Morgana Gomes 30/12/2021
Marcelo, Teresinha, Gabriela e Carlos Alberto
Lembro de ter lido "Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias" na infância, mas não sei se foi somente a do Marcelo. Confesso que ler o livro completo agora me deixou pensativa, pois eu não recordo das seguintes ("Teresinha e Gabriela" e "O dono da bola").
De toda forma, eu lembro de Ruth Rocha e da sua forma de encantar através da leitura. Sou apaixonada pelo universo da literatura infanto-juvenil e em como autores(as) transformam assuntos tão simples em histórias ilustradas tão maravilhosas.
"Marcelo, marmelo, martelo" é um clássico! Quem mais poderia fazer tantas perguntas? E a ideia de mudar o nome das coisas, então? Ah, Marcelo, só podia ser você mesmo! E na simplicidade de suas palavras, o mais lindo é perceber que Marcelo criou uma linguagem própria. Era algo que fazia sentido para ele, embora tenha levado um pouco mais de tempo para seu pai e sua mãe compreenderem o que ele tanto falava.
Já "Teresinha e Gabriela" que não se conhecem, mas causam incômodo uma na outra sem ter motivo. No geral, a narrativa mostra a importância das pessoas se conhecerem antes de levantar hipóteses e pré-julgamentos sobre as outras.
Por fim, "O dono da bola" conta a história de Caloca que tinha uma bola, mas sempre a pegava de volta quando os amigos não faziam o que ele queria do jeito que ele queria. Quando se vê sozinho, ele percebe que precisa mudar o seu jeito de falar com as pessoas e de passar a compartilhar o que tem com os demais.
Em três narrativas ambientadas no cotidiano das crianças, Ruth reforça a importância da comunicação entre as pessoas, da escuta ativa, de buscar conhecer as pessoas que estão à nossa volta e a compartilhar o que temos.