O homem que confundiu sua mulher com um chapéu

O homem que confundiu sua mulher com um chapéu Oliver Sacks




Resenhas - O Homem que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu


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Marcus 20/07/2015

Os mistérios da mente humana
Se ser "normal" já é tão difícil, um acidente ou disfunção mental pode tornar tudo muito complicado para o paciente e as pessoas que o cercam. Mas pode ser, também, que o paciente nem sequer tenha consciência de ser "diferente". E, afinal, o que é ser "normal"? Esse é o tema do neurologista inglês Oliver Sacks em O homem que confundiu sua mulher com um chapéu - e outras histórias clínicas. Lançado em 1985, o livro reúne 24 ensaios sobre casos de perda parcial ou total da memória e problemas mentais como o autismo.

Os casos são desconcertantes, como a da mulher de 27 anos e dois filhos que perdeu a consciência do próprio corpo: se estivesse sentada e fechasse os olhos, caía da cadeira. Só conseguia se mover com segurança se estivesse olhando para os pés ou para as mãos. Não tinha a capacidade de perceber o próprio corpo, sua localização no espaço, a posição de cada parte em relação às outras. Perdera a propriocepção.

Sem ser sensacionalista ou cair na armadilha do pieguismo, Sacks relata as histórias e tratamentos de pacientes que passaram por seu consultório. Como o caso da mulher de 89 anos que passou a viver uma euforia com a vida, e foi diagnosticada com "a doença do cupido", manifestação de sífilis neurológica contraída 60 anos antes. Ela pede para não ser curada, pois está feliz.

"Investigamos os problemas físicos e mentais de nossos pacientes, não os seus talentos", comenta o autor no caso da moça alienada criada pela avó. Após a morte de sua tutora, quando tudo poderia dar errado, a jovem já em tratamento se revela excelente atriz de teatro.

O neurologista e autor vive nos EUA há muitos anos. Além de grande médico e pesquisador, é excelente escritor; transforma as histórias clínicas não em curiosidades mórbidas, mas em relatos tocantes que, muitas vezes, questionam a própria ciência e instigam a reflexão. De sua vasta obra, li e recomendo muito também Um antropólogo em Marte, de 1995, que reúne mais casos clínicos extraordinários e contribui para demolir preconceitos. Você pode precisar confiar sua vida a um cirurgião, e gostaria que ele fosse um dos melhores, certo? E se soubesse que ele sofre de uma síndrome que o acomete de tiques mentais e físicos?

A obra de Sacks vem inspirando roteiristas e adaptações para o cinema. Tempo de despertar (1990), com Robin Williams e Robert De Niro, foi adaptado de seu livro lançado em 1997 que tem o mesmo título em português.

Oliver Sacks, que completou 82 anos de idade em 9 de julho, recebeu no começo deste ano a notícia de que tem apenas alguns meses de vida. Sofre com a metástase de um câncer em estágio avançado no fígado. Em 19 de fevereiro, publicou um artigo de despedida no jornal The New York Times, em que admite sentir medo, mas afirma que seu maior sentimento é de gratidão:

"Sinto-me intensamente vivo, e quero e espero, no tempo que me resta, aprofundar minhas amizades, dizer adeus aos que amo, escrever mais, viajar, se eu tiver forças, alcançar novos níveis de compreensão e entendimento."

Vale conferir a bela homenagem a Oliver Sacks feita por Maria Popova em seu site Brain Pickings.

site: www.blogbeatnik.blogspot.com
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Nena 13/02/2016

A mente humana é mesmo um labirinto. Esse livro aborda vários casos de neuropatias, dentre elas, agnosia visual e de desenvolvimento, anmésia retrógrada, propriocepção, paralisia cerebral, negligencia unilateral, afasia, síndrome de Tourette, síndrome de korsakov, anosmia, debilidade mental e autismo.
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Carmem.Toledo 20/04/2016

Neurologia com rara sensibilidade
Oliver Sacks sempre surpreende com seus textos sensíveis e carregados de conhecimento sobre as mais diversas áreas - e não só sobre medicina. Neste livro, o neurologista inglês relata casos verídicos de gêmeos autistas savants, uma mulher que perde o controle sobre o próprio corpo, Síndrome de Tourette, alucinações, um artista autista, entre outros. A escrita de Sacks é romanceada, apesar de tratar de medicina, fazendo com que sua compreensão esteja ao alcance de todos, médicos ou não.

site: http://superspecialis.blogspot.co.id/2015/02/autismo.html
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Braguinha 03/07/2016

Bom passatempo
Relatos sobre neurociência, área onde o autor é especialista. Causos pequenos de seus pacientes. Desinteressante.
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Mauro.Costa 02/11/2017

Resgatando honras
A primeira vez que ouvi falar de Oliver Sacks deve ter sido como todos que conheceram o talentoso médico neurologista e escritor, por meio do filme "Tempo de Despertar". Tanto que na época em que assisti o filme me empolguei e li "A Ilha dos Daltônicos". Nesse "O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu", Sacks traz mais um amplo leque de estudos de casos de pessoas com distúrbios neurológicos diversos. Muitos casos são tão estranhos para nós, ditos "normais". Mas são trazidos de uma maneira generosa e eu diria que até carinhosa, como um resgate da honra daquelas pessoas tradicionalmente tratadas com desprezo. O último capítulo, em particular, me tocou bastante, por abordar o caso de um rapaz autista e seu caminho de inclusão. Certamente resgatarei outras obras de Sacks.
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skuser02844 01/03/2024

Doenças do cérebro
Um livro incrível sobre neurologia contado do ponto de vista médico. Trata-se das doenças que acometem o sistema nervoso tornando os pacientes confusos e debilitados devido a traumas ou problemas hereditários. A importância de procurar ajuda e o quanto é importante que a família acompanhe o paciente ajudando-o a se adaptar as suas novas limitações.
De início foi o título que me chamou a atenção e atiçou minha curiosidade. Entre informativo e engraçado foi mais interessante do que pude imaginar.
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Coruja 06/03/2014

Eu provavelmente nunca teria lido esse livro se não fosse pela indicação dele pela Débora. Não necessariamente porque eu não leia livros ‘técnicos’, mas porque normalmente me concentro em História, Lingüística e Política quando me aventuro pelas estantes de não-ficção e O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu está mais relacionado à área de interesse do meu irmão, que é estudante de medicina...

Seja como for... decidi me aventurar pelas páginas da neurociência... e o resultado foi bastante surpreendente.

Oliver Sacks sabe contar uma história, sabe envolver o leitor nas narrativas dos casos com que trabalhou. Mais importante talvez seja o fato de que as ‘curiosidades’ de que ele trata nesse livro são coisas próximas de nós – abstratamente, o medo de perder a memória e a noção de si mesmo, concretamente, a relação com familiares mais idosos que podem estar passando por situações semelhantes.

Note-se ainda que não existe um distanciamento frio dos pacientes, um tratamento de ‘rato de laboratório’ – que era um dos meus receios logo que comecei a ler e me deparei com um prólogo repleto de referências a teorias e sumidades na área de neurologia.

Há, claro, a curiosidade natural em torno de situações que nos parecem quase irreais – o homem que confunde sua esposa com um chapéu por não ser mais capaz de reconhecer rostos, outro cuja memória aparentemente parou em 1945 e é incapaz de reter qualquer coisa recente -, mas existe também uma preocupação muito humana na forma como se respeita as limitações dadas pela doença e se tenta reinserir essas pessoas no convívio social.

Ao mesmo tempo, algumas das situações descritas parecem ter saído dos nossos piores pesadelos. Eu fiquei arrepiada com a história da mulher que, por conta de uma neuropatia, acabou perdendo o comando de todos os músculos do corpo, ficando com a sensação de, nas palavras dela, estar desencarnada.

Curiosamente, terminei o volume tendo me auto-diagnosticado com meia dúzia de síndromes, em especial as de manias...

A despeito de ser um livro voltado para a área de neurologia, com estudos de caso, não são tanto os termos técnicos – exceto nos capítulos introdutórios para cada uma das partes - e mesmo eles são compreensíveis dentro do contexto apresentado. É um volume bem interessante, que gostei bastante de ter conhecido.


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2014/02/clube-do-livro-fevereiro-o-homem-que.html
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#Luzbel 29/10/2019

O homem que confundiu sua mulher com um chapéu...
O título deste livro é divertido, chama para a leitura com um tom descontraído, porém possui um conteúdo mais denso.
Escrito para ser acessível a todos os públicos, peca nesse quesito por possuir termos complicados aos leigos.
Porém,na soma de todos os relatos trazidos, há coerência.
Conseguimos adentrar no mundo proposto pelo autor e nos aprofundar mais nos mistérios, curiosidades e belezas da mente humana.
É um ótimo livro para abrir nossos olhos para várias questões, desde fisiológicas até mesmo filosóficas e morais.
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Maitê 08/12/2019

Esperava que fosse tão bom quanto Um Antropólogo em Marte, mas apesar de ter casos interessantes ele passa rápido demais por eles, ficando só a escrita técnica.
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Darllan.Senna 14/01/2020

Humanidade
"O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu" procura através de anomalias neurológicas complexas abordar questões que estão muito além da medicina moderna. Questionar se um paciente possui ou não alma em determinadas circunstâncias ou defender que uma doença pode agregar perspectivas positivas para o paciente são elementos interessantíssimos como objetos de reflexão. Outra questão importante é a desconstrução de uma medicina extremamente mecanicista adotada hoje em via de regra. O Dr. Oliver Sacks apoia um tratamento mais humano e pessoal do que aqueles convencionalmente observados. Apesar da leitura apresentar alguns obstáculos para nós leigos justamente pelo uso ocasional de jargões, a obra vale muito como expansão do entendimento da condição humana. Não somos meras máquinas! Não podemos ser reduzidos a generalidades. Apresentamos entre nós semelhanças e diferenças sendo, portanto complexos em qualquer tentativa de definição.
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Laura 28/01/2020

Queria que as minhas aulas de neurologia fossem tão interessantes e tão boas quanto esse livro! Eu recomendo mesmo para que não gosta muito de neurologia ou não sabe muito sobre.
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Jumpin J. Flash 21/08/2009

Curiosíssimo
Esse livro, que relata vários casos clínicos de pessoas com danos no hemisfério direito do cérebro, é muito interessante. Atenção para o caso dos gêmeos que por diversão trocavam entre si números primos: quem for atento perceberá na história uma conexão com uma cena de RAIN MAN. Não é por acaso: Oliver Sacks colaborou no roteiro do filme.
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PatyMenk 01/03/2013

Muito parecido com UM ANTROPOLOGO EM MARTE.
Embora traga mais do mesmo, o mesmo continua excelente.
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Moreno 27/03/2020

Percepção
O livro em si, tratando do assunto da percepção e de como isso pode ser alterado com facilidade, é muito bom, tive que ler pelo meu curso, mas acabei me apegando a livros de Oliver Sacks pela facilidade de leitura e compreensão do assunto que é muito interessante.
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