Os Pássaros

Os Pássaros Frank Baker




Resenhas - Os Pássaros


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Gi Gutierrez 13/05/2018

Li esperando ver nas suas páginas o filme de A. Hitchcock... o que encontrei foi uma grata surpresa.
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Galáxia de Ideias 16/02/2018

Um clássico que merece ser lido

Os pássaros, um número muito maior do que até então costumavam ser vistos, a princípio apenas observam a cidade e sua população, que os acha bonitinhos e graciosos. Eles, porém, adoram sujar tudo com seus excrementos e até mesmo incomodam mais do que seria aceitável.

Até que uma mulher, em uma cabine telefônica, inesperadamente morre de causas não reveladas.

Pelo menos até um jovem nos seus vinte e cinco anos e com uma vida regrada e trabalhadora descobrir, tarde demais, que o objetivo dos pássaros é muito mais sinistro do que o princípio sugeria e agora ele tem de descobrir o que há por trás disso. Contando com a ajuda da soviética Olga, que será uma peça chave para o que virá.

Se ele vai descobrir, o único modo de saber é embarcando na aterrorizante jornada criada por Frank Baker em um livro que se tornou por merecimento um clássico do terror. “E o cinema?

Essa provavelmente era a diversão mais influente oferecida aos homens e mulheres. Como o rádio, poderia ser usufruído a quase todas as horas do dia, embora, diferentemente do rádio, não ficasse dentro de casa. (Tenho certeza de que logo estaria. No meu tempo, eles estavam encaminhando nessa direção.) Um homem tinha que ir a teatros especiais para conseguir este tipo particular de fuga da realidade.

Eu sei que o meu post dessa semana deveria novamente vir da Argentina. Porém, escrevendo um novo livro, um terror com vampiros já todo formado na minha cabeça, me veio a vontade falar de um dos melhores, porém mais incômodos, livros que li em 2017.


Antigo? Sim. Atual? Igualmente. A construção da minha fala, pelo menos no ponto de vista de um purista da língua portuguesa, soa contraditória e até sem sentido. Garanto, entretanto, que faz muito. Muito mesmo, ainda mais quando o autor descreve, com uma minúcia que muito bem poderia ser a nossa realidade em 2018, a vida real da Londres de 1935.

O pior de tudo, porém, é que, desde o começo do livro, sabemos que o protagonista e narrador, nessa ocasião um homem nos seus oitenta e cinco anos, há sessenta vive em um mundo completamente arruinado cujas profundezas nunca chegamos realmente a desvendar. O que sabemos, porém, é suficiente para nos perguntar como o mundo se reergueu depois do “advento dos pássaros”, ainda mais quando fica implícito que a maioria das coisas que conhecemos como o básico não mais existe. Como uma distopia daquelas que hoje são livros tão comuns. Considerando que isso fica claro desde o início do livro, não considero spoiler, porém, como tudo aconteceu é sim, por isso não posso detalhar como eu gostaria. Posso comentar, entretanto, que a cena é aterradora, digna de um filme de terror. Bem pior que no filme de Hitchcock.

O mais aterrorizante, porém, é bem mais que só a ameaça dos pássaros. É a capacidade das pessoas de não levarem a vida a sério quando realmente precisa. A falta de iniciativa da maioria em mudar o que está errado. Não assumir o que realmente sentem. Serem capazes de se permitir declinar pelo ritmo da falta de moral do mundo. Tudo isso, somado a uma narrativa em primeira pessoa que intercala passado e presente, torna a leitura uma excelente experiência, mas também incômoda até não poder mais. Inclusive eu demorei a terminar o livro porque me identifiquei muitas vezes com o narrador e identifiquei várias situações da vida real que não raras vezes me alteram o humor. Fica difícil pensar sem sentir mal e assustado em como as pessoas no livro simplesmente não se davam conta do perigo em volta delas e só tarde mais é que elas foram notar.

Outros, e certamente os mais aterrorizantes, pontos da trama são: de onde vem os pássaros e o que eles realmente são? Durante boa parte da história o autor apenas diz que tentaram capturar, espantar ou matar os animais, mas que não fizeram sequer um arranhão. No entanto, duas cenas do livro dão uma séria pista, ou esclarecem, sobre do que realmente se tratam os pássaros e isso é o que mais realmente assusta o leitor, pois ninguém teria pensado em uma (quase) solução tão inacreditável, mas ao mesmo tempo tão cheia de sentido. De tal forma que você fica pensando no livro um bom tempo depois de ler.

Não apenas fica pensando na leitura, mas também apreciando a edição caprichadíssima da Darkside Books, com sua lombada em preto e branco e o corte das folhas pretas. Isso sem contar as folhas amareladas e o excelente espaçamento da fonte que está em muito bom tamanho e igualmente confortável para a leitura.

Sei que o texto ficou mais curto do que geralmente faço, de novo, mas apesar de Os Pássaros ter me marcado bastante, falar dele não dá nem um terço do que realmente vocês podem esperar do livro. Mas posso deixar um aviso: se avistar um pássaro estranho, não abra a janela.


Resenha postada originalmente no Blog Galáxia de Ideias - Escrita por Renata Cezimbra

site: http://www.galaxiadeideias.com/2018/02/resenha-os-passaros-frank-baker.html
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Déia 08/12/2022

Embora eu tenha achado uma leitura muito agradável, pra gosto do cenário, eu achei que faltou um pouco mais sobre o pós, o depois da queda. Enrolou muito em algumas partes e o final ficou a desejar. Mas, apesar de tudo, eu recomendo a leitura, me fez querer saber um pouco mais.
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@plataformadolivro 20/11/2016

Comecei a ler com a expectativa de um romance, como no filme, mas é mais um relato de um pai para uma filha. Hitchcock não adaptou a história em si para seu filme, apenas a concepção central.
O narrador é um sobrevivente doa ataques dos pássaros em Londres e acompanhamos com ele a chegada dos pássaros, e o pavor que assola a cidade em suas perseguições e ataques. Ninguém sabe dizer de onde vieram nem o porquê de agirem de tal forma. As pessoas que tentavam atacá-los acabavam machucadas enquanto eles saíam ilesos.
“Ninguém até então havia sido capaz de matar ou capturar uma daquelas pragas. Pelo contrário, um considerável número de pessoas engajadas em combatê-las tinha morrido.”
“É uma coisa que não pode ser compreendida, podemos apenas nos assombrar a seu respeito.”
O autor nos faz viver os dilemas mais profundos do personagem. Mais para um suspense que terror, o livro nos remete a um caos apocalíptico onde através de uma lenta e descritiva narrativa, o narrador nos leva a diversos momentos de sua vida.
“Era perda de tempo olhar um segundo que fosse para o passado; tudo isso já estava morto.”
O livro não possui divisão por capítulos, mas é dividido em três partes: o que torna bastante difícil interromper a leitura. Nas últimas 20 páginas melhora consideravelmente e nos passa uma lição: devemos encarar nossos medos de frente para que eles não nos atormentem mais.
Bruno Oliveira 03/01/2017minha estante
Estou lendo, mas achando um saco, é descrição que não acaba mais e o protagonista não tem nada de interessante nem em si, nem em sua perspectiva sobre o mundo.




Mah 07/10/2017

Os pássaros
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O livro começa com uma introdução feita por Ken Mogg, contando um pouco da vida de Frank Baker e do cineasta Alfred Hitchcock. Para aqueles que não sabem Alfred Hitchcock produziu o filme ?Os pássaros? em 1963 e nos créditos de tal filme consta que a história é baseada nos contos ?os pássaros?, da escritora Daphne du Marier. Quase trinta anos depois do lançamento, o romance de Frank Baker ganhou repercussão quando o autor ameaçou processar tanto Hitchcock quanto du Marier pela história utilizada no filme que seria segundo Baker a mesma de seu livro.
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O autor é muito detalhista em sua história, o que tornou, na minha opinião, a leitura um pouco arrastada, pois Baker detalha muitas coisas sem muita importância para história.
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O narrador nos conta sobre sua bissexualidade, angústias, de seu emprego monótono e claro sobre os pássaros, foco da história. Em outros pontos da história ele nos fala também sobre a sociedade daquela época, e com isso vemos varias semelhanças com a sociedade atual, tanto que parece que Baker já sabia como seria a sociedade do ?futuro?. Sobre os pássaros, quando peguei o livro para ler achei que a história seria entorno deles, e não foi o que senti, senti que os pássaros ficaram em segundo plano na história.
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Além da leitura ser lenta, senti que ficaram algumas lacunas na história e por ser um romance (sim leitores!, apesar de algumas cenas violentas que os pássaros protagonizam, o livro é um romance) a esposa do narrador principal aparece bem pouco na história, o que me deixou bem curiosa em saber mais sobre ela.
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Esta edição de capa dura que a Darkside lançou é a versão fiel e definitiva, revisada pelas próprias mãos do autor Frank Baker em 1964, pois foram feitas varias edições sem algumas partes que encontramos nessa edição, pois Baker além de revisar incluiu algumas partes que não continham nas edições passadas.
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Simone.GAndrade 19/05/2017

Que criaturas são essas?!?
Se você espera encontrar suspense, terror ou algo parecido esqueça!!! O livro os pássaros trás uma abordagem mais reflexiva, num clima pós-guerra mundial, o personagem central um senhor de certa idade narra depois de muita relutância a sua filha, lembranças vividas numa velha Londres obscurecida com a chegada dos pássaros, um marco importante de mudança e reviravolta em sua vida. Os pássaros remetem a um significado mais profundo da verdadeira natureza humana com todos seus demônios internos, por exemplo no trecho que ele finalmente encara a criatura que o persegue e vê nos olhos da criatura "a alma que eu havia expulsado de mim há tanto tempo. E ela era abominável" e como aquele encontro mudou sua perspectiva de vida e como a sua alma havia se enchido de vida novamente. O livro trás várias criticas sociais, religiosas, entre outras questões. Tem vários trechos da leitura que são arrastados e dá um certo desanimo, o próprio narrador se perde em suas lembranças esquecendo da existência dos pássaros, mas no trecho final vários acontecimentos desperta o leitor e no final aquela velha pergunta - Qual será o verdadeiro significado dos pássaros?!? Pergunta essa que a própria Anna se faz no final.
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Jordana Martins(Jô) 22/05/2017

Os pássaros | Fenômeno natural ou castigo divino?
Lançado no segundo semestre deste ano, o livro homônimo do filme de Alfred Hitchcock, tanto que achei que era o roteiro do filme a ser publicado, mas não o livro é do autor Frank Baker. Confesso nunca ter ouvido falar do mesmo até o livro chegar a minhas mãos. Então a DarkSide Books resolveu publicar este livro, que foi rotulado como suspense e terror, mas que no fim das contas não foi isso que me pareceu.
O livro é narrado em primeira pessoa. O narrador conta a história para a sua filha Anna e pede que a mesma a escreva tal qual ele a conta. O narrado relata os fatos que ocorreram desde a primeira aparição de misteriosos pássaros, pois a sua filha sempre lhe perguntava que pássaros eram esses do passado. Se era um modo linguístico dos mais velhos de falar ou se de fato tais aves existiram.

“Antes da chegada dos pássaros” era uma frase que meu pai usava muito. Quando criança, dei pouca atenção a tais palavras; elas formavam somente uma sentença em uma linguagem de adulto com qual não me importava.”

No inicio a história parece empolgante, mesmo depois tendo visto na introdução de que o livro não era baseado em Hitchcock. O que encontramos na narração do autor são todos os fatos de sua vida, inclusive sobre os pássaros. A história se passa na Inglaterra, mas aparentemente não é a Inglaterra que conhecemos, mas aparentemente é no período pós Segunda Guerra Mundial.

“Também nessa época, um homem detestável que surgira com grande proeminência na Alemanha foi bastante atormentado pelos pássaros durante uma assembleia política. Ele era conhecido como perseguidor de judeus e profeta do antigo grito de guerra imperial de seu povo...”.

Um bando de pássaros aterrissa no meio de uma praça. As pessoas que estavam próximas chegam para poder admirar tais criaturas, que se comportam de maneira estranha. Como se estivesse a observar as pessoas e os seus modos comportamentais. Os pássaros mais pareciam observadores do que observados, mas este era um fato que não era de conhecimento das pessoas que se amontoavam para vê-los. Uma senhora sai do meio da multidão e joga comida as criaturas, mas inesperadamente uma ave voa e a ataca. A mulher corre e a ave em seu encalço. Ela é encontrada morta dentro de uma cabine telefônica.

“De repente uma investida que pareceu comandada por um deles, os pássaros mergulharam. Sem se importar com as pessoas que roçaram levemente ao passar...”.

Este foi o primeiro ataque de muitos que os pássaros fizeram. Mais nem só de ataques misteriosos foi feito o livro. Muito pelo contrario, os ataques são muitas vezes mencionados de forma simplória. O autor dá maior ênfase mesmo é no estilo de vida da época. Muitas vezes o leitor pode até esquecer-se do que se trata a livro. Se o título realmente condiz com o conteúdo. De fato o autor narra de forma bem lenta. Determinados assunto são bem maçantes e desnecessários. O que torna a leitura desgastante e entediante. Esses fatores fizeram-me demorar mais do que o comum para terminá-lo. Por vezes até pensei em desistir, mas fui até o fim.
O autor foca muito no cotidiano das pessoas, e vemos isso como uma crítica a sociedade da época. O livro originalmente foi escrito no ano de 1936, período em que se estava nos anos que antecediam a Segunda Guerra. Ele nos coloca numa sociedade onde descrimina muito. Retrograda em muitos aspectos, que só viriam a mudar com a chegada da guerra. Como as mulheres começarem a trabalhar, pois os seus maridos e filos estavam no front. Além de mostrar como eram os fatores econômicos, ele entra numa parte delicada, a sexualidade.

“Nosso velhos nunca fizeram nenhuma tentativa de desembaraçar os cabos emaranhados dentro de nós. Era impossível associar os pais de alguém aos terríveis desejos carnais que então nos deixavam perplexos.”

Naquela época tudo era repleto de puritanismo fajuto. Os adultos, principalmente os jovens eram obrigados terminantemente a se desconhecerem. Os piores lugares acabavam sendo as escolas, onde meninos eram separados de meninas. O sexo só poderia ser discutido abertamente por membros do mesmo sexo. O que era uma piada. Os adultos não tocavam nos assuntos com os filhos, e nunca os próprios se associavam com desejos carnais. E o que isso gerava? O homossexualismo, sim, pois com a sede de se conhecer, os jovens como pouco contato tinham com o sexo oposto, tinham as suas primeiras interações sexuais com pessoas do mesmo sexo.

“... aqui parece natural permitir que o amor floresça de qualquer forma – seja entre jovens, entre moças ou entre jovens e moças. Entretanto, em nosso tempo, a homossexualidade era considerada uma desonra tão grave... levava o homossexual às punições legais mais severas.”

Além do fato de que essas interações fossem vistas com maus olhos perante a sociedade, eram bastante encorajadas nas escolas, o que era bem controverso. É como se estando fora do olhar da sociedade tudo fosse possível. É disso que o autor retrata o todo o livro em essência a hipocrisia. A sociedade punia a aqueles que faziam algo que ao ver deles fossem fora dos padrões, mas escondidos dos olhares da maioria tudo podia acontecer.

“Contudo, na nossa época, homossexuais eram criados artificialmente, isto é, pela influência prevalecente de um sexo em uma época em que o outro sexo deveria ser dominante.”

E é aí que o autor vem com as diversas teorias sobre o surgimento dos pássaros. A primeira vitima ao ser atacada dizia ser inocente e nunca ter feito mal a ninguém. O narrador descobre a pobre mulher era uma cafetina. E eis a primeira teoria: os pássaros eram um castigo vindo de Deus. As diversas vítimas das criaturas aparentemente sempre tinham um pé preso, mas no fundo viviam de aparências. Mostrando que o homem não reconhece o mal que causa aos outros, desde que não o atinjam.

“Tentei justificar a presença dos bichos, afirmando que eles tinham sido enviados por um deus ofendido para dar lição aos homens. Para meu amigo... Ele não acreditava em Deus; tudo, disse ele, deve seguir uma lei natural.”

Outro fato era que o governo procurava sempre esconder os ataques dos pássaros e a sua incapacidade de dar um fim a tais criaturas. Tal qual como ainda é hoje, as mídias estão sempre interferindo de modo a desviar a atenção dos reais problemas. Mesmo com um conteúdo de qualidade o autor pecou com a escrita lenta e chata. Tanto que o livro não foi um sucesso na época. As criticas a sociedade são um tapa na cara, que serve ainda para os dias atuais, mas ela poderia ter sido desenvolvida de maneira menos cansativa. Isso foi o ponto mais fraco de toda a narrativa. A falta de dinâmica.

“No entanto, de repente nada do que vejo diante de mim parece real. Por um instante,eu queria a vida passada de volta,seja ela mentira ou verdade; hipocrisia ou honestidade; covardia ou coragem.”

Já o final do livro foi de fato bem apocalíptico. As aves decidiram fazer o massacre. O narrador sobreviveu, mas de fato não se sabe o porquê e de como ele sobreviveu. O livro tem um final aberto, não deixando conclusão sobre a real origem dos pássaros, mas nos deixa a imaginar se era um fenômeno natural ou algo sobrenatural como uma punição divina. É um livro que com certeza deveria ter feito mais sucesso em sua época de publicação, mas por conta das mentes fechadas daquele tempo o livro foi considerado um fracasso.
A DarkSide Books não deveria ter vendido o livro só como terror,mas sim ter aprofundado para as críticas sociais do livro. Para pelo menos os leitores irem sabendo do que se trata e não levar gato por lebre. Claro que os ataques dos pássaros remetem medo ou pavor, mas passa longe de ser o principal assunto do livro. Ele é muito mais do que os ataques de pássaros tratados no filme de Hitchcock, que por sinal nem foi baseado no livro. Diz Alfred que ele foi baseado em um poema. Ele tirou a poesia e colocou só os ataques e mortes. O livro foi vendido assim, mas o conteúdo é bem diferente. O trabalho editorial, desde a capa ao miolo do livro é impecável A tradução foi feita por Bruno Dorigatti com Introdução de Ken Moog.
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Xandy Xandy 16/05/2017

Suspense? Que nada!!!
O livro começa com o relato do pai de Ana à filha, sobre o período que antecedeu ao ataque dos pássaros negros em Londres.

O que o pai de Ana conta para a filha é algo sobre uma época remota, em que as pessoas não tinham tempo para diversão e preocupavam-se apenas com trabalho, eram intolerantes com algumas crenças religiosas, discriminavam a prostituição e o homossexualismo – algo que, convenhamos, não era muito diferente do que acontece nos dias de hoje-, e que teve seu fim com a vinda dos pássaros.

O livro todo segue essa linha: a descrição de como era a City antes do ataque, como era o caminho que o pai de Ana trilhava todo dia para ir e voltar do trabalho, as pessoas com quem ele cruzava e de como estava quente durante aquele período.

No início, os pássaros negros apenas reuniam-se em bandos, deixando escuro o céu da City – forma como o autor se referia à capital inglesa. Depois, tal qual mensageiros do apocalipse, eles passaram a atacar e ferir as pessoas.

O resto, só lendo muito!

A narrativa é extremamente lenta, proporcionando uma leitura cansativa , em nada agradável ao leitor; confesso que muitas vezes pensei em abandonar o livro. Parece mais um livro, com reflexões apocalípticas do que qualquer outra coisa.

site: https://lendomuito.wordpress.com/2017/05/16/os-passaros-frank-baker/
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Inlectus 14/06/2017

Bom.
Bem filosófico.
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Jeff.Rodrigues 15/11/2016

Lançado no Brasil oitenta anos após sua publicação original, a polêmica obra de Frank Baker, que acusou Alfred Hitchcock de plágio no filme de mesmo nome, certamente pode vir a dividir opiniões entre os leitores tupiniquins. É um livro para ser amado ou odiado. Não há meio termo. A edição da DarkSide é uma das melhores que a editora já produziu e a capa é a mais bonita que já me deparei entre milhares de livros.

Em uma bela manhã, Londres é invadida por milhões de pássaros. Voando em grupo, pousando aos montes em praças e monumentos e causando estranheza e um certo divertimento nas pessoas, as criaturas aladas passam a ser o centro das atenções. De onde vieram? Porque estão ali? O que farão em seguida? As respostas não demoram a vir quando os pássaros decidem atacar perseguindo, ferindo e matando as pessoas. Eis a premissa do livro.

Os Pássaros é um romance apocalíptico com ares de suspense. Não é um livro de terror e passa bem longe disso. A história é contada por uma testemunha ocular, um sobrevivente dos tempos em que os pássaros vieram. Já idoso, o narrador vai rememorando passo a passo a chegada dos animais, as reações populares e das autoridades. Não há uma sucessão rápida de acontecimentos e o leitor tem que estar preparado para acompanhar num crescente o desenrolar dos fatos.

Leia a resenha completa no Leitor Compulsivo, só clicar no link:

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2016/11/15/resenha-os-passaros-frank-baker/
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Leticia | @bardaliteraria 16/07/2017

"Antes da chegada dos Pássaros"...Era o que Anna sempre ouvia de seu pai, durante muitos anos de sua vida.
Quando vi esse lançamento achei lindo, essa capa, as laterais pretas e fiquei bem curiosa. A cada página que ia lendo e depois da confusão inicial que a leitura me causou, percebi que havia mais ali do que simples pássaros e talvez isso o torne difícil de ser lido e compreendido, se o leitor não tiver paciência e atenção...
"Antes da chegada dos Pássaros"...Era o que Anna sempre ouvia de seu pai, durante muitos anos de sua vida. O senhor de 85 anos (narrador da história e de nome desconhecido) achou muito esquisito, pois em um dia comum, a 65 anos na antiga Londres que conhecia, milhares de pássaros vieram do nada, de início pareciam arrogantes pois apenas ficaram ali no centro da cidade em uma praça observando todos ao redor. Depois de um tempo e esforços fracassados de ser livrar dos pássaros, que levaram a uma grande chacina em que eles saíram ilesos, alguns começam a não só observar pessoas mas a segui-las a todo canto em que vão, e esse comportamento estranho dos pássaros acaba gerando desconforto, incomodo e surto em algumas pessoas que acabam se suicidando por isso.
Sim, de início o livro é bem estranho, lento e o suspense sobre os pássaros e o que houve depois, acaba sendo morto pela narrativa difícil e cheia de excessos de detalhes, não só sobre os pássaros, mas também a própria vida do narrador, a relação com a mãe, seu trabalho, algumas coisas que são corriqueiras pra gente mas incomuns a Anna sua filha, que não nasceu naquela época e não sabe do que o pai está falando. E meu maior problema com o livro foi justamente esse, a leitura não é nem um pouco fluída, pelo contrário é bem lenta, arrastada e o leitor precisa de paciência pra seguir em frente. Outro ponto que me incomodou foi a separação dos capítulos, o livro tem apenas três capítulos e a divisão é bem maluca ao meu ver, pois dois capítulos são gigantescos e apenas um mal chega a dez páginas.
Mas o livro não é de todo ruim, pelocontrário, a escrita filosófica é muito bem feita, cheia de metáforas ereflexões, a obra tem muitas críticas a nossa forma consumista, ao querer demais sem precisar daquilo, a mania londrina de se achar superior ao resto do mundo, as mentiras que escondemos de nós mesmos, e ao modo de existir, a aceitação de si mesmo. O livro pode ter aquele "quê" de suspense e demistério em relação aos pássaros, mas na minha opinião, eles são apenascoadjuvantes pras questões humanas abordadas na obra.


site: http://bardaliteraria.blogspot.com.br/2017/02/os-passaros-de-frank-baker.html
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Sanoli 21/08/2017

http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/08/os-passaros.html
http://surteipostei.blogspot.com.br/2017/08/os-passaros.html

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Bruno Oliveira 11/02/2017

Algumas boas ideias que não decolam na pena de um escritor amador
(Resenha publicada na íntegra no Café com Tripas)

(...)

Um dos maiores acertos tanto do filme quanto do livro é a ausência de uma explicação para a presença dos pássaros: eles chegam sem avisar, arrumam um cantinho no sofá da sala e aí vão ficando. “Os incomodados que se mudem” bem que poderia ser o lema desses bichinhos. Num primeiro momento, poderíamos interpretar que essa ausência seria uma falha da obra, no entanto, basta que avancemos algumas páginas para que percebamos que ela é na verdade uma lacuna criada propositalmente a qual serve à diversas funções ao longo do texto.

Os pássaros surgem como um objeto entre outros, porém com o tempo sua quantidade passa a aumentar para além do normal e eles começam a apresentar comportamentos esquisitos que não podem ser mais descritos de forma corriqueira. É mais ou menos esse o movimento do livro pela maior parte de sua extensão, com os animais surgindo em pequena quantidade e apenas como um detalhe na vida do protagonista, mas ganhando cada vez mais espaço na história na medida em que passam a permear tudo o que acontece, no entanto, esse mesmo movimento muda lá pelas últimas cinquenta páginas do livro quando o narrador meio que descobre o que são os pássaros e eles decidem, finalmente, atacar, sendo que desse ponto em diante a história se torna mais dinâmica e as coisas mudam um pouco.

Como o livro constitui um relato, uma história retirada da memória de quem viveu a chegada dos passarinhos, o protagonista não tem grande importância como personagem, propriamente, mas como pessoa que viveu aquele tempo. Através de seus pensamentos, de sua vida pacata e absolutamente sem graça, vamos sabendo das notícias da época — vindas do rádio, da televisão — e da aparição de cada pássaro. Nesse sentido, o protagonista é uma espécie de janela para o passado cuja personalidade, desejos, idiossincrasias são secundárias em relação à sua capacidade de expor seu tempo, o que torna o livro extremamente descritivo e lento, dando bastante credibilidade ao fato de que o narrador é um velho falando sobre o passado, valorizando demasiadamente sua experiência de vida, etc.

Já que durante um bom tempo no livro não importa muito responder o que são os pássaros, então esse clima de “memórias de um homem velho e prosaico” ajuda o leitor a entrar um pouco no clima psicológico que a obra cria, e é por aí que ela avança. Bem dizendo, não existem muitos acontecimentos em Os pássaros; apenas o desenrolar da vida do protagonista e o crescimento do número de bichos e dos efeitos psicológicos que eles causam pessoas. Num determinado momento, por exemplo, cada cidadão de Londres fica acompanhado dia e noite por um pássaro, que o seguirá por toda a parte como uma espécie de sombra. Os maiores acertos de Baker estão nessas coisinhas interessantes e bem pensadas, que ajudam o leitor a entender que existe uma espécie de padrão no comportamento dos pássaros, sem porém entregar de bandeja o motivo pelo qual eles estão lá.


Descrições, descrições e mais descrições

Como o narrador é um expositor de um passado bem diferente do presente, muito daquilo que ele diz é transmitido ao leitor na forma de descrições, ou seja, ele nota algo e diz como foi, como parecia, que sensação causava e assim por diante, sendo que as descrições são o recurso literário mais importante do livro e, sem sombra de dúvida, o mais utilizado.

Embora não seja muito claro como é o presente da narrativa, ou seja, esse tempo atual do qual o narrador narra sua história, fica nítido que ele foi, de algum modo, arrasado pelos pássaros e existe como uma espécie de mundo pós apocalíptico. O narrador dá a entender que a vinda dos pássaros alterou a configuração política e social do mundo de tal maneira que as pessoas que nasceram depois dos pássaros chegam a desconhecer coisas básicas da civilização, como a burocracia, as religiões, cidades grandes, entre outras coisas que nos são familiares. Por conta disso, várias descrições do passado tem como objetivo apresentar a quem está no presente coisas que não existem mais ou que não fazem mais sentido para quem não viveu aqueles tempos. Perante o leitor, essa é meio que a chance do autor de fazer uma exposição crítica de coisas que são naturais para nós, por exemplo: quando fala do trabalho ele, em tese, está apenas apresentando as coisas dos tempos antigos para seus ouvintes, contudo, na verdade ele está na verdade usando essa descrição para realizar uma crítica do trabalho ao ressaltar sua falta de sentido, sua monotonia e todas essas coisas. Por falar nisso, a título de curiosidade, quem faz muito isso na literatura brasileira é a Pagu — deem uma conferida lá em Parque industrial que vocês notarão algo muito parecido com o que Baker realiza aqui.


Espalhadas pelo livro todo, essas descrições, às vezes, funcionam, às vezes, são só meio banais. Frank Baker não é nenhum Karl Marx (aliás, nem a Pagu era) apesar de ter seus momentos. Ele possui uma visão bem liberal da sexualidade, por exemplo, que é bacana de ir descobrindo ao longo da obra. Entretanto, o livro é praticamente escrito sobre descrições, algo que enche a paciência em pouco tempo e acaba se tornando um problema. Se, por vezes, a descrição é uma apresentação crítica de algo, uma abordagem de determinado assunto com certa penetração, outras vezes ela é só um vício de escrita que se repete a cada página sem necessariamente levar a história ou o leitor a qualquer coisa interessante, pois as descrições se sucedem sem porém convergir e vão se acumulando enquanto não nos levam a nada. O narrador descreve a cidade, depois descreve o caminho que percorre todo dia a caminho do trabalho, depois descreve as pessoas que estavam nesse caminho, depois descreve o clima, depois descreve o que acha de caminhadas matutinas... E para quê? Por que diabos vamos querer saber dessas coisas? A que elas nos levarão? No mais das vezes, ao fim dessas descrições chegamos não ao que justificaria tanto palavrório desembestado mas simplesmente a outra descrição, e a outra, e a outra, e a mais uma, e ainda a outra, e assim ao infinito. Com isso, por mais que em cada cena a descrição sirva como uma apresentação das coisas que estão na circunstância do personagem, o leitor sempre fica esperando quando isso será interessante ou o envolverá nos temas da obra, algo que raramente acontece, tornando as cenas são longas e desinteressantes.

É claro que no meio disso há também coisas bacanas, algumas reflexões legais e um clima minimamente interessante, mas o excesso de descrições atravanca a leitura, tornando-a pesada e fazendo com que vençamos páginas e mais páginas a troco de nada. Para vocês terem uma ideia, o tão esperado ataque dos pássaros só vai acontecer depois de umas duzentos e cinquenta páginas de monotonia descritiva num livro que tem pouco mais trezentas ao todo. Curiosamente, quando eu decidi que começaria a parar de esperar do autor alguma coisa positiva nas descrições e que as pularia dali por diante o ataque enfim começou. Mas aí eu já estava entediado demais para me interessar por ele e só queria que o livro acabasse. E ainda demorou um bocado.

(...)

site: http://cafecomtripas.blogspot.com.br/
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