticos -infelizmente- vividos no Brasil. Vale à pena a leitura e refletir sobre ela.

luciana 17/07/2021

Poxa, não gostei.
Existem partes importantes na história do livro, mas é um negócio meio parado, desconexo.
Valeu pra mim, por mostrar traços de outra cultura, modos diferentes de se pensar (dos personagens), que são sempre bons para reflexão.
O final do livro, pra mim, foi a melhor parte (não por ter acabado hahahahahah me refiro à história do final kk).

Celia.Mattos 12/07/2021

O livro acompanha a jornada de amadurecimento de Enitan, jovem nigeriana nascida na década de 1960. Enquanto a personagem vai da infância à vida adulta, vamos conhecendo por meio de sua visão, um pouco dos valores tradicionais de família e sociedade, da posição da mulher nigeriana nestes contextos, assim como dos conflitos sociais e políticos que permeiam a vida da população da Nigéria.
Juntamente com Enitan, começamos a questionar as injustiças de uma sociedade extremamente machista, de um sistema político instável e corrupto, que culmina em violência, miséria e desesperança. E refletimos sobre qual o papel de cada um de nós dentro de nossa sociedade, o quanto nos omitimos ou o quanto lutamos; o quanto somos privilegiados ou o quanto nos falta...
A escrita é leve e fácil de acompanhar, mesmo quando narra momentos de tensão, um livro que vale muito a pena ser lido, não só pela história forte e bonita, mas pela oportunidade de conhecer um pouco mais de um país tão distante e sofrido, buscando lutar para melhorar.

Elisana 20/06/2021

Duas mulheres e muitos atravessamentos
A história acompanha duas amigas ainda crianças e suas respectivas trajetórias de vida. Ao longo do crescimento, vemos os diferentes caminhos de cada uma delas. A história é narrada por Enitan, uma menina que cresce em um contexto privilegiado em relação a condições financeiras, mas sua vida está longe de ser perfeita.
Um livro real, sobre mulheres que tentam tomar suas próprias decisões de vida, mesmo que todo o contexto do país as obrigue a seguir um determinado caminho.

Bea Romanello 12/06/2021

Personagens complexas que não dá pra decidir se gostamos delas, se a suportamos ou se acolhemos por seus sofrimentos
Esse livro escancara como a situação política afeta as vidas pessoais da população, para além de problemas sociais como pobreza, fome, falta de acesso à saúde e educação. A vida de Enitan é constantemente revirada em consequência da situação do seu país, desde o seu nascimento, sua vida profissional e suas relações.

Uma história que não hesita em mostrar diversas cenas angustiantes, revoltantes e que dá vontade de fechar e nunca mais abrir — o estupro de Sheri, a prisão de Enitan e Grace Ameh, a relação com a mãe, o casamento com Niyi.

Não é um livro fácil de digerir e isso também se dá pela forma como o texto se constrói. Por diversas vezes me vi arrastando pelas páginas, esperando que algo aconteça, esperando por uma mudança de ritmo. E no final, quando tenho a sensação que algo vai acontecer, ele acaba.

Sefi Atta traz diversas pautas para suas páginas, personagens complexas que não dá pra decidir se gostamos delas, se a suportamos ou se acolhemos por seus sofrimentos.

Rô 11/06/2021

Mais um livro de literatura africana que leio e mais apaixonada estou. Esse livro mudou minha vida e a forma como vejo o mundo. Cheio de reflexões profundas e quebras de preconceito. Uma leitura fluida que demonstra todas as dificuldades vivenciadas pelas mulheres no final do século passado. A luta continua.

Luana.Machado 10/06/2021

Tudo de bom vai acontecer - Sefi Atta
Conta a história, ao longo de sua vida, de uma menina Iorubá chamada Enitan. Através dessa personagem icônica o livro aborda temas cruciais sobre a cultura da Nigéria. Possui uma linguagem simples e fluida, conta sobre o crescimento de corpo e mente de uma menina privilegiada que aos poucos aprende sobre a injustiça em seu país.
Ela perdeu seu irmão ainda muito nova e isso levou a desgraça de sua família, cresceu como filha única e logo fez amizade com a vizinha Sheri, que ao contrário de Enitan, era uma menina sem privilégios e que falava o que bem entendia.
A história se passa em datas marcantes para a Nigéria, logo depois da guerra civil, passando por inúmeros golpes militares e repreensão da população. Com uma cultura que insiste na submissão feminina, a Nigéria passa ainda por inúmeras injustiças com seu povo e principalmente com suas mulheres.
Com uma leitura leve e fluida, Sefi Atta trás temas extremamente importantes para o mundo. Abordando tanto o poder da fala quanto o histórico política desse país tão sofrido. Nos mostra Enitan como uma protagonista que aos poucos se descobre feminista e busca seus direitos. Mesmo que tarde ela aprende que tudo de bom vai acontecer aqueles que buscam melhorar a vida do povo.

Sarah Duarte 30/05/2021

Os lados da mesma história
Eu sou muito suspeita pra falar de qualquer romance que tenha a Nigéria como personagem. E com ?Tudo de bom vai acontecer? não deu outra. Mostrando um outro lado da crise política e econômica que o país enfrenta durante a Guerra de Biafra, Sefi Atta descreve a amizade de Enitan e Sheri que pouca relação tinham com a política, até que a primeira se sente convidada a se posicionar politicamente diante do próprio país reconhecendo seus privilégios em uma sociedade extremamente machista. É impossível ler esse livro e não fazer um paralelo diante da situação em que o Brasil se encontra, de perceber que existe o sofrimento individual da própria existência, mas que muito está ligado ao sofrimento coletivo.
É um livro que vale a pena ser lido.

Xico 02/05/2021

Sendo mulher na Nigéria dos anos 70
Mais um representante da nova literatura africana, este livro acompanha a vida de uma jovem desde a tenra idade até a fase adulta e como ela se forma durante os conflitos políticos na Nigéria ponto final é muito bom entrar em contato com a literatura vinda do continente africano e como ela pode ser um refresco na literatura moderna.

Dani.Landim 30/04/2021

Um retrato d luta feminina contra uma sociedade conservadora
Em meio à guerra civil nigeriana e à sucessão de golpes militares que abalam o país, Enitan Taiwo e Sheri Bakare tornam-se amigas. Apesar de ainda não compreenderem os problemas terríveis de seu país, as duas meninas de 11 anos crescem enfrentando o terror da repressão política e a reprovação da mãe de Enitan, que considera Sheri uma péssima companhia para a filha. A partir dessa amizade clandestina, Enitan abandona a inocência da infância. Ao longo de três décadas confrontando-se com o peso da tradição e o desejo de mudança, ela mergulha nas contradições da terra onde nasceu e descobre que a felicidade é uma batalha constante em um país escravizado por seu passado.

Carla.Martins 27/04/2021

Plasticidade e realidade se juntam para dar ao leitor uma visão da vida na Nigéria nos anos de 1960. Boa leitura.Vale a pena conferir.

FlorCavalcanti 25/04/2021

Cinco estrelas ?????
Livro incrível que acaba de entrar na minha lista de favoritos.

Gira em torno de uma cultura que insiste na submissão feminina nas relações familiares, políticas, religiosas...
E traz uma história incrível sobre amor, amizade, preconceito, sobrevivência, política e lealdade.

E hoje ao encerrar mais esse livro afirmo com certeza: nada de bom vai acontecer enquanto eu e vc não nos unirmos em uma rede de apoio uma pela as outras.

"A LIBERDADE NUNCA PRETENDEU SER DOCE." (p.361)

Queila - Meu vício literário 17/04/2021

conheci a Nigéria através de Enitan
Que viagem incrível pela Nigéria através dos olhos de Enitan, como eu tinha uma visão cheia de preconceitos e estereótipos ao país, e se quer imaginava isto.
Uma história da vida cotidiana, e de uma menina que cresce e se torna uma mulher que segue aquilo que sua cultura espera das nigerianas, até que ela passa a questionar tudo a sua volta.

Muito, muito bom!

Iara.Borges 24/03/2021

Acho que o principal trunfo da história é a forma como nos conectamos com Enitan. Consegui ver nas atitudes e na evolução da vida dela coisas q eu também faria e sentiria, é muito fácil se conectar com ela, é uma personagem muito real. Além disso, é surreal enxergar a Nigéria pelos olhos dela. Ela descreve comportamentos herdados da cultura local, os trazidos pelo estrangeiro, descreve como o clima se relaciona com as pessoas de Lagos, como a política influência ou deixa de influenciar no dia a dia dela, muitas coisas q nos fazem concretizar como é a vida dela. É um livro que eu com certeza leria de novo antes de viajar para lá.