Carol B. 10/01/2015
A grande questão é: eu sou louca ou todo mundo é cego?
Eu me esforcei ao máximo para tentar terminar esse livro, mas simplesmente não dá, é sofrível.Eu não consigo entender o número de resenhas positiva a respeito dele, será que a minha edição é uma edição beta e a do resto do mundo é a edição final? Só pode ser isso, porque, minha gente esse livro é muito fraco. Seja em questão de escrita, quanto ao desenvolvimento das personagens, a autora se propôs a escrever uma trama que se passa nos EUA segundo a mesma visando a publicação do livro no mercado americano. Porém, não existiu uma pesquisa, então o que vemos é uma quantidade absurda de equívocos, são usadas expressões brasileiras em personagens americanos, o apelido da protagonista nunca poderia ser Ju, não há uma descrição maior dessa LA onde eles vivem. É tudo muito superficial, e por favor não venham com a desculpa que a proposta do livro é ser leve, divertido, romântico, eu amo livros assim e existem inúmeros que seguem essa premissa sem serem rasos como Louca Por Você. Outra coisa que me irritou e muito, foi a personagem que todo mundo amou, George, o "best gay", mais estereotipado impossível, cada vez que ele falava "garotinha" (e ele fala muito), dava vontade de entrar no livro e socar a cara dele. Gente, aprendam a se libertar dos esteriótipos, por favor, não é porque
o cara é gay que ele tem que ser afetado e escandaloso. E o que falar do nosso casal principal? Julie deixou de seguir uma carreira por causa do Daniel, porque ele não permite que ela cante no bar dele e nem em outro lugar. E ela simplesmente aceita isso, se conforma em ser garçonete. Daniel tem carisma zero, e um erro da autora foi tentar escrever alterando
os pontos de vistas, é complicado escrever como homem e se esse é seu primeiro livro e você não tem experiência, por favor, não tente. Mas uma coisa eu quero deixar claro, eu não culpo só autora pelo resultado desse livro, acho que a editora pecou e muito, não foi mais criteriosa e deixou passar diversas palavras que acabam expondo o quão pobre o vocabulário da autora parece ser. A editora deveria ter exigido uma pesquisa maior sobre o local e a cultura americana, o que dá impressão é que algumas editoras pensam muito pouco a respeito de seus leitores, principalmente se tratando de obras comerciais, acham que podem nos enfiar qualquer estória com mocinha ingênua e cara possessivo, que vamos engolir. Desculpa, mas comigo não cola, eu não vou acreditar e me apaixonar por uma trama com personagens com 28 e 31 anos que precisam recorrer a planos adolescentes para ficarem juntos. Espero que a A.C. encara os comentários negativos, como críticas construtivas para seus próximos livros, talvez quem ler essa resenha ache que eu fui dura demais, que o primeiro livro de um autor realmente não consegue ser perfeito, mas eu só acho que você deve se propor a fazer algo dentro das suas possibilidades, não dar um passo maior que as pernas. O que acontece nesse livro é isso, a autora se propõem a algo que não pode cumprir, vender uma estória americana, com uma escrita brasileira, escrever como homem se ela não desenvolveu bem nem a narração feminina. Eu queria muito ter algo de positivo para falar, ainda mais se tratando de um livro "nacional", mas infelizmente não dá.