Tudo de bom vai acontecer

Tudo de bom vai acontecer Sefi Atta




Resenhas - Tudo de bom vai acontecer


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@tigloko 09/05/2022

"Se não tentássemos, nunca saberiamos, continuo dizendo."
O livro conta a história de Enitan, desde sua infância na Nigéria pós-independência até a vida adulta como advogada. Ao mesmo tempo que foca na sua história principal, na sua amizade com Sheri e as dificuldades que enfrenta na sua jornada, temos como pano de fundo as tensões políticas que mergulharam o país em golpes militares entre os anos 70-90.

"Dizem que as grandes mentes pensam da mesma forma, mas nesse país só os idiotas têm consenso."

Temas como amizade, família e maternidade são presentes em todo o livro. Contudo, o tema principal para mim foi o papel da mulher na Nigéria. Apesar de respeitar as tradições, Enitan está pronta para mudar como ela é vista nesta sociedade. Ela é determinada, inteligente e mesmo que ela não ache isso de si, forte.

Gostei que a autora resolveu acabar através do seu livro com estereótipos em relação ao continente africano. É claro que existem as partes de extrema pobreza na Nigéria. Mas também as ricas. Nem tudo se resume a selva, animais exóticos e pobreza. A própria protagonista é da classe média, mostrando um lado desconhecido para mim.

Achei o livro bem imersivo, principalmente quando explora a cultura e religião do país.Por outro lado, as primeiras partes do livro são bem apressadas, não dando o devido tempo para acostumar com os personagens. A partir daí, quando estão estabelecidos, são a melhor coisa do livro. Falando neles, meu preferido foi Sheri, a amiga de infância da Enitan. Ela é diferente de Enitan em alguns aspectos, o que da um contraste legal e divertido durante a leitura.

Recomendo muito!
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Clau Melo 15/04/2022

Tudo de bom vai acontecer. SERÁ?
Literatura Nigeriana, 2013.
Neste livro conhecemos um pouco da cultura da Nigéria.

"Minha mãe nunca teve uma conversa comigo; ela falava e sabia que eu
ouvia. E eu sempre ouvia. O mero som dos passos dela acelerava
minha respiração. Ela quase nunca me batia, ao contrário das outras
mães que surravam os filhos com galhos de árvores, mas nem
precisava. Um dia no colégio bateram nos meus dedos com uma régua
porque eu estava distraída na sala de aula; achei essa punição mais
fácil que o olhar que minha mãe me dava, como se me flagrasse
brincando com as próprias fezes. Era um olhar difícil de esquecer. Pelo
menos os vergões da régua nos dedos desapareciam com o tempo."

"Prendi a respiração e pensei melhor. Sim, eu estava culpando-a. Se ela não
tivesse fumado maconha, isso não teria acontecido. Se não tivesse
ficado tanto tempo na festa, isso certamente não teria acontecido.
Meninas más e travessas acabam sendo estupradas. Nós todas
sabíamos disso. Meninas soltas, meninas atiradas, meninas avançadas.
Rindo com meninos, seguindo-os, pensando que era um deles. Senti o
cheiro de sêmen no corpo dela, e meu estômago ficou embrulhado.
Tudo por culpa dela."

"Era melhor ser feia, aleijada ou até mesmo uma ladra do que estéril."

"— Mostre-me um caso. Um único caso de uma esposa com dois
maridos, uma mulher de 50 anos casando-se com um menino de 12.
Nós temos juízas, mas a mulher não pode ser fiadora. Eu sou advogada.
Se me casasse precisaria do consentimento do meu marido para tirar
um novo passaporte. Ele teria o direito de me pôr na linha com uns
tapas, desde que não me machucasse muito."

"Passei por ele, abri a porta e vi uma
mulher deitada no sofá com uma camiseta dele, que eu reconheci. Seu
cabelo era curto como o de um menino, os lábios eram acobreados e
os olhos tão arrogantes que mal piscavam. Era tão escura e tão bonita
que quase morri de tristeza. Ela fumava um cigarro."

"O tráfico de drogas também aumentara. Se as
estimativas mais recentes estivessem corretas, a Nigéria era uma das
maiores fornecedoras para os Estados Unidos e a Europa. As
embaixadas estrangeiras relutavam em nos conceder vistos, e os que
recebiam arriscavam-se a ser revistados de alto a baixo nos
aeroportos. Muitas das acusadas eram mulheres solteiras, mulas,
apanhadas na rota vinda do Extremo Oriente para a Europa ou para os
Estados Unidos. Algumas engoliam camisinhas com heroína e
cocaína, outras enfiavam as drogas na vagina. Houve o caso de uma
mulher que enfiou uma camisinha com cocaína na garganta do bebê
morto que embalou durante a viagem de avião. Foi apanhada quando a
aeromoça notou que a criança não chorava nunca."

"— Ele me disse que eu era uma puta porque saí na rua. Eu respondi
que puta era a mãe dele. E disse também que, se ele levantasse a mão
para bater em Sheri Bakare, sua mão nunca mais seria a mesma.
Homem idiota, vai achar difícil jogar polo daqui em diante."

"— Onde está a comida?
Eu me encostei no corrimão.
— Quando você estiver com bastante fome encontrará a comida
rapidinho.
Ele sabia que eu estava falando sério. Se implicasse comigo, logo
ficaria diante da versão africana da menina de O Exorcista."

"— É mais fácil contornar uma pedra que quebrá-la, e assim você
chega aonde quer."

"Começou a explicar as circunstâncias da própria vida, e não me
importei de ouvir. Era bom lembrar que todo mundo, sorrindo ou não,
superava as adversidades."









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28/03/2022

Tudo de bom vai acontecer??
Um livro que faz vc se sentir parte da história! É como se eu tivesse viajado para a Nigéria.
História envolvente que descreve bem a cultura Nigeriana, recomendo.
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Bruno Bomfim 22/03/2022

Uma experiência sinestésica da Nigéria, mas...
Em "Tudo de bom vai acontecer" o que não falta é uma imersão na cultura e na conjuntura socioeconômica e política da Nigéria. Aliás, este é o ponto forte da obra.
Não me agradou muito a construção das/dos personagens e acredito que o salto temporal prejudicou para uma melhor compreensão do leitor na formação da personalidade, principalmente da Enitan.
Consigo compreender as durezas e mazelas de ser uma mulher numa sociedade machista e ainda por cima sob um regime militar. Nesse tema eu acredito que não há a necessidade de uma retaguarda que justifique o comportamento de vanguarda da protagonista, uma vez que a própria sociedade (infelizmente) se assegura de garantir que todas as meninas e mulheres passarão por experiências ao longo de suas vidas que lhe permitirão ter uma visão singular do mundo a respeito do seu papel enquanto mulher.
Já o interesse da Enitan na luta contra o regime militar mereceria uma construção mais elaborada. A experiência na cadeia - a parte mais forte do livro - nos dá a sensação que a Enitan não conseguiria encarar 1 só dia ali, mas surpreendentemente ela resolve aceitar a proposta da Grace Ameh, gerando uma total desconexão entre leitor e personagem, obviamente sob minha perspectiva.
A leitura da obra é mais do que válida, pois além da imersão acima citada, nos coloca num local que é importante de estar se quisermos compreender melhor quão desigual são nossas vidas e o nosso mundo. Estar na pele de uma mulher preta, que vive sob repressão religiosa, política e de gênero, é algo que me acrescenta muito enquanto pessoa. Então ainda que haja oportunidades no enredo, a leitura é mais do que indicada.
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Tiago Eduardo 10/03/2022

Leitura flue muito fácil e o desenrolar da estoria é muito envolvente. O contexto é o principal ponto do livro na minha opinião. África, política, desigualdade e submissão da mulher é destacado a todo momento.
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Jane 28/02/2022

Estou lendo livros de várias partes do mundo e este livro foi indicação da raspadinha taglivros.
O livro é muito bom. Conta a história de vida de Enitan, uma nigeriana desde pequena até quase os 40 anos.
Fala da libertação da Nigéria, dos sucessivos golpes de estado, da corrupção, da pobreza, da injustiça, da corrupção e de resiliência.
Aprendi que a Nigéria tem um mega potencial, mas a corrupção não deixa o país crescer.
Também descobri a influência Nigeriana na história do Brasil, a cultura yorubá é uma das influências do camdoblé. E que os escravos libertados que voltaram para lá tiveram muita influência no século XIX,mas que hoje já não é valorizada.
Esse é um daqueles livros que enriquecem a pessoa.
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Felipe 20/02/2022

Não aconteceu?
Os pontos fortes são as reflexões sobre a luta feminina por emancipação e o mergulho nos costumes, na política e na história da sociedade nigeriana. No mais, a narrativa é bem arrastada, com algumas passagens e diálogos que mais parecem estar ali para ?encher linguiça?. Fico com a impressão de que o romance se perde e se abandona em várias partes, deixando o enredo um pouquinho desconexo. Demorei bastante para deslanchar na leitura e só fui até o final porque não costumo abandonar livro.
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Gilberto.Junior 14/02/2022

Uma ótima leitura.
A leitura do livro proporciona uma viagem pela Nigéria durante os anos 1960 e 1970 a 1995, que foi marcada pela Guerra de Biafra e outras crises políticas e sociais que atingiram o país. Nesse ambiente a personagem principal se desenvolve e busca viver sua própria vida no meio de problemas sociais, familiares e da tradição cultural que produzia a submissão feminina. É um livro sobre amor, amizade, família, feminismo, política.
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Aline.Xavier 04/01/2022

Coragem para criar a própria história
Livro intenso e reflexivo. Uma mulher que narra sua trajetória e nessa trajetória acompanhamos as dúvidas, os questionamentos, desejos. Foi um livro que me fez refletir muito porque a maneira como Enitan constrói e abraça a sua verdade como mulher e como cidadã é incrível.

A leitura é fluída e gostosa, mas ao mesmo tempo, questiona a realidade das pessoas, da sociedade.

Valeu cada palavra lida.
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Livia M. 24/12/2021

Aconteceu e acontece... o quebra-cabeça da vida quem monta é você e as peças sempre acham um jeito de se encaixar.

Somos responsáveis pelo que não fazemos?
Toda leitura que desperta a reflexão deve ser exaltada.
Somado a isso, uma nutrição de conhecimento histórico e cultural.
Por isso insisto que, por menor que seja, não há livro que não traga recompensa.

#voltaaomundoem50livros
2/50
Nigéria
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Pandora 14/10/2021

"Tudo de Bom Vai Acontecer" é SENSACIONAL! A Sefi Atta escreveu uma história envolvente, sincera, leal, extremamente dignificante sobre a Nigéria de forma tão ampla que se alguém me dissesse que ia fazer isso eu diria: "Você não está sendo ambiciosa demais?" e no entanto esse é um livro de quase 400 páginas no qual muita amplitude coube com dignidade.

Em "Tudo de Bom Vai Acontecer" encontramos a história da Enitan contada por ela mesma da infância até a faixa dos 35. Nele acompanhamos a jornada de amadurecimento, alienação, desalienação de uma mulher nigeriana cheia de inquietações, desejos, enganos, desacertos, acertos, amores, frustrações e conquistas.

Enitam foi uma criança de classe média, filha de advogado; uma jovem estudante de colégio interno, universitária na Inglaterra e mulher adulta em Lagos. Na periferia ou no centro dos acontecimentos, ela vive episódios como tanto a Guerra do Biafra quantos os vários golpes militares na Nigéria e vai nos contando tudo com franqueza.

Esse é um livro sobre História da África; História da Nigéria; História de como as relações desiguais entre homens e mulheres nos atrapalham os caminhos e nos violentam; História das relações entre mulheres; História de Filhas e Mães e de Filhas e Pais. Tudo junto, misturado como na vida.

A Sefi Atta nos envolve em sua trama sem o recurso do suspense, sem malabarismos narrativos ou floreios. Esse é o livro no qual ela disse tudo e todas as coisas. Quem tem muita vontade de conhecer mais da África só tem a ganhar lendo um livro maravilhoso como esse, simplesmente genial.
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Natália Tomazeli 09/10/2021

A Honestidade e Coragem de Sefi Atta
"Os direitos humanos nunca foram importantes até os direitos dos homens serem ameaçados. Mas não há nada na nossa constituição que fale dos direitos em casa. Mesmo que o exército parta, nós ainda temos que responder aos nossos maridos. Então o que as mulheres tem a dizer?"

Eu amo tanto essa frase. E amo tanto o jeito como Sefi Atta se expressa através desse livro. Por vezes, acho que nós mulheres somos suaves demais quando o assunto é falar de nossas próprias dores, de nossos próprios direitos, na verdade. É tão difícil, ainda mais hoje, numa época onde temos "que pisar em ovos", onde, sempre temos que "maternar" suprindo as demandas de todo grupo social, menos o nosso, onde nossa vivência não tem espaço, porque "mas e fulano? porque não incluiu o fulano?", achar quem diga em alto e bom tom tudo aquilo que está trancado na garganta, tudo aquilo que é tão vivo quanto uma ferida aberta e pulsante. E eu achei, achei a Sefi Atta...

Até hoje eu me pego pensando muito sobre a Sefi, sobre a coragem e a crueza dela. Que tipo de mulher é tão corajosa assim? Que tipo de mulher nos afaga com uma narrativa completamente desnuda de todo a complacência? Essa mulher é com certeza Sefi Atta. Imagina que ela simplesmente não se preocupa em nenhum momento em agradar, na verdade tudo o que ela escreve tem certa fúria, foge totalmente da sutileza. É tudo escancarado, colocado em todas palavras, doa a quem doer. Sefi sabe bem o que escreve, o que expressa. Sabe que o peso de suas palavras é todo o grito que milhares de mulheres africanas não podem emitir. E isso tudo faz dela o real significado de "força". Esse é um livro forte, com uma mensagem forte.

Eu sei que devia sentir raiva, tristeza, revolta, lendo tudo que aconteceu com Enitan e Sheri, mas eu senti que alguém entendia o que estava acontecendo, que alguém enxergava o mundo como ele é, como ele necessita ser visto. Esse alguém era Sefi Atta. Eu admiro demais Sefi Atta, demais! Depois da leitura desse livro, conheci muitas Sefis, uma delas tão pungente quanto: Audre Lorde. Sem mulheres assim, mulheres tão realmente sagazes e tão lúcidas da realidade, acho que nada poderia ser expressado com tamanha veracidade e honestidade. E nenhuma mudança pode ser feita sem que tenhamos vozes como as delas, vozes transparentes e bravas!

Acho que esse texto nem foi uma resenha, mas é que esse livro é como um grito que a tanto tempo foi contido. Um grito que nem todo mundo quer, mas com certeza precisa ouvir.

"Só adquirimos um senso de continente ou de nação em um país como o meu quando viajamos para o exterior. Diante de um mundo dividido entre Oriente e Ocidente, não havia lugar para nós. Diante de um mundo cheio de classificações, nosso lugar era entre os últimos, entre o Terceiro Mundo e o Quarto. Um povo nobre. Uma cultura selvagem. Era um concerto pop atrás do outro em prol dos africanos famintos. Livros inteiros eram dedicados à salvação da genitália das africanas. Seria bom que essas mulheres pudessem ler os livros para poder criticá-los: isso está certo, isso está incorreto, isso não faz sentido. Mas a África não podia ser salva através de caridade."
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Letícia 01/09/2021

Maravilhosa leitura
Esse livro me surpreendeu muito positivamente. Foi muito bom acompanhar um pouco da trajetória de vida da protagonista Enitan e como são as relações e o ambiente à sua volta em Lagos. Narrado pela protagonista, gostei muito dela em relação às formas de pensar: ela é muito inteligente, questionadora e perspicaz.
Durante a narrativa, foram diversos os momentos retratados da Nigéria que parecia que estava falando do Brasil. São muitas e muitas semelhanças, o que proporcionou bastante identificação. As ditaduras, a pobreza escancarada, o fanatismo religioso como uma das poucas alternativas de levar a vida difícil, o sexismo, a maternidade e heterossexualidade compulsórias...
A Enitan teve mais acesso aos estudos, o pai dela é advogado e ela até chegou a estudar fora; diferente de sua amiga Sheri que não teve muitas escolhas. Mas, mesmo assim, é nítido que, com as desigualdades estruturais dos chamados países de terceiro mundo, Enitan mesmo formada e tal, não consegue ter tanta autonomia, é difícil comprar uma casa, ela ainda se vê muitas vezes dependendo do pai, mesmo porque a cultura impõe muito a mulher como papel mais essencial na vida o de ser mãe. Daí é claro que a autonomia fica muito mais difícil, o trabalho em tripla jornada, o respeito que é dado de forma mais natural só aos homens, enfim... São muitos pontos que faz a Nigéria e o Brasil serem muito parecidos. Apesar dos grandes obstáculos, ela consegue se posicionar, viver e ser feliz na medida do possível. Eu adorei que ela é muito astuta, mas nada forçado, de um jeito bem natural.
O livro têm muitas passagens realmente muito boas, porque como eu disse a personagem é incrível. E incrível de um jeito bem realista, ou seja, uma mulher comum como todas nós, vivendo dentro das possibilidades em seu país e em seu contexto social. Quero ser amiga dela. Aguardo ansiosa por novos livros da autora!
PS: a relação de amizade dela com a Sheri me lembrou a relação da Lila e Lenu, no sentido de uma ser mais estudiosa, introvertida, e a outra não ter tido tantas oportunidades e ser mais extrovertida e lidando com a existência da forma que for possível em relação às circunstâncias estabelecidas. Claro que Lina e Lenu são italianas, então o contexto, a cultura e a ambientação são bem diferentes, apesar de questões globais como desigualdade e machismo...Porém, quem gosta da Elena Ferrante com certeza vai gostar dessa história!
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Márlon 20/08/2021

A escrita de Sefi é encantadora. O leitor consegue acompanhar o crescimento dos personagens, iniciado na infância, a partir de elementos complexos, que se imbricam desde o ambiente e o cenário difícil da guerra civil, em Lagos, até as nuances subjetivas que os rodeiam e os impulsionam a fazer boas e más escolhas. A transição de Enitan, da inocência infantil as decepções da vida adulta, é o fio condutor da história de "Tudo de bom", que nos faz esperançar um desfecho lindo para uma vida tão cheia de tropeços... Modupé!
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Gisa 12/08/2021

Que é difícil ser mulher em qualquer parte do mundo nós ja sabemos bem, mas como é crescer sendo mulher na Nigéria?

Em Tudo de bom vai acontecer acompanhamos Enitan da infância até a fase adulta, (entre 1971 e 1995) seus anseios e angústias, seu inconformismo com os papéis de gênero na sociedade nigeriana, com o machismo estrutural que afeta à todas, mesmo ela que sendo uma mulher privilegiada para os padrões da época, frequentou a faculdade no exterior e se tornou advogada.

Compreendendo um período longo de tempo, a história tem como pano de fundo as tensões políticas que assolaram a Nigéria, iniciando após a Guerra de Biafra e com os sucessivos golpes militares e eleições fraudulentas, Enitan nasceu no ano da independência nigeriana (1960) então de certa forma seu crescimento e maturidade são permeados pelo amadurecimento de um país.
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