Formas de voltar para casa

Formas de voltar para casa Alejandro Zambra




Resenhas - Formas de Voltar para Casa


102 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Juliana Ribeiro 06/12/2015

Um livro delicado
Esse foi o primeiro livro que li de Alejandro Zambra. Fiquei com vontade de ler outros títulos desse autor.
Acho muito difícil escrever sobre esse livro, pois achei muito diferente. Uma narrativa delicada e poética, onde as pausas, o silêncio e o vazio também contam a história.
Uma história sobre "personagens secundários", que tem como pano de fundo a ditadura de Pinochet. Mas que vai muito além do contexto político.

"Observo os carros, conto os carros. Me parece triste pensar que nos assentos traseiros vão meninos dormindo, e que cada um desses meninos recordará, alguma vez, o antigo carro em que anos atrás viajava com seus pais."

É preciso ler o livro.
comentários(0)comente



Mariana.Abreu 07/02/2016

Muito bom!
Meu tipo de livro. Intrigante de um jeito único. Profundo, irreverente, inteligente, sensível. Amei!
comentários(0)comente



Ana Passarelli 09/01/2022

A vida como enredo
Um escritor que busca em suas memórias a oportunidade de concluir sua obra. Viver e reviver, ainda que as idas e vindas não sejam tão envolventes ao leitor.
comentários(0)comente



Alexandre Silveira 29/05/2016

Uma dolorosa volta ao passado.
A forma como Zambra descreve as mais insignificantes lembranças é tocante. Faz pensar que a vida é feita disso... sim, a vida é feita disso: momentos insignificantes, que se tornam importantes. Se tornam importantes a partir do momento que não conseguimos mais esquecê-los.
Achei interessante, também, o fato de que o narrador-personagem empresta sua voz para os outros personagens da história. E o efeito disto é belíssimo: o narrador doa sua alma para o outro e esquece de si mesmo, dando uma oportunidade para que o outro possa, também, relembrar seus momentos e sentimentos. Aqui, o narrador é apenas um ser humano, e isso é a característica mais marcante: é meramente um personagem secundário dentro da própria história. Da história que ele, após percorrer tantas lembranças dolorosas e tomar consciência de sua insignificância, se esforça para construir, e o efeito disso é angustiante.
comentários(0)comente



meriam lazaro 26/07/2016

Formas de voltar para casa
Livro mais extenso de Zambra (que eu li), com 160 páginas, 4 capítulos de leitura envolvente e veloz. Nas histórias de Zambra personagens fictícios convivem com personagens reais, escritor interage com leitor, livros queridos servem ao diálogo sobre literatura, poemas filmes e músicas são lembrados. A escrita, temos impressão, fala sobre si mesma, mais ou menos como disse Antonio Machado: “Caminante, no hay camino, se hace camino al andar.” O leitor sofre, por antecipação, quando vê que há poucas páginas à frente. Diante disso, ousei inovar na leitura. Comecei pelo capítulo 4: ESTAMOS BEM. Li na sequência o capítulo 3: A LITERATURA DOS FILHOS. Passei para o capítulo 2: A LITERATURA DOS PAIS. Até regressar ao capítulo 1: PERSONAGENS SECUNDÁRIOS. Quando o escritor fala diretamente ao leitor todos os caminhos conduzem de volta para casa, seja essa a casa da infância, ou as vozes que querem ser bem ditas para um passado a limpo. Mescla de história pessoal e geracional, cenário familiar e panorama político do Chile de Pinochet; enfim, tudo que contribuiu para o desenvolvimento e a angústia de crianças e adolescentes: personagens secundárias dos acontecimentos da década de 70 e de 80 do século XX. Mais não posso dizer, sem estragar a surpresa da leitura. Ler Zambra pode nos oportunizar escrever a quatro mãos a própria história. Ah, ele se utiliza muito dos dois pontos (Também já disse isso).
Eu aqui brinco com o sinal de passagem: vermelho: daltônico: verde:
comentários(0)comente



Dani.Peghim 04/08/2016

Cativante
Um livro muito cativante, que nos mostra as memórias do narrador/autor como chave para que escreva um romance quando já adulto. O livro mostra a forma como as vezes na vida, simplesmente nos deixamos levar pelo que acontece a nossa volta, como se fôssemos personagens secundários na nossa própria história, o que me fez questionar muito sobre a vida, sobre como viver. Esse é meu segundo contato com Zambra e só posso dizer que esse autor me conquistou como leitora, apesar das poucas páginas de seus livros, esse e A Vida Privada das Árvores me mostraram livros intensos, sensíveis e reflexivos. Gostei muito.
comentários(0)comente



PERFIL DESATIVADO - NÃO SIGA 05/09/2016

Achei o mais fraco do Alejandro Zambra. Não que seja um livro ruim, porém foi o que menos me tocou. Consegui me identificar bem mais com os personagens e situações de outros livros, já nesse, me senti indiferente com relação à tudo. As próprias menções à ditadura não surtiram o efeito que teriam que causar em mim.
Enfim, o livro é muito bem escrito e narrado, e acho muito injusto dar menos de 3 estrelas pra um livro desse autor (já que amei tanto os outros) mas não consegui me conectar.
comentários(0)comente



claudia 12/01/2022

na época não sabíamos os nomes das árvores ou dos pássaros. não era necessário. vivíamos com poucas palavras e era possível responder todas as perguntas dizendo: não sei. não achávamos que isso fosse ignorância. chamávamos de honestidade.
comentários(0)comente



hanny.saraiva 15/09/2016

Todo livro deveria seguir um pouco da concisão de Zambra
Leve, saudosista, cheio de memórias que permeiam a vida atual, Formas de voltar para casa é um livro para se ler em uma tarde.

Citações preferidas:
- Os dias passaram como uma rajada de vento.
- Ele ficou como um vento forte de verão, muita fúria e nenhum frio.
- Gosto muito que meus personagens não tenham nome. É um alívio.
- Enquanto os adultos matavam ou eram mortos, nós fazíamos desenhos num canto.
- Quando crescesse eu ia ser uma lembrança.
comentários(0)comente



Carla 25/09/2016

sensivel
A narrativa se passa no período ditatorial de Pinochet no Chile, na cidade de Mapuí.
Ao contrário das histórias narradas em períodos semelhantes em qualquer parte do mundo, onde são contadas histórias de mortes, perseguições políticas e asilos em outros países, em “Formas de voltar para casa” o nosso narrador conta a sua frustração pois seus pais vivem a margem dos acontecimentos políticos vivenciados no Chile. Sua frustração aumenta quando em conversa com seus pais percebe o receio, a falta de vontade política e alienação da família como um todo. Sua vida muda a partir do terremoto de 1985 onde conhece Claudia, uma menina mais velha com uma vida imersa em segredos.
Mais velho, nosso narrador se forma na universidade e começa a escrever sobre o terremoto pois o considera o acontecimento mais importante de sua vida, visto que foi a primeira vez que pensou na morte e onde conheceu Claudia. A partir de suas buscas para a escrita do seu livro começa a se envolver com assuntos políticos e descobre os segredos de Claudia, levando-o a refletir quanto a sua posição na sociedade chilena.
Escrita primorosa, sensível e humana. Livro que recomendo e com certeza lerei mais livros do autor.
comentários(0)comente



Nanda 09/10/2016

Formas de Voltar para Casa
Uma leitura leve mas com uma escrita muito aproveitosa! Bem diferente do que tinha lido, gostei porém achei vago.
comentários(0)comente



Michelle Trevisani 12/10/2016

Lindo!
Neste livro, vamos acompanhar a história de um garoto que cresce durante o período ditatorial de Pinochet no Chile, na cidade de Mapuí. O nome do garoto pouco importa, mas a narrativa sugere quase uma auto-biografia. Todos os outros personagens do livro têm seus nomes muito bem designados. Mas nosso autor e personagem principal passa despercebido. Ele cresce e se torna autor, ou pelo menos tenta. E revela que seu livro vai contar a história de seus pais, vai contar a história de sua ex esposa. É da aprovação desta história que nosso autor necessita.

O livro vai e volta, na história vivida e na história escrita por nosso personagem principal. Com reflexões suaves do período da ditadura, acompanhamos histórias de famílias que se escondem e ajudam os que estão à margem, e de famílias que escolhem não se envolver, que acreditam que tudo o que acontece é normal e que uma hora vai passar.

Falando assim parece um pouco confuso: duas histórias em uma. Mas Zambra consegue delinear muito bem as duas histórias e as casa perfeitamente. Vemos muitas vezes nosso personagem principal frustrado com os pais que tem, pouco assíduos da política, pouco informados. Quando depois do terremoto que acontece em 1985 conhece uma garota chamada Cláudia que tem uma vida cheia de segredos, percebe que não consegue ficar calado mais, que precisa saber. E ser espião a mando de Cláudia parece ser uma forma de tentar entender um pouco mais sobre o que está acontecendo a sua volta.

Formas de voltar para a casa trás a busca de um garoto que cresceu por respostas. Trás a perseguição constante pelo que ficou com entonação de "buraco" na vida. Parece que o personagem principal busca incessantemente se encontrar, tenta achar significados para sua infância, para a política em geral, para os sentimentos da família e dos que estavam ao redor. Em alguns momentos essa busca por sua "casa" é preenchida, mas em outros parece que nosso pequeno garoto que cresceu em meio à ditadura permanece perdido. Um livro leve e significativo, suave mas ao mesmo tempo reflexivo, que nos remete ao que vivemos aqui no Brasil também: uma política opressiva e pouco transparente, capaz de fazer com que pessoas se sintam perdidas de propósito, que esqueçam o caminho, o caminho de volta pra casa.

Leia o restante da resenha no meu blog >> Livro Doce Livro;

site: http://meulivrodocelivro.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Gabriel.Flores 05/01/2023

Formas de voltar para casa
O relato mais intimista que já li. Te faz quase sentir desconfortável, constrangido, diante de tanta autoexposição. Uma arqueologia do próprio ser em busca de uma resposta que nunca poderia ser reconfortante. Obra-prima.
comentários(0)comente



Uilians 26/09/2017

Livrao
muita gente gosta desse livro e só posso dizer que essa devoção não é à toa. Uma história que oca em feridas da amaerica latina, fala do passado família, do oficio da escrita. Zambra é um escritor que merece ser lido para quem gosta de literatura
comentários(0)comente



Steph.Mostav 18/01/2021

Uma história sobre uma história
Terceiro livro do Zambra que leio e a cada novo romance seu projeto literário fica mais evidente, principalmente sobre a relação entre ficção e realidade. O livro tem duas narrativas que tem pontos semelhantes, mas tratam de personagens distintos. A primeira é de uma criança de 9 anos durante o período da ditadura chilena. Esse ponto de vista é inusitado porque o garoto nunca chegou a perder algum familiar ou sofreu perseguições, já que seus pais se mantiveram neutros com relação ao ditador e, nessa conivência com o que há de mais terrível, estão à margem de quem realmente agiu pela justiça. O segundo narrador é um adulto com uma história bastante semelhante à desse garoto, porque é o escritor responsável pela história anterior, uma espécie de autoficção. Ele se sente culpado pela posição política dos pais, a que se deu conta somente com a maturidade. Muitos dos acontecimentos da infância que ele não entendia só conseguiu atribuir um significado quando adulto, e essas memórias só adquirem um sentido quando ele as modifica através da ficção. É um romance sobre a relação entre pais e filhos em diferentes épocas da vida e como eles se influenciam mutualmente e, por conseguinte, na relação entre passado e presente.
comentários(0)comente



102 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR