A flor da Inglaterra

A flor da Inglaterra George Orwell




Resenhas - A Flor da Inglaterra


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Livretando 16/01/2014

Resenha A Flor da Inglaterra
A Flor da Inglaterra se passa em Londres, na década de trinta, e conta a história de Gordon Comstock que tem 29 anos, nascido em uma família rica, mas que perdeu todos os seus bens e depositam nele a última esperança para recuperar a dignidade. Gordon é aspirante a poeta e já até publicou um livro chamado Ratos, mas infelizmente vendeu poucos exemplares deixando vários encalhados nas prateleiras, mas ele está escrevendo um novo livro chamado Prazeres de Londres.

Revoltado com o sistema capitalista, Gordon entra em uma guerra contra o dinheiro, deixando para trás o que a sociedade denomina de “bom emprego” para viver como livreiro e se dedicar ao novo livro. Consequentemente Gordon passa a viver praticamente na miséria, em uma pensão ruim, se alimentando de uma comida terrível e vestindo as piores roupas. Mas ele até se mostra satisfeito com o resultado, pois estava vivendo conforme os seus ideais, enviando para várias revistas os seus escritos, quase sempre recusados.

Essa forma de viver do personagem gera uma grande revolta na família, principalmente na irmã Julia, que deixou de estudar para acreditar no sucesso profissional do irmão, mas apesar de tudo ela sempre se mostra disposta a emprestar a ele dinheiro. Outra que não ficou nada feliz com a situação foi Rosemary, uma namorada que ele arruma no seu antigo emprego, que em todo tempo se mostra paciente e amorosa, mesmo com todas as dúvidas apresentadas por Gordon. À medida que o livro vai avançando você percebe que a falta de sorte do personagem com seus escritos, a revolta da família e a insatisfação de Rosemary só fazem com que o seu ódio pelo dinheiro cresça.

Em todo o livro você percebe um radicalismo enorme com relação ao capital, principalmente nas discussões de Gordon com seu amigo socialista, dono de uma revista que sempre ajuda os escritores sem dinheiro, Ravelston. E também nas várias conversas que Gordon tem com Rosemary, que ele sempre diz que não fica com ele pela falta de dinheiro.

Não poderia deixar de citar aqui que todas as teorias do personagem relacionada ao dinheiro envolvem a planta aspidistras, na qual ele alimenta um enorme ódio e estão presentes em todas as casas londrinas.

Dos livros que li de George Orwell este é o que tem o discurso mais radical e digo isso pelas questões ideológicas, aqui vemos o retrato da opinião de Owerll, fazendo crítica não apenas a sociedade capitalista consumista, mas também à Igreja e à mídia.

A escrita de Owerll como sempre é muito envolvente e de fácil interpretação, o que nos faz devorar o livro. Apesar disso eu ainda demorei um pouco na leitura para conseguir digerir bem o que ele estava falando, pois não estou habituada a uma leitura tão radical como esta.

A Flor da Inglaterra é um livro no qual recomendo muito, para a construção de um pensamento crítico com relação as questões sociais e também para entretenimento, pois existem algumas situações que é até possível achar um pouco de graça.

site: http://livretando.blogspot.com.br/2013/06/a-flor-da-inglaterra-george-orwell.html
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Guilherme 22/12/2013

Considero esta a obra mais existencialista do Orwell. Onde o ser humano tenta se ver livre, mas há sempre uma força exterior lutando contra si. O que seria então a busca pela liberdade? Uma busca utópica que nos aprisiona mais ainda? O que seria a guerra ao deus dinheiro? Com Gordon Comstock, Orwell mais uma vez surpreende.

Livro que todos/todas deveriam ler.
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Madson 02/03/2013

Um belo livro, um personagem numa luta desigual contra o dinheiro, cercada por criticas ao capital, e de certa forma,apesar de na época do livro ser "novo", já ensaiava uma critica ao capitalismo consumista, citando as agencias publicitárias e suas maneiras de reter mais clientes aos produtos propagados.
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mari 02/02/2013

mas agora ele entendia qual era o problema deles. não era SÓ a falta de dinheiro. na verdade, mesmo não tendo dinheiro, eles ainda viviam mentalmente no mundo do dinheiro - o mundo em que o dinheiro é virtude e a pobreza é crime. não era a pobreza, e sim o mergulho na pobreza respeitável, que acabara com suas possibilidades. tinham aceitado o código do dinheiro, e nos termos desse código eles eram fracassados. nunca tiveram o bom senso de se surpreender e SIMPLESMENTE VIVER, COM OU SEM DINHEIO. e decidiu que existem duas formas de viver. você pode ser rico ou se recusar deliberadamente a enriquecer. você pode possuir dinheiro ou desprezar o dinheiro; a combinação fatal É IDOLATRAR O DINHEIRO MAS NÃO CONSEGUIR JUNTÁ-LO.
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Diego 12/09/2012

o deus dinheiro
"Andando pelas ruas, Gordon perguntou-se como seriam as pessoas daquelas casas. Seriam quem sabe, pequenos funcionários, vendedores de lojas, caixeiros-viajantes, corretores de seguros, condutores de bonde. Será que sabiam que não passavam de marionetes prontas a dançar assim que o dinheiro puxasse os cordões? Pode apostar que não. E, se soubessem, que diferença faria? Estavam ocupados demais em nascer, casar gerar filhos, trabalhar, morrer."

trecho de "Flor da Inglaterra -George Orwell (critica ótima ao capitalismo e nossa sub-vida, somos escravos do único Deus que existe, O DEUS-DINHEIRO
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Heidi Gisele Borges 10/09/2010

Gordon Comstock, 29 anos e bastante deteriorado. Trabalhava numa livraria/sebo. Durante toda a sua vida literária conseguira escrever apenas um livro de poesia que por destino encalhara na prateleira.

Há anos estava diante de sua nova obra, inacabada, “Prazeres de Londres”. E há anos declarara guerra ao dinheiro, além de todos que restavam de sua falida família. Gordon era o único que tivera chance de prosperar, mas se recusava a vender sua alma ao capitalismo.

Tivera um bom emprego numa agência de publicidade, mas a questão de ter um “bom” emprego feria os seus princípios, o que o levou a abandoná-lo.

“Os consumidores são como porcos confinados, a publicidade é o equivalente a agitar uma vara dentro do balde de lavagem”, acreditava.

Agora trabalhava na livraria/sebo – praticamente falida – e o que ganhava semanalmente mal dava para sobreviver, mas este era exatamente seu ideal de emprego, já que sua alma não estava à venda para o deus-dinheiro.

A vida de Gordon se resumia em ir para o miserável emprego, voltar para o quarto – decadente – em que morava e brigar com todos pela questão dinheiro, declarando guerra especialmente a uma planta: a aspidistra, que simbolizava a decadência da classe média inglesa, visto que esta era uma planta bastante comum nos lares da época.

As pessoas se preocupam com coisas pequenas. Com os detalhes errados, mas que se tornam grandes à medida que se dá o valor indevido, mas as únicas coisas que importam em uma semi-vida mesquinha.

“Será que eu ri bem alto quando o chefe fez aquela piada ontem? E a próxima prestação do aspirador de pó?”

Esses pensamentos atormentavam Gordon, que às vezes saia da ilusão de que alguém leria seus poemas e que “Prazeres de Londres” jamais ficaria pronto.

A bem da verdade o que mais o angustiava era a falta de dinheiro. Praticamente só pensava nisso. A maldita falta de dinheiro!

E por isso, talvez a insistente vontade de matar sua aspidistra seria, na verdade, uma forma de demonstrar que precisava que sua condição financeira mudasse.

*****
Mundo de Fantas no mundo dos livros
http://mundodefantas.blogspot.com/
Jubs 18/06/2016minha estante
Fiz uma resenha desse livro maravilhoso em meu blog:

www.leiaemudeomundo.blogspot.com




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