Natanny 27/04/2024
"Você não pode controlar a sua ascendência, mas pode escolher sua herança."
Alguns dias se passaram desde que terminei o livro, e agora finalmente estou aqui, escrevendo a resenha do último livro da minha saga de heróis favorita. Confesso que fiquei emotiva... talvez até demais. Se apegar a personagens é um tanto quanto complicado para mim, mas atribuo todo o crédito a esses sentimentos ao tio Rick, esse grande homem que criou um universo maravilhoso e encantador, capaz de nos fazer rir e chorar ao mesmo tempo. Não vai ser fácil descrever tudo o que senti lendo esse livro. Acredito que as palavras não serão o suficiente para transcrever o quão grandiosa foi essa aventura. Bom, irei tentar.
“O Sangue do Olimpo" é o quinto e último livro da série "Os Heróis do Olimpo". Nesta conclusão de quatrocentas e trinta e duas páginas de puro heroísmo e satisfação, tio Rick (só para os mais íntimos, tá? rs) une os destinos dos semideuses gregos e romanos em uma batalha épica para deter Gaia, a mãe Terra, e seus seguidores titânicos, que buscam destruir o mundo humano.
Aqui, todos os personagens têm um destino traçado. Todos correm perigo. É indescritível a sensação de estar se encaminhando para um final tão grandioso, o qual, claro, acredito que todos os leitores devem criar uma grande expectativa. Não é de se admirar que não haja uma ponta solta presente neste enredo; ao analisar desde o primeiro livro até aqui, todos os personagens carregam seus fardos, suas dúvidas, medos e percepções. É claro que já falei muitas vezes sobre o desenvolvimento de personagens presente nas histórias do tio Rick, mas nunca é demais quando a afirmação é realmente verdadeira. Nenhuma outra série ou saga me conectou tanto com os personagens quanto essa, e acredito (na verdade, tenho certeza) que muitos dos sentimentos que senti durante as páginas finais do livro se dão por esse desenvolvimento perfeito.
A narrativa da história é sempre habilmente entrelaçada entre diferentes perspectivas, cada uma representando um dos sete semideuses protagonistas: Jason e seus desmaios, Piper descobrindo sua força, Leo escondendo grande parte de sua dor, Annabeth sonhando em ser normal, Percy querendo paz, Hazel desejando continuar viva e Frank tentando se encontrar. Esses jovens heróis, provenientes tanto do Acampamento Meio-Sangue quanto do Acampamento Júpiter, precisam juntos superar suas diferenças e unir forças para enfrentar os desafios que se seguem.
A trama se desenrola em uma corrida contra o tempo, à medida que os semideuses viajam pelo mundo antigo, enfrentando criaturas mitológicas, deuses e titãs. Tio Rick tece habilmente a mitologia e aventura contemporânea, criando um universo rico e envolvente que mantém o leitor ansioso por mais a cada página, misturando vários elementos para que haja diferentes emoções durante a leitura: aqui você vai rir, vai ficar aflito e provavelmente vai chorar também.
Além das batalhas físicas, "O Sangue do Olimpo" explora também as lutas internas e os dilemas morais enfrentados pelos personagens. Eles precisam lidar com questões de identidade, lealdade, sacrifício e aceitação de si mesmos e uns dos outros.
A escrita ágil e o humor característico sempre adicionam leveza à narrativa, mesmo nos momentos mais tensos; garanto que você sempre vai ao menos soltar um risinho abafado com o treinador Hedge. Mas os diálogos são afiados e cheios de referências culturais, o que torna a experiência de leitura ainda mais rica e cativante.
No desfecho, temos a entrega de uma conclusão satisfatória (ao menos para mim) para a série, amarrando todas as pontas e proporcionando um final épico e emocionante. "O Sangue do Olimpo" não apenas encerra uma saga incrível, mas também deixa uma mensagem duradoura sobre a importância da amizade, da coragem e da perseverança diante das adversidades.
Na batalha final, me peguei arrepiada, segurando a respiração, e durante toda a luta contra os gigantes e Gaia, chorei diversas vezes. Tio Rick teceu uma teia perigosa onde seus leitores mergulham de cabeça, e sem pensar se vão sofrer ou não, simplesmente nos esquecemos de pegar os coletes salva-vidas.
A sensação de reler essa saga pela segunda vez, agora mais madura e tendo um olhar mais crítico para a história e escrita, me fez ter uma nova perspectiva, mas não se engane: o “Riordanverse” merece ser lido por todos, independente da idade. Eu jamais irei me arrepender de recomendar essas obras de arte.
Obrigado, Tio Rick, por este universo maravilhoso. Você me fez embarcar novamente na minha adolescência e ter acesso a sentimentos nostálgicos que nem sequer imaginei que poderia ter novamente; espero que um dia possa lhe dizer isso pessoalmente.
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