Formas de voltar para casa

Formas de voltar para casa Alejandro Zambra




Resenhas - Formas de Voltar para Casa


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Henrique M. 01/11/2017

Formas de Voltar para o mesmo enredo de sempre
Eu sinto que todos os livros do Zambra são a mesma coisa. É a mesma historinha que ele vai repetindo, os mesmos casamentos falidos e lembranças de infância. Mas esse livro tem uma característica muito interessante que é a debreagem que ele faz ao colocar uma história dentro da história de um personagem, e ambos se conectam intimamente com o próprio autor.

Além disso, temos a escrita do Zambra que é sempre linda.

Provavelmente é o melhor livro dele, mas ter lido os outros vai estragar a experiência pela sensação de déjà vu.
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ana 13/09/2023

Daí que eu li Formas de voltar para casa
A história se passa no Chile, pais de origem do autor, a história é durante e após a ditadura militar. O protagonista (que compartilha o nome do autor) segue enquanto revisita sua infância e adolescência, relembrando eventos e experiências pessoais. Ele mistura ficção e autobiografia, o que faz com que seja de certo modo um texto bem intímo, ele também vai alternando entre diferentes vozes e perspectivas, deixando a leitura envolvente.

O livro também faz uso de metalinguagem, discutindo o próprio ato de escrever e contar histórias, com muitas reflexões sobre a literatura como meio de compreender o passado e a identidade. Zambra aborda questões como o papel do escritor na sociedade, a importância da memória coletiva e individual e como a literatura pode servir como um veículo para processar nossas dores.

No geral achei a trama toda muito interessante, uma leitura agradável e informativa.
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Joana 13/08/2018

Que livro, gente!!! muito bom, vontade de guardar cada página na memória, reler e reler.
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Helder 08/01/2020

Buscando sua história
O livro é narrado em primeira pessoa pelo autor, que começa nos contando a estória de sua infância, a partir do terremoto acontecido no Chile em 1985 e quando o país vivia uma ditadura com Pinochet.
Neste dia ele conheceu Claudia, sobrinha de seu vizinho Raul. A principio, seus personagens secundários.
Durante o período da ditadura, seus pais mantiveram-se sempre neutros.
Mas um dia, ao caminhar pela rua, ele percebe estar sendo seguido por Claudia, e ela lhe pede que siga sempre Raul e a mantenha informada sobre seus passos.
Mas qual o interesse de Claudia, uma menina de 12 anos em Raul? E quem são aquelas pessoas que ele recebe em casa? E qual a origem de Claudia?
O tempo passa e encontramos o autor no presente, onde ele é um professor e romancista.
Ali ele nos conta que saiu de casa com 20 anos, e hoje, com a abertura do país, busca escrever um novo romance: a historia de sua infância e Claudia.
Para isso, ele precisa voltar para sua casa, lembrando momentos deste passado e repensando o seu presente.
Hoje fica clara a diferença de opiniões entre o autor e seus pais, que durante o período da ditadura, mantiveram-se sempre neutros.
Mas quais terão sido os efeitos da ditadura em todas estas pessoas?
O que aconteceu com Claudia e seu tio Raul?
Formas de Voltar Para Casa é um livro curto, em muitos pontos com uma linguagem ate poética, onde Zambra nos leva a lembrar de nossa infância, com nosso primeiro amor, a visão que temos de nossos pais, como eles nos veem e principalmente o impacto da vida politica no dia a dia daqueles personagens.
O autor ainda mostra muitas maneiras de se voltar para casa.
Quando pequeno ele se perde e consegue voltar para sua casa, mostrando que já pode ser independente.
Com 20 anos sai de casa e agora com 35 volta para buscar sua estória antiga para seu livro, porem encontra muitas divergências de ideais com seus pais, que não valem a pena serem discutidas.  
Ele também tenta retornar para um relacionamento que não deu tão certo, mas no qual ainda parece haver amor.
E temos ainda Claudia, voltando para sua casa, o Chile, para enterrar seus mortos.
Um livro curto e de linguagem poética.
Para quem busca uma leitura diferente.

" O que adere à memória são esses pequenos fragmentos estranhos que não tem princípio nem fim"
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matlima 08/04/2020

História fragmentada com boa escrita
Obra curta narrada em primeira pessoa por um personagem que revisita seu passado, num bairro de Santiago, com o aparente objetivo de concluir um livro.
A construção dos capítulos é curiosa, mesclando passado (na época de Pinochet) e presente sem qualquer pré-aviso. Dá até impressão de que se trata de uma obra autobiográfica em que o escritor simplesmente joga as ideias e as memórias que lhe vem à cabeça, tentando corrigir o rumo da vida por meio da reanálise dos fatos pretéritos.
Mesmo com essa característica psicológica, o livro possui uma redação impecável, sendo bastante prazeroso de ler.
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Chia.Americo 26/07/2020

Onde está nossa casa?
Fragmentos de um cotidiano na mente de um escrito, Zambra, em seu terceiro livro nos leva a questionar onde estão nossas memorias, nossa construção e o que de fato vivemos.

É um livro bem prazeroso de se ler, ao mesmo tempo que é propositalmente confuso o que é ficção, vida do autor e a história do Chile. Talvez é isso, sejam todas mescladas pelo fio que é estar aqui vivendo.
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Nara 20/01/2021

"O melhor que fiz nestes anos foi beber muitíssima cerveja e reler alguns livros, como se neles pulsasse algo próprio, uma pista sobre o destino."
Um título que me escolheu! 2 vozes narrativas intercaladas.
O livro inicia c/ um personagem que narra em 1ª pessoa memórias de infância: 3 de março de 1985, uma noite de terremoto em Maipú, Chile do período ditatorial:
"Encontrei uma cadeira de praia entre os escombros e me aproximei com timidez da fogueira dos adultos.Era estranho ver os vizinhos,talvez pela primeira vez, reunidos.Enfrentavam o medo com uns goles de vinho e,longos olhares de cumplicidade."
O menino conheceria Claudia.
A amizade foi criada a partir de um pedido estranho feito por ela:que vigiasse Raúl (tio da menina)um vizinho que morava só.
Acompanhamos a saga do garoto, a fim de descobrir o porquê da espionagem.
As suas andaças na cidade são o resumo de sua experiência com o mundo e a visão que tinha dos adultos: "brincavam de ignorar o perigo: de pensar que o descontentamento era coisa de pobres e o poder, assunto dos ricos, e ninguém era pobre nem rico, pelo menos não ainda,naquelas ruas e época."

A segunda voz narrativa, o escritor do livro: "Pouco a pouco avanço no romance. Passo o tempo pensando em Claudia, como se existisse."
As dificuldades em lidar c/a vida pós separação:
"Falei com Eme.Eu os li contou.Achei q tivesse mentido,mas,nunca mentiu.Fracassamos pelo desejo de ser honestos sempre."
Fala c/delicadeza de sentimentalidades latentes em um relacionamento amoroso.
"Me olhou c/ um gesto novo,um gesto que não sou capaz de precisar.É impressionante como o rosto de uma pessoa amada - a quem julgamos conhecer-é bonito, e de certo modo,terrível saber que até esse rosto,pode liberar de repente,gestos novos.Gestos q talvez nunca voltemos a ver."
Debate o conflito geracional ao questionar o posicionamento do pai na ditadura. É a escrita como um resgate não apenas da memória, mas uma tentativa de compreender a própria trajetória. Ambas as vozes discutem perdas. Perdas no âmbito político, c/a omissão dos passivos, a ambivalência dos que tiveram a sorte de escapar da repressão. E a separação como algo que rompe mas não nos destrói. Como a vida!
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Aegla.Benevides 07/02/2021

Muita expectativa para pouca entrega
Formas de voltar para casa vende-se como um livro que "narra as memórias ? ouvidas e vivenciadas ? de um homem cuja infância se passou durante a ditadura de Augusto Pinochet, no Chile". Porém, se o que você procura é um contexto histórico bem feito, cuja experiência no passado do personagem principal reverbera fortemente no seu futuro, não é isso que você vai encontrar nessas poucas páginas.
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Apesar dessa edição da @tusquestseditores que particularmente achei lindíssima (e provavelmente comprarei outros livros do autor por causa disso), a história não convence. Iniciamos o livro com um enredo baseado na amizade de duas crianças, construída a partir de uma situação curiosa em meio à ditadura de Pinochet. Porém, logo em seguida, descobrimos que esse início, na verdade, se trata do livro que o protagonista está escrevendo, e a "verdadeira" trama se desenvolve com esse protagonista já adulto ? arrisco dizer que se Zambra tivesse desenvolvido todo o livro a partir do enredo inicial, teria sido muito melhor.
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Fora alguns fatos que, sim, são importantes na história e dizem respeito à ditadura, o restante é muito "vida real". Um protagonista que tenta salvar o casamento, tem uma relação complicada com os pais, encontra um amor platônico da infância, sofre a síndrome do escritor sem inspiração, etc. No fim, fica a sensação de que a ditadura (que foi o que me chamou atenção inicialmente na sinopse) poderia ter sido muito melhor explorada na história.
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Por fim, como citei inicialmente, pretendo ler mais livros do autor porque gostei da escrita. Formas de voltar para casa, no entanto, vai inevitavelmente pra lista das leituras "mais ou menos" do ano.
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Michelle Trevisani 12/10/2016

Lindo!
Neste livro, vamos acompanhar a história de um garoto que cresce durante o período ditatorial de Pinochet no Chile, na cidade de Mapuí. O nome do garoto pouco importa, mas a narrativa sugere quase uma auto-biografia. Todos os outros personagens do livro têm seus nomes muito bem designados. Mas nosso autor e personagem principal passa despercebido. Ele cresce e se torna autor, ou pelo menos tenta. E revela que seu livro vai contar a história de seus pais, vai contar a história de sua ex esposa. É da aprovação desta história que nosso autor necessita.

O livro vai e volta, na história vivida e na história escrita por nosso personagem principal. Com reflexões suaves do período da ditadura, acompanhamos histórias de famílias que se escondem e ajudam os que estão à margem, e de famílias que escolhem não se envolver, que acreditam que tudo o que acontece é normal e que uma hora vai passar.

Falando assim parece um pouco confuso: duas histórias em uma. Mas Zambra consegue delinear muito bem as duas histórias e as casa perfeitamente. Vemos muitas vezes nosso personagem principal frustrado com os pais que tem, pouco assíduos da política, pouco informados. Quando depois do terremoto que acontece em 1985 conhece uma garota chamada Cláudia que tem uma vida cheia de segredos, percebe que não consegue ficar calado mais, que precisa saber. E ser espião a mando de Cláudia parece ser uma forma de tentar entender um pouco mais sobre o que está acontecendo a sua volta.

Formas de voltar para a casa trás a busca de um garoto que cresceu por respostas. Trás a perseguição constante pelo que ficou com entonação de "buraco" na vida. Parece que o personagem principal busca incessantemente se encontrar, tenta achar significados para sua infância, para a política em geral, para os sentimentos da família e dos que estavam ao redor. Em alguns momentos essa busca por sua "casa" é preenchida, mas em outros parece que nosso pequeno garoto que cresceu em meio à ditadura permanece perdido. Um livro leve e significativo, suave mas ao mesmo tempo reflexivo, que nos remete ao que vivemos aqui no Brasil também: uma política opressiva e pouco transparente, capaz de fazer com que pessoas se sintam perdidas de propósito, que esqueçam o caminho, o caminho de volta pra casa.

Leia o restante da resenha no meu blog >> Livro Doce Livro;

site: http://meulivrodocelivro.blogspot.com.br/
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Mello 29/04/2024

Eu fui esperando uma história comovente contada por uma criança e não é bem isso. A primeira parte da história é contata por uma criança mas os capítulos seguintes são o mesmo personagem adulto. Os capítulos flutuam entre as relações familiares, com os pais e com a esposa (ex), e sua relação com a escrita. As cenas são meio frias. Me lembrou filmes europeus, em que tratam as coisas profundas como superficiais, mas não acho que seja isso. Acho que é uma apresentação seca das emoções.
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Alexandre Silveira 29/05/2016

Uma dolorosa volta ao passado.
A forma como Zambra descreve as mais insignificantes lembranças é tocante. Faz pensar que a vida é feita disso... sim, a vida é feita disso: momentos insignificantes, que se tornam importantes. Se tornam importantes a partir do momento que não conseguimos mais esquecê-los.
Achei interessante, também, o fato de que o narrador-personagem empresta sua voz para os outros personagens da história. E o efeito disto é belíssimo: o narrador doa sua alma para o outro e esquece de si mesmo, dando uma oportunidade para que o outro possa, também, relembrar seus momentos e sentimentos. Aqui, o narrador é apenas um ser humano, e isso é a característica mais marcante: é meramente um personagem secundário dentro da própria história. Da história que ele, após percorrer tantas lembranças dolorosas e tomar consciência de sua insignificância, se esforça para construir, e o efeito disso é angustiante.
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Ana Passarelli 09/01/2022

A vida como enredo
Um escritor que busca em suas memórias a oportunidade de concluir sua obra. Viver e reviver, ainda que as idas e vindas não sejam tão envolventes ao leitor.
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Mariana.Abreu 07/02/2016

Muito bom!
Meu tipo de livro. Intrigante de um jeito único. Profundo, irreverente, inteligente, sensível. Amei!
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sbvrsve 26/12/2021

Ótima apresentação ao autor
Fui cativada pela escrita de Zambra nessas poucas páginas. Leitura curta e agradável.

"Caminhei ontem à noite durante horas. Era como se quisesse me perder por alguma rua nova. Me perder absoluta e alegremente. Mas há momentos em que não podemos, não sabemos nos perder. Ainda que tomemos sempre as direções erradas. Ainda que percamos todos os pontos de referência."
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